2.º- Manuel Bento
Com apenas 1,73 metros de altura, não seria expectável que Manuel Galrinho Bento pudesse tornar-se guarda-redes ao mais alto nível. No entanto, Bento não era um homem convencional: tinha super-poderes; e só assim se pode explicar como chegava à bola, tantas vezes, pelo chão ou pelo ar, quando os adeptos já cantavam golo. Destacou-se no Barreirense, contribuindo, já aí, decisivamente, para o 18.º título de campeão nacional do Benfica (em 1970/1971), depois de uma exibição de gala no Estádio de Alvalade, com vitória da sua equipa por 1-0.
Chegou à Luz dois anos depois, e foi guarda-redes do Benfica durante 20 épocas (456 jogos), marcadas, quase exclusivamente, pelo sucesso. Venceu nove campeonatos, seis Taças de Portugal e três Supertaças Cândido de Oliveira. Representou a selecção nacional em 63 ocasiões.
Foram incontáveis os seus momentos altos: desde o penálti negado ao bi-bota Fernando Gomes, no “jogo do título” de 1982/1983, disputado no Estádio das Antas; ou a exibição em Estugarda, diante da Alemanha (vitória por 1-0, com golo de Carlos Manuel), que valeu o apuramento de Portugal para o mundial de 1986. É considerado o melhor guarda-redes português de todos os tempos, segundo votação da UEFA (realizada em 2015).