1.º- Michel Preud’Homme
Assim que a contratação de Michel Preud’Homme foi anunciada, os jogos da Bélgica no Mundial de 1994 (com Portugal ausente), transmitidos noite dentro, confundiram os benfiquistas, indecisos se o que viam era sonho ou realidade: um guarda-redes de elástico, com asas invisíveis, espantava o país e o mundo com actuações impossíveis de descrever. Terminada a prova, Michel Preud’Homme, vencedor do troféu Lev Yashin, chegou a Lisboa, já com 35 anos, e uma bagagem cheia de promessas.
Ao longo de cinco épocas, e 240 jogos pelo Benfica, Michel Preud´Homme não só cumpriu as expectativas, como as superou largamente, confirmando todas as suas qualidades com exibições ainda hoje inesquecíveis (para quem teve a sorte de as ver). O primeiro guarda-redes estrangeiro do Benfica teve, porém, a infelicidade de defender a baliza encarnada durante aquela que foi, muito provavelmente, a pior fase da história desportiva do clube – na altura, repetiam-se frases tristes a cada semana: imaginem este Benfica sem Preud’Homme?; Preud’Homme merecia muito mais. Conquistou, apenas, uma Taça de Portugal (em 1995/1996).