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PSG FC 3-0 FC Bayern Munique: Demonstração de força da nova geração

Cabeçalho Futebol Internacional

O jogo entre PSG e Bayern Munique tinha tudo para ser o grande evento da segunda jornada da Liga dos Campeões. Afinal, frente a frente, iam estar duas das melhores equipas do mundo.

Dum lado, um colosso histórico. Do outro, um clube que, com todo o mediatismo que o rodeia, se tornou provavelmente no maior fenómeno futebolístico do século XXI.

O PSG, a jogar em casa, apresentou-se com o seu 11 habitual. Na frente, o trio que tanto tem dado que falar, dentro e fora de campo: Neymar, Cavani e Mbappé.

O Bayern apresentou-se algo desfalcado no setor defensivo, com o guarda-redes Ulreich a substituir Neuer, lesionado, e com os centrais Boateng e Hummels de fora e no banco, respetivamente. No entanto, do meio-campo para a frente, a equipa alemã apresentava-se na máxima força, com Tolisso, Vidal e Thiago Alcântara no centro do terreno, e o trio Muller, James Rodríguez e Lewandowski na frente.

Esperava-se um encontro equilibrado, mas o PSG foi rápido a demonstrar que não estava para brincar: após o pontapé de saída do Bayern, e uma troca de passes dos alemães no seu meio- campo defensivo, a equipa francesa, a pressionar muito alto, recuperou a bola, por intermédio de Rabiot. E é este o momento chave do jogo: depois de alguns passes, a bola chega até Neymar, no corredor esquerdo. O brasileiro fez a diagonal até ao meio, fintando vários adversários, e entregou rasteiro na direita, onde já vinha Dani Alves. O lateral, solto de marcação, rematou forte, e fez o 1-0. Ao primeiro minuto de jogo.

O Bayern pareceu acusar o golo. Apesar de continuar com a mesma estratégia, e não ter partido desesperadamente à procura do empate, a equipa alemã pareceu um pouco desconcertada com a intensidade e qualidade de jogo do Paris Saint-Germain.

Só aos 11 minutos houve algum sinal de perigo da equipa de Ancelotti. Após um canto de Kimmich, Javi Martinez e Lewandoski tentaram o desvio de cabeça, mas a bola acabou por sair pela linha de fundo.

No minuto a seguir, mais um canto perigoso para os alemães. Kimmich bateu rasteiro, e Muller apareceu sozinho, na cara do guarda-redes, mas rematou para fora.

 

Depois do primeiro quarto de hora, o Bayern ganhou alguma confiança, e começou a fazer o PSG recuar. Aos 18 minutos, Javi Martínez rematou com muito perigo de fora da área, para uma boa defesa de Aréola. Aos 21, foi Lewandoswki, com um cabeceamento, após o centro de Alaba.

A equipa da casa reagiu com um contra-ataque. Depois de uma recuperação de bola e de uma corrida impressionante, Rabiot soltou em Cavani, que passou para Neymar, mas o número 10 adiantou em demasia a bola, e a jogada perdeu-se.

O jogo estava a entrar na sua melhor fase, com oportunidades de parte a parte, e depois do Bayern quase empatar, através de Alaba, o PSG contra-atacou de novo: grande jogada de Mbappé, que entregou a Cavani, mas o uruguaio rematou ao lado.

À passagem da meia-hora, o momento do encontro: numa jogada de vários passes entre a defesa e meio-campo da equipa de Unai Emery, a bola chega até Dani Alves, que solta na direita, para a desmarcação de Mbappé. O francês roda sobre dois adversários, e passa para trás, onde surge Cavani. O uruguaio, ainda de fora da área, remata em arco, e faz um golo fantástico. 2-0. Mais um golpe nas aspirações do Bayern na partida.

Cavani celebra o 2-0: mais um grande golo do avançado uruguaio Fonte: UEFA
Cavani celebra o 2-0: mais um grande golo do avançado uruguaio
Fonte: UEFA

Aos 37 minutos, outra jogada excelente do trio parisiense: cruzamento de Mbappé, toque de calcanhar de Neymar para trás, e remate de Cavani. No entanto, o ponta de lança rematou fraco, de pé esquerdo, para defesa de Ulreich.

Na segunda parte, o jogo continuou animado. Ancelotti fez entrar Kingsley Coman e Rudy, e o Bayern parecia querer dar a volta ao resultado.

Aos 49, após canto de Rudy, Javi Martínez cabeceou para golo, mas Thiago Silva cortou em cima da linha. Na resposta, mais uma saída rápida do PSG, com Mbappé e Neymar. O francês deixa o brasileiro na cara do guarda-redes, só que este desperdiçou.

Aos 53, outra oportunidade de golo para os franceses, num excelente remate em arco de Neymar, que saíu ao lado.

Nesta fase do encontro, ainda houve alguma disputa pelo resultado. Coman e Rudy, mais frescos, ainda criaram algum perigo, com uma boa incursão pela esquerda do francês, e um remate defora de área do alemão, que quase deu golo. Mas por mais organizado e metódico que o Bayern fosse, não estava a conseguir encontrar forma de parar os ataques rápidos parisienses.

É num destes ataques, aos 62 minutos, que surge o 3-0, por Neymar. Subida rápida de Dani Alves, pelo corredor direito, que depois entrega a bola a Mbappé. O jovem, com um toque incrível, tira Alaba do caminho, e remata. A bola ressalta em Javi Martinez, e sobra para Neymar, que empurra para golo.

A partir daqui, o resultado ficou sentenciado. Ancelotti ainda colocou Robben em campo, aos 69 minutos, mas não adiantou muito. O Bayern, tirando um remate cruzado de Coman, e um livre direto de Lewandowski, mesmo a fechar o encontro, não voltou a testar a atenção de Aréola.

O PSG, no entanto, podia ter feito mais golos. Primeiro, aos 70 minutos, com uma grande jogada coletiva, que Dani Alves finalizou com um remate rasteiro ao lado. Depois, aos 80 minutos, com um livre de Cavani, que passou ligeiramente por cima da baliza.

Após quatro minutos de compensação, o jogo terminou. O resultado aceita-se. A diferença de desempenho das equipas, durante o encontro, não justifica uma diferença de três golos, mas a eficácia coletiva dos franceses, mais a inspiração de Mbappé, Cavani e Neymar, foram decisivas para o desnível no marcador. Por outro lado, foi evidente a total inabilidade do Bayern para adotar uma estratégia de jogo alternativa, e tentar travar os contra-ataques da equipa francesa.

No final, foram as individualidades da equipa francesa que mais impressionaram. Verratti fez um grande jogo, Mbappé mostrou o quão prodigioso é. Os outros dois egos da frente, com um golo cada, provaram que basta um entendimento razoável entre ambos para provocar estragos a qualquer defesa.

Os alemães são mais equipa, mas estão tão presos a ideias e esquemas táticos, que não conseguem encontrar alternativas quando o plano de jogo não funciona. Foi assim a época passada com o Real Madrid também.

O PSG é mais um exemplo. Com a diferença que não parecem interessados em ser uma equipa, mas sim um conjunto de individualidades de grande nível. Unai Emery não parece preocupar-se com discussões no balneário. Talvez o resto do mundo do futebol devesse ignorar isso também: esta é uma nova geração, uma nova maneira de ver o jogo. E enquanto as coisas correrem bem, como correram no Parque dos Príncipes, não há razão para mudar.

Foto de capa: UEFA

WWE na Sport TV: A prova viva da representação em Portugal

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Cabeçalho modalidadesPara os fãs da empresa, esta é uma excelente notícia! Depois da SIC Radical ter anunciado em agosto que a WWE deixaria de fazer parte da sua programação, foi anunciado recentemente que a Sport TV vai voltar a transmitir os conteúdos da empresa norte-americana.

Não se sabem muitas informações quanto ao regresso, apesar de já se encontrarem a circular vídeos promocionais no canal desportivo. Os próximos dias serão cruciais quanto a novas informações de mais uma estadia da WWE no canal.

Neste período de tempo, a empresa tem facultado no seu canal de Youtube os episódios de Raw e Smackdown, em versões de 90 minutos, de modo exclusivo para o nosso país. Esta medida permite que os fãs continuem a acompanhar o produto e deve-se principalmente ao facto da empresa ainda não se encontrar a ser transmitida em nenhum canal português.

Anúncio da WWE sobre a disponibilização dos episódios do Raw no Youtube Fonte: WWE
Anúncio da WWE sobre a disponibilização dos episódios do Raw no Youtube
Fonte: WWE

Assim que a WWE se mudar definitivamente para a Sport TV, é esperado que os episódios deixem de ser disponibilizados na plataforma, uma vez que irão passar a ser transmitidos num novo canal em Portugal. De igual forma, é expectável que os programas sejam legendados ou comentados em português, à semelhança de estadias anteriores.

Esta é uma medida excelente para todos os que acompanham o produto de forma regular. Como fãs de wrestling, gostamos de ver a WWE representada, de alguma forma, no nosso país. E uma das formas, senão a melhor, é mesmo a transmissão num canal de televisão.

A SIC Radical e a Sport TV, a par com a TVI, foram as primeiras estações a fazê-lo, com a transmissão de eventos e dos programas semanais de Raw e Smackdown, ainda com um atraso de transmissão de algumas semanas em relação aos Estados Unidos. Ainda assim, a transmissão era assegurada e existiam pessoas que, de uma forma ou outra, assistiam. Aliás, qualquer fã de wrestling que se assuma como tal assistiu ao produto nos vários canais de televisão, inclusive eu, que me lembro perfeitamente da presença da empresa em cada um dos três canais.

Nessa altura, a programação da WWE em Portugal encontrava-se no seu auge e inclusive a empresa marcava presença em Portugal para espetáculos ao vivo. Foi assim durante muitos anos mas, infelizmente, deixou de acontecer nos cinco anos seguintes, com a última presença da WWE a registar-se em 2012.

Cartaz do espetáculo da WWE em Portugal Fonte: Ritmos e Blues
Cartaz do espetáculo da WWE em Portugal
Fonte: Ritmos e Blues

Todavia, os últimos anos tem sido de algum crescimento por parte da comunidade de fãs e isso não passou despercebido à WWE. Graças a isso, a empresa estará de volta a Portugal para um espetáculo no próximo dia 6 de novembro, que marca o regresso cinco anos depois de ter pisado solo português pela última vez.

De igual forma, a expansão da WWE em Portugal se faz sentir nos canais de televisão, com o regresso à Sport TV, que permitirá a todos os fãs acompanhar de forma mais regular o produto, que voltará a estar representado no nosso país.

Esta medida é a prova viva de que a empresa está muito bem representada em Portugal e que existe toda uma comunidade que se importa de facto com o conteúdo e que certamente irá vibrar no próximo dia 6 de novembro. Muito em breve, poderão perceber o verdadeiro impacto que a WWE tem em Portugal quando começar a ser transmitida nos ecrãs da Sport TV. Sê bem-vinda, WWE e que esta seja uma estadia para durar muito tempo!

Foto de capa: Wrestling.PT

Duo Normand

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Cabeçalho modalidadesEste domingo, disputou-se em França uma prova de ciclismo diferente de todas as outras. É uma clássica de um dia, mas não de fundo, em contrarrelógio. E não é um contrarrelógio qualquer, não é o tradicional individual nem o típico por equipas, mas sim a pares. Trata-se do Duo Normand.

Criado em 1982, é uma prova francesa de final de época em que equipas de dois ciclistas percorrem 54 quilómetros em contrarrelógio. À parte da prova de Elites, há também uma corrida para amadores, o que faz com que mais de 400 equipas alinhem neste festival de ciclismo. A prova deve o seu nome a ser disputada na Normandia, na pequena localidade de Marigny-le-Lozon, com cerca de 2500 habitantes, que leva três semanas a organizar o certame.

Sendo percorrido o mesmo circuito todos os anos, há também a possibilidade de comparar os tempos ano após ano. Durante mais de uma década, o recorde ficou entregue à dupla Chris Boardman, Campeão Olímpico em Pista e antigo Recordista da Hora, e de Jens Voigt, que também foi Recordista da Hora e reconhecido no pelotão pela sua combatividade, estabelecido em 1999. Os atuais recordistas são Luke Durbridge e Svein Tuft, com o tempo de 2013, uma das três vitórias da dupla da GreenEDGE, atual ORICA-Scott.

Svein Tuft e Luke Durbridge venceram a prova 3 vezes e detêm o recorde de tempo Fonte: Duo Norm
Svein Tuft e Luke Durbridge venceram a prova 3 vezes e detêm o recorde de tempo
Fonte: Duo Norm

Esta clássica francesa oferece um espetáculo diferente aos espectadores e uma experiência nova aos ciclistas, não tendo par no calendário internacional e sendo um resquício de um tempo diferente da história do ciclismo de estrada, em que novas provas e formatos eram testados e em que havia maior intercâmbio entre o profissionalismo e o amadorismo. Numa época em que os Granfondos ganham destaque e até dão origem a provas profissionais, como a Pro Otztaler 5500, o Duo Normand é um pedaço de história vivo que nos faz lembrar o espírito empreendedor da modalidade.

No entanto, também há um lado negro na história da prova, já que em 2016 o ciclista amador Ian Bashford, de 60 anos, não resistiu a um choque com um dos carros de apoio, o que levou a que este ano fossem adoptadas medidas extra de segurança e houve lugar a um momento de homenagem na edição deste ano.

Este ano, a vitória sorriu aos homens da casa com o duo da Fortuneo-Oscaro, Anthony Delaplace e Pierre-Luc Perrichon, que bateram por mais de um minuto os dinamarqueses Mathias Norsgaard e Mikkel Bjerg, recentemente coroado campeão do mundo de contrarrelógio Sub23, da Team Giant – Castelli.

Foto de Capa: Rutland Cycling Club

Carta Aberta a Sérgio Conceição

cartaaberta

Olá, vou tomar a liberdade de pôr, desde já, de lado as formalidades e tratar-te por tu.

Confesso que nem sempre apreciei a ideia de te ver na liderança da nossa equipa. Tive dúvidas, questionei e nem sempre confiei. Tens de compreender, depois de tantas (des)ilusões, de tantos que tinham tudo para dar tudo e nos deixaram derrotados, é difícil confiar.

Sabes, nós adeptos temos saudades. Saudades de sairmos vencedores. Saudades de acabarmos a época de cabeça erguida. Saudades dos Aliados. No fundo, fomos mal habituados. Habituaram-nos a vencer, a festejar, a vermos jogar “à Porto”. Quisemos sempre mais, lutamos sempre por mais e vimos o nosso clube vencer tudo o que havia para vencer. E, como tal, não somos capazes de suportar a ideia de mais um ano derrotados.

Estamos sedentos por vitórias, queremos tudo e estamos preparados para lutar por isso. Queremos que quem defende as nossas cores queira isto tanto quanto nós.

Sou-te sincera, quando vi que eras tu o escolhido, preparei-me mentalmente para, mais uma vez, ver os nossos rivais festejarem mais um campeonato. Tens-me, no entanto, convencido do contrário. Jornada a jornada, restauras-me a esperança.

Cabe a Sérgio Conceição acabar com a seca de títulos no dragão Fonte: FC Porto
Cabe a Sérgio Conceição acabar com a seca de títulos no dragão
Fonte: FC Porto

Apresentas-nos uma equipa que, mais do que querer ganhar, luta por isso e não desiste. Se a bola não entra à primeira, nem à segunda, tem de entrar à terceira ou à quarta.

Tenho orgulho na equipa que pões em campo, com Herreras, com Maregas e, quem diria, até mesmo com Sérgios. Prometes e cumpres e, por isso, preciso de te agradecer.

Fica apenas um único e enorme pedido: dá-nos o campeonato. Conhecemos as limitações que te foram impostas, sabemos as dificuldades que enfrentas, vemos cada batalha tua e estamos ao teu lado a cada passo. Sabemos, acima de tudo, que não pedimos nada impossível. Dá-nos o campeonato. É tudo o que queremos. É tudo o que precisamos.

Aconteça o que acontecer daqui para a frente, somos Porto e lutamos juntos por um objetivo comum: devolver ao Porto a sua grandiosidade.

Foto de Capa: FC Porto

FC Basel 1893 5-0 SL Benfica: Uma mão cheia de nada

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O Benfica foi goleado pelo Basileia por 5-0, num jogo a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Os ‘encarnados’ iam a Basileia em busca dos primeiros pontos na competição, depois da derrota caseira contra o CSKA, mas não foi desta.

Sem Seferovic no onze inicial, Raúl Jiménez fez parte da escolha de Rui Vitória, que tencionava ‘pôr a carne toda no assador’. Mas foi logo aos dois minutos que os tetracampeões nacionais sofreram o primeiro golo da noite, no primeiro remate do Basileia à baliza do Benfica. Pelo pé direito de M. Lang, estava inaugurado o marcador em St. Jakob-Park.

A equipa de Rui Vitória entrava mal no jogo e isso não viria a mudar ao longo de noventa minutos. O Basileia dominava e não foi difícil chegar ao 2-0. Aos 20 minutos, D. Oberlin deixou a defesa do Benfica para trás e, num remate, estava feito o segundo golo. O Benfica já estava desconcertado e a isso ajudou o lance de Raúl Jiménez com Balanta que deixou o mexicano caído na área do Basileia e a equipa ‘encarnada’ a pedir grande penalidade, mas o árbitro mandou seguir.

Grimaldo e Zivkovic iam tentando cruzar aqui e ali para o ataque, mas a equipa do Benfica não conseguia bater a defesa organizada dos suíços. Tinham passado apenas quatro minutos e o Benfica já pedia novo penálti, desta vez por toque de Lang na bola com o braço. Mais uma grande penalidade por assinalar para os jogadores do Benfica. Até ao intervalo, a falta de capacidade de reação de Pizzi e de Fejsa foi uma constante e os contra-ataques do Basileia multiplicavam-se e iam abalando a equipa de Rui Vitória. Um meio-campo completamente ultrapassado no contragolpe e uma certidão de óbito passada ao Benfica nas bolas colocadas entre os centrais eram os apontamentos a tirar de um jogo sem qualquer qualidade por parte das ‘águias’.

O Benfica sofreu um resultado pesado na Suíçs Fonte: UEFA
O Benfica sofreu um resultado pesado na Suíçs
Fonte: UEFA

A segunda parte não foi melhor e a desgraça ainda estava longe de terminar. O Basileia entrou a pressionar e o Benfica não dava conta do recado. Não demorou muito para que se fizesse o 3-0. O ex-sportinguista Van Wolfswinkel não desperdiçou a conversão de uma grande penalidade, depois de uma falta de Fejsa sobre Oberlin. Foi aqui que tudo desabou sobre o Benfica, com os jogadores desorientadíssimos e de cabeça em água. Aos 62 minutos, André Almeida foi expulso depois de ver um vermelho direto na sequência de uma entrada a pés juntos sobre Petretta. Atitude injustificável do camisola 34, que fez falta sobre o adversário após ter sofrido uma falta não assinalada.

O 4-0 chegava logo aos 69 minutos, por um erro monumental da defesa do Benfica! Pizzi ‘ofereceu’ a bola a Oberlin, Luisão ‘perdeu os rins’ e estava feito o quarto golo, na cara de Júlio César. O Benfica não estava em si e permitiu mesmo um 5-0, num lance atrapalhado na área dos ‘encarnados’. Sorte a do Benfica o jogo estar perto do fim, ou a catástrofe poderia ter sido ainda maior…

Esta derrota copiosa pode vir a deixar mossas para os próximos tempos. Entenda-se que o Benfica não jogou contra um Barcelona, ou um Manchester United, nem um Bayern de Munique. O Benfica jogou contra um Basileia que não vencia há nove jogos! Ainda assim, o Basileia teve oito oportunidades de golo, enquanto o Benfica teve zero, ditando a pior derrota de sempre das ‘águias’ na Liga dos Campeões. Não é coisa pouca! O Basileia soma três pontos e iguala o CSKA, enquanto o Benfica continua sem quaisquer pontos no Grupo A da Liga dos Campeões – liderado pelo Manchester United, com seis pontos – e cai para último lugar, comprometendo a continuidade nas competições europeias.

Sporting CP 0-1 FC Barcelona: Azar de Coates foi a sorte do Barcelona

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O Estádio José Alvalade recebia um jogo de estrelas: o Sporting enfrentava o Barcelona, para jogo da segunda jornada da Liga dos Campeões. Frente a frente, estavam as duas equipas que haviam vencido os seus compromissos na jornada anterior: os Leões foram a Atenas bater o Olympiacos por 2-3, ao passo que os Culés bateram por 3-0 a vice-campeã europeia Juventus.

Quanto aos onzes iniciais, Jorge Jesus mudou em relação ao jogo anterior (empate 1-1 frente ao Moreirense) e decidiu por repetir a fórmula usada em Atenas, trocando apenas Jonathan Silva por Fábio Coentrão, que havia falhado esse encontro devido a lesão. Na formação da Catalunha, Ernesto Valverde fez três alterações face ao último jogo (vitória por 0-3 em Girona), colocando Piqué, Nélson Semedo e Sergio Busquets de início, por troca com Mascherano, Aleix Vidal e Paulinho.

Perante Alvalade bastante cheio de público, o jogo começou a um bom ritmo, com o Barcelona a querer impor o seu estilo de passes sucessivos por todos os elementos da equipa, o famoso “tiki-taka”, mas com o Sporting a tentar impedir a progressão no terreno da equipa adversária. O primeiro remate da partida surgiu aos 15’, por intermédio de Luis Suárez, contudo a bola saiu longe da baliza de Rui Patrício. No minuto seguinte, Piccini tentou a sua sorte num remate de longe, mas não foi feliz. O Barcelona teve uma dupla oportunidade aos 27’: primeiro Suárez e depois Messi tentaram marcar, mas Patrício esteve à altura e impediu que a bola entrasse na sua baliza. O Sporting viria a responder logo a seguir, mas Bruno Fernandes não conseguiu bater Marc ter Stegen. Até ao momento, quem ia tendo o protagonismo pela negativa era o árbitro romeno Ovidiu Hategan, devido ao seu critério pouco igual para os dois lados. A equipa visitante ia tentando abrir espaços na defesa leonina, mas a atenção do setor recuado do Sporting fazia com que Messi e companhia não conseguissem criar grande perigo a Rui Patrício. Aos 43’, surgiu a primeira contrariedade para Jorge Jesus: Doumbia saiu lesionado e Bas Dost foi lançado a jogo. Até ao intervalo, não houve grandes oportunidades e as duas equipas foram empatadas a zero para o descanso.

Sporting e Barcelona chegaram ao intervalo empatados a zero Fonte: Bola Na Rede
Sporting e Barcelona chegaram ao intervalo empatados a zero
Fonte: Bola Na Rede

 

A segunda parte começou sem alterações táticas nos dois lados, mas com o marcador a mexer: aos 48’, na sequência de um livre, Coates faz autogolo, a meias com Luis Suárez. O golo ajudou a equipa visitante a tranquilizar o seu ritmo de jogo. O Sporting tinha agora de correr atrás do prejuízo, sendo que o árbitro parecia não estar a ajudar: após lance entre Piccini e Iniesta, com o lateral dos Leões a ver amarelo, o que levou os adeptos a protestarem ruidosamente com as decisões do juiz do encontro. Aos 56’, Messi quase fez o 0-2, mas um corte sensacional de Mathieu impediu o golo do jogador argentino. À segunda tentativa, Messi de livre direto voltou a não conseguir marcar golo.

A equipa de Jorge Jesus teve uma belíssima oportunidade para marcar aos 70’, embora o guardião alemão se tenha oposto bem ao remate de Bruno Fernandes. A partir dessa oportunidade, o Sporting começou a pressionar o Barcelona em busca do empate, embora sem o efeito desejado. Nota para o tremendo aplauso para Iniesta por parte do público leonino, aquando da sua substituição por Paulinho, aos 79’. O Barcelona, aos 85’, podia ter ampliado a sua vantagem e terminado com as dúvidas em relação ao vencedor do jogo, contudo Rui Patrício voltou a defender bem. Ainda houve tempo para um adepto invadir o campo e abraçar Lionel Messi, embora tenha sido logo retirado pelos seguranças. O jogo ainda teve mais três minutos de compensação para além do tempo regulamentar, mas o marcador não se alterou e o Barcelona levou os três pontos para Espanha.

O resultado final ficou a dever-se à frieza dos visitantes e à desconcentração leonina no início dos segundos 45 minutos. O infortúnio de Coates valeu a vitória e liderança isolada no grupo D ao conjunto de Ernesto Valverde.

O melhor treinador de sempre do FC Porto: José Mourinho

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fc porto cabeçalho

“Tenho a certeza de que vamos ser campeões nacionais para o ano. Tenho a certeza absoluta.” Foi com estas palavras que, no dia 23 de janeiro de 2002, José Mário dos Santos Mourinho Félix se apresentou como treinador do FC Porto. Provindo da União Desportiva de Leiria, clube no qual havia alcançado um histórico 5º lugar na Liga Portuguesa, Mourinho impressionou desde o primeiro momento pela sua determinação e autoconfiança, confundida por alguns com arrogância.

Depois de uma anterior passagem bem sucedida, embora relativamente breve devido a conflitos com a Direção, por um clube dito “grande” (o SL Benfica), foi no FC Porto que José Mourinho teve a rampa de lançamento para uma carreira que ficará para sempre marcada na história do futebol. Para a cidade invicta o setubalense levou jogadores da sua confiança (como Derlei e Nuno Valente), outros de clubes secundários da Liga Portuguesa (como Paulo Ferreira), e outros ainda que haviam sido dispensados dos planteis que integravam (como Maniche). O grupo de futebolistas ao dispor parecia algo limitado na sua qualidade individual, mas rapidamente José Mourinho tratou de provar que tal julgamento não correspondia à realidade.

Desde cedo deu para perceber que o modelo de jogo definido por José Mourinho estava num patamar qualitativo totalmente diferente de todos aqueles que existiam, na época, em Portugal. O FC Porto tinha uma organização coletiva próxima da perfeição em todos os momentos do jogo. As zonas de pressão asfixiantes marcavam o momento defensivo da equipa e, ofensivamente, esta tanto conseguia ser letal em transição (pela sistematização dos processos) como em organização (pela qualidade na posse de bola). O FC Porto de Mourinho tinha “fome de bola”, guardava-a durante tanto tempo quanto possível e, quando não a tinha, procurava a sua rápida recuperação. Eram essas as ideias do seu treinador, e essas ideias eram inalteráveis, mesmo que o adversário fosse o Manchester United FC ou que o FC Porto se visse reduzido a 10 jogadores. A somar à qualidade coletiva, a qualidade individual (sobretudo ao nível da tomada de decisão) desde cedo deu mostras de ser muita mais do que aquela que parecia existir a priori: à exceção de Costinha, todos os futebolistas do meio-campo do FC Porto eram prodígios ao nível técnico e da compreensão do jogo.

Os festejos efusivos de José Mourinho eram uma das suas imagens de marca  Fonte: Daily Mail
Os festejos efusivos de José Mourinho eram uma das suas imagens de marca
Fonte: Daily Mail

É curioso que, atualmente, José Mourinho seja um resultadista, um treinador que adapta as suas equipas aos contextos e aos adversários procurando explorar mais as suas fraquezas do que as forças da sua equipa. Na época em que treinava o FC Porto, Mourinho afirmava taxativamente que o essencial é que a sua equipa mantivesse sempre a mesma identidade, que em 90 minutos seria impensável passar mais tempo em organização defensiva do que em organização ofensiva, que ter bola é essencial para controlar o jogo, que a reação à perda de bola deve sempre ser asfixiante (com recurso a um pressing zonal alto), e que os 11 jogadores em campo devem, todos eles, ter qualidade para jogar em posse. E eram estes os princípios de jogo do FC Porto, eram estas as caraterísticas que marcavam a identidade da equipa em todos os jogos, em todos os campos, contra todos os adversários.

Previsão da Época 2017/18: Northwest Division

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As equipas da NBA já arrancaram os trabalhos para a nova temporada, o que significa que o início da melhor liga de basquetebol está aí ao virar da esquina.

Finalizámos as previsões da Conferência Oeste para a nova época com a divisão onde aconteceram mais mexidas. Minnesota Timberwolves, OKC Thunder e Utah Jazz sofreram grandes mudanças, ao passo que Denver Nuggets e Portland Trail Blazers mantiveram a sua base e acrescentaram uma ou outra peça em falta.

Olheiro BnR – Gonçalo Paciência

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Os exemplos de filhos de antigos jogadores que tentaram seguir as pisadas do progenitor são muitos, no entanto, nem sempre “filho de peixe sabe nadar”. No caso de Gonçalo Paciência, foi desde cedo apontado a grandes palcos, só que o filho de Domingos Paciência tarda em comprovar o potencial nele depositado. Más opções de carreira e falta de oportunidades têm adiado a afirmação e esta temporada pode ser decisiva.

Domingos Paciência fez a bola beijar as redes 142 vezes com a camisola do FC Porto e foi durante muitos anos a referência ofensiva dos azuis e brancos, pelo que as expectativas em torno do seu filho foram sempre muito elevadas. Gonçalo nasceu em 1994 e depressa se juntou à formação dos dragões, tornando-se figura de destaque tanto no clube como nos escalões jovens da seleção nacional.

As duas primeiras temporadas como sénior na equipa B dos azuis e brancos até correram bem, sendo que na segunda chegou mesmo a estrear-se pela equipa principal. O passo seguinte era lógico, sem espaço no plantel, estava na altura de ir para a Liga NOS. As portas da primeira abriram-se através da Académica. A escolha dificilmente podia ter sido pior. O clube de Coimbra jogava mal, muitas vezes optando por bater direto, com Gonçalo sozinho na frente, um jogo que não favorece, de todo, as suas características. O clube acabou por descer e o jovem avançado foi várias vezes preterido em função de Rafael Lopes.

Enquanto Gonçalo estava em Coimbra, no Porto apareceu como uma bomba André Silva, que acabou por ocupar a vaga de Paciência no plantel principal. Seguiu-se o Olympiakos, naquela que se revelou outra péssima escolha de carreira. Praticamente não jogou e nem sequer foi inscrito na Liga dos Campeões. Em janeiro trocou os gregos pelo Rio Ave. Lá, convenceu Luís Castro e conquistou a titularidade, ainda assim só conseguiu marcar um golo.

Fonte: Facebook Oficial de Gonçalo Paciência
Fonte: Facebook Oficial de Gonçalo Paciência

Chegamos então ao início da presente temporada. André Silva saiu para o AC Milan e Aboubakar tinha o futuro incerto, mas nem assim Gonçalo foi opção para Sérgio Conceição. Novo empréstimo, desta feita ao Vitória de Setúbal. José Couceiro costuma lançar e moldar os jogadores jovens, o que juntamente com o tipo de futebol que as suas equipas praticam, são duas razões para este ser o clube certo. Para já começou como suplente, entretanto ganhou a titularidade e leva já um golo, marcado na vitória frente ao Sp. Braga.

Gonçalo Paciência é um avançado extremamente evoluído tecnicamente, mas falta-lhe uma maior veia goleadora. É também um jogador alto, ainda assim não impressiona fisicamente e é razoavelmente rápido. Futebol apoiado e ataque planeado é o tipo de jogo que mais o beneficia, sendo que uma parceria numa formação com dois avançados também pode ser uma solução interessante (chegou a fazer dupla com André Silva na equipa B do FC Porto). Certo é que está com 23 anos e ainda não se conseguiu afirmar, dando até ideia de estar descartado pelos dragões e tem aqui uma última oportunidade para confirmar todo o seu potencial e fazer jus ao apelido.

Foto de Capa: Facebook Oficial de Gonçalo Paciência

O que pode o VAR aprender com o ténis?

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Cabeçalho modalidadesA lenda norte-americana John McEnroe tinha perfil de futebolista (no mau sentido, obviamente). O mundo do ténis sabe quão bem jogava, mas muitos por todo o mundo apenas o relembram como um jogador rezingão e mal-educado, que discutia e quase chegava a ameaçar os árbitros depois de jogadas que terminavam com uma bola duvidosa. Quando o juiz gritava “fora”, já se sabia que o americano protestava e ficava largos minutos a dizer “dentro” – bem ao mau estilo futebolístico. Hoje, porém, as figuras que McEnroe faria seriam apenas escusadas – bastaria ao americano pedir ao árbitro um Challenge e o Hawk-eye (ou Olho de Falcão) encarregar-se-ia de dar o veredicto final: dentro, ou fora. Sem discussões, sem perdas de tempo desnecessárias.

O público do ténis não é menos conservador do que o do desporto-rei, e quando a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) propôs a utilização do Hawk Eye como espécie de Vídeo-árbitro choveram críticas, críticas essas semelhantes àquelas que oiço hoje, recorrentemente, dirigidas ao VAR: “vai quebrar o ritmo de jogo” ou “desvirtua o desporto” são as mais comuns.

Há, primeiramente, que fazer uma grande distinção entre as tecnologias utilizadas no ténis e no futebol: o VAR continua a depender da interpretação do árbitro, enquanto que a imagem transmitida pelo Hawk Eye é sempre inequívoca (se a bola toca na linha é dentro, se não toca é fora). E isto faz toda a diferença.

Fonte: Ontennis
Fonte: Ontennis

Pessoalmente, considero que as entidades competentes deveriam repensar as funções atribuídas ao VAR de forma a proteger simultaneamente a equipa de arbitragem e o próprio jogo. Situações como dúvida se a bola entrou ou não na baliza, foras-de-jogo, troca de identidade de jogadores sancionados e agressões puníveis com expulsão direta são passíveis de ser analisadas exclusivamente com recurso a imagens televisivas, de forma inequívoca. Situações como a escandalosa mão de Thierry Henry (ou mesmo “La mano de Dios”, no Mundial de 1986), ou agressões como a do murro de Samaris, no fim da época passada em jogo do Benfica contra o Moreirense, seriam analisadas a tempo e horas e inequivocamente punidas de acordo com o ocorrido.

O problema e polémicas associadas ao VAR vêm com a simples distinção entre o que é ou não considerado um “erro grosseiro” – e, por isso, ser objeto de análise da tecnologia auxiliar. Casos como faltas (ou não) a meio-campo, que terminam em golo para uma das equipas, e outros exemplos semelhantes deitam por terra a ideia de o VAR tornar o jogo o mais claro e limpo possível. Deve decidir-se o que fazer nesses casos, de forma a procurar sempre uma decisão tão inequívoca quanto possível, uma vez que o futebol é um jogo de contacto e no qual o juiz tem, desde sempre (e continuará a ter), de tomar decisões que podem mudar o rumo da partida: é parte do jogo tal e qual como as equipas de 11 jogadores. Estas decisões devem, no entanto, ser sérias e rigorosas, ainda mais quando se tem o apoio de imagens televisivas, e falhas na marcação de foras-de-jogo ou falhas como atribuição de penálti quando a falta é, na verdade, cometida fora da área (ou vice-versa) são absolutamente imperdoáveis hoje em dia.

O argumento da quebra de ritmo de jogo é, para mim, no mínimo irónico, num desporto que tantas vezes sai mal na fotografia por causa de autênticos mestres na arte performativa (as famosas “cãibras” a partir dos 80 minutos, guarda-redes que perdem vastos minutos sem motivo aparente ou mesmo os típicos “mergulhos para a piscina”) que, esses sim, deveriam ser criticados e, se possível, erradicados do futebol. Nisto, o ténis pode orgulhar-se de ser um desporto em constante evolução e, para combater estas perdas de tempo (que também existem nos courts), a Federação Internacional de Ténis (ITF) implementou, pela primeira vez na qualificação do US Open 2017, um relógio que, à semelhança do basquetebol, cronometra os segundos entre os pontos, dando aos jogadores noção do tempo que têm até disputar o ponto seguinte. Também este ano vai ser testado no ATP Masters Sub-21 um sistema que dispensa todos os árbitros exceto o juiz de cadeira, dando ao Hawk Eye toda a responsabilidade no que toca a assinalar bolas dentro e fora, em todos os pontos. 
Muitas são as opiniões e ideias apresentadas até aos painéis da FIFA, como as famosas (e aos dias de hoje estranhas) ideias de Marco Van Basten como acabar com os prolongamentos, acabar com os foras-de-jogo, parar o cronómetro quando o jogo para (à semelhança do basquetebol) e reduzir a partida a 60 minutos úteis, etc.  O que é certo é que a introdução do VAR não só não acalma como ainda consegue acicatar alguns ânimos, não só por parte dos adeptos mas também de (ir)responsáveis técnicos por este mundo do futebol fora.

Artigo revisto por: Francisca Carvalho