Na temporada passada e época de estreia (em Portugal) do jogador holandês, o ponta-de-lança marcou 34 vezes, fazendo ainda quatro assistências. Uma época de sonho para qualquer avançado, numa temporada em que, ainda assim, o Sporting esteve aquém do esperado, em termos globais. Depois de uma época de luta pelo título até ao final, e com bom futebol, o segundo ano de Jesus resultou num decréscimo de qualidade, porventura até em termos de plantel (depois de uma pré-época muito mal gerida em termos de mercado).
Bas Dost foi a grande excepção, e num futebol muito afunilado para a finalização deste, de muitos cruzamentos de Gelson e pouco mais, o holandês teve a possibilidade de se destacar e voltar à ribalta do topo dos goleadores europeus (discutiu a Bota de Ouro com Messi até final da época), num estilo felino e eficaz onde poucas oportunidades bastavam para deixar a sua marca no resultado de cada jogo.
Nesta nova época, o Sporting alterou e muito a base do seu plantel, que resultou, por exemplo, em maior profundidade na ala esquerda (Acuña) e criatividade na zona central do terreno (Bruno Fernandes). Duas virtudes que obviamente trazem também consigo mais variantes ao jogo ofensivo da equipa leonina. Acuña sabe segurar bem a bola e entrar em zonas de remate com perigo, e Bruno Fernandes trouxe um poder de remate (e finalização) que há muito não se via no relvado de Alvalade. O próprio Gelson surge muito mais em zonas de finalização, o que mais uma vez, varia as opções para a definição de cada jogada ofensiva.
O avançado holandês faturou por 34 vezes na época passada Fonte: Sporting CP
Em suma, Bas Dost perdeu algum protagonismo nesse momento do jogo, e tem-se visto inclusivamente o holandês a pisar outros terrenos do campo para combinar e assistir os seus companheiros. Provavelmente irá marcar menos golos este ano? Provavelmente. Era mais confortável para ele jogar ao estilo da última época? Obviamente que sim. Mas o Sporting precisa de manter os seus processos de jogo que construiu para esta época, de modo a não cair – como aconteceu no ano passado – no “manto da previsibilidade”.
É caso para dizer que, e pegando na referência feita em cada festejo de um golo de Bas Dost, o avançado holandês deixou um pouco a intensidade e a irreverência dos seus AC/DC, e passou para um estilo mais instrumental, para uns Coldplay. Mais suave, mais ligeiro… mas está sempre lá quando é preciso. Setúbal e Feirense que o digam.
O nome Manuel Gaspar passava despercebido para muitos sportinguistas e amantes do andebol português até há umas semanas atrás. Com a lesão de Matej Asanin, o treinador Hugo Canela viu-se “obrigado” a recorrer ao jovem português para ter uma alternativa a Cudic. Com apenas 18 anos de idade, Manuel foi o titular da baliza na estreia da equipa de andebol no Pavilhão João Rocha e surpreendeu todos com a sua grande exibição ao ponto de ser considerado a figura do encontro.
No Sporting desde o ano de 2014, quando entrou para os escalões de formação, o seu percurso tem sido marcado por um crescimento e evolução bastante assinaláveis, facto que na temporada passada já tinha levado Hugo Canela a convocar o jovem português e a dar-lhe minutos na Taça Challenge.
A primeira característica que salta à vista é a maturidade competitiva que já é possível ver em Manuel Gaspar apesar da sua curta carreira enquanto profissional de andebol. Esta época, já competiu na Supertaça e no Campeonato, bem como na consagrada EHF Champions League. Em todas elas, demonstrou sempre uma grande qualidade e segurança que, nesta idade, só estão ao alcance dos futuros grandes jogadores.
Manuel Gaspar chegou aos escalões de formação do Sporting em 2014 Fonte: Facebook Manuel Gaspar
Para além disso, fisicamente é um jogador muito interessante, devido aos seus 190cm de altura e aos seus 85kg que lhe permitem encher a baliza e dificultar (em muito) a tarefa ao adversário. Manuel Gaspar tem uma grande noção do espaço que ocupa e isso é muito importante na hora de defender.
Como se viu no primeiro jogo do campeonato frente ao Fafe, o jovem português também tem os olhos postos na baliza oposta e, sempre que a oportunidade surgir, tem a capacidade de tentar o golo de longe. No seu primeiro jogo no novo pavilhão, o golo de baliza a baliza foi a cereja no topo do bolo que tanto deliciou os adeptos leoninos.
Manuel Gaspar é também internacional sub-18 pela seleção portuguesa, o que lhe deu certamente outra experiência europeia onde foi competindo com os melhores da sua geração, algo importante no crescimento de um jovem jogador. As qualidades estão reunidas para que no futuro seja o dono da baliza do andebol do Sporting.
Segunda jornada da fase de grupos da UEFA Champions League: o calendário dita a deslocação do FC Porto ao Estádio Luís II para defrontar o campeão francês: Mónaco.
Com três Supertaças Europeias perdidas naquele recinto, o FC Porto procurava quebrar o enguiço e recuperar os três pontos (mal) perdidos na primeira jornada do grupo frente ao Besiktas.
Importante ganhar, fundamental não perder. Era esta a palavra de ordem no reino do Dragão e os comandados de Sérgio Conceição não defraudaram. Exibição soberba do FC Porto.
Mas já lá vamos.
Leonardo Jardim, timoneiro da equipa monegasca, fez alinhar o seguinte onze: Benaglio, Sibidé, Glik, Jemerson e Jorge, Fabinho, João Moutinho, Ghezzal, Lemar e Diakhaby, Falcao. Surpreendentes as ausências do português Rony Lopes e de Jovetic, sendo de ressalvar o reencontro de Falcao e João Moutinho com a equipa portuguesa.
No FC Porto, as grandes novidades foram a inclusão de Sérgio Oliveira (que não tinha nenhum minuto de competição até à partida de hoje) e a alteração do sistema habitual (aposta, desta feita, no 4 x 3 x 3). Assim, o Porto apresentou-se com Casillas na baliza, secundado pelo já habitual quarteto defensivo composto por Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles. Trio de médios composto por Danilo, o já mencionado Sérgio Oliveira e Herrera. No ataque, figuraram Brahimi e Marega nas alas e Aboubakar como ponta de lança. Notas para as relegações de Óliver e Corona ao banco de suplentes.
Fonte: FC Porto
Apresentadas as equipas, vamos ao filme do jogo. Primeira parte marcada pelo equilíbrio e pouca agressividade no ataque à baliza. Sem grandes oportunidades e com a posse de bola dividida nos primeiros quinze minutos, foi já quando o Mónaco ganhava algum ascendente territorial que, aos 31 minutos, Aboubakar, à terceira, abriu o marcador a favor dos azuis e brancos. Apesar de alguma pressão dos franceses, nada de relevante há a acrescentar no que ao capítulo das oportunidades diz respeito, até ao apito para o intervalo.
Na segunda metade, quando se esperava uma resposta forte do Mónaco após o descanso, foi quando vimos o FC Porto de Sérgio Conceição explanar todo o seu (bom) Futebol. Com mais espaço para jogar, fruto dos riscos que o Mónaco foi correndo, o FC Porto foi dono e senhor do jogo. Sem nunca criar um número elevado de oportunidades (Marega falhou a melhor na cara de Benaglio), foi sempre o Porto a estar mais perto da baliza francesa e do 2-0 do que os comandados de Leonardo Jardim de chegar ao empate.
O dilatar da vantagem surgiu aos 69 minutos, numa lição de bem contra-atacar. Brahimi, após jogada individual ainda no meio campo defensivo, lança Marega na profundidade e este isola Aboubakar, que não desperdiça a oportunidade de bisar no encontro. Após o segundo golo, dá-se um período de, sensivelmente, 10 minutos de desnorte do FC Porto, aproveitado pelo Mónaco para ganhar superioridade e enviar uma bola à trave de Casillas por intermédio de Radamel Falcao. Com a entrade de Diego Reyes (já depois das entradas de Corona e Layun para as saídas de Aboubakar e Brahimi) para o lugar de Sérgio Oliveira, o FC Porto foi capaz de recuperar a sua organização e colocar, aos 89 minutos, a cereja no topo do golo e chegar à goleada por Layún. Missão cumprida com brilhantismo. Noite de Gala.
Sérgio Conceição prometera mostrar a força do FC Porto a nível europeu e cumpriu na plenitude. É dele grande parte da responsabilidade por este triunfo. Os Dragões ganharam por completo a batalha do meio campo sem nunca perder profundidade e largura e reentram, assim, na luta pelo apuramento para a fase seguinte.
Resta pedir e exigir que não se exagere nos festejos e concentração máxima para a deslocação do próximo domingo (dia de eleições autárquicas) ao Estádio de Alvalade, para defrontar o Sporting.
O 11 inicial do Borussia Dortmund era composto por Bürki, Piszczek, Papastathopoulos, Toprak, Toljan, Sahin, Castro, Götze, Yarmolenko, Aubameyang e Philipp, ficando no banco Weidenfeller, Bartra, Zagadou, Weigl, Kagawa, Pulisic e Dahoud.
O 11 inicial do Real Madrid CF era composto por Navas, Carvajal, Ramos, Varane, Nacho, Ronaldo, Kroos, Modrić, Bale, Casemiro e Isco, ficando no banco Casilla, Lucas, Llorente, Achraf, Asensio, Mayoral e Ceballos.
O Borussia Dortmund, vinha de vários jogos bem-sucedidos, vitórias atrás de vitórias, mesmo com muitas baixas por lesão. Já o Real Madrid CF vinha de resultados e exibições menos conseguidas.
Curiosidade futebolística: era o jogo número 150 de Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões.
O Borussia Dortmund começou com bastante pressão sobre os jogadores do Real Madrid CF, forçando-os a perder a bola diversas vezes, tendo ainda o apoio dos seus adeptos, que, sempre que a equipa adversária tinha a bola, eram assobiados.
A primeira falta do jogo foi por volta dos três minutos de jogo, a favor do Borussia Dortmund, continuando o Real Madrid CF sem conseguir sequer construir fio de jogo, perdendo muitas vezes a posse de bola. Aos 6 minutos, Bürki fez o papel de libero, cortando uma possibilidade do Real Madrid CF. Ainda assim, não estavam a construir qualquer perigo. Aos 7 minutos,Navas arrisca-se a fazer habilidades,e foi mesmo um risco,porque Aubameyang não brinca em serviço, mas acabou por lhe correr bem.
E,aos 18 minutos, o primeiro golo da partida, e que golaço de Gareth Bale, mas excelente passe de Carvajal.E assim o jogo começava a ganhar ainda mais vida, embora fosse contra a maré do jogo criada pelo Borussia Dortmund, num jogo que já estava a ser interessante.
Neste momento,o Real Madrid CF começava a controlar mais o jogo e o Borussia Dortmund começava a dar mais espaços. O mesmo protagonista colocou novamente à prova o guarda-redes do Borussia Dortmund, numa defesa a dois tempos, aos 22 minutos de jogo.
Aos 29 minutos sai o primeiro cartão amarelo do jogo, por ter usado o cotovelo, considerando assim o árbitro, embora o galês não tenha atingido o adversário.
Por volta dos 30 minutos de jogo, a equipa do Real Madrid CF pressionava cada vez mais a equipa do Borussia Dortmund, embora fosse o Borussia Dortmund a ter mais ataques, mas sem o golo. Aos 39 minutos, Carvajal leva a cartolina amarela, quase à entrada da área, por puxar a camisola, apesar de reclamar, foi bem mostrada a cartolina e não se ficava por aqui, Modrić levou amarelo aos 40 minutos de jogo, por ter saído da barreira antes do apito do árbitro. O livre em si não teve perigo, bateu na barreira e saiu pela linha lateral.
O habitual do costume, Cristiano Ronaldo teve um potente remate, mas sai ao lado, e nisto estavam 44 minutos decorridos de jogo, tendo-se jogado até aos 45+1, terminado assim a primeira parte, que se encontrava animada. Esperava-se que o Borussia Dortmund fizesse mais na segunda parte.
Adeptos sempre a apoiar a equipa, mesmo a perder Fonte: Football Finance
Não houve qualquer substituição ao início da segunda parte. E Varane faz um corte essencial, quase tão bom quanto um golo, aos 46 minutos de jogo -que grande jogada do Borussia Dortmund, numa combinação de vários passes, até ao momento da quase finalização.
Cristiano Ronaldo,aos 49 minutos de jogo, voltava aos golos na Liga dos Campeões- uma boa combinação entre Kross, Isco e Bale,que faz o último passe e Ronaldo encosta para golo: o seu 112º na Liga dos Campeões, puro campeão. Toprak leva a cartolina amarela, numa entrada um pouco fora de tempo, aos 52 minutos de jogo.
E o melhor marcador do Borussia Dortmund deixa a sua marca em jogo aos 54 minutos de jogo: Aubameyang mais rápido do que Ramos, antecipando-se, marcou o primeiro golo do Borussia Dortmund. Esperava-se que este golo arrebita-se a equipa.
Aos 60 minutos,entraram Weigl e Dahound,saindo Sahin e Toljan na expectativa de trazer mais velocidade ao jogo, coisa que estava a ser precisa para o Borussia Dortmund, até para dar a volta ao jogo. Aos 63 minutos, Weigl teve uma entrada a Cristiano Ronaldo, mesmo nas canelas,e mereceu o cartão amarelo, dando a possibilidade de Toni Kross marcar o livre, que bateu na barreira.
Aos 66 minutos em diante,o jogo estava aberto para ambos os lados: ora atacava uma ora atacava a outra equipa. Estava alucinante e esperava-se mais golos, para além das oportunidades, que já eram várias.
Aos 74 minutos, Isco coloca à prova o guarda-redes, num grande remate e grande defesa por parte do suíço. Ainda a terminar o minuto 76,entrou M. Asensio e sai Isco, assim como M. Gotze sai e entra Pulisi, onde teria 14 minutos para arrebentar com os rins da defesa do Real Madrid CF.
Aos 79 minutos de jogo, Cristiano Ronaldo tirava as possíveis aspirações do Borussia Dortmund querer empatar: grande disparo, sem qualquer hipótese para o guarda-redes e que grande passe de rotura por parte de Lukas Modrić, e assim se fazia a primeira vitória do Real Madrid CF em casa do Dortmund.
Aos 85 minutos de jogo entrou Lucas para o lugar do Gareth Bale,que já se encontrava completamente esgotado do jogo, muita pedalada por parte do jogador, tanto em trabalho ofensivo, resultando num golo, como no caudal defensivo, tendo cortado pelo menos 5 lances de pontapé de canto por parte do Borussia Dortmund.
Aos 90+1 entrou Ceballos e saiu Modrić, que muito deu ao jogo de meio campo do Real Madrid CF, com passes precisos e a defender de forma impecável. Pouco depois dessa entrada em jogo, Sergio Ramos coloca novamente à prova Bürki, que acabou por ser o melhor jogador por parte do Borussia Dortmund. O jogo terminou aos 90+3.
Assim,o Real Madrid CF tem seis pontos no grupo,com seis golos e um sofrido; já o Borussia Dortmund tem zero pontos: espera-se que venha a fazer melhor nos próximos jogos, de outra forma arriscam-se a ficar em terceiro lugar ou até em quarto. O Real Madrid CF não começou da melhor maneira, mas,mal abriram o marcador do jogo, controlaram em si o jogo, especialmente no meio campo e no ataque.
Escrevo-vos hoje em nome de todos os amantes de ténis que convosco aprenderam a amar a modalidade ou que, após a retirada de outros grandes nomes da mesma (como Pete Sampras, Björn Borg, Jimmy Connors, Rod Laver, Ivan Lendl, John McEnroe ou Andre Agassi), encontraram em vós novas referências no desporto que tanto nos apaixona. Escrevo-vos hoje pouco após o término da Laver Cup, o torneio “a feijões” que durante três dias nos colou aos ecrãs, para vos descrever aquilo que senti quando vos vi abraçados a festejar uma vitória que nada valia como se fossem dois meninos acabados de vencer o primeiro torneio das vossas vidas.
O ténis é, todos sabemos, uma modalidade especial. O fair play está cristalizado nos hábitos dos jogadores e a integridade é caraterística basilar nos mesmos. Sempre assim o foi, desde os primórdios, mas se ainda assim o é muito se deve a vós. “Caramba, como é possível num desporto individual haver respeito e, imagine-se, amizade entre os dois maiores da atualidade?”, perguntarão alguns. “Porque somos tenistas”, responderão vós. A Laver Cup foi apenas a expressão máxima dessa realidade e foi, permitam-me dize-lo, uma chapada de luva branca em todas as modalidades nas quais a mediocridade fora de campo chega a sobrepor-se à arte com a qual os seus executantes nos brindam dentro do mesmo.
Federer e Nadal divertem-se a fazer aquilo de que mais gostam Fonte: Laver Cup
Roger e Rafa, tantas e tantas batalhas depois, tantas e tantas horas dentro dos courts a lutar até que a força mental se sobrepusesse à força física, tantas e tantas emoções! No final, faz-se hoje a mesma pergunta que sempre foi feita: quem é o melhor? Vocês certamente riem e pensam para vós mesmos: o que interessa isso quando ambos fazemos aquilo de que tanto gostamos? Todos sabem que tu, Roger, és um prodígio técnico, que és poesia em movimento, que te moves no court como se estivesses num bailado de Tchaikovsky. E todos sabem que tu, Rafa, és a personificação perfeita de “la furia española”, que sempre figurarás na história como um dos maiores guerreiros da história do desporto.
Pergunta da semana: alguém consegue acertar no próximo onze que o mister Abel Ferreira fará alinhar pelo Sporting Clube de Braga? Tarefa árdua parece-me. Tão árdua que daqui a pouco já estou a ver a Santa Casa da Misericórdia a criar um novo jogo, onde o objectivo é acertar nesse mesmo onze, podendo ser a compensação de tal “sorte” um valor bem chorudo.
Ora vejamos: se contarmos com os jogos do campeonato e o primeiro jogo da fase de grupos da Liga Europa, podemos constatar que o mister nunca manteve o mesmo onze em dois jogo seguidos. Sinceramente, agora um pouco mais a sério, se me perguntarem o onze tipo do Braga, eu não consigo dizer-vos qual é.
Parece começar a existir uma base de alguns jogadores que têm repetido a titularidade, mas, sinceramente, há algo que não entendo: Esgaio após brilhar na Alemanha, é pouco depois retirado do onze? Sequeira, mesmo sendo verdade que Jefferson tem demonstrado debilidades defensivas, é superior ao ex-jogador do Sporting? Não sei porquê, mas eu, se fosse adepto do clube arsenalista, acho que ainda ia ter saudades do Baiano e do Djavan. Bruno Viana ou Rosic são superiores a Ricardo Ferreira, que após se ter exibido a alto nível na Luz (e vindo de lesão) é reenviado para o banco de suplentes? Quem são os homens do meio campo? Vukcevic e Fransérgio? Danilo? Então o Xadas é suplente do Fábio Martins que este ano tem estado particularmente pouco inspirado e muito faltoso? O Paulinho e o Hassan são para manter, ou daqui a pouco veremos o Dyego Sousa ou o André Horta também no onze?
Têm sido constantes as mudanças que o treinador do Braga tem vindo a efectuar no onze arsenalista Fonte: SC Braga
Com isto tudo, quero simplesmente transmitir-vos que primeiro não percebo algumas alterações no plantel do Braga para este ano, segundo não percebo porque não jogam sempre as mais valias, ficando muitas vezes no banco de suplentes ou na bancada, e terceiro, a verdadeira razão desta pequena análise: estará o treinador do Braga a fazer o mais correcto?
Face a um plantel mais ou menos homogéneo em termos de valores individuais, será que esta constante alteração dos elementos que jogam, irá, mais para o meio da época, fazer-se notar tanto na disponibilidade física como mental de todo o grupo, não se notando a falta de alguns titulares (até porque na realidade quase não os há)? Será que a tecla “batida” por quase toda a comunicação social de que os treinadores devem ter um onze base e alterá-lo pouco de um jogo para o outro, afinal, não será contrariada se o Braga for um Braga de sucesso nesta época e o seu treinador mantiver esta rotação?
E até ao momento? Tem o treinador do Braga tirado proveito destas alterações? Foi graças a estas constantes alterações que o Braga ganhou na casa de um clube alemão que cinco dias antes havia ganho ao crónico campeão alemão por 2-0? Ou terá sido daqueles jogos em que as mudanças no onze habitual do Hoffenheim (que também ocorreram) e a “sorte” do jogo, conjugadas, ditaram um resultado tão pouco provável quanto histórico? Estaria este Braga mais “seguro” nos seus jogos, mais “mandão”, mais constante, se mantivesse um onze onde as movimentações de cada jogador eram mais previsíveis para os colegas de equipa, onde os mecanismos da equipa se faziam notar com mais naturalidade? Serão, com certeza, respostas que teremos daqui a mais algumas jornadas, quando se conseguir fazer um balanço mais fidedigno.
Até lá, divirtam-se a tentar adivinhar o onze do Braga para o confronto da Liga Europa e depois deixem-se surpreender. Deixo aqui a minha “lotaria”: Matheus; Esgaio, Ricardo Ferreira, Bruno Viana e Jefferson; Fransérgio e Vukcevic, Bruno Xadas e João Carlos Teixeira; Paulinho e Hassan. Qual é a vossa?
Há apenas 7 anos atrás encontrava-se entre os grandes do nosso futebol, agora está prestes a iniciar a época na divisão de honra da Associação de futebol de Coimbra. Despromovida na última edição do CNS, a Naval 1º de Maio terminou assim um ciclo de declínio desportivo, passando do principal escalão ao futebol distrital.
Voltando bastante atrás na história, a Associação Naval 1º de Maio foi fundada a 1 de Maio de 1893, data escolhida devido ao facto de a sua génese provir da classe de operários. Esta associação sucedeu à Associação Naval Figueirense, anteriormente extinta, e focava-se fundamentalmente nos desportos náuticos onde logrou grandes sucessos na primeira fase da sua história. Partindo dessa base, o clube foi-se tornando mais eclético, sendo o futebol uma das modalidades abraçadas. Passando a maior parte da sua história entre as divisões secundárias do nosso futebol, na época 2004/2005 conseguiu pela primeira vez garantir a participação na primeira liga, onde se manteve por seis épocas consecutivas e conseguiu um 8º lugar como a sua melhor classificação.
Plantel da Asssociação Naval 1º de Maio, na sua primeira época na primeira liga Fonte: gloriasdopassado.blogspot.pt
Após este período áureo no convívio dos grandes do nosso futebol, o clube da Figueira da Foz entrou na fase descendente ao ser despromovida ao segundo escalão na época 2010/2011, terminando no 16º lugar, o último da classificação. Seguidamente passou duas épocas na segunda liga, onde se destacaram os problemas financeiros que conduziram a meses de salários em atraso e ameaças de greve por parte dos jogadores do plantel. Esta crise financeira viria a culminar com a descida ao terceiro escalão, e posteriormente aos distritais onde agora se encontra. Na época transata, o plantel chegou a ter apenas 12 jogadores, e correu o risco de não conseguir competir até ao “términus” da época.
Agora, nesta nova fase da sua história, o clube parte para esta época com o objetivo de voltar a garantir o acesso ao futebol nacional, de modo a poder estabilizar-se passo a passo e voltar a sonhar com um regresso aos sucessos passados.
O Bonfim recebeu o Boavista no último jogo da sétima jornada, onde foi cumprido um minuto de silêncio em homenagem a D. Manuel Martins.
À meia hora, o jogo encontrava-se muito trapalhão, como foi desde o início, mas com um Vitória mais perigoso que o Boavista. A equipa sadina teve duas oportunidades flagrantes de golo, as duas nascidas nos pés de João Amaral e desperdiçadas por Gonçalo Paciência e Willyan, respetivamente. Valeu Vagner ao Boavista pelas duas vezes. Jorge Simão, insatisfeito com a equipa, tirou Kuca do relvado para lançar a jogo Mateus.
Com o avançar do cronómetro, o jogo foi-se tornando cada vez menos interessante, mais confuso e agressivo.
A segunda parte veio fazer jus ao esforço do Vitória e, aos 50 minutos, Gonçalo Paciência assistiu João Amaral para o golo. Como tem vindo a ser hábito, Amaral e Paciência foram os dois jogadores mais influentes da equipa da casa. Aquando do golo do Vitória, o Boavista reagiu e começou a subir no terreno, acabando por dominar a segunda parte e levar perigo à baliza de Trigueira. A cinco minutos dos 90, Mateus justificou e marcou.
O empate acabou por ser o resultado mais justo e, como tem vindo a ser habitual, a falta de eficácia dos homens de José Couceiro comprometeu os três pontos. O Boavista soube reagir ao golo dos sadinos, ao contrário destes que, quando sofreram o empate, desmoralizaram e acabaram por se deixar afetar emocionalmente.
Andebol | Semana que marcou o regresso às vitórias no Campeonato e a primeira derrota na EHF Champions League. Começando pelas lides domésticas, o Sporting foi até à Madeira vencer o Madeira SAD por 27-36, resultado de um jogo completo por parte dos Leões, no qual se destacam as boas intervenções do jovem guarda-redes Manuel Gaspar e as letais finalizações de Pedro Portela (nove golos), assim como o facto de dez elementos terem inscrito o seu nome na lista de marcadores. No Domingo houve novo jogo Europeu, o primeiro no Pavilhão João Rocha; os ucranianos do HC Motor Zaporozhye acabaram por justificar o seu favoritismo, com a turma Verde e Branca a não conseguir fazer face ao poderio de uma formação que marca presença na fase de grupos da principal competição europeia de clubes pela quinta época consecutiva. A turma adversária teve no guardião um dos principais esteios, uma alavanca para letais contra-ataques que acabaram por tornar o resultado excessivo; do lado da turma de Alvalade, destaque para várias intervenções de bom nível de Manuel Gaspar, assim como para os seis golos marcados por Edmilson Araújo.
Futebol feminino | Sporting 3-2 Vilaverdense. Triunfo que valeu pelos três pontos e nada mais. Numa partida onde as Leoas se revelaram bastante perdulárias, as minhotas acabaram por estar sempre dentro do encontro, marcando dois tentos nas raras incursões à baliza das campeãs nacionais. Solange Carvalhas lesionou-se (aparentemente uma entorse no joelho). Na próxima jornada as comandadas de Nuno Cristóvão vão até Braga para um duelo pela liderança.
A equipa feminina conseguiu mais uma vitória antes da difícil deslocação a Braga Fonte: Sporting Clube de Portugal – Futebol Feminino
Futebol masculino | Semana de empates com consequências distintas. O de terça-feira, em Alvalade, diante do Marítimo (0-0): duas equipas com onzes não habituais, e que se veio a revelar um teste positivo para procurar aferir a valia/compromisso/preparação das segundas linhas Leoninas. Contornos negativos teve o empate em Moreira de Cónegos (1-1) por duas razões: a primeira prende-se com a matemática, sendo já dois pontos perdidos num daqueles jogos em que se “ganham” campeonatos; a segunda trata-se de uma questão de calendário, visto que o próximo duelo doméstico será diante do líder FC Porto, uma equipa cujo principal reforço foi a Atitude, aparentemente incutida por Sérgio Conceição. Esta poderá vir a ser uma semana muito importante para esta equipa, principalmente no que concerne à sua posição no Campeonato Nacional.
Futsal feminino | Começou o Campeonato Nacional, com as Leoas de Carlos Reis a vencerem na deslocação ao reduto do Povoense por 1-6. Na próxima jornada, o Sporting recebe o recém-promovido ARCD Venda da Luísa.
Corria o minuto 74 nos Barreiros, no dia 19 de Novembro de 2006, e o então miúdo com pouco mais de 18 anos de Marrazes, Rui Pedro dos Santos Patrício, fazia o seu primeiro jogo na liga portuguesa e faz uma defesa a um penálti que permitiu que o Sporting saísse vitorioso da Madeira. Foi o início daquela que tem vindo a ser uma linda história de um guarda-redes, que pode ser contada mundialmente por poucos.
Ainda demorou depois disso a pegar novamente na baliza leonina e quando pegou somou erros atrás de erros. Paulo Bento, ao seu estilo, foi teimoso. E se há coisa que não podemos esquecer do trabalho do ex-treinador leonino, foi esta teimosia que nos deu este “fruto”. Não desistiu dele, mesmo quando o mundo o queria ver pelas costas. Ninguém lhe perdoava os erros da juventude e queriam que o “pequeno” Patrício fizesse, em tenra idade, milagres. Foi ofendido pela massa associativa, na qual também me incluo, foi maltratado pelos media, foi ofendido por patrocinadores da Selecção Nacional. Hoje, quem perceber um “bocadinho” de futebol só tem coisas boas para dizer do guardião (com todos os defeitos que ele possa ter).
O então 22 da baliza leonina, estreia-se com a defesa de um penálti. Foi um início de carreira maravilhoso, que pouco depois teve muitos altos e baixos. Mas o guardião leonino e prepara-se para ser lendário. Fonte: Facebook oficial de Rui Patrício
Mas o “jovem” nunca baixou os braços. Hoje, venha quem vier é um dos melhores do mundo. Levou Portugal às costas num Europeu que jogámos defensivamente e tem sido o esteio do Sporting ao longo dos anos: o NOSSO VERDADEIRO CAPITÃO.
Já deve ter tido “milhares” de propostas, mas a verdade é que continua ao nosso lado e nunca o vimos amuado com nada, nem ninguém a querer falar por ele pedindo para sair. São recordes atrás de recordes, mais de 420 jogos pelo Sporting Clube de Portugal, 300 deles na Liga Portuguesa. 120 internacionalizações, nos vários escalões, e Campeão Europeu por Portugal.
O Rui continua a querer mais e nós também. Queremos que sejam pelo menos mais 300 jogos e que além do título de Campeão Mundial por Portugal, dês o tão ansiado título aos adeptos. Essa seria a maior chapada de luva branca que me darias. E acredita que eu mereço, fui dos que te “maltratei” no início.
Quarta-feira, lá estarei no Estádio de Alvalade novamente para gritar o teu nome a cada defesa!!!