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GP Singapura: Vettel esmaga concorrência e conquista 49ª Pole

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Cabeçalho modalidadesDepois de há 15 dias Lewis Hamilton ter assumido a liderança do campeonato em Itália pela primeira vez este ano, e de tornar o campeonato ainda mais acesso e um dos mais quentes dos últimos anos, o circuito citadino de Singapura era o ideal para Vettel e Ferrari voltarem à carga e a máxima força. O inglês saiu de casa da Ferrari na liderança do campeonato, e apesar dos restantes circuitos na teoria favorecerem a equipa alemã, a Ferrari já demonstrou inúmeras vezes este ano, de que, a teoria pouco ou nada é relevante. Hamilton lidera apenas com mais 3 pontos que Vettel.

Os treinos livres deste Grande Prémio de Singapura que é realizado na parte da noite, foram todos liderados pela Red Bull, ainda que com uma pequena margem face à Ferrari. Destaque ainda para a Mercedes que nunca se conseguiu impor perante este domínio, a ter bastantes dificuldades em acompanhar os homens da frente. Ao que tudo indicava e seguindo as classificações, podia-se concluir que algo estava mal na Ferrari ou então era jogo escondido.

Vettel optou por realizar simulações de corrida, quer com pneus soft quer com super soft, daí que os treinos livres nunca podem ser levados em conta, sobretudo a nível de tempos. Ricciardo e Verstappen justificavam porquê que a Red Bull tem asas, pois Singapura é um circuito citadino com muitas curvas e poucas rectas, e este tipo de traçado favorece os motores com maior aerodinâmica e menor velocidade de ponta. Contrariamente, a Mercedes encontrava-se com muitas dificuldades de adaptação, ainda que os resultados abafassem esse facto, a verdade é que os germânicos estavam fora da luta pela Pole Position desde início.

Em relação à qualificação, os pilotos eliminados quer na Q1 quer na Q2, foram como sempre, a Sauber, a Haas, e as restantes são as que têm unidades motrizes Mercedes, ou seja, a Williams e a Force India. Destaque para a Mclaren, conseguiu colocar os dois carros na Q3, o que há uns meses atrás era impensável! Na luta dos 10 mais rápidos, Hulkenberg da Renault e Carlos Sainz da Toro Rosso a serem os outsiders dos crónicos da frente. Nota para um facto no mínimo curioso, tanto Vettel como Raikkonen fizeram praticamente os mesmos tempos na Q1 e Q2, quase até nas milésimas!

Verstappen a criar uma imagem espectacular com o seu Red Bull Fonte: Fórmula 1
Verstappen a criar uma imagem espectacular com o seu Red Bull
Fonte: Fórmula 1

Qualificação marcada pelo equilíbrio entre Ferrari e Red Bull, com a Mercedes a assistir de longe a sentir-se impotente. Quando se pensava que a Pole e respectiva primeira linha seriam para os homens da Red Bull, eis que sai um coelho da cartola para o alemão da Ferrari. Quando teve que realizar voltas rápidas, realizou-as de forma implacável. Os tempos de Vettel eram inalcançáveis, Red Bull e Mercedes nada podiam fazer para contrariar este cenário.

Ainda assim, Verstappen irá partir ao lado de Vettel, e Ricciardo em 3º, parte à frente do finlandês da Ferrari. Longe dos lugares da frente e sem poder de impulsão, Hamilton parte do 5º posto e Bottas da 6ª posição. Na liga dos outros, Hulkenberg conseguiu obter o 7º, Alonso o 8º e Vandoorne o 9º, com Sainz a fechar o Top-10.

O campeonato está cada vez mais equilibrado e ao rubro, a juntar-se à festa neste Grande Prémio temos a Red Bull, que está claramente superior à Mercedes em todos os níveis. A Ferrari pode aspirar da corrida de Singapura uma vitória e talvez uma dobradinha, mas mais importante do que isso, é puder contar com a Red Bull para ganhar mais pontos a Hamilton e à Mercedes. Certamente que teremos um campeão do mundo apenas em Abu Dhabi.
A Mclaren no circuito citadino está com um bom ritmo e dada a qualificação, pode muito bem surpreender tudo e todos, e talvez obter o melhor resultado da época. Será interessante ver uma Ferrari a voar e uma Red Bull a acompanhar o voo, e uma Mercedes que nunca desistirá mas a sensação que pode reinar na box germânica era a de deixar as flechas de prata penduradas para a Malásia.

Sebastian Vettel fez 2 voltas canhões, esmagou a concorrência, contrariou as previsões, superou as expectativas, não deu as mínimas hipóteses, e pode contar com a Red Bull para ganhar mais pontos a Hamilton, que partirá de 5º lugar.

A corrida de Singapura está marcada para as 13h em Portugal Continental e tem transmissão na RTL e na Sportv5.

Foto de Capa: Fórmula 1

Académica OAF 4-2 Sporting CP B: Estudantes gostam de acordar cedo

Cabeçalho Futebol Nacional

A Académica parece gostar de se levantar cedo. Ao segundo jogo disputado de manhã esta época, a segunda vitória, numa partida recheada daquilo que é suposto ser a génese do desporto-rei – golos e emoção.

Apesar da hora madrugadora do início do encontro, nenhuma das equipas entrou a dormir e aos sete minutos já havia golos para ambos os lados. João Real adiantou os estudantes depois de desviar, ao segundo poste, um cabeceamento de Yuri Matias. Logo depois, Christian Ponde, na conversão de uma grande penalidade “ganha” por Rafael Barbosa, igualou a partida.

O espaço cedido pelo meio-campo leonino (bastante despovoado), bem explorado pela Académica, era compensado pelo virtuosismo da sua linha ofensiva (Jovane e Papel nas alas e Dala e Ponde no meio iam conferindo dinâmica ao ataque) e o jogo ganhava, por isso, requintes de irreverência que animaram o público do Estádio Cidade de Coimbra, com destaque para os lances protagonizados por Harramiz, para a Académica (espetacular disparo de primeira a obrigar Pedro Silva a grande defesa) e Ary Papel, para o Sporting CP B (fuga pela direita, a deixar Gelson Dala na cara do golo).

A bola namorava a baliza, mas faltava consumar-se a relação com o golo. Com o passar dos minutos, julgava-se que a primeira parte se ia despedir com um beijo em cada uma das balizas, mas Ricardo Dias fez questão de “roubar” outro e, de cabeça, correspondendo a livre bem batido por Nélson Pedroso, deu vantagem à Briosa na ida para os balneários.

A segunda parte começou … de forma ainda mais intensa que a primeira! Muita vontade, muita vertigem… e muitos golos. Foram três em apenas dez minutos! Ponde, serivdo por Bruno Paz, bisou e igualou o marcador, mas a resposta da Briosa não se fez esperar e apenas cinco minutos depois do golo leonino, os estudantes já estavam em vantagem por dois golos de diferença. Ricardo Dias na sequência de um canto, bisou e devolveu a vantagem à Briosa; Nélson Pedroso, de livre direto, aumentou-a.

Em vantagem, a Académica sossegou o jogo e passou a atacar com menos intensidade, controloando o encontro no meio-campo contrário. O Sporting CP B, inferiorizado no centro do terreno, não se conseguia soltar e foi a Académica quem mais perto esteve de aumentar o marcador – Zé Tiago (entrado para o lugar de Ki), por duas vezes, apareceu em boa posição, mas não conseguiu desfeitar Silva – até final da partida.

O Sportingp CP B pagou caro o facto de se apresentar em Coimbra, frente a uma Académica cada vez mais oleada a nível ofensivo (sobretudo nas bolas paradas), com um meio-campo sem uma referência defensiva. Aproveitou a Briosa para somar mais três pontos e alimentar o sonho da subida.

Guess Who’s Back?

Cabeçalho Futebol NacionalUm é capitão em praticamente todos os clubes onde joga e os outros dois já foram considerados, em tempos, grandes promessas leoninas. Três carreiras distintas e três jogadores que estão de regresso ao seu país e ao principal escalão nacional depois de vários anos lá fora.

O primeiro é o “Capitão Tarzan”. Depois de ganhar uma Liga dos Campeões, uma Liga Europa, quatro campeonatos portugueses e um alemão, entre muitos outros títulos, Ricardo Costa está finalmente de regresso a Portugal. O central fez a formação no Boavista e deu nas vistas nos seniores do FC Porto, onde se manteve várias épocas. A saída para o estrangeiro aconteceu em 2007 para o Wolfsburg e por lá continuou durante 10 anos, passando por clubes como Lille, Valencia, PAOK, Granada, Luzern e até uma pequena aventura no Al-Sailiya do Qatar.

Fonte: CD Tondela
Fonte: CD Tondela

Esteve presente em três Mundiais e um Europeu, conta com 22 internacionalizações A e, aos 36 anos, vai procurar ajudar o Tondela do seu amigo e ex-companheiro nas seleções jovens Pepa a garantir a manutenção. O atual capitão dos beirões afirmou recentemente na ReporTV que mantém a esperança e o sonho de atingir as 25 internacionalizações, para já, vai certamente dar outra estabilidade à defesa do seu clube e qualidade ao nosso campeonato.

O segundo regresso é o de Yannick Djaló. Outrora uma das grandes promessas do futebol nacional, acabou por nunca confirmar o seu potencial. Conseguiu algumas épocas interessantes de leão ao peito, mas a transferência falhada para o Nice em 2011 foi o início do declínio da sua carreira. Esteve meia temporada sem jogar, até que surgiu o SL Benfica, só que quando parecia que tinha tudo para relançar a carreira, acabou por praticamente não jogar e passar a maior parte do contrato emprestado clubes de ligas secundárias. No último ano jogou pelo Ratchaburi, da Tailândia, um clube muito aquém daquilo que se previa para o futuro de Djaló, que chegou mesmo a estrear-se pela seleção A num mítico empate a 4 contra Chipre.

Fonte: Vitória FC
Fonte: Vitória FC

Yannick volta ao nosso campeonato com 31 anos e vai procurar ajudar o Vitória de Setúbal a atingir os seus objetivos. O seu estado físico é uma incógnita, mas se mantiver a velocidade e técnica que lhe eram características e conseguir aumentar o seu nível competitivo, talvez possa realizar uma temporada interessante.

Maracanã, o Templo perdido

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Cabeçalho Liga BrasileiraEm sentido figurado podemos definir um Templo como o reflexo ou o espelho da divindade eterna. Quando os Deus descem à Terra têm nos Templos o seu dormitório.

Podíamos recuar até à Grécia Antiga, ou simplesmente imaginar que, algures num outro planeta, o culto da divindade também merece honras distintas, mas a verdade é que muito dificilmente existirá algum Templo tão marcante, icónico e divino como o eterno Maracanã.

O Templo-Sol, ponto de encontro entre Deuses e humanos, onde espíritos de outras paragens vagueiam para trás e para a frente…onde o Rei Pelé marcou o seu milésimo golo.

Sediado na cidade maravilhosa, este emblemático estádio carioca foi construído para ser o palco principal do Mundial de 1950.

Naquele recinto, realidade e ficção sempre andaram de mãos dadas e, até hoje, nunca se soube ao certo qual das duas personalizou a mítica final desse Campeonato do Mundo.

Durante largos anos foi o maior e mais imponente estádio do mundo, e relatos de quem testemunhou in loco o “Maracanazzo” – célebre final desse Mundial que o super-favorito Brasil perdeu contra o Uruguai por 1-2 – afirmam que nessa tarde mais de 200.000 pessoas assistiram àquela que foi considerada a maior tragédia do futebol brasileiro.

No entanto, os registos oficiais apontam o clássico Flamengo – Fluminense como o detentor do recorde de assistências de sempre em todo o mundo, num total impressionante de 194.063 adeptos.

Mais de 200.000 adeptos chegaram a lotar o Maracanã. Hoje em dia a sua lotação resume-se a cerca de 79.000 lugares Fonte: Globo Esporte
Mais de 200.000 adeptos chegaram a lotar o Maracanã. Hoje em dia a sua lotação resume-se a cerca de 79.000 lugares
Fonte: Globo Esporte

Em 1989, a seleção brasileira foi campeã do mundo pela primeira vez na sua casa. A Canarinha derrotou o Uruguai com um tento solitário de Romário, e conquistava o seu primeiro título após a vitória no Mundial de 70.

Em agosto de 2010 o estádio encerrou para obras de remodelação tendo em vista o Campeonato do Mundo e os Jogos Olímpicos, e tudo parecia normal no então Templo Sagrado do futebol.

Mas o improvável aconteceu, e apenas seis meses após o final dos Jogos Olímpicos, o histórico Estádio do Maracanã foi deixado ao abandono. As bancadas, outrora um local de culto, permanecem agora cobertas de pó e lixo, e muitas das cadeiras já desapareceram. O relvado secou, transformando-se num aglomerado de erva acastanhada, terra e lixo. Dentro e fora, este Templo Perdido foi alvo de vandalismo, num claro atentado à memória e ao património imaterial do mais emblemático estádio de todos os tempos.

O enorme e complexo imbróglio jurídico que opõe a Prefeitura do Rio de Janeiro e Comité Organizador do Local no Rio 2016 (Maracanã S.A.) não tem fim à vista, e o estádio parece cada vez mais perdido no tempo.

Foto de Capa: ESPN Brasil

Artigo revisto por: Beatriz Silva

Irá o FC Porto ressentir a derrota europeia?

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fc porto cabeçalhoRio Ave e FC Porto cruzam caminhos neste domingo a contar para a 6.ª jornada da Liga NOS, num momento em que as duas equipas nortenhas estão a fazer uma excelente campanha e a praticar um futebol apelativo que agrada os seus apoiantes. No entanto ressalta um aspeto curioso que “mancha” este percurso positivo das duas equipas: ambas perderam o último jogo.

Na passada quarta-feira, no jogo com o Besiktas a contar para a Liga dos Campeões, o FC Porto perdeu o seu primeiro jogo da época. Não só perdeu, como tombou com estrondo na sua fortaleza e para além disso concedeu os primeiros golos da época (e logo três!). Tudo isto é novidade para a turma de Sérgio Conceição e é neste tipo de situações que se apresentam dois tipos de cenários que podem definir o rumo e decurso de uma época: ou o FC Porto reage da melhor forma, servindo a derrota para unir o grupo e motivar ainda mais ou o FC Porto ressente a derrota e entra numa série negativa. Porém, não sejamos pessimistas! Estamos a falar de competições diferentes e na nossa competição, a Liga NOS, os dragões permanecem invencíveis nos resultados e invioláveis na baliza. Como fator motivacional, os pupilos de Sérgio Conceição podem olhar para o jogo de domingo como uma hipótese de vencer seis jogos consecutivos, algo que não acontece desde 2010/11 aos comandos de André Villas-Boas que se recorde uma época de sucesso, podendo portanto ser o prenúncio de algo muito positivo.

Do outro lado surge o Rio Ave que, à exceção dos outros dois grandes, apresenta-se como o adversário mais complicado neste momento para o FC Porto, não só por jogar perante os seus adeptos mas também por apanhar um “dragão ferido”. Os vila-condenses encontram-se neste momento num respeitável 5.º lugar e ainda a algumas jornadas atrás estavam a disputar a liderança com dragões e leões. Todas as épocas as equipas do Rio Ave apresentam-se como uma incógnita do que irá realizar na Primeira Liga, apesar de em teoria lutar sempre por lugares europeus. Para desfazer qualquer dúvida, Miguel Cardoso assumiu o leme da equipa e até agora tem feito um trabalho admirável. O pupilo de Paulo Fonseca vai na sua época de estreia na Liga NOS e até agora tem dado boas indicações, podendo quem sabe, ultrapassar um dia o mestre. Às suas ordens, o “mister” Cardoso conta com craques como Cássio, Tarantini, Rubén Ribeiro, Nuno Santos, Yuri Ribeiro e Chico Geraldes (suspenso), tendo assim o equilíbrio perfeito entre experiência e irreverência.

Francisco Geraldes é a grande baixa na equipa vila-condense Fonte: Rio Ave FC
Francisco Geraldes é a grande baixa na equipa vila-condense
Fonte: Rio Ave FC

Os únicos pontos perdidos até agora pelos vila-condenses foram com o SL Benfica, num empate a uma bola, num jogo envolto em polémica e no qual o Rio Ave praticou um futebol de grande qualidade e na última jornada, a jogar no “Caldeirão” frente ao Marítimo numa derrota pela margem mínima e com um jogador a menos, num campo onde até os grandes costumam tremer.

Apresentadas assim as equipas e respetivos momentos de forma, o jogo entre as duas equipas do Norte encabeça a 6.ª jornada da Liga e, se por um lado o FC Porto quer desfazer todas as dúvidas dos adeptos e provar que a derrota europeia nada abalou as convicções e objetivos no campeonato, por outro o Rio Ave quer continuar o seu percurso positivo e assegurar desde cedo um lugar nas competições europeias.

Fonte: Bola na Rede
Fonte: Bola na Rede

A surpresa Battaglia

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sporting cp cabeçalho 1O argentino Rodrigo Battaglia chegou a Portugal em 2013, vindo do Huracán, depois de uma curta passagem pela equipa do Racing Club. Nos primeiros anos, a passagem pelo SC Braga, a sua primeira equipa portuguesa, não correu de feição e sucederam-se múltiplos empréstimos até à consolidação do jogador em que Battaglia se tornou até chegar ao Sporting.

A época passada parecia ser apenas mais uma desde logo porque o SC Braga voltou a emprestar o jogador ao recém-promovido GD Chaves. No entanto, sob a batuta de Jorge Simão, Battaglia tornou-se um importante elemento no meio-campo da equipa transmontana, o que lhe valeu o retorno antecipado à cidade e ao clube de Braga para onde o treinador português também se transferiu. A partir daí, o argentino não mais largou a titularidade do clube bracarense e, no último mercado de transferências, o Sporting trouxe-o para Alvalade, num negócio que também envolveu as idas de Jefferson e Ricardo Esgaio para Braga.

A contratação de Battaglia foi vista com alguma desconfiança pelos adeptos leoninos porque no seu currículo apenas haviam equipas do campeonato argentino – obviamente mais fraco que o português – e a sua qualidade só tinha sido demonstrada depois de muitos anos de adaptação a uma nova realidade e, ainda por cima, em clubes de menor dimensão que o Sporting. Desde o início da pré-época, Battaglia tem vindo a contrariar todas as baixas expectativas que foram colocadas sobre ele e, a cada jogo que passa, a sua consistência e preponderância têm sido cada vez mais visíveis.

A humildade e o caráter de Battaglia têm sido dois fatores que têm conquistado os adeptos leoninos. O argentino ainda não está no Sporting há meia época mas consegue ser um dos mais respeitados do plantel leonino. Acima de tudo, Battaglia é um jogador que reúne as características de um leão. Dentro de campo, dá tudo pela camisola que veste e fora dele percebe a importância dos adeptos, o amor que a massa associativa sente pelo clube e o respeito que cada elemento que está na bancada merece da sua parte. Recentemente, com o falecimento de uma das sócias mais antigas do clube, Battaglia não se esqueceu de lhe dedicar a vitória do jogo e de, mais do que isso, fazer um post nas redes sociais onde lamentava esta perda. Em alguns clubes, isto pode passar ao lado, mas para uma grande família como é o Sporting, estes (pequenos) grandes gestos são sinónimo de integração e respeito pela enorme instituição que é o Sporting Clube de Portugal.

Battaglia é um dos reforços mais acarinhados pelos adeptos leoninos Fonte: Facebook Oficial de Rodrigo Battaglia
Battaglia é um dos reforços mais acarinhados pelos adeptos leoninos
Fonte: Facebook Oficial de Rodrigo Battaglia

Em relação ao seu rendimento, os indicadores são os melhores e têm sido uma enorme surpresa para muitos sportinguistas. Battaglia é um jogador que ocupa sobretudo as zonas mais adiantadas do meio-campo, podendo jogar a oito ou até a dez. No entanto, com o grande rendimento que Bruno Fernandes tem apresentado a segundo avançado, Jorge Jesus tem usado Battaglia como o substituto de Adrien Silva na posição oito, onde se sente naturalmente confortável e sem dificuldades em ocupar espaços e distribuir jogo.

Face à ausência forçada de William Carvalho no início desta época, Battaglia ‘recuou’ para a posição seis e, mais uma vez, o seu rendimento foi bastante satisfatório. Na verdade, é nessa posição que melhor se percebe o porquê da sua alcunha ser ‘o tanque’, tal é a facilidade com que recupera bolas e se torna intransponível para os adversários. Como se essa versatilidade não chegasse, Jorge Jesus ainda viu Piccini lesionar-se e, sem Ristovski no banco, foi obrigado a recorrer a Battaglia. O argentino foi para a lateral-direita e, mais uma vez, foi esclarecido, não inventou e defendeu como se aquela tivesse sido sempre a sua posição de referência.

A chegada de Battaglia a Alvalade é, sem dúvida, uma mais-valia para o plantel leonino. Se Bruno César foi durante muito tempo o único bombeiro de serviço, agora é a vez de Battaglia mostrar que está disponível para jogar em qualquer posição e ainda por cima sem diminuir a sua qualidade exibicional. O argentino demorou para mostrar serviço em Portugal mas agora que pegou de estaca é muito difícil pará-lo.

Foto de Capa: Facebook Oficial de Rodrigo Battaglia

Artigo revisto por: Beatriz Silva

Portugal 8-7 Suíça: Grande reviravolta e mais três pontos!

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Cabeçalho modalidadesNo segundo encontro da fase de grupos da Superfinal da liga europeia de futebol de praia, Portugal teve pela frente a Suíça, que necessitava obrigatoriamente de pontuar se quisesse manter-se na luta pela final, tendo conseguido vencer 8-7, após trinta e seis minutos bastante discutidos.

O jogo começou da melhor maneira para a seleção da Suíça, pois, logo aos quatro segundos, a partir da jogada de saída, Ott, fez o 1-0. Cerca de um minuto depois, na sequência de um ataque de Portugal, Stankovic ganhou uma falta em zona frontal e não desperdiçou, colocando o marcador em 2-0.

Entrada em falso de Portugal no jogo que, quase sem se aperceber, já tinha uma desvantagem de 2-0 no marcador para recuperar com apenas um minuto jogado. A seleção portuguesa tentou responder aos golos sofridos, mas era a Suíça que, ao ir recuperando várias bolas a meio campo, ia ficando perto do terceiro tento.

Os minutos iam passando e Portugal não se conseguia organizar como gosta e embora tivesse conseguido criar algumas oportunidades, era a Suíça que, jogando no erro português, estava perto de voltar a marcar.

A oito segundos do intervalo, Bê Martins recuperou o esférico a meio campo e com um belo remate reduziu a desvantagem lusa para 2-1.

Finalizado o primeiro período, a Suíça, mais eficaz, vencia justamente por 2-1 Portugal que, do nada, viu-se a perder por dois golos e não conseguiu aproveitar, da melhor forma, as poucas boas oportunidades de que dispôs.

Tal como já havia feito na partida de quinta-feira, foi um Portugal controlador aquele que entrou no segundo tempo, tendo conseguido criar boas chances para chegar ao empate. Porém, o guarda-redes suíço, com maior ou menor dificuldade, ia parando tudo o que lhe aparecia pela frente.

Ott, na imagem a disputar o esférico com Jordan, foi um perigo à solta Fonte: Beach Soccer Photo Archive
Ott, na imagem a disputar o esférico com Jordan, foi um perigo à solta
Fonte: Beach Soccer Photo Archive

Se de bola corrida a água não ia ao moinho, podia ser que de livre a história fosse outra, mas nem assim. Jogados cinco minutos da segunda metade, Portugal usufruiu de um livre em zona bastante favorável, mas Léo Martins atirou ao lado. No entanto, pouco depois, uma iniciativa individual do mesmo Martins, que estava completamente rodeado de adversários, terminou com um disparo de bicicleta para o 2-2. Contudo, na jogada de saída, Ott, com um remate rasteiro, devolveu a vantagem à Suíça. Passados alguns segundos, Ott, o Messi do futebol de praia, com um pontapé de bicicleta espetacular, aumentou a vantagem suíça para 4-2.

Quando o jogo parecia ter regressado ao início, a seleção portuguesa voltou a sofrer dois golos num par de segundos e voltava a ter tudo para fazer.

Com pouco mais de três minutos para um novo intervalo, Misev fez falta para grande penalidade sobre Madjer. O capitão português, com uma enorme possibilidade de voltar a recolocar a vantagem adversária na margem mínima, não desperdiçou e disparou um míssil para o meio da baliza defendida por Valentin.

Já dentro do último minuto da segunda parte, num lance iniciado num lançamento de Andrade, Jordan cruzou em cima da linha e Léo Martins, completamente solto no interior da área da Suíça, voltou a empatar o encontro.

Chegado o final do segundo período, o jogo estava empatado a 4-4, mas o grande destaque vai para os enormes doze minutos protagonizados por Portugal, que recuperou de duas desvantagens e por pouco não foi para o último intervalo da partida na frente.

Outra realidade

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fc porto cabeçalho

Nota introdutória: Caro leitor, esta imagem ao cimo da página pode levá-lo ao engano, mas cabe-me alertá-lo para o facto de que o que aqui se escreve não tem nada a ver com conquistas europeias. Ou se calhar até tem…

 

“Longe vão os tempos (…)”, dirão uns. “É sinal dos tempos”, dirão outros. O momento pode dar azo a uma multiplicidade de descrições, mas acaba por nos levar a uma conclusão mais ou menos consensual: estamos perante uma nova realidade futebolística, que não compreende a conquista de uma competição interna em simultâneo com uma boa prestação numa competição europeia, nomeadamente a Liga dos Campeões. E por boa prestação, entenda-se, no mínimo, a passagem à fase seguinte. Nada ficou comprometido, é certo, e em disputa estão ainda 15 pontos, mas o que mais preocupa ao comum adepto do FC Porto é a significativa incapacidade da equipa de se superiorizar a este Besiktas (recheado de qualidade, sim, mas bem ao alcance de um Porto “normal”).

E a questão está precisamente aí. Este não é um Porto normal, mas sim um Porto de serviços mínimos que terá de chegar pelo menos para conquistar o campeonato (e, eventualmente, uma das outras duas competições nacionais) e, se possível, causar uma “surpresa” e debelar equipas europeias bem mais capacitadas como são os casos de Besiktas, Mónaco e Leipzig. Por momentos, a ilusão de um excelente arranque de época levou-nos a crer num êxito diante dos turcos, mas o choque com a realidade foi grande e trouxe-nos imediatamente à terra.

Danilo ainda não está ao seu nível Fonte: FC Porto
Danilo ainda não está ao seu nível
Fonte: FC Porto

Neste momento, a nossa luta é outra. Não se trata de abdicar desta prestigiada competição, mas criar expetativas demasiado altas não será o caminho. Mais do que um plantel curto, até para consumo interno, salta à vista um preocupante défice qualitativo que poderá ter consequências tão ou mais graves quando enfrentarmos adversários do calibre deste Besiktas.

Não alinho, pois, no coro de críticas ao nosso treinador que se foi levantando logo após o desfecho negativo da última quarta feira. Diz-se por aí que falhou redondamente ao não abdicar do seu 4-4-2 ao invés de um 4-3-3 ou um 4-2-3-1, tudo porque na Liga dos Campeões os jogos ganham-se ganhando o meio campo. Caso Sérgio lhes tivesse “feito a vontade” neste momento estaria a ser crucificado por alterar a identidade da equipa. Por isso, criticam-lhe a inexperiência nestas andanças, como se Mourinho ou Villas Boas tivessem chegado ao Porto com um historial invejável. Dessem-lhe um Falcão, um James, um Hulk ou um Moutinho e, muito provavelmente, a preocupação por estes dias fosse a de saber com que adversário nos iriamos debater nos oitavos de final. É sinal dos tempos…

Foto de Capa: FC Porto

artigo revisto por: Ana Ferreira

Más Decisões e a Necessidade de Repensar

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sl benfica cabeçalho 1Fizemos coisas muito boas e tivemos posse de bola. Podíamos ter ganho.”. Perante esta afirmação, quero desde já expressar a vontade que tenho de ver Rui Vitória sentar-se em cima de uns rebentos de sequóia, acabadinhos de regar, esperando que estes floresçam por Vitória a dentro.

Vamos lá esclarecer uma coisa: aquilo que se passou no jogo de terça-feira, frente ao CSKA, foi uma vergonha. Uma daquelas que dá raiva ao início e choradeira depois. Parece o resultado de uma pós-discussão entre marido e mulher, em que um saiu pela porta fora e o outro ficou a partir a casa e a chorar no sofá.

Este discurso do “está tudo bem, não se preocupem que lá para Março já somos campeões.”… Este ano não está igual a todos os outros! Não sei se já perceberam, mas tanto Sporting como FC Porto não só ainda não perderam para o campeonato (de referir que o Porto ainda não sofreu golos), como estão a jogar bem melhor do que nós.

Há coisas que não fazem sentido absolutamente nenhum. Onde é que o Bruno Varela é guarda-redes para o Benfica? Ele ontem até nem esteve mal, quer dizer, em defesa dele teve zero culpas no segundo golo, mas porra, continua a tremer e a demonstrar o tipo de imaturidade que não transmite confiança à defesa.

Por falar em defesa: porque é que o Luisão ainda joga? Agora a sério, deixem de parte a questão de ele fazer balneário e ponham as coisas em termos práticos. Ele já não tem pernas para andar nestas vidas, tem a experiência toda, mas isso já não vai chegando e este jogo foi mais uma prova disso. Eu sei que já insisti nesta teoria noutras ocasiões, mas e o KALAICA?!?!?!? Apetece-me asneirar só de pensar na qualidade que o rapaz tem e no quão difícil vai ser vê-lo a calçar os botins para ir dar uns toques ao lado do Lisandro…SIM, DO LISANDRO!

Fonte: Instagram Oficial de Haris Seferovic
Fonte: Instagram Oficial de Haris Seferovic

Outra que ninguém me conseguiu explicar até agora mas talvez o Vitória consiga: está o Samaris no banco, o gajo que joga lá há mais tempo e que percebe melhor como é que a equipa funciona, então por que carga de água é que joga o Filipe Augusto? O Filipe Augusto é o equivalente futebolístico de um arbusto. O Benfica só ganha bolas a meio-campo quando o pessoal as perde lá para os lados dele.

A equipa está mal montada e em tudo mal preparada para o que resta da época, e não me parece que se dê uma espécie de twist mágico, como nos últimos dois anos. Teremos, à força mas teremos, de chegar à conclusão de que o Benfica precisa de mais, e por mais entende-se mais do que um Rui Vitória limitado de ideias e escolhas implantadas, não pelo treinador, como parece ser o caso de por o Salvio (bolsei) a jogar para vendê-lo à força, mas sim por uma força maior chamada Luís Filipe Vieira.

Por favor, daqui para a frente, com ou sem bruxaria do Nhaga, joguem à bola.

Foto de Capa: Instagram Oficial de Luisão

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Portugal Padel Masters: O Mundo joga em Portugal

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Cabeçalho modalidadesPortugal continua a dar cartas no Mundo. Depois de um Campeonato da Europa de Futebol, que encheu de orgulho o país, de Cristiano Ronaldo voltar a ser o melhor do mundo, de Salvador Sobral ter feito magia com a sua voz na Eurovisão, do triunfo de atletas portugueses nas mais diversas modalidades, é a vez do Padel de pedir atenção.

O Jamor foi o palco eleito para a primeira edição de um dos quatro principais torneios do circuito mundial, o Portugal Padel Masters, que decorrerá entre os dias 16 e 24 de Setembro. O World Padel Tour reconheceu o crescimento brutal que o Padel tem tido e escolheu o nosso país para a realização de um dos Majors desta temporada, que contará apenas com a vertente masculina.

Os fãs da modalidade poderão desfrutar de dias recheados de bom Padel, protagonizado pelos melhores jogadores do mundo, que prometem abrilhantar os courts montados no Estádio do Jamor, com gestos técnicos arrepiantes, jogadas dignas de aplausos e encontros épicos.

O público anseia por assistir ao verdadeiro duelo de titãs que se adivinha ser a final do torneio realizado em solo português: Fernando Belasteguin/Pablo Lima vs Paquito Navarro/Sanyo Gutierrez. Belasteguin será, talvez, o jogador que maior curiosidade despertará nos fãs portugueses, por ser o nome mais sonante do circuito mundial e aquele que, para mim, pratica o melhor Padel da actualidade.

A dupla Bela/Lima estará presente no torneio e promete lutar pelo título Fonte: Portugal Padel Masters
A dupla Bela/Lima estará presente no torneio e promete lutar pelo título
Fonte: Portugal Padel Masters

E, se a final for esta, por que motivo será tão espectacular? Em primeiro lugar, poderemos assistir a um encontro de uma qualidade ainda utópica para nós, os quatro primeiros jogadores do ranking partilharão skills e pontos espectaculares, enquanto lutam, com toda a garra, por uma vitória, que poderá ser o afirmar da superioridade de uma das duplas – o Portugal Padel Masters será palco de mais um encontro, que pode quebrar a senda de equilíbrio entre as duas duplas, que tem vindo a ser uma constante. Quem vencerá? Embora isto seja o menos importante, perante a dose de qualidade que encherá o Jamor, a minha aposta vai para Belasteguin/Lima.

Para além destes nomes, poderemos contar com outros grandes jogadores, bem conhecidos do público, como é o caso de Miguel Lamperti. Em relação a nomes portugueses, que jogam em casa e prometem não desiludir os fãs que os irão apoiar, as minhas apostas de sucesso vão para Miguel Oliveira, a quem foi atribuído um wildcard para o quadro principal, Diogo Rocha e Vasco Pascoal. A atribuição do wildcard a Miguel Oliveira gerou alguma polémica entre o público, que esperava que fosse Diogo Rocha o premiado com entrada directa para o quadro principal, uma vez que se trata do jogador português mais bem posicionado no ranking, tanto a nível nacional como no circuito mundial. Diogo Rocha mostrou-se, também, algo desiludido com a decisão da organização do torneio, que justificou a sua escolha com argumentos unicamente estratégicos – será mais provável, segundo João Lagos, Diogo Rocha apurar-se, ficando, assim, Portugal com maiores hipóteses de ter mais jogadores no quadro principal.

Polémicas à parte, aos três portugueses destacados não se pede uma vitória, mas sim que demonstrem, em campo, o valor do Padel português e que protagonizem momentos que dignifiquem e abrilhantem a modalidade.

Foto de Capa: Portugal Padel Masters