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Festival de golos termina em empate

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Cabeçalho modalidadesNo início desta tarde, o Municipal de Barcelos encheu-se para aquele que seria o último jogo da 16ª jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins, que colocava frente a frente o OC Barcelos e o SL Benfica. Naquele que terá sido um dos melhores jogos desta temporada, o encontro terminou com empate a 6-6 e três cartões vermelhos.

O Benfica foi a equipa a entrar melhor em pista e, rapidamente, colocou à prova Ricardo Silva, guarda-redes do Barcelos, que respondeu bem a duas seticadas fortes de Diogo Rafael. No entanto, este período durou pouco, visto que Nicolia viu um cartão azul devido a um enganchamento sobre Miguel Vieira “Vieirinha”. Reinado Ventura, especialista neste tipo de lances, acabou por enrolar o esférico por cima e na recarga atirou ao lado.

Em superioridade numérica, o Barcelos ia criando vários problemas a Traball, mas o Benfica também não se deixava ficar e, sempre que conseguia, também incomodava o guarda-redes da casa. Finalizados os dois minutos de suspensão, tudo continuava a zeros.

Num jogo rápido, com piscinas entre as duas meias pistas, Hugo Costa acabou por ver um cartão vermelho, após uma agressão a Diogo Rafael. Deste modo, o Benfica tinha pela frente um período de vantagem numérica de quatro minutos. No livre direto correspondente, o internacional espanhol Jordi Adroher permitiu a defesa de Ricardo Silva.

A situação de power-play mostrou o Benfica a apertar o cerco, mas a mesma veio a ser anulada, em virtude de uma falta de Miguel Rocha sobre Luís Querido, onde o jogador encarnado viu um cartão azul. Para marcar o livre direto, foi escolhido Álvaro Morais “Alvarinho”, outro dos especialistas nesta equipa do Barcelos nesta categoria. “Alvarinho” não deixou os créditos em mãos alheias e fez o 1-0 para o Óquei. De seguida, Vieirinha quase fez o 2-0, ao ser isolado por Luís Querido, mas não conseguiu ultrapassar Traball.

Mais uma vez o Municipal de Barcelos voltou a encher  Fonte: Óquei Clube de Barcelos
Mais uma vez o Municipal de Barcelos voltou a encher
Fonte: Óquei Clube de Barcelos

Após todos estes acontecimentos, o Benfica, ainda dispôs de algum tempo de superioridade numérica. Todavia, não conseguiu aproveitar a superioridade em pista, apesar das várias oportunidades, muito devido a um Ricardo Silva que, como já nos vem habituando há muito, estava numa grande tarde.

Finalizada esta grande parte do primeiro tempo, tudo voltava ao normal, ou seja, cinco contra cinco e o jogo continuou rápido, emotivo e com várias ocasiões para as duas equipas.

Com menos de dez minutos para o intervalo, os encarnados conseguiram chegar ao empate. Através de um livre indireto, à entrada da área do Barcelos, Valter Neves repôs a igualdade, ainda que tenha tido a sorte da bola desviar no stick de Alvarinho.

Nos últimos minutos da primeira parte, o ritmo baixou, algo normal tendo em conta a velocidade do jogo até essa altura. Contudo, isso não fez com que Ricardo Silva ou Traball tivessem tido menos trabalho, bem pelo contrário. Se o marcador não se voltou a alterar, muito se deveu aos mesmos.

Boavista FC 0-1 FC Porto: Com dérbis como este, ninguém precisa de clássicos!

fc porto cabeçalho

Onze do Boavista FC: Vágner, Edu Machado, Lucas Tagliapietra, Carlos Santos, Talocha, Fábio Espinho, Carraça, Anderson Carvalho, Renato Santos, Iuri Medeiros e Iván Bulos;

Onze do FC Porto: Iker Casillas, Maxi Pereira, Willy Boly, Iván Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, André André, Jesús Corona, Soares e Yacine Brahimi;

Este é um daqueles dérbis perdidos do futebol, que fugiu ao olhar dos adeptos durante alguns anos, porém, a rivalidade persiste, especialmente do lado portuense. Afinal, o adepto é quem impera e, no fundo, as rivalidades começam sempre dele: neles começa algo que divide a cidade. NES surpreendeu em colocar André Silva no banco para testar um 4-3-3. Experiências para Turim? Outra novidade foi o surgimento de Boly no onze, no lugar do castigado Felipe. Sim, Boly, aquele francês que veio do SC Braga e custou cerca de 6 milhões de euros. Miguel Leal não traz surpresas e a única novidade foi a ausência de Idris por castigo, substituído por Carraça. O jogo não se tinha iniciado e o ambiente já estava incrível: fumos, cânticos, luzes, tarjas e estádio cheio. Assim se provava que a rivalidade não estava morta e que isto ainda é um dérbi.

O jogo iniciou-se com um BFC impressionante e com um remate de Óliver no coração da área que podia ter dado golo, caso fosse mais colocado. Instantes depois, Brahimi fazia das suas e ganhava canto, infrutífero devido a cabeceamento para fora de Boly. Pouco antes dos 5 minutos, Boly cometeu o segundo erro do jogo, depois de fazer um passe para ninguém, ao falhar uma abordagem ao lance,. Fruto disso, a bola sobrou para Iuri Medeiros que, felizmente, após o drible, rematou à figura de Casillas. A resposta do FC Porto foi mortífera. Óliver fez uma abertura fenomenal para Corona que cruzou para o meio da área onde Soares finalizou de primeira. Após o golo, o BFC reforçou a pressão e subiu linhas. A atitude compensou e os axadrezados podiam ter feito golo na sequência de um cruzamento de Fábio Espinho, mas Boly cortou de cabeça. Ficara o aviso: não nos vamos resignar.

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

Os adeptos e o dérbi assim o exigiam. Aos 15 minutos, Corona driblou magicamente 2 adversários e cruzou para Soares. O brasileiro envolveu-se com o central do BFC e pediu penalti, mas desta vez o árbitro não caiu, bem ajuizado. Passados 20 minutos, a emoção persistia: os comandados de Leal continuavam perigosos como os de NES e o jogo era, numa palavra, intenso. O trio composto por Espinho, Medeiros e Bulos era como um alerta permanente de perigo. Aos 29 minutos, Casillas fez uma defesa monstruosa ao defender um remate acrobático de Anderson Carvalho de dentro da grande área. Aos 33, foi a vez de Vágner. Brahimi fintou 3 numa diagonal e colocou em Soares que rematou para golo, mas estava lá o guardião axadrezado.

Momentos depois, Soares tentou o chapéu a Vágner e falhou um golo cantado. Brahimi perdeu mais uma assistência. Aos 37 minutos, foi Brahimi a desperdiçar uma oportunidade, na sequência de uma jogada coletiva fenomenal iniciada por ele. Aos 43 minutos, houve entrada assassina sobre Corona, já que Talocha chega tarde ao lance e atinge o mexicano no tendão de Aquiles. Esse foi um lance que manchou a primeira parte, até então excelente, pois seguiram-se os excessos que as grandes paixões germinam. Resumidamente: um empurrão da vítima ao agressor e um desdobrar de réplicas que se alastraram, inclusive, pelas equipas técnicas.

Findos os primeiros 45 minutos, ficava na retina um grande dérbi. Teve de tudo: fantasia, intensidade, raça, bom futebol e confusão.

O jogo reiniciou já com Jota no lugar de Corona e com 3 atuações disciplinares após o fim da primeira parte: amarelo para Corona e expulsões para NES e de Alfredo, treinador de guarda redes do BFC. Apesar de tudo, mantinha-se a bitola: intensidade, muita intensidade. Aos 53 minutos podia mesmo ter havido golo para o BFC, mas Casillas, como se um líbero fosse, fez um excelente corte de cabeça em antecipação. No FCP, apesar da troca na ala direita, permanecia a dinâmica de Brahimi em vagabundear pelo meio-campo ofensivo. No entanto, Jota não abria tanto na direita, sendo essa função delegada a André André. Aos 58 minutos, o árbitro comete um erro colossal: não só não assinala um penalti claro sobre Maxi, como ainda amarela o jogador por simulação, excluindo-o do próximo jogo. Antes disso, Leal retirava Espinho para meter Schembri. Sim, aquele que Pirlo disse que parecia querer casar com ele, tal foi a veemência com que o marcou numa partida internacional.

Aos 66, novo erro de Boly.  O francês falhou completamente a abordagem a um cruzamento e, não fosse Marcano, teria havido golo de Schembri. Pouco depois, Casillas fez novamente de líbero e foi providencial a impedir o golo. Aos 70 minutos, saiu Brahimi para entrar Otávio. Estava desgastado o argelino. Uma coisa era clara, o BFC subiu ainda mais as linhas e o FCP sentia muitas dificuldades em ter bola no meio-campo, devido à pressão acrescida. NES tenta segurar o jogo sem bola, mas Boly ameaçava frequentemente esta estratégia. Aos 75, Soares aguentou, qual tanque, a bola e serviu André André para o remate à entrada da área. O português não tinha o canhão calibrado e o tiro saiu por cima. Entretanto, Leal colocara Bukia no lugar de Renato Santos.

Aos 81 minutos, o árbitro expulsou Maxi Pereira, em nova decisão questionável. A atuação disciplinar incorreta reestabeleceu a igualdade numérica que uma lesão de Henrique desfizera momentos antes. NES respondeu à ameaça e colocou Layún em campo, retirando André André. Nesta fase, o jogo já era mais coração que cabeça e, como tal, foram várias as interrupções e as faltas. Apesar disso, uma coisa era clara: a pressão incessante do BFC na busca do empate. Ainda assim, permaneceu a vantagem do FCP.

No final, foi uma vitória num campo muito difícil, um grande dérbi e um só aspeto negativo: o capítulo disciplinar e a atuação lastimável da 3ª equipa em campo.

 

Artigo revisto por: Diana Martins

Foto de Capa: Bola na Rede

SC Covilhã 1-1 FC Porto “B”: Surpresas de Carnaval guardadas no banco

Cabeçalho Futebol Nacional

 

Em fim-de-semana de Carnaval, o Estádio José Santos Pinto abriu portas para receber o jogo entre o Sporting da Covilhã e a equipa “B” do Futebol Clube do Porto. Com uma maior afluência que o habitual, estavam criadas as condições para que fosse um bom jogo.

O Covilhã, que vinha de uma série de quatro jogos em doze dias, começou um pouco mais apático, permitindo aos pupilos de António Folha dois lances de perigo que, caso não fosse a atenção de Igor, dariam em dois golos prematuros.

Por sua vez, as investidas da equipa da casa, que só começou a responder a partir dos vinte minutos, eram feitas pelas alas, pelos pés de Harramiz e Medarious, que impunham sempre velocidade nos ataques serranos.

Os leões da serra iam equilibrando cada vez mais o jogo. Harramiz, numa bela jogada em que se liberta de três adversários, cruza para dentro da área, onde aparece Erivelto a rematar muito por cima da baliza. Também Soares e Chaby tentaram a sua sorte, mas sem problemas de maior para Godiño.

Do outro lado do campo, os ataques dos dragões eram levados a cabo, principalmente, por Rui Pedro que, através de uma jogada individual pelo lado direito, não conseguiu melhor que rematar às malhas laterais da baliza.

A grande oportunidade da primeira parte pertenceu mesmo à equipa de Filipe Gouveia, através de Erivelto. Prince isola o avançado brasileiro que, apenas com Godiño pela frente, preferiu rematar mais em jeito que em força, permitindo assim uma boa intervenção por parte do guarda-redes mexicano.

O jogo acabava por chegar ao intervalo bastante equilibrado. Os “bês” do Futebol Clube do Porto, faziam valer o seu poderio físico, enquanto o Covilhã, visivelmente desgastado, fazia os seus ataques através da circulação de bola entre todos os jogadores, havendo algumas jogadas rápidas por parte dos alas.

O Covilhã não sucumbiu ao cansaço de quatro jogos em 12 dias. Fonte: Facebook do Sporting Clube da Covilhã
O Covilhã não sucumbiu ao cansaço de quatro jogos em 12 dias.
Fonte: Facebook do Sporting Clube da Covilhã

A segunda parte começou muito combativa, com o Porto a obrigar o Covilhã a jogar longo e a errar, mas sem grande efeito, visto que a equipa da casa acabava por pressionar muito alto quando perdia a posse de bola e tentava sempre manter o esférico no meio-campo do adversário.

Os dragões iam ameaçando através de bola parada. Govea era um dos casos, em que um dos seus livres rasou a barra da baliza de Igor.

Apesar da intensidade com que o jogo havia recomeçado, este depressa esmoreceu, tendo o árbitro parte da culpa desta situação. Cada vez mais se observava a dualidade de critérios para as equipas. Apesar de não estar envolvido em nenhum lance fulcral para o resultado, notava-se que havia mais facilidade de mostrar a cartolina amarela a jogadores do Covilhã que a jogadores do Porto, por faltas muito similares.

Os golos acabariam por aparecer nos últimos minutos de jogo. Primeiro, os leões da serra colocam-se em vantagem por intermédio de Sambinha. Godiño defende um livre batido por Ponde, bastante tenso, para a frente, onde aparece o recém entrado Sambinha para cabecear a bola para dentro da baliza.

A festa acabou por durar apenas três minutos, visto que André Pereira, que tinha acabado de entrar, marcou para a equipa forasteira, em que apenas teve de encostar, depois de cruzamento de Galeno.

O jogo acabaria por não ter muito mais história, sendo justo o empate para ambas as equipas. A equipa B do Futebol Clube do Porto continua a lutar para fugir dos lugares do play-off de despromoção, enquanto o Covilhã perdeu a oportunidade de se aproximar dos lugares cimeiros.

Manchester United 3-2 Southampton FC: Aflito? Ligue Dr. Zlatan

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Cabeçalho Liga Inglesa Dois momentos de inspiração de Ibrahimovic patrocinaram, em Wembley, o 2.º título da época para o Manchester United e o 24.º da carreira de José Mourinho, que, com esta Taça da Liga, confirmou o epíteto de devorador de finais, desta vez à custa de um Southampton que fez por merecer muito mais do que aquilo que o jogo lhe trouxe – dada a tendência de domínio de jogo, o prolongamento já seria lisonjeiro para os “Red Devils”.

Apostado em vencer mais um troféu, mas ciente do esforço a que o plantel tem estado sujeito, José Mourinho decidiu não arriscar a utilização do “tocado” Mkihtaryan e deixou Rashford no banco, fazendo entrar Lingard para a faixa direita do ataque. Isto teve um efeito contrário ao desejado: condicionou o United na pressão à saída de bola do Southampton, que conseguia, facilmente, esticar-se no meio-campo adversário.

Isto trouxe resultados práticos – aos 10 minutos, perante uma oferta de Cédric, Gabiaddini só teve de encostar, mas o árbitro anulou (mal) o lance por fora-de-jogo. Os Saints continuaram a ter mais bola, com a mira na baliza de De Gea, mas foi o United a primeira equipa a fazer funcionar o placard – Ibrahimovic, a cerca de 30 metros da baliza, inaugurou o marcador.

O United baixou as linhas, passou a pressionar mais atrás, mas a qualidade de circulação e transporte (Redmond esteve exímio nesse capítulo) do Southampton eram imperturbáveis, e estiveram na génese de mais um lance de perigo – Ward Prose, à entrada da área, rematou forte, mas De Gea foi ao chão e impediu o empate.

Na resposta, o United fez o 2-0. Rojo deu uma ajuda ao ataque, tabelou com Pogba e deu para Lingard. O miúdo aproveitou a passividade da defesa do Southamtpon e voltou a marcar numa final, seis meses depois da Community Shield. O Southampton não desanimou e até reagiu bem a mais um golpe de injustiça do jogo. A sorte fugiu, mas isso não os impedia de a procurar. E foram recompensados, claro. A terminar a primeira parte, Redmond conduziu (pois claro) um ataque, que derivou para o lado direito, onde apareceu Ward Prowse a visar a cabeça de Gabbiadini, que aproveitou para reduzir a desvantagem.

Gabbiadini deu esperança aos Saints Fonte: SkySports
Gabbiadini deu esperança aos Saints
Fonte: SkySports

Ciente da galvanização do adversário, José Mourinho retirou Mata e colocou Carrick, de forma a impedir estancar o meio-campo e neutralizar as subidas de Redmond, uma medida que se revelou insuficiente. Os Saints não desistiram de procurar a sorte e, se esta numa primeira instância foi madrasta (Redmond viu De Gea negar-lhe um golo cantado), revelou-se, depois, conquistada pela audácia dos rapazes de Claude Puel – na sequência de um canto a favor do Southampton, Davies, ao evitar que o United saísse para o contra-ataque, assistiu Gabbiadini e este, na carreira de tiro, fuzilou De Gea. 2-2.

O empate fez crescer Redmond, Ward-Prowse, Gabbiadini e companhia. Parecia que um título estava próximo. O adversário estava encostado, eles tinham o ímpeto do seu lado, e só tinham de insistir para que o golo acontecesse. Romeu, após canto (outra vez), atirou ao poste. Acreditava-se. Nas bancadas só se ouvia os adeptos do Southampton, e a bola estava mais feliz nos pés dos jogadores dos Saints.

O United via jogar, e só num lance começado em Martial e terminado em Lingard conseguiu esboçar uma reacção. Puel tirou Tadic e fez entrar Buffal. A equipa manteve-se firme, continuava a assumir o jogo, e sentia-se que se podia fazer história antes mesmo de um prolongamento que o relógio anunciava.

O United estava tão aflito que teve de ligar ao seu especialista – “Dr. Zlatan, precisamos de si outra vez”. E lá veio ele. Aos 89 minutos, recuperou a bola no meio-campo dos “Red Devils”, após canto a favor do Southamtpon (única vez que o United conseguiu sair após uma bola parada dos Saints) e iniciou um contra-ataque que viria a concluir – servido por Herrera, na insistência, cabeceou para o 3-2 final. Já era tarde para reagir. Mesmo para este Southampton.

Foto de Capa: SkysSports

Que futuro para os emprestados?

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O texto desta semana foca-se na análise aos jogadores que o SL Benfica emprestou esta época e que estão sobre vigilância de Rui Vitória. Hoje não é Rui Vitória a analisar, mas sim eu.

Começando pelo sector defensivo, o primeiro nome é César. O central brasileiro chegou aos encarnados na época de 2014 e concretizou apenas 11 jogos de águia ao peito. As faltas de oportunidades levaram o brasileiro a regressar ao Brasil para representar nas duas épocas seguintes o Flamengo. Este ano, o destino foi a região da Madeira. O Nacional adquiriu por empréstimo o jogador e já concretizou 19 encontros. Os problemas do plantel no inicio da época levaram, na altura, Manuel Machado a apostar no brasileiro para fazer a posição de trinco e defesa direito. Parece-me que será difícil ver o jogador de 24 com titular frequente do Benfica. Além da (pouca) qualidade que mostra o brasileiro, o sector dos encarnados conta com um suficiente número de alternativas e na equipa B está ainda Ruben Dias. O brasileiro deverá regressar no final da época, mas é um caso a ser bem estudado por Rui Vitória.

Marçal tem estado em bom destaque em França Fonte: Ouest France
Marçal tem estado em bom destaque em França
Fonte: Ouest France

Vindo, curiosamente, do Nacional, faz parte dos quadros do Benfica o esquerdino Marçal. O defesa brasileiro está emprestado aos franceses do Guingamp e tem sido aposta bem regular do clube. O atleta de 28 anos continua a não ser aposta de Rui Vitória que já o emprestou anteriormente ao Gaziantepspor da Turquia. Com características ofensivas bem notáveis, parece que o único problema em não aparecer nas escolhas do plantel sénior encarnado é a falta de oportunidades e concorrência pesada. Atualmente o Benfica tem 4 defesas esquerdos e um produto a ser formado no Seixal, Yuri Ribeiro.

Alexandre Alfaiate, o menino de ouro. O jovem central está emprestado ao coletivo da Académica mas só realizou 8 partidas. Sem nunca ter sido utilizado na equipa A, o português internacional nas camadas jovens é um dos jogadores que mais esperanças tenho de ver vingar na primeira liga. Contudo, devido a uma enorme concorrência no sector, a vida do Alexandre não será fácil. Primeiro passo? Convencer Costinha de que é útil na defesa dos estudantes.

Para terminar o sector defensivo temos Hildeberto Pereira. Sem nunca ter pisado o relvado da Luz, o jovem lateral formado no Seixal está a cumprir a primeira época ao mais alto nível. Emprestado ao Nottingham Forest, o português tem sido adaptado a extremo direito e já conta com 22 jogos e 2 golos concretizados. O único ponto a corrigir é a sua forma de encarar lances de perigo. O jogador é agressivo na disputa de lances e muitas são as vezes que é “amarelado”. Esta época já foi expulso uma vez. A sua tenra idade, a polivalência e o rótulo “Seixal” fazem de Hildeberto um jogador que deverá regressar para vingar, no final da época. O espaço onde poderá encaixar-se é o lado direito da defesa. Depois de duas épocas de grande qualidade de Nelson Semedo, o internacional português deverá rumar a algum clube internacional. Nota para a presença do defesa direito Pedro Pereira, “mortinho” por mostrar trabalho.

C. Atlético Madrid 1-2 FC Barcelona: Felicidade blaugrana no carnaval do Calderón

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Cabeçalho Futebol Internacional

Era o jogo grande da jornada da Liga Espanhola, e que ganhou redobrada importância depois da derrota do líder Real Madrid a meio da semana. De um lado, o Atlético de Madrid a atravessar a melhor fase da época, do outro o Barcelona de Luis Enrique, que tem sido muito contestado na Catalunha. A vitória sorriu aos visitantes, mas com alguma sorte à mistura.

Luís Enrique tentou inovar, mas a equipa demorou a assimilar o desenho do seu treinador. Com Jeremy Mathieu no onze, o Barça jogava no seu clássico 4-3-3, que a atacar se transformava num 3-3-4, com Sergi Roberto a juntar-se no miolo do terreno a Busuets e Iniesta, e Rafinha a jogar bem aberto no lado direito, deixando o centro do ataque entregue à magia de Messi e ao killer instinct de Suaréz.

Só que não resultou da melhor maneira. Sergi Roberto, a jogar como interior direito, praticamente não aparecia no momento ofensivo da equipa e isso prejudicava o momento com bola do Barça. A equipa era obrigada, dada a falta de laterais na primeira fase de construção, a jogar rapidamente com Neymar e Rafinha que, posteriormente, tinham dificuldade para circular a bola, dado o imenso povoamento do meio-campo do terreno do jogo.

E o Atleti aproveitou, e bem, para empurrar  – a espaços foi quase um sufocamento – a equipa da Catalunha para o seu meio-campo defensivo, principalmente na primeira meia-hora.

Quase sempre através do corredor esquerdo do ataque, os colchoneros montaram um verdadeiro cerco à baliza de Ter Stegen no primeiro terço da partida, mas o alemão negou todas as intenções de Griezmann e companhia.

O duelo entre colchoneros e culés foi muito intenso Fonte: FC Barcelona
O duelo entre colchoneros e culés foi muito intenso
Fonte: FC Barcelona

O Barça aguentou a primeira meia-hora e conseguiu aliviar um pouco a pressão. Já depois de o árbitro ter anulado um golo a Luis Suarez devido a uma suposta falta do uruguaio sobre Oblak, foi a vez de Messi, num pontapé de livre marcado de forma exímia, testar os reflexos do guardião esloveno.

O Atlético voltou a entrar mais forte no segundo tempo, mas foi o campeão espanhol a estar mais perto de inaugurar o marcador. Suarez surgiu isolado perante Oblak, mas falhou o alvo.

A equipa de Simeone não conseguiu traduzir a sua boa entrada em golos e o Barça voltou a conseguir acalmar o jogo, desta feita ainda mais cedo. Aos 64’, a coincidir com a melhor fase dos blaugrana no encontro, Rafinha inaugurou o marcador. Num lance muito confuso dentro da área de Oblak, a bola ressaltou para o médio brasileiro que desviou para a baliza.

No entanto, não durou muito a vantagem dos comandados de Luis Enrique. Num lance de bola parada, Koke cruzou para a área, e Godín, no meio dos centrais do Barça, cabeceou para o fundo das redes, colocando alguma justiça no marcador.

Quando se pensava que os homens da casa se iam galvanizar e ir para cima do adversário, foi o Barcelona que ficou ligeiramente por cima do jogo, conseguindo ter mais bola, sem, no entanto, levar real perigo à baliza do Atleti.

Porém, já perto do fim, e em mais um lance com alguma felicidade, Messi surgiu sozinho no coração da área e bateu Oblak. Um golo que castiga a equipa do Atlético – merecia mais, essencialmente, pela grande primeira meia-hora que fez – e que relança o Barça no campeonato, depois de ter visto o Real perder três pontos a meio da semana contra o Valência.

Foto de Capa: FC Barcelona

Não se consegue explicar…

sporting cp cabeçalho 1O Sporting Clube de Portugal não é campeão nacional de futebol há 15 ANOS! QUINZE anos a levar com as bocas e o gozo dos rivais… 15 anos onde, algumas épocas, foram verdadeiramente miseráveis e seria expectável que o amor e a envolvência com o clube fosse cada vez menor e o Sporting se tornasse um clube de “velhos” e com pouca chama… ao invés disso, vê-se um clube que não se limita ao futebol e que vai apaixonando os adeptos nos 4 cantos do mundo… Cada vez que, ou um canal de televisão ou um dos “deuses” do futebol se desloca a Alvalade, ficam completamente encantados e rendido ao amor dos adeptos leoninos.

Eric Cantona foi o mais recente exemplo disso, afirmando: “Mergulhei na história do clube e acho que tem uma formação extraordinária, um sistema de desenvolvimento da personalidade e do potencial dos jogadores excepcional. Para mim, a verdadeira riqueza de um clube de futebol está na formação”… podia ser só pelos 2 melhores jogadores do mundo, mas não… há mais… muito mais que isso.

Hoje quando liguei a Sporting TV, estavam as nossas leoas a jogar no Estádio de Alvalade e o “Mundo Sabe que” a ser cantado a plenos pulmões pelos milhares de adeptos que se encontravam a apoiar as nossas jogadoras.

As nossas leoas puderam cumprir o sonho de jogar no Estádio principal do Sporting  Fonte: Sporting CP
As nossas leoas puderam cumprir o sonho de jogar no Estádio principal do Sporting
Fonte: Sporting CP

Seja na nossa casa nos Pavilhões em Odivelas ou no Casal Vistoso (que em breve serão substituídos), seja em Gondomar (na Taça da Liga de Futsal) ou seja na casa de qualquer um dos nossos adversários, a loucura por este amor não tem limites e move verdadeiras multidões.

Já vários comentadores disseram que é inexplicável olhar para uma bancada dos adeptos leoninos e ver tantos jovens a marcar presença.

Neste momento, e com 13 jogos realizados em casa, o Sporting Clube de Portugal é o clube em Portugal com a maior taxa de ocupação do estádio com 78,03%.

E neste sábado, foi batido mais um recorde em Alvalade, com a assistência num jogo de futebol feminino num “estádio principal”. Foram 9263 adeptos no estádio a ver um jogo do campeonato nacional de futebol feminino. A maior assitência de sempre!!!

“E o Sporting vai jogar… e eu vou ficar… louco da cabeça! Nada me interessa!”

Fonte: Sporting CP

Rio Ave FC 0-0 FC Paços de Ferreira: Um nulo penalizador para o conjunto caseiro

Cabeçalho Futebol NacionalNa 23.ª jornada da Primeira Liga, Rio Ave e Paços de Ferreira encontraram-se no Estádio dos Arcos para uma partida ajuizada por Tiago Antunes. Recuando até à jornada anterior, os vilacondenses tinham perdido pela margem mínima no Estádio José Alvalade e, pelo contrário, os pacenses vinham de um triunfo caseiro por 2-1 diante do Vitória de Setúbal.

Inicialmente, servindo-se do fator casa, a equipa orientada por Luís Castro tomou as rédeas do jogo, realizando uma circulação de bola criteriosa e fortemente sustentada na qualidade técnica dos seus jogadores. Por outro lado, os castores protagonizaram inúmeras ações faltosas, que contrariaram a avalanche ofensiva que assolou o seu meio-campo.

Ao minuto 19, Rúben Ribeiro, numa jogada individual em que se deslocou para uma zona mais interior do terreno, rematou pujantemente, mas o esférico embateu num elemento da defensiva do Paços de Ferreira, condicionando a trajetória do mesmo. Seis minutos depois, o mesmo protagonista cobrou um livre, após falta de Marco Baixinho sobre o jovem Gil Dias, sem perigo para Defendi. Dando continuidade ao intenso caudal ofensivo, foi novamente Rúben Ribeiro a estar ligado a outra jogada de ataque dos rioavistas, servindo Krovinović, que disparou de forma desinspirada. Do lado dos auri-verdes, apenas Pedrinho tentou um chapéu, aos 20 minutos; contudo, Cássio não se deixou surpreender.

Fonte: Rio Ave FC
Fonte: Rio Ave FC

Abrindo a segunda metade, Gonçalo Paciência isolou Tarantini para a primeira oportunidade clara de golo, mas o guardião do Paços de Ferreira respondeu com uma excelente defesa. A formação de Vila do Conde manteve-se fiel ao registo exibido no primeiro tempo; no entanto, demonstrou dificuldades no capítulo da finalização.

Com a troca de Tarantini por Héldon, numa tentativa evidente de conferir uma maior profundidade ao corredor, o cabo-verdiano não demonstrou muitos dotes criativos e não arrancou nenhuma cartolina vermelha aos defesas Marco Baixinho, Gégé e Bruno Santos, todos eles amarelados. Depois de um ressalto na área dos pacenses, Héldon deixou o esférico para Gil Dias que, discreto, rematou atabalhoadamente. E nem as entradas de Guedes e de Ronan abalaram o coeso muro defensivo do conjunto de Vasco Seabra. A dois minutos do tempo regulamentar, numa situação contra-atacante de 4 para 2, Ivo Rodrigues teve nos pés uma possível oportunidade de deixar a defensiva rioavista em apuros; contudo, precipitou-se, optando pelo remate.

GD Estoril-Praia 0-2 Sporting CP: Vitória justa no Estoril

sporting cp cabeçalho 2O jogo começou com o Estoril a ter um jogo mais próximo da área do Sporting, apesar de não conseguir criar lances de real perigo. Aos 22 minutos, após cruzamento pela direita de Schelotto Bryan Ruiz estica-se todo e abre o marcador para o Sporting, no que foi o primeiro remate dos verdes e brancos no jogo.

Depois do golo, o Estoril continuou a jogar mais perto da área leonina do que o contrário, mas só aos 35 minutos conseguiu rematar com perigo, através de Matheus.
Até ao final da primeira metade do jogo, apenas mais duas jogadas de perigo e ambas para o Sporting: primeiro num cruzamento de Gelson, após boa desmarcação feita por Alan Ruiz e Bas Dost a mandar por cima e ao lado da baliza e, já aos 45, William a atirar por cima, após boa jogada de Gelson Martins.

Os lances de maior perigo foram todos do Sporting e, como tal, ao intervalo a vantagem é justificada.

A segunda parte mostrou um Sporting mais esclarecido e eficaz, tendo mais bola e controlo do jogo. Apesar disto, não existiram muitos lances de perigo de parte a parte. Aos 56, Gelson Martins serviu Bas Dost, que rematou cruzado mas ao lado. Pouco depois, foi Lica a cruzar e Kléber a rematar com perigo para a baliza de Rui Patrício.

Gelson Martins, no melhor lance da segunda parte, remata ao lado, isolado frente a Luís Ribeiro,  após excelente passe de João Palhinha. Na baliza contrária, lance parecido entre Kléber e Rui Patrício, mas o guarda redes chegou primeiro à bola.

Já perto do final, grande penalidade para o Sporting: falta bem assinalada de Diakhité sobre Bas Dost, que o próprio holandês converteu, bola para a esquerda e Luís Ribeiro a ficar no meio da baliza.

O Sporting vence de forma justa a partida, com mais três pontos a garantir um triste terceiro lugar.

Atalanta BC: O racionar da posse segundo Gasperini

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Cabeçalho Liga Italiana

Há uma cidade da Lombardia, em Itália, chamada Bergamo (Bergamaschi em italiano), da qual resplandece alegria pelo que a principal equipa de futebol vai conseguindo fazer num dos campeonatos mais competitivos do mundo, depois de épocas consecutivas marcadas pela sofreguidão exigida na luta pela manutenção na Serie A.

Este ano o rumo parece ser diferente, a avaliar pelo desempenho do clube. A Atalanta ocupa o 5º lugar do principal campeonato italiano, com vantagem sobre o Milan, Lazio e Fiorentina e é, neste momento, o conjunto em melhor forma da competição a seguir à pentacampeã Juventus, somando seis jogos consecutivos sem perder, nos quais conquistou cinco triunfos, o último dos quais no San Paolo, diante do Nápoles (0-2).

Na base destes resultados há um conceito muito simples que parte de um técnico que assume o purismo do futebol italiano (só podia) na estratégia de cada jogo – a racionalização da posse de bola. Cada segundo de posse tem de ser potenciado e maximizado rumo ao objectivo comum, o golo.

Recepção eufórica dos adeptos após a vitória em Nápoles (0-2) Fonte: Atalanta BC
Recepção eufórica dos adeptos após a vitória em Nápoles (0-2)
Fonte: Atalanta BC

Isto traduz-se, portanto, num futebol mais directo e objectivo, em que a perda da bola é algo expectável, mas, também nesse momento, a equipa também tem ferramentas para contrariá-la, revelando um entrosamento posicional que não nasceu da noite para o dia, e teve as suas dores de crescimento (quatro derrotas nos cinco primeiros jogos da Serie A) até atingir o nível de excelência actual, perto do exigido pelo “purista” Gian Pero Gasperini.

Neste contexto táctico, quando em posse, a saída de bola assume importância fundamental, e é algo que tem de ser trabalhado desde trás. A linha defensiva (a três, pois claro) está, pois, bem talhada para sair a jogar, preferencialmente em profundidade. Tolói e Masiello são, muitas vezes, pontos de origem ofensiva, explorando costas da defesa, através das alas ou de uma zona central adiantada que tem muito bem presente a noção de receção orientada e de “segunda bola”.