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Há o Canal da Mancha, e por cá o canal manchado

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Para que algo chegue ao seu destinatário, seja isso palpável ou não, necessita de seguir um canal. Podemos por isso falar de canais que permitem a passagem de pessoas e mercadorias, ou canais que sirvam de divulgação de informação. Ou seja, apesar de diferentes servem para uma mesma finalidade que é facilitar a comunicação entre extremos. Muitas vezes, no entanto, em ambos os casos, surgem nesses canais obstruções que distorcem ou danificam o elemento que se pretende fazer passar.

Concentrando-nos então no canal de comunicação/informação, ou no canal usado para passar a mensagem, o mesmo é composto por vários elementos entre os quais identificamos o Emissor, a mensagem em si (que será transmitida pelo referido canal) e o Recetor, dando depois este último um feedback ao primeiro.

Assim sendo, ao tentar passar-se uma mensagem tem que haver a mensagem em si que é enviada pelo emissor para o receptor, sendo a mesma difundida pelo canal. Pois bem, o canal parece estar manchado de uma cor escarlate, rubra que altera o contexto da mensagem conforme dá jeito, tratando sempre essa mesma mensagem de formas distintas, conforme o emissor e receptor que estejam em causa. Ou seja, o canal que deveria funcionar como a forma de transmitir a mensagem, neste caso altera a mesma para passar segundo um ponto de vista que não será o do emissor. Então, se a mensagem que chega ao receptor estiver descontextualizada, o feedback recebido pelo emissor não estará também contextualizado com a mensagem original. Isto cria um ruído que dificulta a comunicação entre quem quer passar a mensagem e quem a pretende receber.

E quando o canal não descontextualiza, pode ser o próprio emissor a manipular a informação para passar a mensagem que lhe convém, adoptando uma estratégia que teve sucesso lá para os lados da América do Norte, não lançando ideias mas falando banalidades que qualquer adepto gostaria de ouvir ou serem concretizadas mesmo que irrealistas naquele momento, e dizendo que as suas maiores empreitadas vão ser pagas por outros. Espero que os sportinguistas não sejam mais Americanos que os próprios Americanos para irem em conversa de cowboys.

FC Porto 0-2 Juventus FC: Lei do mais forte

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Noite de estrelas no Dragão: a UEFA Champions League estava de volta à cidade Invicta após um hiato de dois meses, e a convidada de honra era a poderosa Juventus de Itália.

Para a história fica o resultado, 0-2 a favor da Vecchia Signora. Resultado justo e profundamente negativo para as aspirações dos azuis e brancos. Não posso, e considero, até, que seria desonesto da minha parte, crucificar os jogadores e a equipa do FC Porto por este resultado. É certo que o resultado é bastante penalizador e que a exibição, qualitativamente falando, foi pobre, antes e depois da expulsão. No entanto, depois de ver os jogadores correrem o que correram, só merecem a minha palavra de apreço.

Nota prévia: A Juventus é uma séria candidata à vitória final. Tem muita qualidade coletiva e individual, e tem aquele cinismo italiano.

Comecemos pelos onzes. O FC Porto apresentou-se no já habitual 4x4x2, com Rúben Neves a ser a surpresa da noite, alinhando ao lado de Danilo. De resto, quarteto defensivo esperado, com Maxi, Felipe, Marcano e Telles. Na frente jogaram André Silva e Soares, apoiados nas alas por Herrera (na direita) e Brahimi (na esquerda). Na baliza, uma das duas lendas que guardaram as balizas do Dragão esta noite, Iker Casillas.

Onze da Juventus: Buffon, Lichtsteiner, Barzagli, Chiellini, Alex Sandro, Khedira, Pjanic, Cuadrado, Dybala, Mandzukic, Higuaín. Tanta qualidade.

A história do jogo é muito simples. FC Porto dono e senhor… Dos minutos iniciais da partida. Nos primeiros dez minutos conseguiu incomodar a Juve, destacando-se um livre direto de Brahimi e um remate de fora da área de Rúben Neves. A partir daí, a Juventus tomou conta do jogo e só parou de carregar em cima do Porto após o apito final de Felix Brych.

Mas vamos por partes. Sim, porque este jogo teve duas partes e desta feita não foram homogéneas. Trinta minutos de jogo com onze jogadores para cada lado e sessenta com o FC Porto em inferioridade numérica. Em pouco mais de um minuto, o brasileiro Alex Telles viu dois cartões amarelos e recebeu ordem de expulsão. Pode atacar-se o árbitro da partida por dualidade de critério, já que perdoou vários cartões aos italianos, mas na expulsão de Alex limitou-se a cumprir as regras.

Apresentação da nova equipa de Miguel Oliveira

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Cabeçalho modalidadesNo início desta semana, a KTM apresentou na Áustria as equipas para a nova temporada, tendo como grande atrativo a parceria com a Red Bull.

Em ano de estreia da marca em MotoGp e Moto2, a classe rainha ficará aos comandos de Pol Espargaró e Bradley Smith, com a nova RC16 da equipa Red Bull KTM Factory Racing.
Em Moto2 a equipa Red Bull KTM Ajo, terá a nossa especial atenção no piloto luso Miguel Oliveira, que está de volta à KTM onde conseguiu um segundo lugar em Moto3 em 2015, e Bread Binder como companheiro de equipa que vem como campeão da epoca passada de moto3.

Bo Bendsneyder e Niccolò Antonelli vão ficar aos comandos em Moto3.
O Português afirmou estar bastante confiante: «Esperemos que nos dê bastantes alegrias. Está tudo preparado. A moto tem um design espetacular.»
Os testes oficiais de Moto2 começam em Jerez de 08 a 10 de Março.

Miguel Oliveira
#44 Miguel Oliveira
Fonte: KTM

Stefan Pierer, diretor executivo da KTM, durante a apresentação deixou um futuro muito promissor em aberto, dando o exemplo da Suzuki como algo bem feito, deixou a certeza que em 2018 em MotoGp pretende já conseguir ter uma equipa satélite, e que em Moto2 pretende já este ano bater a sua rival favorita, a Honda. 
Terminou dizendo que “Tudo está a correr muito bem, e Phillip Island foi muito motivador. Nós estamos na direção certa.”
Os últimos testes oficiais de pré-temporada acontecem no Qatar de 10 a 19 de Março.


Em MotoGp, parece que as coisas estão a começar a aquecer entre Marc Márquez e Maverick Viñales. Em Phillip Island, Viñales voltou a ser o mais rápido (1:28.549), mas o ritmo de prova do Márquez foi impressionante e das 107 voltas efetuadas, 44 foram abaixo do 1:29seg tendo como volta mais rápida 1:28.843. Dani Pedrosa ficou com o terceiro lugar, com a volta 1:29.033.

Folger foi a grande surpresa dos 3 dias de treino terminando no 4 lugar. Lorenzo e Rossi não foram além do 8 e 12 lugares, respetivamente. Rossi que festejou o seu 38º aniversário no passado dia 16 elegeu Max Biaggi como o seu principal rival na categoria.

#93 Marc Márquez e #25 Maverick Viñales Fonte: Moto GP
#93 Marc Márquez e #25 Maverick Viñales
Fonte: Moto GP

No entanto, o momento quente na Austrália, foi quando Viñales estava a fazer algumas voltas rápidas e sentiu-se incomodado com o facto do Márquez se ter “colado” à sua roda. Não só o piloto da Yamaha veio dizer que não tinha gostado, como também prometeu que da próxima seria ele a fazer o mesmo.

Para terminar, alertar para o facto de a Associação Internacional de Equipas de Competição assegurou que mesmo que exista chuva como previsto, o GP do Qatar de MotoGP irá realizar-se, ao contrário das corridas de Moto2 e Moto3, que serão canceladas em caso de chuva.
 Esta decisão é meramente por razões de segurança, nomeadamente, o facto das corridas serem de noite e a iluminação do circuito ser refletida no piso molhado.

Foto de capa: KTM

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Olheiro BnR – Rui Fonte

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olheiro bnr

A 22 de Janeiro deste novo ano, como estudante bracarense, foi-me oferecido um bilhete para assistir ao derby minhoto,  SC Braga-Vitória SC, e fui, assim, com os meus amigos à bola. Apesar de não ser adepto de nenhum dos dois clubes em causa, reconheço o seu valor, o que fez com que estivesse, surpreendentemente, ansioso para ver este jogo que reúne sempre todas as condições para ser um grande espectáculo.

Com todo o ambiente espectacular que este derby costuma proporcionar – isto porque a rivalidade entre os “marroquinos” e os “espanhóis” acontece há centenas de anos – deixa o público em êxtase e leva a que os jogadores sintam aquele “frio na barriga”, onde quem se destaca costumam ser, precisamente, os melhores.

A noite estava fria e o jogo estava a ser muito disputado no meio campo, onde o físico dos Guerreiros tentava delimitar as acções ofensivas dos jogadores rápidos do Vitória. Com isto, difícil para os jogadores mais avançados da equipa bracarense, saltava-me à vista as várias acções de um jogador, quer pela sua inteligência posicional, quer pela sua capacidade de entender os vários processos ofensivos e defensivos nos diferentes momentos do jogo, quer pela sua qualidade técnica, quer no controlo, quer no passe, quer no tempo que guardava a bola, quando o jogo o pedia, ou quando jogava a um ou dois toques. Resumidamente, é daqueles jogadores que parece estar sentado com os adeptos na bancada, com uma visão a 360 graus.

Esse jogador era, claro, Rui Fonte. Para uma pessoa que não seja adepta de futebol, o melhor jogador será sempre aquele que marca mais golos ou então aquele guarda-redes que defende as grandes penalidades. Para um adepto que gosta de ver a bola “semana sim, semana não”, aquele jogador mais desenvolvido fisicamente, mais rápido ou mais decisivo será sempre o alvo de interesse. A verdade é que, como aficionado de futebol, sou fã daqueles que entendem todo o jogo da sua equipa e que, para além dos seus atributos técnicos, são aqueles que, caso a equipa acompanhe o seu pensamento, se tornam os motores de cada equipa e fazem o adepto querer ir à bola, querer, sobretudo, vê-los jogar. Rui Fonte é um destes jogadores

No passado Domingo, o jogo foi entre os guerreiros e um dos antigos clube de Rui Fonte, o Sport Lisboa e Benfica. Se o Braga mostrou carácter e futebol, muito se deve à capacidade que o Rui teve em entender o jogo e em aproveitar as fragilidades defensivas mostradas pelo meio campo encarnado.

Três não é a conta que Jesus fez

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sporting cp cabeçalho 2Jorge Jesus chegou ao Sporting, na época passada, cheio de promessas. Tinha acabado de ser bi-campeão pelo principal clube rival e muitos sportinguistas tinham nele depositadas as esperanças de uma década de “quases” e de “ses”. A festa feita na recepção a Jesus faz-me lembrar a bienvenida de Cristiano Ronaldo ao Real Madrid, situação que é rara acontecer em Portugal, ainda mais devido a um treinador.

A estrela que salvaria o Sporting tinha chegado a Alvalade. O “Messias” era até já estrela de revistas, em que faziam grandes reportagens por ser eleito Homem do Ano, pela GQ. Fizeram dele um modelo, algo que, a juntar ao seu ego já elevado por causa de toda a situação no Benfica, tornou a situação algo caricata e digna de um teatro.

Sempre lhe foi dado o benefício da dúvida, visto que este sempre foi considerado um grande sportinguista, ao nível dos melhores. No entanto, apesar da expectativa criada em torno de Jesus, principalmente depois da vitória da Supertaça, os resultados começaram a fraquejar: o Sporting ficou pelos Playoffs da Liga dos Campeões, não passou da fase de grupos da Taça da Liga (sim, aquele troféu que ninguém liga mas que, no fundo, todos querem ganhar), ficou pelos dezasseis avos da Liga Europa, pelos oitavos da Taça de Portugal e em segundo na Liga Portuguesa, um dos principais objetivos da época, pelo qual lutámos muito bem até àquele mítico jogo na Luz, que foi a morte da época.

Tudo isto foi camuflado porque tinha em seu poder uma equipa muito boa: era João Mário e William Carvalho a espalhar classe no meio-campo, Slimani num pico de forma fantástico e toda a equipa a jogar em sincronia.

Este ano, em Dezembro, já estávamos arredados das competições europeias, por causa de um pequeno Légia, a Taça de Portugal foi parada por um Chaves, recém subido, e as aspirações da Taça da Liga ficaram novamente por terra por causa de idades.

Estamos numa altura em que já não lutamos por nada a não ser pelo segundo lugar (e mesmo assim, é complicado). Sempre me remeti ao silêncio quanto a Jesus. É inegável que é um grande treinador. É inegável também que a equipa, em relação ao ano passado, é mais fraca e que os os adversários renovaram a sua no sentido oposto.

Jorge Jesus tem de acordar os jogadores, para ver se ainda chega a tempo de ganhar esta época Fonte: Sporting CP
Jorge Jesus tem de acordar os jogadores, para ver se ainda chega a tempo de ganhar esta época
Fonte: Sporting CP

Contudo, começo a questionar qual é o poderio que o Sporting tem para pegar nas rédeas de Jorge Jesus, de o encostar à parede e de o fazer sentir que com o Sporting Clube de Portugal não se pode brincar e que neste momento é o que está a fazer.

A culpa de as coisas estarem como estão é de todos: mas, sobretudo, é da constante luta de egos entre Jesus e Bruno de Carvalho, é do espaço que lhe dão para usar e abusar do plantel a seu bel-prazer e de depois queixar-se que outros “não seguiram o guião”.

Somos nós que temos de fazer com que Jesus pare com esta corrida desenfreada. Existe o constante medo dos míticos oito milhões de indemnização e do mal que isso traria ao clube. Mas, se calhar, essa é a única solução para que deixe de brincar aos treinadores e começar, de facto, a comportar-se como tal.

Jorge Jesus não pode continuar a inventar e tem que fazer o que lhe compete, ser um treinador a sério. A culpa do Sporting estar assim é, na maior parte, sua e ele é o único que ainda não percebeu. Estou farta de ouvir que já estamos a preparar a próxima época.

Se este tiver que mudar e sair que seja agora. Se é o que é preciso para se entrar nos eixos, que se tome a decisão o mais depressa possível. Se não, é para assumir o compromisso que cumpriu. Fartos de “quases”, “ses” e “a culpa é do árbitro” estamos nós.  Se é para acontecer, que seja agora.

Foto de Capa: Sporting CP

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

SC Covilhã 1-0 Portimonense SC: Leões da serra dominam líder

Cabeçalho Futebol NacionalEm jogo em atraso da 26ª jornada, com tarde solarenga mas pouco público, como a Covilhã já nos tem vindo a habituar, o Sporting da Covilhã e o Portimonense ficaram frente a frente para lutar pelos três pontos que a neve de há semana e meia não deixou disputar.

O Covilhã, dono e senhor deste jogo, entrou forte e destemido, tendo logo duas oportunidades perigosas em poucos minutos. Logo na primeira jogada da partida, Harramiz , depois de um grande passe de Erivelto, não conseguiu dominar bem a bola, perdendo-a em frente à baliza. A segunda foi através de Erivelto, que trocou as voltas à defensiva algarvia e seguiu isolado para a baliza. Valeu Ricardo Ferreira, que saiu da sua área para aliviar para fora.

A equipa da Beira Baixa não tirava o pé do acelerador e continuava à procura do golo. Desta vez, foi Chaby a não conseguir encostar para golo. O Portimonense tentou controlar o ímpeto covilhanense, mas os seus ataques eram tímidos e sem perigo, estando bastante encostado ao seu meio-campo.

A primeira chamada de atenção da equipa algarvia aconteceu já depois dos vinte minutos, com Fabricio, à entrada da área, a rematar forte, mas à figura de Igor Rodrigues, que defendeu a dois tempos.

O golo do Covilhã chegou com naturalidade, por parte de Harramiz. Diarrá, do lado esquerdo, conduziu a bola desde o seu meio-campo até perto da área algarvia, passou para Chaby, que em posição frontal, fora da área, rematou forte à baliza. Ricardo Ferreira defende para a frente e aparece Harramiz na emenda para encostar para o fundo das redes.

A partida chegou ao intervalo com uma clara superioridade do Sporting da Covilhã, não dando espaço ao líder do campeonato para ter jogadas de perigo, estando sempre encostados ao seu meio-campo, de forma a proteger a sua fraca defensiva.

Harramiz marcou o golo solitário deste jogo. Fonte: Facebook do Sporting Clube da Covilhã
Harramiz marcou o golo solitário deste jogo.
Fonte: Facebook do Sporting Clube da Covilhã

A primeira grande oportunidade da segunda parte veio, novamente, dos pés da equipa da casa, com Erivelto a rematar cruzado dentro da área de Ricardo Ferreira e a bola a rasar o poste contrário.

Após a entrada de Pires, a turma de Portimão ganhou metros no terreno, chegando mesmo a ameaçar a baliza de Igor, valendo a atenção do mesmo.

Do outro lado, Chaby fazia as delícias dos presentes, trocando as voltas aos defesas adversários e estando presente na maioria dos ataques da sua equipa.

O Covilhã continuava por cima do jogo e, depois de um livre batido pelo Portimonense sem efeitos práticos, os covilhanenses contra-atacaram por parte de Chaby e Medarious, fazendo a bola chegar a Diarra, que desperdiça uma oportunidade clara de golo.

Numa altura em que o Portimonense estava em crescendo, Sarpong agarra Harramiz dentro de área, com Carlos Macedo a apontar para a marca de grande penalidade sem mostrar qualquer indecisão. Chamado à conversão, Gilberto desperdiçou a soberana oportunidade, rematando muito ao lado do alvo.

Os últimos dez minutos foram completamente frenéticos, com Igor a salvar a honra da casa. Pires, através de um excelente cabeceamento, viu Igor fazer a defesa da tarde, esticando-se em direção ao seu canto superior esquerdo para socar a bola para canto.

Ainda houve tempo para Ponde fazer um remate espectacular à meia volta, fora da área, aproveitando a saída do guarda-redes algarvio da baliza, mas a bola passou ainda a alguns metros do alvo.

O jogo acabou, então, com uma vitória mais que justa por parte do Covilhã, que foi a única equipa a esforçar-se verdadeiramente para ficar com os três pontos.

O Portimonense mantém assim o primeiro lugar, com oito pontos de avanço em relação ao segundo classificado, o Desportivo das Aves. Por sua vez, o Sporting da Covilhã sobe três lugares na tabela classificativa, para oitavo lugar.

Ambas as equipas jogarão em casa na próxima jornada. Os algarvios vão receber o Fafe e o Covilhã jogará com a equipa B do Futebol Clube do Porto, que actualmente ocupa o 18º lugar da tabela.

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Desconstruindo o Prolongamento

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Cabeçalho Futebol Internacional

A questão que se enuncia no título é muito simples de entender. Só por contendas meramente estéticas, que se prendem com a brevidade de informação, é que não a tornaram imediatamente percetível. Então aqui vai: em caso de prolongamento de jogo numa eliminatória a duas mãos – casa e fora – deverá o prolongamento no segundo jogo – situação que se verifica apenas e só com dois resultados iguais em 90 minutos – contar com a regra do golo marcado fora valer por dois? Penso que deveria deixar de existir; se não, vejamos.

Imaginemos que duas equipas se defrontam numa competição qualquer; mormente internacional. O resultado do primeiro jogo teria sido 1-1. O placard do jogo de volta igualmente. Ou seja, em 180 minutos, as equipas demonstraram estarem sobejamente equilibradas. A equipa A (vamos denominá-la assim) jogou primeiro em casa e agora prepara-se para um exaustivo prolongamento de meia hora em casa da equipa B (mais um team de exemplo). Ora, automaticamente, a equipa A estará em clara vantagem sobre a oponente – isto tirando, obviamente, os executantes, que não interessa agora quem sejam, e o facto de estar a jogar fora, mais o cansaço acumulado e outros fatores.

Isto, porque a equipa B não teve mais meia hora para jogar em casa da equipa A. Ou seja, se a turma A marcar um golo no tempo de prorrogação do encontro, a equipa B terá que marcar dois golos (e não sofrer nenhum), em meia hora, ou menos, se quiser chegar ao 3-2 que lhe permita vencer o jogo. Escusado será dizer que a situação de grandes penalidades só se verifica se o resultado for igual nas duas mãos e no fim do prolongamento respetivo.

 O prolongamento é sempre um período delicado (e excecional) de um jogo Fonte: SAPO Desporto
O prolongamento é sempre um período delicado (e excecional) de um jogo
Fonte: Republica.com

É verdade que a UEFA, pelo menos nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, coloca as equipes que passaram em primeiro de cada grupo a jogar a segunda mão em casa e as equipas que passaram na vice-liderança a jogar a primeira mão dentro de portas; advogando ser uma vantagem (teórica) para quem passou em primeiro. Eu continuo com dúvidas nessa “vantagem”. Até pode ser uma regalia, mas depende do resultado da partida de ida. Porém, não se os dois jogos terminarem empatados da mesma forma.

Estou de acordo com a regra dos golos fora valerem por dois, em caso de igualdade final de golos no agregado das duas jornadas. Primeiro porque premeia os visitantes; segundo porque recompensa o futebol aberto. Com isso estou totalmente de acordo. Mas uma equipa ter a possibilidade de auferir dessa situação 120 minutos e a outra apenas em uma hora e meia, parece-me injusto. Não me choca se não mudar? De todo. Provavelmente ninguém terá sequer pensado nisso. Mas era uma situação a rever. Voltando ao nosso exemplo de escola primária, a equipa A faz o 1-2 fora de casa, já no prolongamento, mas a equipa B já não tem chances de fazer o mesmo, com o mesmo período, fora de casa. Uma equipa joga com 120 minutos com a “vantagem” do golo fora valer por dois; a outra só joga 90…

É uma questão que dá asas para o debate e gostaria de ouvir as ideias de cada um que tenha achado interessante o tema. Se porventura alguém tenha encontrado um bom tema, poderá comentar o texto. Se não, esqueçam os devaneios deste pobre pateta.

Foto de capa: Torino

Última paragem antes de Gondomar

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Cabeçalho modalidadesHá dias soube-se o alinhamento dos oitavos de final da Taça de Portugal, ficando as 16 formações resistentes a conhecer a sua sorte na fase que decide as oito equipas apuradas para a final a oito, a ser jogada na cidade de Gondomar.

No que aos grandes diz respeito, o Sporting CP recebe o CF “os Belenenses”, uma equipa que tem vindo a reconquistar aos poucos o seu destaque (este ano já conseguiu vencer no pavilhão da Luz, frente ao SL Benfica e encontra-se neste momento a lutar pelo terceiro lugar com o Sporting de Braga e com o Modicus) no panorama do futebol de salão português, sendo por isso de prever um encontro muito disputado e equilibrado, com o favoritismo a não deixar de estar do lado dos leões, assim como a pressão inerente.

Do lado das águias, o adversário também é primodivisionário, a equipa do Unidos Pinheirense, que tem vindo a tentar solidificar a sua posição enquanto militante no primeiro escalão, sem estar livre de sobressaltos, estando, atualmente, no 11º lugar, mas relativamente perto da zona perigosa da tabela classificativa. É de prever um jogo emotivo entre estes dois emblemas, com o aliciante de a equipa gondomarense jogar a fase final na sua cidade natal em caso de vitória.

Nos outros jogos, destaque para os outros encontros entre equipas do principal escalão, com especial foco no encontro entre Modicus e Sporting de Braga e ser disputado em Sandim e também o encontro entre duas das grandes animadoras do nosso campeonato, nos anos mais recentes, nomeadamente a CCRD Burinhosa e a Desportiva do Fundão, a ser discutido na Aldeia do Futsal.

Apenas mais um representante da Liga Sport Zone marca presença nesta eliminatória, o CS São João, que tem uma longa deslocação até ao Sul do país para enfrentar o Portimonense SC. De resto, existem dois encontros entre equipas do segundo escalão, em Tires e em Vila Verde, com os clubes a receberem, respetivamente, o AM Portela e o Viseu 2001.

A formação canarinha já fez história ao chegar a esta fase, mas ainda quer chegar à fase final Fonte: Estoril
A formação canarinha já fez história ao chegar a esta fase, mas ainda quer chegar à fase final
Fonte: Estoril

Finalmente, o único representante do distrital, o Estoril-Praia, recebe um clube oriundo de um escalão secundário, a AM Granja. Obviamente que não é um jogo fácil, mas na eliminatória anterior já eliminaram uma equipa da primeira divisão, o CDR Vinhais, portanto tudo é possível e os estorilistas certamente querem manter o seu conto de fadas por mais algum tempo.

Com este alinhamento de jogos, é certo que pelo menos três equipas de divisões inferiores irão estar presentes na fase final, podendo esse número passar a quatro, caso o Portimonense vista a capa de herói e tombe o CS São João, algo que não seria um escândalo, em função da pequena diferença entre os conjuntos. Os dados estão lançados, agora é ver quais as equipas que conseguem seguir em frente, sem parar na última estação rumo a Gondomar.

Foto de capa: Jornal do Centro

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Os 10 melhores guarda-redes estrangeiros fora dos 3 grandes

Cabeçalho Futebol Nacional

Ao longo da história do futebol português, houve muitos guarda-redes que se destacaram e ficaram na história. Com o tempo, começaram a aparecer guarda-redes estrangeiros (alguns deles internacionais) no nosso futebol que se destacaram e se tornaram figuras de proa nas respectivas equipas. Nós, portugueses, podemos orgulharmo-nos de já termos tido guarda-redes de classe mundial a jogar no nosso país: Michel Preud’homme no SL Benfica, Peter Schemeichel no Sporting CP e actualmente, Iker Casillas no FC Porto e Júlio César no SL Benfica

No entanto, também houve outros guarda-redes que se notabilizaram em clubes de segunda linha a nível nacional. Uns fizeram carreira em Portugal (alguns com passagens discretas por um dos grandes), outros revelaram-se em Portugal e deram o salto para um grande e/ou para o estrangeiro.

E, como sempre tive um carinho especial pela posição de guarda-redes, quero aqui fazer um top dos melhores guarda-redes estrangeiros em clubes de segunda linha a nível nacional.

Foto de capa: UD Leiria

Volta ao Algarve 2017 – Oh Malhão, Malhão…!

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Cabeçalho modalidadesAcabou mais uma Volta ao Algarve e, desta vez, com a possibilidade de dizermos que foi finalmente possível acompanhar um pouco desta prova, em direto na Eurosport, e vermos o que de melhor os ciclistas internacionais e nacionais podem fazer em Portugal e, mais propriamente, no sul do país. Como de costume, o Malhão voltou a decidir e confirmar o vencedor desta prova.

Indo ao princípio, esta volta começou da melhor forma com um sprint entre um verdadeiro elenco de luxo, e onde Gaviria mostrou todo o seu potencial e venceu à frente de nomes como Greipel ou Bouhanni. Mais uma grande vitória para o jovem ciclista colombiano, que continua a demonstrar o seu imenso potencial e a conquistar vitórias importantes.

Na etapa seguinte, Daniel Martin (talvez o nome mais forte para a montanha na prova deste ano) e Roglic, dois dos mais fortes candidatos a vencerem a prova, disputaram a vitória na montanha ao sprint (vitória para o irlandês da Quick-Step) e, mesmo ainda faltando uma grande etapa de montanha, após o final da etapa era possível apontar Roglic como o mais forte candidato a vencer a Volta ao Algarve, visto que no contrarrelógio só deveria ser batido por alguns dos especialistas em contrarrelógio e, como provou a primeira etapa de montanha, não seria fácil batê-lo em tal vertente.

Daniel Martin mostrou ser o ciclista mais forte na montanha  Fonte: Volta ao Algarve
Daniel Martin mostrou ser o ciclista mais forte na montanha
Fonte: Volta ao Algarve

Amaro Antunes, Nocentini e Edgar Pinto (devia ter ficado mais tempo por cá, visto que neste momento poderia estar numa equipa com outras ambições, porque é um ciclista que tem imensa qualidade e já o provou várias vezes – ainda assim, é bom ver que percebeu isso, voltou a Portugal e está a recompor-se da melhor forma) a fazerem um excelente início de prova e a mostrarem que iriam ser os candidatos mais fortes a poder dar alegrias às equipas portuguesas, em termos de classificação geral.

A terceira etapa estava dedicada ao contrarrelógio. Cerca de 18 kms pela frente e um percurso que era o ideal para os verdadeiros especialistas. O espanhol Castroviejo e o alemão Tony Martin eram encarados como os favoritos a vencerem a etapa, principalmente por serem o campeão europeu e campeão mundial, respetivamente. O ciclista da Movistar superou o ciclista da Katusha e arrecadou a vitória da melhor forma possível, frente ao campeão do mundo da especialidade.

Como esperado, Primoz Roglic não se deixou bater por nenhum dos candidatos à vitória final, sendo que o polaco Kwiatkowski foi o único a chegar-se perto do esloveno e a poder tirar-lhe a vitória no final desta Volta ao Algarve 2017. Como também era expetável, Nélson Oliveira foi o único português a conseguir estar no top10 da etapa.