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Justiça para o Boavista

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cab nba

Não, não vou escrever sobre futebol. Neste texto vou expressar a minha opinião sobre aqueles jogadores que estão em clubes que não os merecem actualmente. Não estou a dizer que uma determinada instituição não seja digna, nada disso. Simplesmente, de acordo com o seu momento de forma, certos jogadores mereciam estar num plantel que competisse pelo título.

O propósito deste artigo é expressar a pena que me dá ver determinados jogadores em plantéis que têm jogado um tipo de basquetebol mediano, em comparação com o talento destes atletas.

Começando pela conferência Oeste, há dois jogadores que me deixam muito ansioso sempre que jogam. No entanto, as equipas onde actuam raramente têm um resultado positivo. Ambos os jogadores têm um potencial imenso, são capazes de juntar inúmeros ressaltos, marcar dezenas de pontos, bloquear lançamentos, fazer assistências. Enfim, poucas são as facetas onde ambos não se podem afirmar como fenomenais. Sim, bem sei que um é significativamente superior ao outro.

Com a chegada de Rudy Gay, DeMarcus Cousins pode ver a sua importância ser diminuída. Porém, o líder da equipa em pontos, ressaltos, roubos e blocos tem feito uma época absolutamente fantástica. Infelizmente, o seu talento não é comparável com o do resto do plantel. Os Sacramento Kings são uma das piores equipas da conferência, e entristece-me imenso ver Cousins fazer jogos gigantes mas que passam despercebidos.

Por outro lado, uns Estados mais acima, em Minnesota, joga um dos meus jogadores preferidos. Kevin Love é, provavelmente, o melhor extremo-poste da NBA. Ele é o tipo de jogador que faz com que uma defesa trema de medo sempre que o vê num cinco inicial. Capaz de juntar ressalto atrás de ressalto, Love é dos jogadores mais inteligentes da liga. Usa o seu tamanho para poder entrar no garrafão, mas também usa a sua enormíssima qualidade para se ajudar a si (e aos seus colegas) a angariar pontos. Ex-campeão de triplos nos All-Stars, Love é uma arma mortífera que merecia mais do que os Timberwolves. O recente jogo dos Wolves contra os San Antonio Spurs prova a qualidade dele. Contra uma das melhores equipas da Liga, não só a nível ofensivo e defensivo, mas também pela sua enormíssima coesão táctica, Love aniquilou a defesa por completo. Porém, a equipa do estado do Texas provou a superioridade. Kevin faz também um elevado número de assistências por jogo, logo após os seus ressaltos, fazendo com que a equipa de Minnesota seja das mais implacáveis no contra-ataque.

Neste momento Kevin Love é um dos jogadores mais completos da NBA e é o melhor extremo-poste da liga. http://www.ign.com
Neste momento Kevin Love é um dos jogadores mais completos da NBA e é o melhor extremo-poste da liga.
Fonte: ign.com

Do outro lado do país, encontramos um atleta de que provavelmente não estarão à espera. O outro jogador que não merece a equipa em que está é Rajon Rondo. Há muito que a estrela lesionada é esperada pelos seus colegas da equipa de Boston. Rondo, no entanto, muito dificilmente almeja o seu regresso à competição. Os Celtics estão num ano claramente de renovação e Rondo, mesmo lesionado, não merece estar nos bancos a assistir à miséria que tem sido a temporada feita pelo plantel. Devo afirmar que Rondo é provavelmente dos bases mais puros e mais interessantes de ver jogar. Não possui um grande arsenal de lançamentos, pelo menos que tenha visto, mas é o general ofensivo e defensivo da equipa. Atenção, não estou a dizer que Rondo lança mal, simplesmente não necessita de o fazer. Para base, ele é dos jogadores que tem uma folha de estatísticas mais completas. Apanha ressaltos, rouba bolas e assiste como ninguém. Como tal, mesmo sem jogar, um atleta do calibre de Rajon Rondo não merece, de todo, a equipa por quem ele está a treinar e fazer de tudo para voltar.

O próximo atleta entristece-me pela situação em que está. Não pela equipa, mas pelo seu talento, que está a ser desperdiçado. Joakim Noah é o poste e, actualmente, a maior estrela dos Bulls. Com um estilo de jogo muito pouco ortodoxo, Noah é um dos melhores postes da conferência Este. Os Bulls começaram esta época como uma equipa que podia chegar longe nos playoffs. No entanto, com a lesão de Derrick Rose, a equipa de Chicago está completamente perdida. O talentoso e trabalhador poste tenta de tudo para aumentar a moral da formação de Illinois, mas dá para entender que isso não chega.

Por fim, acho extremamente injusto para um grande nome do basquetebol ter o seu nome associado a uma instituição que só o mancha. Estou a falar da equipa dos Charlotte Bobcats e de Michael Jordan. Mundialmente conhecido, Jordan é o nome mais mediático da história da NBA e dos melhores jogadores que já passaram pelo desporto. Porém, a equipa que insiste em ser das piores ano após ano está a tentar afundar a reputação da ex-estrela dos Bulls e dos Wizards. A aquisição dos Bobcats continua a levantar inúmeras questões.

Enfim, de muitos mais casos podia falar, tais como Carmelo Anthony, Kyrie Irving, John Wall e até do próprio Marc Gasol, mas os nomes acima falados são os mais flagrantes.

Este Benfica continua infectado

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Terceiro Anel

Analisando este Benfica sob o prisma da Medicina, podemos dizer que o clube da Luz ainda permanece infectado, apesar da vitória no Algarve na partida deste domingo. E o vírus que causou esta infecção continua resistente, fazendo com que quase todos os jogos do Benfica sejam pouco consistentes e estejam repletos de falhanços.

Mas voltando um pouco atrás no filme, torna-se necessário afirmar que o Benfica tinha total obrigação de vencer o Olhanense. E isto porque estamos a falar de um Olhanense que tem um plantel bastante fraco, que pratica um futebol quase sem ligação, e que joga em casa emprestada! E por isso mesmo, e porque ainda existe alguma lógica neste sublime desporto, a equipa algarvia tem lutado com todas as suas forças para não cair na zona de descida, situação essa que não tem conseguido, porque, de facto, e com todo o respeito, será complicado para esta formação evitar o triste desfecho de uma descida de divisão. Portanto, tínhamos à partida para este desafio um Olhanense sem nada a perder, defrontando em casa um Benfica que não podia perder pontos, sob pena de ver o Sporting ainda mais confortável na liderança.

E se dúvidas houvesse quanto ao momento menos feliz do Benfica, naquilo que diz respeito aos jogos da Liga Zon Sagres, bastava olhar para as despidas bancadas do Estádio do Algarve. Posto isto, os encarnados lançaram-se ao jogo com Enzo Pérez castigado e com Markovic a juntar-se (mais uma vez) ao rol de lesionados. Ivan Cavaleiro regressou à titularidade, em detrimento de Sulejmani, a quem se proclamava um lugar no onze inicial. E a verdade é que, tal como se esperava, o Benfica assumiu desde cedo o controlo do jogo. Jogava a um ritmo lento, sem grande intensidade, mas isso parecia ser o suficiente para derrotar um débil Olhanense. Até que, pasme-se, houve uma falha defensiva no Benfica! Aos sete minutos de jogo, Silvio adormeceu e perdeu a bola, acabando o lance no fundo da baliza de Artur, após recarga de Femi a uma primeira defesa do guarda-redes brasileiro, dos comandados de Jorge Jesus. Sem saber muito bem como, o Olhanense estava na frente do marcador, pedindo-se então muito mais determinação à equipa do Benfica.

A verdade é que os encarnados reagiram, e quase sempre através de Gaitán, na ala esquerda, iam sendo criados desequilíbrios. E após um desses raides do jogador argentino, Lima acabou por empatar o jogo para o Benfica. O jogo estava empatado; tudo parecia, enfim, encaminhado de vez para que o Benfica desse a volta. Porém, e imagine-se lá, voltaria a haver novo deslize defensivo! Regula rematou de longe, com força e colocação, mas Artur lançou-se à bola tarde demais, voltando assim a comprometer. E assim, o David voltava a desfeitear o Golias, desesperando a massa adepta benfiquista, ainda a passar pelo período traumático pós-Arouca. Mas ainda antes do intervalo, Matic tirou um coelho da cartola, ao voltar a empatar o jogo, depois de um remate fulminante de fora da área.

Benfica venceu, mas não convenceu  Fonte: www.maisfutebol.iol.pt
Benfica venceu, mas não convenceu
Fonte: Maisfutebol

Com o marcador empatado a duas bolas, o alarme soava, e de que maneira! Podia estar ali mais um escândalo à beira de acontecer, o que a suceder poderia ter implicações dramáticas em todo o conjunto encarnado. Para a segunda parte, Raul José lançou Sulejmani, saindo Ivan Cavaleiro. E a verdade é que esta alteração teve de imediato resultados práticos, já que logo no reatamento da partida o internacional sérvio ex-Ajax colocou o Benfica em vantagem, após um excelente trabalho individual. E, de facto, Sulejmani acabou por transmitir uma nova vida ao ataque benfiquista, com rápidas incursões pela ala esquerda. A partir daí, o Benfica foi controlando a partida, mas jogando sempre a um ritmo muito baixo, por vezes quase de treino, nunca deixando totalmente calmos os seus adeptos – e muito provavelmente Jorge Jesus, a cumprir o seu último jogo de castigo. Destaque ainda para a lesão de Artur Moraes, que saiu a contas com uma luxação no ombro direito. Oblak entrou para o seu lugar, mas só viria verdadeiramente a passar por um calafrio já nos minutos finais do desafio.

Depois de 100 minutos de futebol (sim, tivemos 10 minutos de compensação), o Benfica acabou por vencer por 3-2 um aflito Olhanense, mas voltou a mostrar muita insegurança, demonstrando a todos que tem uma defesa de papel, um futebol com pouco ou nenhum dinamismo, e elementos completamente apáticos (Ola John entrou na segunda parte, mas esteve completamente tolhido de movimentos). E assim temos um Benfica na luta pelo título, a dois pontos do Sporting, mas claramente sob o tratamento de antibióticos, que tardam a surtir o efeito desejado para combater tão terrível vírus.

Um imprevisto

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A12
Há coisas que, pelo simples facto de existirem, são agradáveis. Alegram-nos a semana, transformam-nos um dia aparentemente perdido num dia para mais tarde recordar, fazem-nos pensar que do nada se pode fazer muito e que não é preciso muito para parecer que somos donos de tudo. Por mais que nos queiramos convencer de que o motivo de tal saborosa sensação não passa de mera ilusão ou exagero da realidade, o passar do tempo mostra-nos que melhor do que lutar contra a razão da nossa felicidade é aceitá-la e dela usufruir.

E, porque és tanto mais feliz quanto menos o esperares ser, a surpresa confere toda uma nova dimensão ao que realmente se está a passar. Não estavas à espera que tal acontecesse. Estavas ferido da tua última batalha. Anteriormente, sempre que tentavas alcançar o patamar que merecias, aquele que é teu por direito, não atingias nunca o teu objectivo. Eras humilhado, derrotado, brincavam contigo enquanto davas tudo o que tinhas. Em campo, abatiam-te. Fora dele, troçavam de ti.

Quem mais te apoiava foi percebendo que, enquanto continuasses no mesmo rumo, a tua demanda nunca teria fim. Pelo menos o fim desejado, já que te encontravas no trilho para um outro fim: o teu. Estavas prestes a acabar, deixando tudo o que esperavam de ti a meio. E tinhas tão mais para dar, só precisavas que aparecesse quem to fizesse ver, quem te abrisse os olhos e te levasse a crer que nem tudo o que tinha duas pernas e respirava era bom para ti e que nem todos aqueles que falam e te podem ensinar algo servem para te levar onde sempre desejaste estar.

E aí, tudo mudou. Quando menos esperavas, apareceu quem te comandasse ao topo. Conhecendo-te do exterior há muito, soube retirar do teu interior o melhor que lá tinhas. Potencializando as tuas qualidades, expulsando os teus “fantasmas”, que pairavam sobre ti e dentro de ti há demasiados anos, e adquirindo novas peças para te tornar a máquina bem oleada que há muito querias ser, os teus novos líderes colocaram-te num patamar capaz de te fazer a ti e a quem gosta de ti felizes.

E o melhor de tudo é que isto aconteceu de uma forma inesperada. Claro que o objectivo final seria esse, mas não já. Ninguém, nem o teu líder, nem o mais optimista dos teus apoiantes, esperava que atingisses esse nível tão cedo. E isso só torna a realidade mais agradável, mais apetecível. Mantendo a calma e a serenidade, estás a construir algo sustentado em bases bem fortes e consistentes e de aparente fiabilidade. Sem nunca apressar processos nem assumir estatutos, possuis hoje mais do que eternos candidatos a tudo e mais alguma coisa que saltam etapas como quem salta à corda na primária (ganha o que saltar mais e quando algum cair, logo se vê em que estado ficou).

Hoje, quando já atingiste o lugar que pretendes há umas semanas, manténs-te calmo e sereno. Ninguém espera nada de ti, trabalhas para não dever nada a ninguém. Continuas a insistir, e bem, que o lugar que atingiste não passa de uma ilusão, sendo algo meramente provisório. Defendes que o teu objectivo não passa por permanecer nesse patamar, que te contentas com um final uns quantos furos abaixo do actual e que, se isso acontecer, tudo continuará a correr como planeado.

Tens razão. Se daqui a uns meses acabares pior do que te encontras, tudo correu de acordo com aquilo que previste e aquilo a que te propuseste. A felicidade vivida neste momento será, porém, completamente real e todo o percurso terá valido a pena. Porque tu nunca te propuseste a estar onde estás, mas por quanto mais tempo lá puderes ficar, melhor para ti e para quem anda atrás de ti será.

Para quem ainda não percebeu ou não quer perceber, o Sporting Clube de Portugal está, neste momento, em primeiro lugar da Liga Zon Sagres. No entanto, não é candidato ao título nacional esta época, já que não foi esse o objectivo a que o clube se propôs no início do ano. Parem de tentar colocar pressão onde ela não existe, deixem de tentar atribuir responsabilidades a quem não as tem. O que se está a passar este ano é um “simples” imprevisto conquistado com muito trabalho e dedicação. Um óptimo imprevisto. E, esperamos nós, sportinguistas, um imprevisto duradouro.

Grande em Itália, pequena na Europa

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Com dois títulos de campeã italiana nas duas últimas temporadas e um percurso, até ao momento, que deixa antever um terceiro título consecutivo, a Juventus não conseguiu ser grande fora de portas.

O epílogo da prestação bianconera na Liga dos Campeões escreveu-se em dois capítulos frios e atribulados na única cidade que se divide em dois continentes. Em Istambul, a Juve caiu perante o Galatasaray, numa partida que começou na noite de terça-feira, mas só foi finalizada ao início da tarde do dia seguinte. Tudo isto porque um forte nevão, que assolou a cidade turca, pintou de branco o relvado da Turk Telekom Arena ao ponto de tornar as condições de jogo impossíveis. O episódio levou a que o árbitro português Pedro Proença interrompesse o encontro 35 minutos após o apito inicial, numa altura em que o marcador registava um 0-0.

Um forte nevão levou à interrupção do encontro / Fonte: www.reuters.com
Um forte nevão levou à interrupção do encontro / Fonte: www.reuters.com

O empate até servia as pretensões da formação de Antonio Conte, mas ainda teria de ser jogada mais uma hora de futebol que se revelou fatal para a Juve.

Num relvado mal tratado pela neve e claramente mais limpo na metade em que o Galatasaray atacou na segunda parte, assistiu-se a um assalto repetido à baliza de Buffon por parte dos jogadores da equipa turca. A pressão enorme dentro das quatro linhas foi reforçada pelas vozes incansáveis dos adepto, que empurraram a equipa rumo ao golo que viria a dar a qualificação. Aos 85 minutos, Wesley Sneijder, a passe de Didier Drogba, rematou cruzado para o fundo da baliza da Juve, sentenciando o encontro e as hipóteses da equipa italiana. O triunfo aqueceu as gélidas bancadas da Turk Telekom Arena, numa temporada que tem sido difícil para o Galatasaray a nível interno, uma vez que a equipa está já a uma distância considerável do eterno rival Fenerbahçe.

Os jogadores do Galatasaray festejam a passagem aos oitavos de final / Fonte: cyprus-mail.com
Os jogadores do Galatasaray festejam a passagem aos oitavos de final / Fonte: cyprus-mail.com

Apesar de ter sido esta derrota em Istambul a relegar a equipa da Juve para a Liga Europa, a verdade é que os empates em Copenhaga e em casa frente ao Galatasaray foram resultados bem mais comprometedores. Sem estes quatro pontos perdidos, a equipa de Antonio Conte não teria caído da Liga Milionária, onde no ano passado chegou aos quartos-de-final. Contas feitas, a Juventus pode e deve queixar-se de si própria e não justificar este falhanço na Champions com as condições de jogo adversas em Istambul.

O maior factor de motivação para a Juve reside agora numa possível chegada à final da Liga Europa, que se disputa no seu estádio. Jogar o encontro decisivo de uma competição europeia no seu terreno, perante milhares de tiffosi espalhados não só nas bancadas mas por toda a cidade, será certamente um objectivo que a formação do Norte de Itália não quererá desperdiçar, tentando aliar a isso a conquista do campeonato pela terceira vez consecutiva.

Com a renovação de Vidal consumada e as de Pirlo e Pogba em cima da mesa, espera-se agora que a Juve consiga ser grande em Itália, mas também grande na Europa dos mais pequeninos.

A Perdição dos Intocáveis

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eternamocidade

Uma semana depois chegou o domingo, dia que tenho no “Bola na Rede” para explicar, em poucas linhas, a minha visão sobre a atualidade do FC Porto. Um privilégio, pois claro, que se torna ainda maior, na minha visão, no estado atual das coisas. Até pode parecer um contrassenso, mas não é.

Como já expliquei em textos anteriores, escrever num só texto todos os problemas desta equipa de Paulo Fonseca é curto, muito curto. Por essa razão, tenho optado por fazê-lo em partes, e, nesta semana, pareceu-me relevante falar da “perdição dos intocáveis”. Eu sei que este até podia ser um título de um bestseller mundial, mas não: é um traço de um quadro que parece cada vez mais cinzento pelos lados do Dragão.

No passado domingo, escrevi aqui maravilhas sobre a segunda parte do Porto e sobre aquilo que achei ter sido uma mudança no pensamento de Fonseca quanto ao meio campo do FC Porto. Voltando o filme atrás e vendo aquele 1+2 no meio campo portista, talvez o pensamento de que a equipa tinha mudado tenha sido só mesmo algo que quis à força meter na minha cabeça. Lá no fundo, sabia que esta perdição ia voltar. E voltou, na passada quarta-feira, em Madrid: bem sei que me podem falar das quatro bolas nos ferros, do golo idiota de Raúl Garcia ou do penalti falhado de Josué, que podia ter dado na altura o 1-1. Podem-me falar do facto de o Porto só ter feito um ponto em casa ou até de ter acabado a fase de grupos com os mesmos pontos do “colosso” Áustria de Viena. Mas não é por isso que vos escrevo hoje: a razão é diferente, e tem a ver com os intocáveis no futebol.

Josué falhou um penálti contra o Atlético de Madrid Fonte:www.abola.pt
Josué falhou um penálti contra o Atlético de Madrid
Fonte:www.abola.pt

Basta olhar para a direita e perceber que por Espanha a época passada trouxe uma mudança de paradigma no Real Madrid: José Mourinho “encostou” Casillas, o eterno guarda-redes dos madridistas, no banco. Um escândalo, disseram uns; um toque de arrogância, disseram outros, quando comentando a atitude de Mou. Uns meses mais tarde, Casillas passou a número 2 até na seleção espanhola, passando Valdés, ainda que por meros jogos, a ser o dono das redes dos campeões mundiais. Estranho como tudo muda em tão pouco tempo, não acha? O que é facto é que, passado todo este tempo, Ancellotti tornou-se treinador do Real, mas do banco Casillas não saiu. Diego Lopez afirmou-se como um grande guarda-redes, e agora Iker já só “calça” na Champions.

Bom, acho que, depois deste parágrafo, já deve ter percebido a mensagem que quero transmitir. Longe de mim ser injusto e sobretudo ingrato, porque acho que é o pior que se pode fazer no futebol. Longe de mim acusar os “Intocáveis” do FC Porto do fracasso tático que é Paulo Fonseca, ou dos golos falhados jogo após jogo. Mas no que diz respeito a isto, permita-me que diga que estes “intocáveis” são talvez a primeira face do descalabro que tem sido a época azul e branca. Olhando para Helton e Lucho já não se vê aquela raça, aquele querer e aquela liderança que enchiam um campo e juntavam um balneário. Infelizmente, e acho que este é o pior insulto que posso ter para com eles os dois, agora estes “intocáveis” parecem ser apenas mais dois no marasmo portista. Seja em golos por culpa própria ou num ritmo de jogo muito baixo, talvez fosse melhor dar um passo atrás para se poder voltar a dar dois à frente. Não tenho dúvidas de que quer um quer outro ainda têm muito para dar à plateia azul e branca, e para voltarem a ser aquilo que sempre foram. O importante é não ter medo da sucessão e de se deixarem substituir, porque, afinal de contas, isso é também sinónimo de honestidade e grandeza. Entre rostos tristes e uma equipa amorfa, esta “perdição dos intocáveis” é terrível. E os adeptos também o sentem.

(Des)Motivação

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cab futsal

Desde 2007/2008 que a Associação Desportiva do Fundão ou AD Fundão não joga o play-off do campeonato nacional de futsal, mas com as exibições desta época, podem muito bem ter que o fazer. Parece que andam a engonhar, a engonhar, à espera que aconteça um milagre. Nas palavras de um jurado dos ídolos “não jogam puto” e não sei bem porquê, porque mantiveram mais ou menos a mesma equipa do ano passado, a estrutura está lá… o que é que está a falhar este ano? A motivação?

É que a falar em motivação temos de falar na minha equipa, que isto quando é para dizer coisas bonitas é uma maravilha. O Benfica sofreu uma reestruturação quase total, em que de uma época para a outra o 5 titular mudou drasticamente. Mesmo assim, além de apresentarem resultados, apresentam um futebol tão bom ou melhor do que apresentavam a época passada. É de louvar o trabalho que está a ser desenvolvido, pois criar uma equipa do dia para a noite não é fácil, muito menos colocá-la a praticar bom futsal e a ombrear com as melhores equipas do campeonato. Isto, já para não falar de que precisávamos sem dúvida desse “extreme-makeover”, uma vez que tínhamos um plantel envelhecido que já tinha ganho tudo o que havia para ganhar. Como tal, esse pequeno factor denominado de Motivação não era tão visível como é esta época.

Braga comemora um dos 11 golos na goleada imposta ao Leões de Porto Salvo www.zerozero.pt/
Braga comemora um dos 11 golos na goleada imposta ao Leões de Porto Salvo
Fonte: ZeroZero

De referenciar igualmente a excelente prestação do SC Braga neste campeonato. Se quisermos ser mais específicos, nesta mesma jornada! Goleou o Leões de Porto Salvo (equipa sensação deste campeonato 2013-2014) por 11-3 e subiu para o 2º lugar à condição, que espera pelo desfecho do jogo do Sporting-Boavista para saber se rouba de facto o lugar aos Leões (de Alvalade).

Resumo Semanal das Modalidades #1

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Semanalmente irei fazer um apanhado das modalidades que nos foram trazidas pelos nossos redactores. Será este o resumo inaugural da semana do Bola na Rede, entre os dias 9 e 14 de Dezembro.

Esta semana iniciou-se a 9 de Dezembro com um artigo de NBA, escrito por André Albuquerque. Com o título “Grande Desilusão na Grande Maçã”, André, dá-nos a conhecer o mau rendimento das duas equipas de Nova Iorque – Brooklyn Nets e New York Knicks. Quanto aos primeiros, mesmo depois de se fazerem grandes investimentos, a equipa não corresponde às expectativas. Relativamente aos New York Knicks, têm mostrado uma fraca qualidade de jogo.
São duas equipas que se encontram numa má posição e que, devido ao seu historial de vitórias e derrotas, estão entre as cinco piores da Liga. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3606

Os Brooklyn têm estado muito aquém das expectativas. http://nextimpulsesports.com
Os Brooklyn têm estado muito aquém das expectativas.
http://nextimpulsesports.com

Roberto Sousa Moura, a 10 de Dezembro, trouxe-nos o seu artigo sobre o Voleibol. Neste seu texto, Roberto fala-nos da quase implacável AJ Fonte do Bastardo, que termina a competição de 2013 de forma tranquila. Não se podendo deixar esmorecer, a AJFB é um dos fortes candidatos ao título. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3624

Quanto ao Snooker, Cátia Borrego vem falar-nos sobre a vitória de Neil Robertson, que ganhou a triple crown. O australiano, após vencer o inglês Mark Shelby, pôs-se ao nível de Stephen Hendry, Steve Davis, Ronnie O’Sullivan, John Higgins, Mark Williams, Terry Griffiths e Alex Higgins. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3627

Chegando agora ao Basquetebol, Daniel Melo fez-se ler com o seu fabuloso texto sobre o jogo entre o Bayern de Munique e o Olympiakos Piraeus. É-nos dado a conhecer o estrondoso poderio dos gregos, que, por serem bicampeões europeus, tentam validar novamente os títulos que foram alcançados. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3654

Relativamente ao Hóquei em Patins, o texto desta semana, da autoria de André Conde, fala-nos sobre a mudança de protagonistas na Liga. Normalmente, esta é protagonizada por Porto e Benfica, contudo, foi a vez de outras equipas assumirem o protagonismo no fim-de-semana passado, como o HA Cambra e o AD Valongo. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3718

No que toca ao Rugby, Sara Rodrigues da Costa trouxe ao Bola na Rede a sua visão sobre a equipa portuguesa no fim-de-semana passado, ao conquistar os 10 pontos e conseguindo o alcance da 11ª posição no ranking, com 19 pontos. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3758

O Surf não é esquecido no Bola na Rede e é por essa razão que Joni Matos nos falou sobre o Billabong Pipe Masters, onde participaram Slater e Fanning. Ainda sem se saber, antevia-se um Slater a um passo de se tornar campeão mundial, mas hoje Mick Fanning sagrou-se campeão mundial pela terceira vez. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3781

Medina num super tubo.  www.aspworldtour.com
Medina num super tubo.
www.aspworldtour.com

Correndo agora para o Ténis, Miguel Dias vem falar sobre jogadores de ténis que prendem a nossa atenção de tal forma que nos fazem assistir a partidas do início ao fim, como é o caso de Gael Monfils, David Nalbandian e Marcos Baghdatis. Foi feita ainda uma breve referência a Nuno Marques, que apesar de ser tido como um dos tenistas com mais potencial, nunca atingiu lugares de topo. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3794

Terminando o nosso resumo semanal, deixei para último os Desportos Motorizados de Rodrigo Fernandes. Após o afastamento da F1, António Félix da Costa vai continuar como terceiro piloto e piloto de testes da Red Bull e vai correr no DTM pela BMW. Em http://www.bolanarede.pt/?p=3784

 

Termino por aqui este resumo semanal das modalidades. Para a semana há mais, não percam.

[box type=”info”] Este texto não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico[/box]

O rosto da mudança no Corfebol – Entrevista a Isabel Teixeira

entrevistas bola na rede

Isabel Teixeira, seleccionadora nacional de corfebol, analisa a actual situação da modalidade em Portugal, fala sobre a Supertaça e antevê o próximo Europeu, a realizar-se em Portugal.

1. Como avalia a participação da selecção nos Jogos Mundiais?

A participação da Selecção Nacional nos Jogos Mundiais foi, a meu ver, excelente. Tendo em conta que estão as oito melhores equipas do mundo no Torneio, o nível extremamente elevado da competição e a renovação da nossa Selecção, com metade da equipa titular estreante nos Seniores e com uma média de idades de 23 anos, foi, sem dúvida, excepcional!

2. Como vê a actual situação do corfebol, tanto a nível de selecções como de equipas? O que é preciso melhorar?

Considero que estamos num grande momento de mudança, com o aparecimento de vários novos clubes, com o corfebol a expandir-se por todo o país, o que, em termos de selecções e de evolução da modalidade, é fundamental. Começamos a ver o leque da formação bem mais alargado, em termos de quantidade de atletas, nos vários escalões. A qualidade também tem vindo a melhorar; a necessidade de termos treinadores qualificados nas equipas, apesar de ser difícil de concretizar, tem proporcionado uma maior formação e qualidade dos treinadores que lideram as equipas. De forma a melhorarmos o nível de jogo, o campeonato permite vários jogos entre as melhores equipas; no entanto, os atletas só melhoram se treinarem e jogarem muito, o que implica que todos deveriam treinar, no mínimo, três vezes por semana e jogar uma vez por semana, o que, actualmente, não acontece em muitos dos clubes da Corfliga.

3. Portugal recebe o próximo Europeu. Quais são os objectivos? Portugal tem outro tipo de responsabilidade por ser a selecção da casa? Acredita que é uma boa medida para aproximar as pessoas da modalidade?

Pela segunda vez, Portugal organiza o Campeonato da Europa e, tal como em 1998, no qual estive presente como atleta e onde conquistámos o 3º lugar, as expectativas são elevadas. Os objectivos já estão traçados desde que iniciei funções em Junho de 2012: estar entre os três primeiros. Após os Jogos Mundiais, reconquistámos o respeito da comunidade internacional e, sem dúvida, esperam da nossa selecção uma grande competitividade. Conhecendo o nível das selecções presentes no Campeonato, cada jogo será uma batalha, pois, excepto a Holanda e a Bélgica, todas as outras equipas estão ao mesmo nível. Jogando em casa, esperamos um ambiente fantástico, com muito público. Será uma forma de promovermos o corfebol, não só na Maia/Porto, mas a nível nacional.

4. Como avalia a Supertaça?
A Supertaça foi disputada por duas equipas bem distintas: o Núcleo Corfebol de Benfica, com uma grande história no corfebol português, com uma equipa muito homogénea e com um nível de jogo incomparável a nível nacional, e o CIF, um clube que tem vindo a subir de nível de ano para ano, com uma equipa em construção e que, apesar de muito heterogénea em relação ao nível dos jogadores, tem um colectivo muito forte. Tivemos jogo durante os primeiros 20 minutos, com grande equilíbrio, e, a partir daqui, o CIF não conseguiu ultrapassar nem a pressão defensiva exercida pela equipa do Benfica nem a intensidade e excelente concretização no ataque da equipa campeã nacional. Em termos de competição, o local foi excelente e foi um momento muito importante para a modalidade, com a presença de personalidades do mundo de corfebol como os cerca de 50 delegados de vários países que estiveram em Portugal num congresso organizado pela nossa Federação.

5. Acha que a presença dos três grandes do futebol pode ser benéfica para o corfebol?

Considero muito importante a criação de Secções de Corfebol nos grandes clubes. Aliás, eu criei a Secção de Corfebol do Sporting Clube de Portugal, em 2008, e, durante os três anos em que representámos o Sporting, o corfebol teve muito mais visibilidade, aparecendo notícias, todas as semanas, no site e no Jornal do Sporting, assim como noutros jornais desportivos. Devido à dificuldade em arranjar pavilhões para treinos e jogos, acabámos por nos ligar ao Núcleo Sportinguista de Caneças. Ao aceitar o cargo de seleccionadora, afastei-me das funções no clube. No entanto, é fundamental o regresso à “casa mãe” para uma maior promoção da modalidade.

 

Entrevista realizada por:

André Conde, Cátia Borrego e Rodrigo Fernandes

Sporting 3-0 Belenenses: Sporting, o simplificador

Hoje torna-se tudo mais fácil de entender se recorrermos aos números. Nos últimos 360 (e tal) minutos o Sporting não sofreu qualquer golo. Marcou dez. Somou quatro vitórias e, portanto, doze pontos. Falando especialmente do jogo de hoje, poderão dizer que foi contra um adversário frágil. Hoje, de facto, foi. Não criou uma única oportunidade de golo. Mas esta mesma equipa frágil – o Belenenses – já roubou pontos a Benfica e Porto.

Dizer que o jogo de hoje foi simples para a equipa de Alvalade pode até ser verdade mas é injusto para ambas as equipas. Para o Belenenses porque se bateu da melhor forma que soube e, isto sobretudo, porque se recusou a entrar pelo campo do anti-jogo cada vez mais regular no nosso campeonato. Para o Sporting porque deixa implícito um grau de facilidade que foi conquistado e não concedido. O jogo foi simples porque a equipa de Leonardo Jardim soube controlar o encontro e, apesar de nem ter feito uma primeira parte por aí além, esteve sempre concentrada e organizada.

Adrien festeja o primeiro golo da partida junto a André Martins, que viria a fazer o segundo / Fonte: Facebook Sporting
Adrien festeja o primeiro golo da partida junto a André Martins, que viria a fazer o segundo / Fonte: Facebook Sporting

O Belenenses, por sua vez, apostou numa pressão forte e o mais alta que conseguiu e, enquanto a conseguiu fazer de forma criteriosa, dificultou a manobra ofensiva do Sporting. Carrillo, em dia sim, e Cedric iam sendo quem mais desiquilibrava, cada um do seu lado, e foi exactamente por aí que os leões criaram as oportunidades na primeira parte. A primeira, com uma jogada individual do peruano a assistir Capel para um remate pouco ortodoxo. A segunda, com Cedric a sofrer um penalty discutível, que deu o golo de Adrien. Por fim, de novo Carrillo a assistir Montero, que é agarrado dentro da área sem que nada seja assinalado, e novamente Cedric, pela direita, a assistir Montero, que, no fim da primeira parte, rematou por cima.

Na segunda metade do jogo a história foi outra. O Sporting entrou bem e conseguiu fazer o segundo, por André Martins, depois de uma fantástica recepção precedida de uma boa assistência de Carrillo para o médio português. A partir daí o jogo foi controlado e mais tranquilo. O Sporting ditou os ritmos do jogo e acabou até por chegar ao terceiro. Novamente André Martins com um bom passe para Wilson Eduardo, que flectiu da direita para o meio e, com o seu pé esquerdo, finalizou da melhor forma sem dar hipótese a Matt Jones, guardião dos azuis.

No final, três golos de jogadores saídos da academia de Alcochete; mais três pontos conquistados e a liderança consolidada. Benfica e Porto jogam amanhã para tentar reduzir a desvantagem pontual, que se fixa nos cinco pontos. Até lá, como se viu e bem na bancada sul do Alvalade XXI, “próximo objectivo: três pontos frente ao Nacional”.

Liga Europa é para ganhar!

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Pronúncia do Norte

O FC Porto voltou a ser eliminado precocemente da Liga dos Campeões, terminando a fase de grupos com menos pontos alcançados do que jogos disputados. É triste, é preocupante, é vergonhoso. Não há desculpas. Fazer apenas 1 ponto em casa e vencer somente 1 jogo numa fase de grupos é absolutamente inadmissível num clube como o FC Porto. Desde que a Liga dos Campeões tem este formato (sem a 2ª fase de grupos), o FC Porto só não passou aos oitavos-de-final em 2005/06, em 2011/12 e em 2013/14. Eu arriscaria dizer que, apesar de tudo, esta foi a mais incompetente dessas três participações.

Os pergaminhos do FC Porto na Liga dos Campeões são demasiado marcantes, não são compagináveis com prestações medíocres como esta.
O FC Porto é um dos únicos 12 clubes que conseguiram sagrar-se campeões europeus por mais do que uma vez.
O FC Porto é, a par dos dois “gigantes” espanhóis – Real e Barça -, a segunda equipa com mais participações na Liga dos Campeões (18), logo a seguir ao Manchester United (19).
O FC Porto é a 9ª equipa com mais vitórias de sempre na Liga dos Campeões (10ª, se lhe quisermos juntar a antiga Taça dos Campeões Europeus).
O FC Porto é um dos únicos 10 clubes a ter marcado presença nos quartos-de-final da Liga dos Campeões em pelo menos 6 ocasiões.
E podia continuar com um rol de estatísticas que demonstrariam o poderio que o FC Porto vem apresentando nos últimos anos nesta prova e que não podem, de maneira nenhuma, ser ignorados.

CExige-se a Paulo Fonseca que limpe a imagem do FC Porto na Europa. / Fonte: Público
Exige-se a Paulo Fonseca que limpe a imagem do FC Porto na Europa. / Fonte: Público

O lugar do FC Porto é a Liga dos Campeões. Ponto. A brilhante história do FC Porto na maior competição de clubes do mundo assim o impõe. Agora, claro, o mal está feito e o objectivo passa por ganhar a Liga Europa para minimizar os estragos. Nas duas únicas ocasiões em que começou a época na Liga Europa, o FC Porto acabou por conquistá-la; quando chegou à “segunda divisão” vindo da “primeira”, nunca fez grande figura. Cabe a Paulo Fonseca inverter este cenário e aproveitar o deslize inicial para catapultar a equipa para uma campanha europeia aceitável – e isso passa necessariamente por chegar à final. Evidentemente que se for batido por uma Juventus ou por um Nápoles numa eliminatória em que o azar (o verdadeiro, não aquele que é invocado jornada após jornada pelo treinador) seja manifesto os adeptos perceberão. Caso contrário, tem a obrigação de ganhar. A exigência é máxima, como sempre foi. A tolerância é mínima e cada vez menor. Paulo Fonseca tem de perceber isso de uma vez por todas e acordar para vida! A Liga Europa é para ganhar!