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NBA All Star’2015 – AO VIVO

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Espaço para a discussão de um dos maiores eventos do ano da NBA: o All Star Game. O Este e o Oeste lutam pela supremacia em mais uma edição deste emblemático fim-de-semana. Podem participar na discussão no chat ou através do Twitter, identificando-nos em @BolanaRedePT

Rescaldo do 1.º Dia do fim-de-semana All Star’2015: http://www.bolanarede.pt/?p=21706
Rescaldo do 2.º Dia do fim-de-semana All Star’2015: http://www.bolanarede.pt/?p=21719

 


Ainda há uma linha que separa o sonho da realidade?

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eternamocidade

Mais uma jornada passada e, entre as vitórias naturais de FC Porto e Benfica, o que se destaca da jornada 21 é, naturalmente, o empate do Sporting, no Restelo, e o consequente adeus da equipa de Marco Silva ao título nacional, deixando difícil inclusive a possibilidade de se chegar à formação de Lopetegui, que conta com cinco pontos de vantagem para o Sporting.

Relativamente à equipa portista, devo destacar a forte primeira parte que o FC Porto fez contra o Vitória de Guimarães. Com um futebol agradável e intenso – que culminou numa mão cheia de boas oportunidades de golo –, chegar ao final dos primeiros 45 minutos do encontro apenas com o 1-0 no marcador era manifestamente pouco para o caudal ofensivo que a equipa tinha demonstrado. No segundo tempo, a imagem do jogo alterou-se: o Vitória subiu o seu bloco, e durante os primeiros vinte minutos os portistas pareceram adormecidos e amorfos, dando a ideia de que o pensamento já estava no jogo da próxima quarta-feira, em Basileia, a contar para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Aliás, mesmo não tendo criado qualquer oportunidade de golo, o Vitória de Guimarães, durante os primeiros vinte minutos da segunda parte, foi acreditando que seria possível sair do Dragão com pontos. Desse ponto de vista, não posso deixar de salientar a importância de Lopetegui: mexeu na equipa quando ela mais precisava, sendo que, com as entradas de Tello e Rúben Neves, o FC Porto voltou a dominar o jogo como quis e a criar mais três excelentes oportunidades até ao final da partida. Contudo, esse “baixar de guarda” de vinte minutos dos portistas foi algo que me preocupou e o que me leva a escrever este texto.

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O triunfo perante o Vitória SC ficou marcado por 20 minutos de menor fulgor portista
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

Admito que, quando escrevi o último texto acerca do ciclo infernal que o FC Porto teria – com 7 jogos em 30 dias (divididos entre Campeonato e Liga dos Campeões) – receei que aqueles “20 minutos” fossem acontecer com mais frequência. Ou seja, com tantos jogos em tão poucos dias, e sobretudo com a Liga dos Campeões à cabeça, era inevitável que a equipa se desligasse em certos momentos dos jogos. Esse é o efeito negativo que a Liga dos Campeões tem: numa competição como a Champions, onde estão os melhores jogadores e as melhores equipas, todos querem lá estar, dê por onde der. Nesse contexto, Lopetegui bem avisou na conferência de imprensa de antevisão ao jogo contra o Vitória que, quem estivesse a pensar no Basileia antes do tempo, veria o jogo de quarta-feira em casa.

Bom, apetece-me dizer que essa profecia de Lopetegui não é mais do que “conversa para adepto ver”. Isto porque a Liga dos Campeões funciona quase como um “bicho papão” que, quando se aproxima, não deixa espaço para nada mais. Ao olhar para a primeira fase da época portista (até dezembro, quando terminou a fase de grupos), esse foi um comportamento que não raras vezes se viu nos jogos do FC Porto. Por isso, não é de estranhar que, entre os seis jogos da primeira fase da competição milionária, os portistas tenham perdido seis pontos que tanto lhe fazem falta neste momento, nos jogos com o Vitória, o Boavista e o Sporting. Às custas deste tipo de “20 minutos” é que os portistas foram perdendo pontos que não podiam e que explicam, em parte, a desvantagem de quatro pontos para o primeiro classificado.

Em Fevereiro, a febre da Liga dos Campeões regressa: voltam os grandes jogos e os grandes duelos. O mundo do futebol aguardava há dois meses pelos oitavos de final e acredito que os próprios jogadores do FC Porto também. Aliás, não raras vezes durante os meses de Janeiro e Fevereiro se viram declarações de jogadores a falarem sobre o duelo contra a equipa de Paulo Sousa. Caro leitor, quero deixar claro que, tal como tantos milhões de adeptos, a Liga dos Campeões é igualmente a competição que mais aprecio no futebol. É inevitável que isso aconteça. Mas, friamente falando, penso que esse não deve ser o comportamento dos jogadores portistas. Bem sei que nestas horas que antecedem o jogo contra o Basileia, todos os portistas se irão lembrar das míticas vitórias de 1987 e 2004 ou dos jogos lendários que o FC Porto foi fazendo ao longo dos últimos anos na Liga dos Campeões. Obviamente que eu, como qualquer outro adepto, também não me canso de ver e rever a vitória de Gelsenkirchen, a exibição de sonho em Manchester, culminada no empate a dois golos, ou o jogo de gala que este ano a equipa fez em pleno San Mamés. Não me esqueço de nada disso porque a nossa história assim o obriga; mas também não me esqueço de que, objetivamente analisando o futebol europeu, é utópico considerar-se que o FC Porto pode chegar à final de Berlim, a 6 de junho deste ano. Com um futebol tão bipolarizado entre “ricos” e “pobres”, onde cada vez mais se distinguem clubes como o Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique ou Chelsea, será razoável pensar-se que, no meio de tantos tubarões, o FC Porto pode vencer o troféu mais desejado no futebol do “velho continente”?

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Brahimi é 2º melhor marcador do FC Porto na Champions, com 4 golos
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

Sinceramente, e mesmo dando de caras com o melhor plantel dos últimos largos anos, acredito que não é possível lutar contra formações tão fortes como as espanholas, alemãs ou inglesas. Bem sei que o sorteio até pode ajudar a que se chegue mais longe mas, mesmo com alguma sorte na escolha do adversário, pensar que uma equipa portuguesa pode chegar sequer a uma meia-final da Champions não passa, na minha opinião, de uma ilusão.

Ainda assim, não se pense que, com este discurso, me alinho com certos clubes e treinadores que acham que as competições europeias não interessam para nada. Várias vezes já repudiei este tipo de pensamento que considero ser “provinciano”. Para um clube que quer ser grande, não basta sê-lo dentro de portas, onde os adversários internos são sempre os mesmos. Para um clube que quer ser grande, acredito que só nas competições europeias é que se consegue ter uma notabilidade que o campeonato português não pode obviamente dar.

A Liga dos Campeões é por isso a montra onde todos os grandes clubes devem querer estar. O FC Porto não pode nem deve ser exceção: se quer continuar a ser o clube português com mais destaque a nível internacional, tem de continuar a estar consecutivamente entre os melhores da Champions. Ficar pela fase de grupos não basta e estar nos oitavos de final deve ser uma obrigação. Chegando a esta fase da prova, e sobretudo defrontando uma equipa que nos é inferior, o FC Porto pode e deve sonhar com a possibilidade de estar entre as oito melhores equipas europeias. Por isso, na eliminatória contra os suíços, aquilo que espero é que a equipa mostre vontade, atitude, garra e competência. Só assim será possível sonhar com o apuramento e acreditar que a Liga dos Campeões pode trazer muitas surpresas para o clube.

Contudo, mais do que os sonhos dourados que a Liga dos Campeões traz a adeptos e jogadores, acredito que o FC Porto – com 13 jornadas de campeonato para disputar – deve, sem nunca descurar a competição milionária, olhar sempre de forma prioritária para a liga interna, pois não tenho dúvidas de, entre chegar aos quartos-de-final ou ser campeão nacional, qual seja o desejo de 99% dos adeptos portistas. Isto porque, de forma realista, todos sabem que a Liga dos Campeões é um sonho do qual mais tarde ou mais cedo o FC Porto vai ter de acordar. Por isso, entre este ciclo infernal de jogos, o meu desejo é simples: honrem a camisola como sempre, seja qual for o jogo. A vitória deve ser o nosso objetivo, seja qual for a competição. Mas não se esqueçam de uma coisa: como em tantas outras atividades, nós portugueses ainda somos pequeninos para lutarmos com os tubarões. Por isso, só vos peço para que os “20 minutos” do jogo contra o Vitória não se repitam. É que no fim de contas, conquistar o campeonato deve continuar a ser o nosso primeiro pensamento.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

Benfica 3-0 Vit. Setúbal: E o líder lá sambou no Carnaval

Terceiro Anel

Com relativa facilidade o Benfica fez aquilo que lhe competia: derrotou o Vitória de Setúbal e assim manteve o avanço pontual de 4 pontos sobre o FC Porto. Perante 40 mil adeptos no Estádio da Luz (fantástica média de assistência até agora no palco benfiquista), o campeão nacional entrou em campo sabendo que em caso de triunfo praticamente colocaria o Sporting fora da luta pelo título. Jorge Jesus e Bruno Ribeiro operaram uma revolução nos onzes iniciais, em relação aos jogadores que haviam alinhado na partida entre estas duas formações na última quarta-feira, a contar para a Taça da Liga. De referir a crescente influência de Pizzi no xadrez do clube lisboeta, em contraste com um claro apagamento de Talisca, quiçá a pagar bem caro pelo facto de estar a competir ao mais alto nível há meses e meses a fio.

O conjunto sadino até entrou bem na partida, com algumas investidas que provocaram algum frisson junto da baliza de Artur, com destaque para um lance dividido entre Jardel e Rambé que causou polémica, com a equipa do Vitória a ficar a pedir grande penalidade. Mas o Benfica nunca perdeu o controlo do jogo, beneficiando também de um golo madrugador. Logo aos 9 minutos Jardel voltou a facturar, depois do golo da semana passada em Alvalade. A partir daí, e não obstante um ou outro remate da equipa setubalense, só deu Benfica.  Os campeões nacionais iam colocando a cabeça em água à defensiva contrária com jogadas envolventes e constantes trocas posicionais. Com uma defesa sempre sólida e um meio-campo eficiente (Samaris cada vez está mais entrosado com os restantes companheiros), aliado às permanentes subidas pelo flanco de Maxi Pereira e de Eliseu, o Benfica dava a ideia de que mais cedo ou mais tarde voltaria a marcar. Ola John e Salvio chegavam por imensas vezes à linha de fundo para cruzar, Lima com o seu habitual trabalho de sapa ia abrindo brechas no último reduto vitoriano e Jonas com o seu costumeiro futebol de veludo ia dando linhas e mais linhas de passe aos seus colegas. E depois…bem, depois temos Pizzi. Que grande exibição do internacional português! Seguríssimo, muito confiante, com um sem número de excepcionais passes em profundidade, o médio da equipa da Luz ia deliciando os adeptos presentes no estádio, numa exibição mais do que convincente. Quase à beira do intervalo, aos 40 minutos, Lima marcava o segundo tento para as águias e praticamente sentenciava a partida.

Luisão e Jardel, a imagem de uma dupla que cada vez funciona melhor; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Luisão e Jardel, a imagem de uma dupla que cada vez funciona melhor;
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

No segundo tempo o Benfica continuou a controlar as operações. Sem nunca forçar muito a nota, os comandados de Jorge Jesus até podiam ter goleado, tal a facilidade com que a equipa chegava perto da grande área de Ricardo Baptista. Contudo, apenas por uma vez as redes sadinas abanaram, em virtude de mais um golo de Lima, o seu 9º no campeonato. Samaris viu cartão amarelo e assim irá falhar a deslocação do Benfica ao terreno do Moreirense, mas essa situação não deverá tirar o sono a Jorge Jesus. É que Rúben Amorim já aí está para voltar a ter um papel importante na manobra do conjunto, e por isso mesmo o técnico amadorense concedeu ainda algum tempo de jogo ao jogador que não jogava para o campeonato desde aquele fatídico desafio no Bessa, no dia 24 de Agosto do ano passado.

Em suma, vitória sem contestação do Benfica. Em domingo de Carnaval, e para fazer jus à quadra, o samba falou mais alto com três golos apontados por futebolistas brasileiros. Assim sendo, o campeão nacional aproveitou da melhor forma o deslize do Sporting no Restelo, fazendo com que a luta pelo título se resuma praticamente a Benfica e FC Porto. Depois da exibição cinzenta no derbie de Alvalade, as águias voltaram a voar com segurança, com o bicampeonato em mente.


A Figura:
Pizzi –
enorme exibição deste internacional português! Não acusou a pressão e voltou a provar que é um excelente trunfo para atacar a fase decisiva da temporada. Primoroso na forma como foi rasgando a defensiva do Vitória com constantes passes em profundidade, Pizzi foi maestro em tarde carnavalesca.

O Fora-de-jogo:
Permeabilidade sadina
– Ficou claro ao longo de todo o jogo que ao Benfica bastaria acelerar…para marcar. A defensiva vitoriana viu-se e desejou-se para dar conta do recado, numa tarde em que a linha atacante do Benfica cumpriu bem o seu papel. Mas atenção: este Vitória de Setúbal demonstra várias qualidade em termos de processo de jogo ofensivo, o que deverá conferir ao conjunto um resto de temporada minimamente tranquilo.

Foto de Capa: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Belenenses 1-1 Sporting: O sonho acabou, mas a luta continua

rugir do leao duarte

Após o empate de ontem frente ao Belenenses, o Sporting disse o adeus definitivo à luta pelo título. A equipa leonina pareceu ter acusado o empate tardio frente ao Benfica e não foi capaz de demonstrar a sua superioridade frente à equipa do Belenenses – diga-se, muito bem orientada por Lito Vidigal.

Relativamente ao jogo queria apenas destacar alguns jogadores pelas suas prestações mais ou menos bem conseguidas: Rui Patrício, o capitão leonino, teve um dia menos bem conseguido, contudo, por tudo aquilo que já fez pelo Sporting, é inteiramente merecedor da nossa total confiança; Adrien Silva: nos últimos jogos tem sido notória a baixa de rendimento do internacional português; assim, a entrada de Ryan Gauld, que quando entrou demonstrou bastante qualidade (qualidade de passe, aparece em zonas de finalização, entre outras), para o onze seria, na minha opinião, uma alternativa bastante plausível; William Carvalho está em clara subida de forma, fazendo lembrar aquilo que mostrou a temporada transata. No que ao Belenenses diz respeito, quero realçar a capacidade coletiva da equipa de Belém, bem como a excelente exibição de Rui Fonte.

William voltou à forma ideal Fonte: Facebook Oficial de William Carvalho
William voltou à forma ideal
Fonte: Facebook Oficial de William Carvalho

O balanço da temporada deve fazer-se apenas no final da mesma, no entanto penso que se exige uma pequena retrospetiva daquilo que tem sido feito até agora e retirar algumas breves conclusões. O campeonato, mesmo para os mais crentes, é agora uma ilusão. No entanto, a prestação da equipa nas competições europeias e na Taça de Portugal deve ser algo a valorizar. Na Liga dos Campeões a equipa de Alvalade não se qualificou para os oitavos de final devido a um tal de Sergei Karasev, e na Taça de Portugal os pupilos de Marco Silva são os grandes favoritos à conquista da competição. Um professor meu costumava dizer-me que sem ovos não se fazem omeletes, e penso que o plantel do Sporting é a prova viva disso.

Concluindo, penso que o balanço da temporada, pelo menos até agora, deve ser positivo. Se olharmos para o plantel dos nossos grandes rivais, é óbvio que têm mais soluções e sobretudo mais qualidade. O Sporting tem conseguido ser competitivo; o confronto direto com Benfica e Porto assim o comprova. Contudo, a falta de experiência nos momentos mais importantes tem-nos sido fatal.

Foto de capa: Facebook Oficial do Sporting

NBA All Star’2015: Dia 2 – Curry e LaVine para a história do All Star

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A noite de sábado do Fim de Semana All Star valeu sempre mais pelos momentos e performances individuais do que pelo nível ou competitividade dos concursos. Se descontarmos as raras (muito raras) vezes em que um concurso de triplos ou de afundanços é recordado na sua totalidade, pela competição e pelo despique entre dois ou mais participantes (o duelo entre Jordan e Dominique no Concurso de Afundanços de 88 ou o duelo entre Dominique e Spud Webb no de 86, por exemplo), aquilo que fica para a posteridade são as participações e as exibições extraordinárias de determinados jogadores.

Mais do que o Concurso de Afundanços de 2000, o que ficou para a história foi a performance de Vince Carter no Concurso de Afundanços de 2000. Não ficou para a história o Concurso de Triplos de 1991, mas sim a participação de Craig Hodges e os seus 19 triplos consecutivos no Concurso de Triplos de 1991. Ninguém se lembra do Concurso de Afundanços de 1991 ou do de 1992, mas todos nos lembramos de Dee Brown a insuflar as suas Reebok Pump e a afundar de olhos fechados e de Cedric Ceballos a afundar com os olhos vendados.

São as imagens e os momentos que ficam na memória colectiva e que se tornam parte do imaginário da NBA que fazem (e sempre fizeram) a história do All Star Saturday Night. E a noite de ontem acrescentou mais dois momentos a essa história. Este:

E Este:

No mais antecipado concurso de Triplos de sempre, tivemos algumas desilusões (Korver e Redick), várias boas prestações na primeira ronda (Matthews, – que foi eliminado com 21 -, Thompson, Irving e Curry) e uma final anti-climática, com Klay Thompson e Kyrie Irving a perderem a mão quente da primeira ronda e a nem ficarem perto do vencedor. Mas para a história fica a ronda final de Stephen Curry e os seus 13 triplos seguidos (a segunda melhor marca de sempre, a seguir aos 19 de Hodges):

os 27 pontos de Curry são a melhor pontuação total de sempre, mas agora os jogadores têm quatro moneyballs extra e a pontuação máxima passou de 30 para 34; na pontuação anterior, Curry teria feito 23, "apenas" a 7ª melhor pontuação de sempre Fonte: @NBA
Os 27 pontos de Curry são a melhor pontuação total de sempre, mas agora os jogadores têm quatro moneyballs extra e a pontuação máxima passou de 30 para 34; na pontuação anterior, Curry teria feito 23, “apenas” a 7.ª melhor pontuação de sempre
Fonte: @NBA

E no Concurso de Afundanços, Zach LaVine deslumbrou. Começou com dois afundanços que fez o mundo inteiro saltar da cadeira e depois na final nem precisou de suar ou de sacar nenhum truque da manga para vencer. Quando percebeu que o concurso estava ganho, começou já a pensar no próximo concurso e guardou alguns dos seus truques para 2016 (foi o próprio que confessou na entrevista pós-concurso que tinha mais afundanços na gaveta e que no próximo ano tem mais para mostrar; e basta ir ao Youtube ver alguns dos afundanços dele para ver que é verdade).

De resto, Oladipo começou bem e fez um bom primeiro afundanço, mas foi perdendo confiança com cada afundanço de LaVine. Teve algumas boas ideias, mas não as conseguiu executar da melhor forma. E Antetokounmpo e Plumlee foram uma desilusão. Mas nada disso importará daqui a uns anos. A noite foi de LaVinesinity e é isso que vamos recordar. Conquistou milhões de fãs em todo o mundo, deixou-nos com água na boca para o ano que vem e salvou o concurso de afundanços (e tudo isso the old school way, sem teatro e sem adereços; o miúdo de 19 anos, o segundo vencedor mais novo de sempre, chegou lá, fez grandes afundanços e pronto).

Os afundanços de Zach LaVine e a ronda final de Stephen Curry vão para o Olimpo da NBA. E só por isso já foi uma All Star Saturday Night memorável Fonte: @NBA
Os afundanços de Zach LaVine e a ronda final de Stephen Curry vão para o Olimpo da NBA. E só por isso já foi uma All Star Saturday Night memorável
Fonte: @NBA

Tivemos ainda, nos dois concursos que iniciam as festividades – os dois concursos para aquecer e divertir-nos um pouco enquanto esperamos pelos triplos e afundanços -: um Skills Challenge um bocadinho mais picadinho que o habitual e um formato que criou mais emoção e competitividade; e um threepeat de Chris Bosh – que nasceu para acertar lançamentos de meio campo neste concurso -, Dominique Wilkins e Swin Cash no Shooting Stars.

Foto de Capa: @NBA

Homenagem a Hewitt, Kokkinakis, Kyrgios e outros: O ténis australiano está vivo

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O ténis australiano surpreendeu no último Open da Austrália pelos nomes de Nick Kyrgios e Thanasi Kokkinakis. Eu sei que existem outros tenistas à frente destes dois jovens no ranking mundial, mas estes foram aqueles que “incendiaram” as bancadas e que, além fronteiras, mostraram que o ténis australiano está vivo e recomenda-se.

Curiosamente, poucos dias depois, Lleyton Hewitt veio anunciar que em 2016 poderá retirar-se dos court’s, quase que a dizer que o futuro está em boas mãos, depois daquilo que pudemos ver nos court’s de Melbourne no final de Janeiro.

Bem sei que antes de Kokkinakis estão Bernard Tomic, Marinko Matosevic, Sam Groth e outros, mas a atitude e o jogo do jovem de 18 nos frente a Ernest Gulbis, na ronda inaugural do Open da Austrália, foi verdadeiramente apaixonante e mostrou que um dos parceiros de Kyrgios no circuito júnior vai dar que falar também no circuito ATP.

No ano passado, Thanasi Kokkinakis venceu um torneio do circuito Future e atingiu um par de meias-finais no circuito Challenger, tendo também jogado diversos qualifying’s do circuito ATP. Já no ano passado o jovem australiano tinha vencido a ronda inaugural do Open da Austrália em quatro set’s, tendo perdido de seguida frente a Rafael Nadal.

Por outro lado, ou melhor, por outro nível, Nick Kyrgios é já o melhor tenista australiano no ranking mundial, o que o coloca uns furos acima de Thanasi Kokkinakis; no entanto, pode mostrar ao tenista que surpreendeu no Open da Austrália onde é que poderá chegar.

Para além destes dois talentos de que falei já, é de referir que os australianos têm doze tenistas no top 200 ATP, já para não falar das dezenas de tenistas com classificação mundial. Neste momento, Lleyton Hewitt é já o quinto melhor tenista australiano, e estamos a falar nada mais, nada menos do que o vencedor de Wimbledon e do US Open, bem como de um ex-número um do ranking mundial.

Isto tudo para mostrar que não tendo actualmente nenhum tenista de topo mundial (top 10 ou até mesmo top 20), o ténis australiano tem feito palautinamente o seu trabalho de formação, cujos frutos estão à vista e que prometem um futuro brilhante para o país, que recebe o primeiro grand slam da temporada.

Nick Kyrgios é um jogador com potencial para ser um dos melhores do mundo e a sua irreverência é algo que vejo como positiva na construção de uma imagem de um tenista que se espera de topo.

É que, para além destes jovens talentos, temos já pelo circuito mundial tenistas como Bernard Tomic, que são adversários respeitados no circuito e capazes de garantir consistentemente a passagem de uma ou duas rondas por torneio.

Fica a pergunta: para quando o ataque à Davis?

Foto de capa: Flickr/Marianna Belvis

NBA All Star’2015: Dia 1 – Rising Stars com futuro

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Notícia de última hora: o Rising Stars Challenge deste ano pareceu-se com um jogo de basquetebol!

En anos anteriores, o encontro dos jogadores de primeiro e segundo ano não era mais que uma sucessão de 1-contra-0s e 1-contra-1s, uma colecção de jogadas individuais e afundanços sem qualquer oposição e qualquer semelhança com um jogo de basquetebol era pura coincidência.

Este ano, já se assemelhou a um jogo. Não um jogo a sério, claro, mas, pelo menos, já pareceu um jogo de basquetebol. A Team World venceu a Team USA, Andrew Wiggins levou o prémio de MVP, mas a maior vitória da noite vai para o novo formato, que veio dar uma identidade a este jogo.

Antes, com as Team Shaq, Team Barkley, Team Hill e afins, eram apenas dois grupos de jogadores a mandar umas bolas. Com este formato “Estados Unidos contra o Resto do Mundo”, os jogadores estão a representar alguém, os fãs identificam-se com uma ou outra equipa e torcem por uma delas.

O jogo ganha um contexto e um objectivo, ganha história e continuidade (no próximo ano, os Estados Unidos vão certamente querer vingar a derrota), gera mais interesse e um envolvimento maior de todas as partes.

Existem vários obstáculos para este ser um dia o formato do All Star Game e um dos maiores poderá ser a menor rotatividade de jogadores que aconteceria (durante vários anos, os 12 melhores americanos e os 12 melhores do resto do mundo poderiam ser quase sempre os mesmos).

No Rising Stars, a rotatividade de jogadores está assegurada pela natureza de evento (reservado apenas a rookies e sophomores), pelo que podemos ter um formato de sucesso para muitos e bons anos. No jogo das futuras estrelas, este formato tem futuro e veio salvar o evento.

Foto de Capa: @NBA

Que torneio tão CANsativo

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A Taça das Nações Africanas terminou, aguardando-se rapidamente pela próxima. E não, não é com a pressa de voltar a ver em acção estas selecções, é com o desejo de que esta prova seja apenas um percalço na magia do futebol africano. Quem aprecia este peculiar contexto futebolístico ficou claramente desiludido com a falta de ousadia e ambição dos seus participantes. Houve mais vontade de as equipas quererem mostrar competência a nível táctico-posicional do que em criar equipas capazes de construir oportunidades de golo.

Subscreve-se o que já se havia escrito: “os treinadores tiveram um papel importante” na descaracterização da competição. Acredita-se que a sua orientação resultadista tenha aparecido como um elemento castrador de toda a cultura do jogador africano. O jogador africano é diferente do jogador europeu e sul-americano e deverá ser tratado segundo essa especificidade.

Continuaram ausentes os “momentos “mágicos” a que o futebol (e o jogador) africano nos tem habituado: “cortes de pontapé de bicicleta na grande área; fintas de videojogos; golos acrobáticos; festejos originais; rituais de bruxaria. Já nada parece ser como dantes…”. É verdade que esses momentos nem sempre são sinónimo de qualidade, mas pelo menos era hábito assistirmos a espectáculo quando víamos um jogo da CAN.

Infelizmente, este ano poucos foram os jogos que nos entusiasmaram. O lado estratégico das equipas foi sempre muito conservador, sólido e criativamente pobre. Mesmo nos momentos em que as equipas já não tinham nada a perder, verificou-se muita falta de ambição em alterar o rumo dos acontecimentos. Talvez por as equipas estarem de tal maneira formatadas que não conseguem soltar-se dessas amarras estratégicas, deixando vir à tona o lado irreverente, rebelde e criativo do jogador africano.

Também por isso não foi fácil escolher o Melhor XI desta CAN’2015, e infelizmente pelas piores razões. O nível individual manifestado pelas estrelas africanas foi reduzido, abaixo das expectativas criadas, tanto com os jogadores mais consagrados como com as novas estrelas emergentes. Contudo, acredita-se que se estes jogadores jogassem juntos – egos à parte – eram fortes candidatos à conquista de qualquer título no mundo!

A tristeza de André Ayew depois de mais uma final perdida Fonte: Facebook da CAF
A tristeza de André Ayew depois de mais uma final perdida
Fonte: Facebook da CAF

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GR: Muteba Kidiaba (RDC) – Os guarda-redes africanos não são muito conhecidos pela sua competência. Antes pela sua excentricidade e exuberância de comportamentos, dentro e fora dos postes. De todos os guarda-redes do torneio, não houve nenhum que se mostrasse a um nível superior, pelo que a escolha recaiu antes como uma espécie de “prémio carreira” a este guarda-redes – e bailarino – congolês de 39 anos.

DE: Faouzi Ghoulam (ARG) – O defesa-esquerdo argelino mostrou ser um jogador de grande qualidade. Ghoulam nem sempre foi compensado posicionalmente nas transições defensivas da sua equipa, mas as suas subidas no terreno causaram sempre desequilíbrios aos seus adversários.

DC: Madjid Bougherra (ARG) – Não começou o torneio como titular, mas o capitão argelino foi um dos melhores defesas desta prova. Não é muito requintado em termos técnicos, e a sua agilidade e aceleração começam a ficar comprometidas com os seus 32 anos, mas a sua paixão pelo jogo e pelo seu país fazem dele um central extremamente eficaz. A sua concentração, determinação e sentido posicional permitem-lhe resolver muitos problemas que lhe aparecem. E se aliarmos isso a uma capacidade de liderança fantástica – ele que capitaneou uma das equipas mais emocionalmente voláteis da prova –, pode mesmo ser considerado o capitão desta pequena selecção.

DC: Kolo Touré (CdM) – Embora jogue numa equipa que muitas vezes se dispõe em campo com três defesas-centrais, não foi fácil ter o papel de liderar uma defesa a três na selecção campeã africana. Os seus companheiros são ainda muito jovens e inexperientes – Bailly tem 20 anos e Kanon, 21 –, o que lhe complicou mais a tarefa de organizar a sua linha defensiva. Nem sempre se mostrou assertivo, mas a verdade é que poucos foram os adversários que passaram pelo mais velho dos Tourés!

DD: Serge Aurier (CdM) – Um dos melhores jogadores desta competição. Não tem o espaço desejado no seu clube, mas aproveita os jogos pelos Elephants para mostrar toda a sua categoria. No plano individual é extremamente competente a defender, sendo ágil e forte no desarme. No plano colectivo revela algumas debilidades a fechar os espaços interiores, valendo-lhe a velocidade para recuperar posições perdidas.

MDF: Serey Dié (CdM) – Peça fundamental em qualquer equipa, também o foi no miolo da sua Costa do Marfim. Não tem o requinte técnico que se gostaria de ver, mas a sua entrega, disponibilidade e determinação fazem dele um jogador muito importante, especialmente a defender. Foi um verdadeiro ladrão de bolas aos seus adversários, tanto nos duelos individuais como na intercepção de passes através de um exímio posicionamento. Para alcançar patamares ainda mais competitivos, faz-lhe falta, principalmente, melhorar a sua qualidade de passe.

MC: Yaya Touré (CdM) – Mesmo sem a intensidade de jogo a que nos habituou nas últimas épocas, Yaya Touré continua a ser um dos melhores médios do mundo. Extremamente completo, a defender e a atacar, o jogador enche o campo com a sua passada larga e a sua qualidade táctico-técnica.  Nem sempre teve o papel ofensivo que gostaria, e por aí poderia ter-se mostrado condicionado, mas foi muito influente em toda a estratégia marfinense.

MO: André Ayew (GAN) – Jogou na extrema esquerda do ataque ganês, mas parece ser a médio ofensivo que melhor joga este belo jogador. Falhou no comportamento ofensivo sem bola, procurando-a pouco, não conseguindo explorar melhor os espaços para conseguir receber e jogar. Mas, quando a bola lhe chegava, ela ficava contente de tão bem ser tratada nos seus pés. O jogador é ainda importante no moral da equipa, contagiando os seus colegas com os seus comportamentos de liderança.

EE: Javier Balboa (GEQ) – Talvez seja injusto não aparecer aqui o nome de Emilio Nsue, um verdadeiro globetrotter dos papéis e tarefas da equipa guinéu-equatoriana. Mas foi Balboa que apareceu nos momentos mais importantes e os concretizou. A tendência caseira das arbitragens não é desculpa para os resultados positivos dos Nzalang, que tiveram em Balboa um dos seus principais jogadores. O extremo não vacilou em momentos importantíssimos e contribuiu activamente para a sua equipa chegar às meias-finais da CAN’2015.

ED: Christian Atsu (GAN) – Ganhou o prémio de Melhor Jogador e de marcador do Melhor Golo da CAN’2015. Fez uma excelente competição, e curiosamente foi bem mais referência do que Ayew ou Asamoah nos comportamentos ofensivos das Black Stars. Por vezes, luta “contra o mundo” em campo, resolvendo os problemas de uma forma muito individual, mas a sua velocidade e o seu drible desconcertante levam a que tente fazer isso. Para além disso, o jogador tem um remate fácil, “mais em jeito do que em força”, conseguindo a marcação de dois golos no torneio.

AV: Wilfried Bony (CdM) – Recentemente contratado pelo Manchester City, Bony está-se a tornar um caso sério em África. À data será mesmo dos melhores avançados africanos, conseguindo aliar o lado táctico-físico ao lado táctico-técnico do jogo. A seu favor tem ainda o facto de ser um goleador nato, tendo tudo para vir marcar uma era no futebol da Costa do Marfim e de África.

Atsu foi o melhor jogador da CAN Fonte: Facebook da CAF
Atsu foi o melhor jogador da CAN
Fonte: Facebook da CAF

Para além destes nomes existem outros que ficaram na retina e que poderão alcançar um nível internacional já nas próximas épocas:

Eric Bailly (CdM) – Ainda meio tenrinho, este defesa-central de 20 anos surpreendeu devido à sua qualidade com a bola. As suas progressões em campo com a bola controlada provocaram muitos desequilíbrios aos seus adversários. O facto de jogar numa linha defensiva a três permitiu-lhe realizar esse comportamento sem grande risco, causando inclusive um golo numa dessas subidas no terreno (1×0 frente à Argélia). A defender, o jogador ainda revela algumas lacunas, abordando os lances de uma forma algo inocente e intranquila. Contudo, competindo na Liga Espanhola – agora no Villarreal, antes no Espanyol – poderá crescer bastante como jogador, esperando-se que consiga a alcançar o nível do seu companheiro Kolo Touré.

Acquah Afriyie (GAN) – Inconstante na sua carreira, o médio-defensivo de 23 anos poderá estar a atravessar um momento importante na afirmação das suas competências como jogador. Passou muitas vezes despercebido do jogo, mas no bom sentido. Foi sempre muito sóbrio e eficaz no meio-campo ganês, conseguindo chamar a atenção dos prospectores da Sampdoria, que o contrataram ao Parma. Tem o upgrade táctico-estratégico do Calcio, faltando-lhe alguma dinâmica e ousadia quando tem a bola na sua posse.

Iban Salvador (GEQ) – É verdade que existem centenas de extremos agitadores no mundo do futebol. Mas nem todos parecem gostar tanto de futebol como este pequeno Salvador. Vindo da escola espanhola, o jogador é muito dotado tecnicamente, e muito intenso e dinâmico nas suas jogadas. É, no entanto, pertinente verificar que o jogador precisa de aprender a jogar em ritmos mais baixos do jogo, já que parece estar sempre pronto para jogar a mil à hora quando o jogo pede outro tipo de velocidades.

Para finalizar, é importante deixar uma nota importante à organização. Nota, obviamente, negativa. Hotéis sem condições mínimas para as equipas se instalarem; arbitragens, em certos momentos, vergonhosamente caseiras; incidentes lamentáveis nas bancadas; fraquíssima qualidade de alguns relvados. Ou seja, acontecimentos que mancham e denigrem o futebol africano e a sua ambição de se superar e atingir categorias mais elevadas.

Foto de Capa: Facebook da CAF

Equipas portuguesas pela Europa

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cab hoquei
A última jornada europeia não trouxe surpresas para o lado português, passando quem já se esperava e ficando de fora aqueles que tinham missões mais complicadas.

Na Liga Europeia, Porto e Benfica apenas cumpriram calendário. Os dragões já sabiam que iam acabar em primeiro e fecharam a fase de grupos com chave de ouro, ao golear os franceses do La Vendéene por 7-1. O resultado mostra a superioridade dos portistas, com destaque para José Costa e Hélder Nunes, que bisaram na partida.

Também o Benfica cumpriu calendário nesta última jornada. Sabendo que iam acabar em segundo lugar no seu grupo, atrás do Barcelona, os encarnados foram a Itália vencer o Bassano por 8-6, com Miguel Rocha a fazer um hat-trick. Com esta junção de classificações de Porto e Benfica, teremos um duelo português nos quartos-de-final. Uma reedição da Final da Liga Europeia de 2012/13, quando o Benfica se sagrou campeão europeu no Dragão Caixa. Apesar de o duelo português ser demasiado cedo, Portugal terá sempre uma equipa portuguesa na final-four.

O Valongo também fechou a sua participação com uma vitória. Na Suíça, frente ao Géneve RHC, os actuais campeões nacionais conseguiram a sua primeira vitória na prova, vencendo por 8-6. Um desempenho bastante inferior ao do ano passado, mas que também seria difícil de igualar. Fica como ponto positivo o 3.º lugar.

A única equipa portuguesa que ainda tinha esperanças de passar era a Juventude de Viana. Para tal tinha de vencer o Liceo da Corunha. Mas os minhotos nunca se encontraram no jogo e chegaram a estar a perder por 6-0, acabando o jogo com uma derrota por 8-4 e afastado da Liga Europeia.

Benfica e Porto irão defrontar-se nos quartos-de-final da Liga Europeia Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Benfica e Porto irão defrontar-se nos quartos-de-final da Liga Europeia
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Na Taça CERS, as equipas portuguesas também tiveram sortes diferentes. O Candelária foi à Suíça defender a vantagem mínima de 3-2 frente ao RHC Diessbach. Num jogo sempre muito bem disputado e com emoção até ao último minuto, os açorianos estiveram a vencer mas permitiram aos suíços virar o resultado (2-1). Os da casa estiveram à frente da eliminatória ao vencer por 4-2 mas permitiram aos portugueses reduzir para 4-3. No último minuto de jogo, o Candelária dispôs de um livre directo, que poderia dar a passagem na eliminatória, mas falhou. Depois de um prolongamento onde ambas as equipas não quiseram arriscar, na lotaria dos penáltis a sorte calhou ao RHC Diessbach, que se apurou para a outra fase.

A Candelária foi a única equipa portuguesa a ser eliminada. Sporting, Óquei de Barcelos e Oliveirense foram felizes nos seus jogos. O Sporting, depois de vencer em Basileia o conjunto da casa por 4-3, confirmou o apuramento ao vencer por 5-3, num triunfo suado. A Oliveirense não teve dificuldades em vencer o Viareggio por 5-2, depois de já ter vencido em casa por 7-3. O mesmo aconteceu com o Óquei de Barcelos, que depois de ter vencido na Alemanha o Cronenberg por 5-2, voltou a vencer pelo mesmo resultado.

Contas feitas, Portugal terá pelo menos uma equipa na final-four, isto porque Oliveirense e Sporting vão defrontar-se nos quartos-de-final. Um interessante duelo português entre uma equipa já bastante experiente nestas andanças e outra com história mas que está em reconstrução, procurando regressar aos grandes palcos. O Óquei de Barcelos também terá um desafio interessante pela frente, diante do competitivo conjunto do Saint-Omer.

No Hóquei feminino também tivemos grandes notícias. Em época de estreia na Taça da Europa de Clubes Femininos, o Benfica chegou à final four. A equipa feminina já tinha tido uma noite de sonho na primeira-mão ao vencer por 8-3 as espanholas do CP Voltregà, uma das melhores equipas do mundo. Na segunda-mão, as portuguesas foram guerreiras, souberam sofrer e passaram justamente. Apesar de terem perdido por 6-2, Marlene Sousa marcou no prolongamento o golo de ouro que deu o apuramento. Na final-four, o Benfica defrontará as espanholas do CP Manleu, também estreante nesta fase.

FC Porto 1-0 Vit. Guimarães: A primeira parte bastou

tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

Na abertura da 21.ª jornada da Liga Portuguesa, o FC Porto recebeu o Vitória de Guimarães num jogo que se previa de alguma dificuldade para os dragões, bem mais do que a que realmente sentiu em campo. Brahimi voltou ao onze titular e a dupla de centrais voltou a ser Maicon e Marcano.

A partida começou, com os azuis e brancos bastante pressionantes, com uma posse de bola esmagadora e uma asfixia atacante que não deixou nunca o adversário respirar. A subida de produção do FC Porto tem sido evidente e nem a gripe que parece ter assolado alguns jogadores durante a semana foi suficiente para parar o ímpeto portista.

Com Casemiro a fazer um bom jogo, e com a equipa a pressionar em bloco logo à saída do portador da bola, nunca o Vitória conseguiu um fazer um ataque digno desse nome. O FC Porto defendeu num espaço curto, o que nunca permitiu aos vitorianos levantar a cabeça sem terem alguém por perto. Os que passavam a barreira do meio-campo eram geralmente cortados pela defensiva azul e branca, especialmente por Marcano, que voltou a fazer um jogo de bom nível, com cortes seguros e passes certeiros para a saída de bola.

O meio-campo portista voltou a portar-se bem, com Casemiro e Óliver em grande destaque. O craque emprestado pelo Atlético é o motor da equipa, joga e faz jogar, descobre espaços e é muito inteligente a temporizar o jogo – quando tem de ser rápido é-o, quando tem de acalmar também acalma. Aponto este pormenor porque não vejo em Herrera – não é tão criterioso com os espaços nem com o tempo e por vezes o FC Porto sofre com esses erros. No ataque, vimos Jackson Martinez mais apagado e Brahimi sem a clarividência de há umas semanas atrás, apesar de se notar que esta circunstância será momentânea, já que o argelino continua a furar a defesa como dantes. Quaresma também esteve em bom plano, embora os cruzamentos não levassem geralmente a direcção certa.

Brahimi, de regresso à titularidade, marcou o golo da vitória  Fonte: Facebook do FC Porto
Brahimi, de regresso à titularidade, marcou o golo da vitória
Fonte: Facebook do FC Porto

Cheirou sempre a golo no primeiro tempo do Dragão – várias foram as oportunidades para marcar e apenas a falta de acerto no último passe e na finalização fizeram com que só aos 31’ se gritasse “GOLO” no estádio. As diversas investidas portistas deviam ter dado descanso à equipa e aos adeptos e não foi por falta de esforço. Quem viu o FC Porto na primeira parte reparou que levaram as palavras de Lopetegui à letra: “só se pensa na Liga dos Campeões depois de sexta-feira”. E ninguém melhor do que Danilo para personificar essa demanda – o lateral direito portista correu muito, passou, fintou… está o triplo do jogador que era quando chegou e a jogar assim dificilmente o FC Porto o segura no mercado de verão.

Na segunda parte vimos um FC Porto transformado, menos pressionante, menos empolgante e a parecer até algo cansado – Lopetegui referiu que foi devido a alguns jogadores terem estado adoenteados durante a semana. O Vitória subiu de produção, embora nunca criasse verdadeiro perigo para as redes de Fabiano. O jogo tornou-se duro, mais batalhado e mais feio, o que fez com que o treinador portista mexesse na equipa – entraram Rubén Neves e Tello para os lugares de Herrera e Brahimi.

A partir dos 65’ o FC Porto subiu um pouco de produção, continuou algo trapalhão mas teve oportunidade para dilatar a vantagem principalmente nalguns cruzamentos de bola parada. O jogo foi correndo com muita luta, pouca classe e alguma polémica devido a entradas mais duras dos jogadores vimaranenses. Hêrnani entrou aos 87’ e podia ter marcado, mas Assis defendeu bem o cabeceamento do portista no último lance de perigo do jogo.

Hernâni estreou-se a jogar de azul e branco e esteve perto do golo  Fonte: fcporto.pt
Hernâni estreou-se a jogar de azul e branco e esteve perto do golo
Fonte: fcporto.pt

Foi com alguma ansiedade que o FC Porto acabou o jogo, embora pudesse ter evitado tudo isto caso tivesse cimentado o resultado no primeiro tempo. Casemiro, Alex Sandro e Danilo receberam amarelo e estão de fora do jogo do Bessa – talvez seja bom para os laterais, que devem precisar de algum descanso.

Continua a perseguição ao Benfica e o FC Porto continua a mostrar fio de jogo – está mais empolgante e organizado; esperemos que isso seja um sinal de uma segunda volta eficaz e com bons resultados.

 

A Figura

Danilo – Podiam ser vários: Casemiro, Óliver ou Brahimi, que marcou o golo, mas o destaque vai para o lateral direito. Está com uma capacidade fisica muito boa e faz autênticas cavalgadas por aquele corredor direito. E já não é de agora.

 

O Fora-de-Jogo

Herrera – Não houve ninguém que se destacasse pela negativa, por isso a escolha recai sobre o mexicano, por algumas más decisões a nível de temporização de jogo.

 

Foto de capa: Facebook do FC Porto