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Brian Mansilla (Vitória FC): À imagem do que se sucedeu com o guarda-redes Hervé Koffi (Belenenses SAD), também o extremo argentino de 22 anos veio para Portugal, em busca de oportunidades para se exibir num contexto competitivo mais exigente e, assim, impulsionar a sua carreira como profissional. Ambos tidos como grandes promessas, no caso de Brian estamos a falar de um ex-internacional sub-20 pela Argentina que fora um dos destaques (a par dos artilheiros Marcelo Torres e Lautaro Martínez) da turma liderada por Claudio Úbeda no Campeonato Sul-Americano que teve lugar, em 2017, no Equador (foi titular nas nove partidas realizadas, marcou dois golos e fez três assistências). Como consequência do desempenho logrado por Mansilla ao serviço da Albiceleste, o Racing Club de Avellaneda (clube detentor do seu passe) chegou a ser sondado por alguns emblemas europeus e a rejeitar, inclusivamente, uma proposta de 7M de dólares por parte do AFC Ajax, na esperança de poder negociá-lo por uma quantia superior.
Todavia Brian, que até se estreara na equipa principal do Racing, aos 18 anos, nunca foi alvo de uma aposta regular no La Academia: de notar que entre 2015 e 2018 acumulou, apenas, 843 minutos de utilização, tendo atuado no decurso da segunda metade da temporada passada no Club de Gimnasia y Esgrima de La Plata (onde voltou a não ser feliz).
Por cá, durante estes primeiros quatro meses de campeonato, Mansilla já provou ser um jogador diferenciado, devido à sua grande aptidão para desequilibrar em situações de 1vs1 a partir do flanco esquerdo do ataque. Neste âmbito, saliente-se o facto de o futebolista natural de Rosario realizar uma média de (4,9) dribles por encontro, aos quais corresponde uma percentagem de sucesso na ordem dos (63,3%). Para além de se tratar de um extremo veloz e imprevisível, o camisola número 22 dos Sadinos evidencia uma grande apetência para surgir em zonas de finalização (ainda que nem sempre defina da melhor forma). Nota, ainda, para o valoroso contributo que este extremo esquerdino de 22 anos oferece nas tarefas defensivas, efetuando uma média de (2,3) desarmes bem-sucedidos por jogo.
Apesar de não ter realizado nenhuma assistência nem tampouco marcado golos, nos 12 jogos referentes à Primeira Liga em que participou, o jovem argentino já foi capaz de se consolidar no onze do Vitória FC e, paralelamente, se assumir como um dos extremos mais talentosos a atuar em outros clubes que não os designados «Três Grandes».
Foto de Capa: Gil Vicente FC