3.º – Peter Rufai

A história de vida deste antigo guarda-redes nigeriano destaca-se por uma particularidade: Peter Rufai era o filho do Rei da Nigéria e o herdeiro ao trono. No entanto, Peter Rufai sempre quis ser guarda-redes de futebol e deixou uma vida estável e um futuro assegurado para abraçar o seu sonho.
Ao dar o salto para o Velho Continente, Peter Rufai teve passagens pela Bélgica e pela Holanda, até ter aterrado em Portugal em 1994, mais precisamente em Faro para representar o SC Farense. Rapidamente se assumiu como a figura de proa do clube orientado por Paco Fortes, juntamente com o avançado marroquino Hassan Nader, contribuindo decisivamente para a melhor classificação da história do clube: o quinto lugar e a primeira e única qualificação para as competições europeias.
Em três épocas ao serviço do emblema algarvio, Peter Rufai foi indiscutível na equipa, tornando-se certamente no melhor guarda-redes da história do clube. Após duas épocas no futebol espanhol, regressaria a Portugal em 1999 para representar o Gil Vicente FC, onde colocaria um ponto final na sua carreira.
Peter Rufai faria ainda parte da histórica selecção nigeriana, que conquistou a Taça das Nações Africanas em 1994, juntamente com outros jogadores que brilharam no futebol português como Rashid Yekini e Emmanuel Amunike, mancando também presença nos Mundiais de 1994 e 1998, sendo um dos melhores guarda-redes africanos de sempre.