2. Dep. Corunha 5-4 AC Milan, Quartos-de-final de 2003/04
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O Milan, campeão europeu e com nomes dignos desse estatuto – Pirlo, Maldini, Seedorf, Kaká, Rui Costa ou Shevchenko são exemplos – era, por estes motivos e outros, considerado favorito nesta eliminatória. Embora, claro, não encontrasse um Deportivo qualquer. Este era um Super Depor, que se mantinha à altura dos pergaminhos da equipa que se sagrou campeã nacional, quatro anos antes, e que também tinha jogadores cheios de qualidade como Juan Carlos Valerón (um génio), Diego Tristán, Walter Pandiani (matadores), Mauro Silva (incansável rcuperador de bolas, ou o centralão Jorge Andrade.
A primeira mão, disputada em San Siro, trouxe um Milan empenhado em resolver a eliminatória em casa. Entrou “com a pilha toda”, mas foi o Depor a inaugurar o marcador – Pandiani, de cabeça, inaugurou o marcador.
O Milan continuou a carregar, e conseguiu tirar dividendos disso – Kaká, adornou a bola no joelho esquerdo e, sem deixar cair, atirou a contar para o empate. 1-1 ao intervalo.
A segunda parte conheceu uns nerazurri mais eficazes. Shevchenko, num lance de génio em que conm um toque, tirou dois adversários do caminho antes de trocar as voltas a Naybet, consumou a reviravolta; Kaká, num disparo à entrada da àrea, aumentou a vantagem; Pirlo, num livre batido como só ele sabe, fechou o marcador. 4-1.
Perante resultado tão pesado, o Deportivo parecia ter o destino traçado. Por muito que o Riazor fosse uma fortaleza, tinha a missão impossível de vencer os campeões europeus por, pelo menos, 3-0.
O Depor, claro está, abordou o jogo de forma muito ofensiva, correndo o risco de sofrer golos, mas contou com a “estrelinha” da ineficácia milanesa. Perante isto, e como “quem não marca sofre”, foram os galegos a inaugurar o marcador: Pandiani, ainda antes dos 5 minutos, começou uma revolução mágica,que teve continuidade nos golos de Valerón, aos 35 e Luque aos 44. 3-0!
Meio-jogo, e um resultado de 4-1, frente aos campeões europeus estava virado! Há quem diga que foi a melhor primeira parte de sempre no Riazor. O Milan teve de arregaçar as mangas e ir atrás do resultado, Ancellotti lançou Inzaghi, Serginho e Rui Costa, mas dali não tirou nada.
O Depor fez história e seguiu em frente. Sonhou-se muito, mas o FC Porto de José Mourinho estava no caminho.