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Votações BnR: Diego Simeone é o melhor treinador do ano

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No dia em que Cristiano Ronaldo, Messi e Manuel Neuer foram anunciados como os 3 finalistas à Bola de Ouro, a FIFA revelou também que Carlo Ancelotti, Diego Simeone e Joachim Löw são os candidatos ao prémio de treinador do ano. E, para os leitores do Bola na Rede, já há um vencedor em perspetiva:

votações bnr

O treinador do Atlético de Madrid, Diego Simeone foi o escolhido com 47% dos votos dos 60 votos registados. Carlo Ancelotti, do Real Madrid, aparece no 2.º lugar com 23% e Löw é o 3.º com 12%. Será que vai ser esta a escolha final da FIFA, no próximo dia 12 de janeiro? A ver vamos.

Enquanto isso, no nosso site está disponível uma nova votação (lado esquerdo da nossa sidebar). Podem, desde já, escolher o atleta do ano 2014. Têm sete opções à escolha. Votem já!

Foto de Capa: Calcio Mercato(Flickr)

FC Porto 5-0 Rio Ave: “Manita” servida com exibição q.b.

eternamocidade

Depois das vitórias de Vitória de Guimarães, Sp. Braga, Sporting e SL Benfica, o FC Porto entrava em campo, esta noite, frente ao Rio Ave, com a “obrigação” de vencer, sob pena de ver o fosso para vimaranenses e encarnados aumentar na tabela classificativa. Diante da equipa de Vila do Conde, Julen Lopetegui optou por apenas fazer uma alteração relativamente ao onze que havia entrado em campo na última terça-feira, para a Liga dos Campeões, na Bielorrússia, frente ao Bate Borisov. Do lado do Rio Ave, Pedro Martins fez uma autêntica “revolução” na equipa inicial, deixando apenas três elementos comparativamente a Kiev: Lionn, Tiago Pinto e P. Moreira.

Os dragões entraram bem na partida, e, sobretudo nos primeiros 25 minutos, criaram lances suficientes para se colocarem em vantagem. Cristian Tello acabou por justificar a aposta de Lopetegui, provocando sempre o pânico junto dos laterais contrários, enquanto, na ala contrária, Yacine Brahimi raramente conseguia ter espaço para mostrar o seu futebol, levando a que esta noite tenha produzido uma das exibições mais pobres desde que assinou pelo FC Porto. Apesar dos ameaços constantes junto à baliza de Cássio, o que é facto é que o Rio Ave – que no primeiro terço da partida nunca conseguiu estender o jogo pelos corredores – acabou por baixar a intensidade do jogo, provocando um último terço do primeiro tempo algo lento de parte a parte. Ao intervalo, o 0-0 premiava a eficácia defensiva dos comandados de Pedro Martins e a falta de capacidade dos portistas para finalizarem as jogadas de ataque que haviam produzido durante os primeiros 45 minutos.

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Tello voltou a ser decisivo na vitória do FC Porto, ao apontar o 1º golo da partida
Fonte: Página de Facebook de Cristián Tello

No segundo tempo, rapidamente o FC Porto conseguiu fazer aquilo que ainda não tinha feito: marcar. Estavam decorridos apenas pouco mais de dois minutos quando Tello inaugurou o marcador, aproveitando um erro individual de Marcelo para, num bela jogada individual, desfeitear Cássio e colocar os portistas por cima da partida. Apesar do golo sofrido, o Rio Ave não acusou o “toque” e acabou por subir as suas linhas. Por isso, não foi de estranhar que, a partir da desvantagem no marcador, a equipa verde e branca tenha começado a acercar-se com perigo da baliza de Fabiano, com Wakaso a ter o melhor remate da equipa de Vila do Conde durante este período, com uma tentativa que o guarda-redes portista segurou.

Com o passar dos minutos, o “jogo dos bancos” acabou por se revelar decisivo: Lopetegui decidiu colocar Rúben Neves e Quintero no terreno de jogo e as apostas do treinador basco foram mesmo decisivas. Com maior controlo sobre o jogo, e sobretudo sobre o perigo das transições rápidas do Rio Ave, o FC Porto foi conseguindo, principalmente a partir do minuto 70, ser mais forte na pressão e, por consequência, mais perigoso no último terço do terreno. Assim, não foi de estranhar o segundo golo da partida para os dragões, apontado por Jackson Martinez aos 78 minutos. O 2-0 foi um autêntico “soco no estômago” para a equipa de Pedro Martins que, até ao apito final de Olegário Benquerença, acabou por cair no relvado do Dragão como um perfeito baralho de cartas. Num lance bafejado pela sorte, Alex Sandro assinou o 3-0, enquanto Oliver Torres e Danilo – com um autêntico golaço – acabaram por fazer o 5-0 final, que se revelou profundamente pesado para a equipa de Pedro Martins. O FC Porto conseguiu o mais importante e mantém o terceiro lugar no campeonato, com 1 ponto de desvantagem para o Vitória e 3 para o Benfica.

 

A Figura

Danilo – O golo “maradoniano” que marcou no último suspiro da partida foi o culminar de uma bela exibição do jogador brasileiro.

O Fora de jogo

Brahimi – A partida com o Rio Ave foi possivelmente a pior do argelino com a camisola azul e branca. Sempre desligado do jogo e dos colegas, Brahimi não conseguiu mostrar a qualidade que tem evidenciado esta temporada.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

3 segundos!

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Por três segundos se ganha e por três segundos se perde. Foi esta última que aconteceu ao Sporting hoje no jogo com o Granollers, quando os catalães fizeram o 25-23 final, o último resultado que com diferença de dois golos dava eliminação do Sporting.

Foi um Sporting sem medo, o que vimos entrar em campo (ainda bem que existe internet) e que conseguiu uma vantagem de quatro golos (1-5) que fez todos os sportinguistas acreditar que algo de bom podia estar a caminho. No entanto, o elevar de ritmo do actual segundo classificado da Asobal fez com que o Sporting não conseguisse continuar na frente do marcador e tivesse ido para intervalo a perder por 12-9.

Na segunda parte, o Sporting voltou a conseguir assumir o jogo e voltou para a frente do marcador, tendo estado a vencer por três golos (18-21) até à entrada dos últimos seis minutos. Teve ainda a possibilidade de alargar a diferença para quatro golos, naquilo que resultou num falhanço de Spínola em contra ataque, no qual “apenas” tinha o guarda-redes pela frente. Este falhanço pode ter mexido com os jogadores do Sporting, pois a partir daí pouco se acertou quer na defesa quer no ataque, o que demonstrou a falta de preparação psicológica dos jogadores leoninos, que não foram capazes de superar os momentos de grande pressão que viveram hoje.

O pavilhão, incansável no apoio à sua equipa mesmo sem estar cheio, também ajudou o esforço final do Granollers, que conseguiu ir recuperando no marcador e teve a posse de bola decisiva com 20 segundos para o final. A defesa foi fechando tudo, mas não conseguiu evitar um remate do ponta direito a três segundos do fim, que ditou o fim do sonho de regressar à fase de grupos da EHF CUP (para os mais desconhecedores da modalidade, equivale à Liga Europa do futebol).

É ainda de destacar o facto de terem sido marcados, pelo menos, duas vezes jogo passivo ao Sporting com 21 e 24 segundos de ataque, quando o normal é, apesar de não estar definido em nenhuma parte, esperar pelos 30 segundos.

Para a mesma competição, também o Porto foi jogar a Espanha e também ele perdeu (28-25), mas no seu caso a diferença deu para garantir a passagem. Assim, voltaremos a ter uma equipa nacional nesta fase, algo que acontece apenas pela segunda vez na história.

Foto de Capa: Sporting CP

Académica 0-2 Benfica: Que lição tranquila

Terceiro Anel

Ponto prévio: não se assistiu a um grande espectáculo em Coimbra, em partida a contar para a 11ª jornada do campeonato. Mas o Benfica foi um justíssimo vencedor, fazendo prevalecer a sua enorme superioridade face à equipa dos “estudantes”, que raramente incomodaram o guarda-redes Júlio César. Foi, portanto, uma lição tranquila para os comandados de Jorge Jesus, que assim abordam de uma forma mais tranquila a semana que aí vem, na liderança, depois da eliminação europeia que deixou a nação benfiquista em choque.

O campeão nacional surgiu em Coimbra com um onze praticamente sem novidades. Lima, a atravessar porventura o pior momento de forma desde que chegou ao Benfica, ficou no banco de suplentes, a par de Derley, ao passo que o titular foi Jonas, que voltou a comprovar toda a excelência e inteligência do seu jogo (bem tem razões para se lamentar Jorge Jesus por não ter tido a oportunidade de contar com o craque brasileiro na Liga dos Campeões). Imprimindo nos minutos iniciais da partida um ritmo muito forte, depressa se viu que o Benfica queria resolver a questão bem cedo, até para exorcizar eventuais fantasmas. Com ataques rápidos e envolventes, o pânico rondava a baliza da Académica, equipa que voltou a provar o porquê de apenas ter apontado até ao momento sete golos no campeonato (segundo pior ataque da prova). E numa das iniciativas atacantes das “águias”, o primeiro golo: passe sensacional de Enzo Pérez a desmarcar Nico Gaitán, e depois…pronto, depois o internacional argentino fez aquilo que melhor sabe, com uma recepção de bola de elevado nível secundada por uma finalização tão fria quanto repleta de classe. Mas quem pensou que a Académica iria reagir no imediato enganou-se redondamente. Até à meia-hora de jogo só deu Benfica, com os campeões nacionais a desperdiçarem duas soberanas oportunidades de golo, por intermédio de Jonas e Enzo Pérez, respectivamente. A partir dos 30 minutos, o ritmo do desafio baixou um pouco, com a equipa orientada por Paulo Sérgio a conseguir equilibrar a batalha do meio-campo.

Nico Gaitán foi o maior destaque do lado dos "encarnados" Fonte: Faceboko do Sport Lisboa e Benfica
Nico Gaitán foi o maior destaque do lado dos “encarnados”
Fonte: Faceboko do Sport Lisboa e Benfica

Contudo, o Benfica continuou tranquilo no jogo, com a sua defensiva a debelar sem grandes problemas quase todos os lances – com destaque para André Almeida, que voltou a realizar uma excelente exibição. E quando já se pensava no intervalo, a machadada que quase arrumou com o jogo: livre de Enzo, saída completamente disparatada de guarda-redes e Luisão a cabecear para o segundo golo do Benfica. Contudo, o golo do Benfica deveria ter sido anulado, visto que o defesa-central brasileiro partiu de uma posição irregular para o cabeceamento.

Com uma vantagem de dois tentos ao intervalo, o Benfica pôde encarar a etapa complementar com muito maior serenidade. E, de facto, foi isso que se viu ao longo dos segundos 45 minutos (que na verdade foram bem mais, em virtude da interrupção que a partida sofreu, devido a desacatos nas bancadas). A Académica lá ia tentando desmontar a estrutura benfiquista, mas nada feito. Júlio César teve de intervir pouquíssimas vezes, o quarteto defensivo dos campeões nacionais chegava e sobrava para as encomendas, Enzo Pérez assumia o meio-campo ao lado de um Samaris que revelou melhorias em termos posicionais (apesar de ainda cometer muitas faltas e de errar alguns passes), Salvio lá ia sacudindo de quando em vez os acontecimentos com os seus sprints, Jonas lá ia enchendo o campo com a sua experiência e classe, Gaitán ia pintando vários quadros que só ele sabe pintar e Talisca ia passando ao lado da partida. Deu para Jorge Jesus lançar Ola John durante algum tempo, deu para Jorge Jesus dar minutos a Derley e ainda deu para Jorge Jesus queimar tempo, lançando Lima quase no suspiro do desafio para a saída do melhor em campo, Nico “Artista” Gaitán.

Contas feitas, vitória tranquila e normal do Benfica, que realizou uma excelente primeira meia-hora, perante uma Académica muito frágil e sem chama, e que terá muito trabalho pela frente para evitar uma temporada sem sobressaltos. Por seu turno, temos aquilo de que já se suspeitava há muito tempo: este Benfica parece talhado para o consumo interno, e sendo assim os “encarnados” lá vão passar mais uma semana na liderança do campeonato. Nota final para os adeptos do Benfica: apesar de o estádio não ter estado cheio (muito longe disso), as claques da equipa campeã nacional foram inexcedíveis nos cânticos, fazendo-se ouvir permanentemente ao longo da partida.

A Figura:

Nico Gaitán: já se sabe há muito tempo que este futebolista argentino é um verdadeiro artista com a bola nos pés, mas não é caso para alguém se cansar de o dizer. Jogador fenomenal, desequilibrador nato, tecnicista puro. Todo o jogo do Benfica passa por ele, as hipóteses de a equipa vencer aumentam exponencialmente se Gaitán estiver bem. Hoje esteve fantástico e o Benfica venceu tranquilamente.

O Fora-de-Jogo:

Desacatos na bancada: simplesmente lamentável o facto de o jogo ter estado interrompido devido a problemas na bancada onde estavam os adeptos do Benfica. Não interessa aqui a cor, o que interessa é que cada vez mais assistimos a este tipo de problemas nos estádios portugueses. Futebol tem de ser uma festa e não um foco de desestabilização que afaste ainda mais as famílias deste fantástico desporto.

Artur Augusto: O ‘Batatinha’ que trocou o Benfica pelo Porto

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a minha eternidade

Na temporada desportiva de 1916, Artur Augusto, futebolista de enorme valia e proveitosa polivalência, despontava para o futebol português, modalidade e país onde marcaria uma era.

As suas aptidões técnicas eram primorosas; possuidor de uma visão de jogo certeira e de características multifacetadas, este jogador podia actuar em várias posições no sistema táctico. Estas valências permitiram-lhe um decisivo contributo para a excelente temporada de estreia no Benfica, clube onde arrecadou o ceptro de campeão de Lisboa, recuperando o título citadino que perdera para o Sporting no ano anterior.

Artur Augusto começou a despontar para o mundo do futebol na região de Benfica, de onde era natural, tendo sido no Club Internacional de Futebol (CIF) que recebeu e apreendeu os fundamentos do jogo, que lhe permitiram evoluir para um exímio praticante. Para esse aprimoramento técnico-táctico, muito contribuíram os ensinamentos do “mestre” Augusto Sabbo, um profundo conhecedor do jogo. O enfraquecimento do CIF devido ao recrutamento militar para a Grande Guerra, onde vários dos seus quadros estiveram presentes, fez com que este brilhante jogador repensasse a sua continuidade no clube, tendo então aceitado um convite do Benfica, mudando-se, juntamente com outro seu colega de equipa, Carlos Sobral, para os “vermelhos” na temporada de 1915/1916.

As conquistas de Artur Augusto de águia ao peito foram vastas, destacando-se o tricampeonato de Lisboa, entre 1916 e 1918. Na temporada de 1917/18, emparelhava com o seu irmão, Alberto, numa ala esquerda terrífica para os oponentes adversários – estes dois jogadores ganharam nomeada como “Os Batatinhas”.

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Imagem de Artur Augusto a propósito da sua 1ª internacionalização
Fonte: dragaopentacampeao2.blogspot.com

Em 1920, Artur Augusto toma uma decisão que gerou muita celeuma na época: decide mudar-se para a cidade invicta e representar o Futebol Clube do Porto. Foi, mais uma vez, muito bem sucedido, sagrando-se campeão de Portugal em 1922, na primeira edição da prova, numa final frente ao Sporting, onde laborou como defesa esquerdo. Nesse período, havia já abandonado a sua posição de raiz (extremo), esbatendo também a sua propensão de velocista (embora mantendo intactos os apurados recursos técnicos), e passou a actuar em zonas mais recuadas (meio campo ou defesa). Menos explosivo mas mais calejado, estratega e coordenador, era uma extensão do treinador em campo, contribuindo com indicações no terreno de jogo para as movimentações e posicionamentos da equipa. Com este papel superlativo, o lisboeta foi inegavelmente preponderante nas competentíssimas prestações da equipa nortenha que levaram à primeira grande glória nacional.

Antes ainda da obtenção do primeiro título, este campeão alcançou uma outra grande honra – foi o primeiro jogador internacional portista a representar a selecção das quinas. Actuou, no seu jogo inaugural, no ano de 1921, frente à congénere espanhola, onde os portugueses foram derrotados por 1-2.

A tal já enorme feito, acresce o facto de ter sido o primeiro seleccionado de uma equipa não lisboeta para a selecção, onde, nesse referido jogo, festejou o primeiro golo de sempre pela principal representação nacional, marcado pelo seu irmão Alberto. Depois de sair do Futebol Clube do Porto enveredou por uma carreira de treinador, passando por clubes como o Carcavelinhos e o Atlético, área onde mostrou também grandes capacidades.

Foto de capa: Página de Facebook ‘F. C. Do Porto – Histórias e Memórias’
(Na imagem, Artur Augusto é o 5º a contar da direita)

Top10 – Melhores claques do mundo

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Top 10 melhores Claques

[tps_title]10º Benfica (No Name Boys)[/tps_title]

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Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

O inferno da Luz é conhecido um pouco por toda a Europa. Adeptos incansáveis, loucos e diferentes fazem tremer e surpreendem as equipas adversárias. Os No Name Boys são a das claques mais conhecida, a par dos Diabos Vermelhos, e os responsáveis por tornarem o Estádio da Luz num dos Estádios mais difíceis da Europa.

Sporting 3-0 Vit. Setúbal: Tardou mas não falhou

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Diz-se que a justiça tarda mas não falha e que no futebol nem sempre há justiça. Hoje, em Alvalade, houve justiça mas tardou em aparecer. Tanto quanto a pontaria e discernimento de Slimani. Marco Silva apostou num desenho táctico diferente – pelo menos no processo ofensivo, visto que no defensivo o 4x4x2 tem sido o habitual -, apostando em dois avançados (Montero e Slimani) em simultâneo, talvez à espera de um Setúbal muito retraído, e acabou por ver resultados concretos logo a partir dos primeiros minutos. Até perto da meia-hora de jogo, o relvado parecia inclinado: só se jogava a metade e sempre em vertigem até à zona da baliza dos sadinos.

Carlos Mané manteve a titularidade depois do jogo com o Maribor e foi, a par de Montero, o principal desequilibrador leonino na primeira parte. A par de Cédric, na direita, o jovem extremo encontrou por várias vezes espaço no seu flanco e só por muito demérito de Slimani o Sporting não se adiantou cedo no marcador. O homem a menos no centro do terreno não se fez notar porque Montero ocupou convenientemente os espaços entre as linhas do meio-campo e da defesa e foi quase sempre ele a gerar a linha de passe livre aos seus colegas. Um, dois, três passes fantásticos; uma, duas, três oportunidades que o Sporting desperdiçava. Se pensarmos nas bolas aos postes do Setúbal, foram também três e duas logo neste primeiro terço do encontro. Mas a bola não entrou, excepto num lance em que Maurício estava adiantado e por isso em fora-de-jogo. 0-0 ao intervalo, alguma ansiedade pelos oito pontos de atraso que não podiam crescer nesta jornada.

Depois do intervalo – de quinze minutos apenas, desta vez – a toada do jogo não se alterou. A formação de Domingos Paciência continuava sem fazer um único remate, o Sporting sem encontrar os espaços de que dispôs na primeira meia-hora de jogo e Marco Silva foi obrigado a mexer: saíram Adrien e Mané (bom jogo, rapaz!) para entrarem João Mário e Carrillo. Pouco depois, Jefferson tirou um cruzamento fantástico para uma finalização pouco ortodoxa mas eficaz de Slimani, que desbloqueou finalmente o resultado. Ainda com adeptos a festejar o golo de Slimani, Fredy Montero marcou um golão de fora da área para matar de vez o jogo. Os dois avançados que entraram de início a fazer os dois golos que dariam a Marco Silva os três (preciosos) pontos. Será para repetir este onze?

Daí até ao final houve poucos momentos de registo. Capel, que entrou para o lugar de Montero, falhou escandalosamente de baliza aberta; Slimani acabou por bisar, depois de mais um cruzamento milimétrico, desta feita de Carrillo. Para a história, 3-0. Para o treinador leonino, algumas dores de cabeça ofensivas num jogo em que a defesa de Alvalade nem sequer foi testada.

A Figura

Montero – O avançado colombiano hoje começou ao lado de Slimani, e por isso com mais liberdade para jogar como gosta, e aproveitou da melhor forma: um golo, uma bola ao poste, muitos grandes lances e a confirmação da subida de confiança. Que falta fez ela, Fredy!

O Fora de Jogo

Domingos Paciência – Apesar da boa substituição na primeira parte – algo raro nos treinadores, que revela coragem, esta capacidade de mexer cedo no jogo -, a sua equipa nunca foi capaz de aproveitar a maior lacuna do Sporting, que é como se sabe a sua defesa. Esperava-se mais do Vitória.

Medíocre sempre é melhor que fraco

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opinioesnaomarcamgolos

Já tivemos o pior Porto o ano passado e este ano temos um Porto medíocre. Melhorámos, especialmente por causa da entrada de jogadores de grande qualidade, mas nem tudo mudou.

Paulo Fonseca e Julen Lopetegui têm uma coisa em comum: rotatividade. Com Lopetegui, é uma questão de sistema, é expectável que mude; já com Paulo Fonseca, parecia ser mais uma dúvida, dando sempre a sensação de insegurança. Até agora temos visto essa rotatividade dentro de campo, mas nunca com grandes invenções. As permutações entre Quaresma, Brahimi, Tello e Adrian são constantes, e o mesmo acontece entre Óliver, Rúben Neves, Herrera e Quintero. Nunca há grandes queixas dos adeptos sobre o trio de ataque ou de meio campo, porque em boa verdade eles têm funcionado de forma satisfatória quase sempre. Com Paulo Fonseca, parecia quase nunca funcionar, fruto da tal rotatividade ou vice-versa. É como a eterna questão “Qual o primeiro? O ovo ou a galinha?”. Mas, lá está, a qualidade dos executantes era outra.

À quarta jornada qualificámo-nos para os “oitavos” da Champions e à quinta assegurámos o lugar cimeiro, sempre com rotatividade. Mas não consigo deixar de questionar até que ponto é que Lopetegui irá manter esse princípio de rotação numa altura de “mata-mata”. É que os “oitavos” são outra competição à parte. Não se fazem contas, não se fazem amigos, não se tem prémio de compensação, nem tampouco se leva a bola para casa! Dali para a frente é preciso saber muito bem o que se está a fazer. Paulo Fonseca foi trocando de jogadores e correu mal; apesar das já mencionadas diferenças, acredito que com Lopetegui termine da mesma forma. Só um onze consistente pode dar… consistência! Na rica Europa têm de jogar os melhores, porque para laboratório temos sempre as pobrezinhas competições domésticas. Pessoalmente, gostaria de ver o Ricardo Pereira com oportunidade para jogar, assim como Aboubakar, mas pelo menos fico a saber que, até dentro da rotatividade, há limites.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

Este Sábado é diferente

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coraçãoencarnado

E lá chegou o tão esperado Sábado, de mãos dadas com o “Coração Encarnado”. Mas este dia é diferente dos outros, quase não me apetece escrever. Se não fosse por vocês, juro que não escrevia. Não, não é por ter dois exames para a semana que não me apetece escrever, e também não é por ser sábado: é porque estou fora da Europa.

Até me custa dizer isto. Sei que muitos de vocês já esqueceram ou ultrapassaram e admiro-vos por isso. Mas eu não consigo. Mesmo. As noites ficam mais escuras e a minha almofada continua fria… Dou voltas e mais voltas e não consigo aceitar que a Europa não nos pertença. Nós, o clube com mais sócios do mundo (só para deitar mais achas para a fogueira) estamos fora da competição dos melhores. É verdade que esta realidade não tem sido diferente da dos últimos anos, mas pelo menos sempre havia a Liga Europa para nos alegrar a Quinta-Feira. Agora nada. E eu, que todos os anos acredito que vamos lá estar… Só de ouvir aquele hino da Liga dos Campeões com o cachecol ao pescoço fico logo com arrepios. O sonho morreu, e foi o Jesus que mo tirou.

Vamos lá analisar isto então: apesar de concordar que o plantel é mais fraco que no ano passado, não aceito isso como desculpa para esta eliminação na quinta jornada (volto a repetir, quinta jornada!). Tenho ouvido por aí que o grupo “isto” e “aquilo”: pois, na minha opinião este grupo era complicado, visto que não existia nenhum “tubarão”, mas este Benfica tinha todas as condições para o passar (sim, discordo de todos vocês que dizem que o Zenit é uma equipa forte). Ui, por falar em Zenit: dois jogos, zero pontos. Isto é inaceitável. É verdade que o jogo na Luz correu mal, mas foi por nossa responsabilidade (aquele início de jogo não cabe na cabeça de ninguém). Mais, aquela exibição na Alemanha com o Leverkusen traz-me pesadelos infinitos. Porque é que temos de ser assim humilhados lá fora?!

Jorge Jesus em destaque na última partida dos encarnados Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Jorge Jesus em destaque na última partida dos encarnados
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

E agora, para mim, a principal razão desta desgraça fora de portas: Jorge Jesus. Penso que este ano não há desculpa para esta miséria de exibições que foi o Benfica europeu. Apesar de todas as limitações que este plantel tem, também Jesus foi limitado no plano europeu: não soube dar vida àquele meio-campo e teve cinco jogos para o perceber. A verdade é que, no plano táctico, o meu treinador tem mostrado pouca capacidade de se adaptar às condições da competição/adversários. E, uma vez que falamos de um erro que se tem prolongado ao longo das épocas, não encontro justificação para ele. Aquela partida na Rússia pedia uma primeira-parte muito mais intensa, um golo quando fomos superiores e um treinador diferente. No próximo ano, sei que vou voltar a acreditar que vamos ter sucesso na Europa, em especial na Liga dos Campeões. Apesar de tudo, espero muito que cá estejas para me dar essa alegria, Jorge. Mas, por favor, aprende com os erros e pensa naquilo que tens feito – às vezes acho mesmo que precisas de parar, enquadrar-te no ambiente que te envolve e pensar (aquela substituição nem no FM te dava os três pontos).

Chega de conversa aborrecida. O que é que a noite de quarta-feira mudou? Bem, para além do óbvio não mudou nada. Prometo que para a semana já não me vou lembrar do que aconteceu e quase aposto que o meu sorriso de líder vai cá estar. Vamos ultrapassar o sucedido, abraçarmo-nos como se estivéssemos no estádio a ver um golo do Talisca, e puxar aqueles rapazes para cima (bem sei que a frase não faz muito sentido, até porque eles mais para cima já não podem ir). Que a liderança continue pela Luz. Que todos nós nos mantenhamos juntos. Que o sorriso de líder continue bem presente. Que vocês continuem a ler os meus textos. Que no fim do ano o meu sorriso de líder tenha o tamanho dos 235 mil sócios. E que o bi-campeonato seja nosso. É tudo o que quero.

Aproveito para me despedir e para desejar que amanhã sejamos capazes de trazer os três pontos. Não parem de gritar e mais importante que tudo: não parem de acreditar. Hoje vou dormir descansado, porque amanhã joga O Maior de Portugal e do Mundo. Que bom que é ver-te a jogar, Benfica, não pares de me encantar nunca.

Um caloroso abraço, e que o “Coração Encarnado” vos aqueça o corpo.

Troika junta-se para tomar conta do Portugal Open

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cab ténis

Benno Van Veggel, Jorge Mendes e a U-COM constituem a troika que vai tomar conta do Portugal Open a partir de 2015, pelo que tem dado conta a imprensa portuguesa. A notícia é positiva, mas não altera que eu pense que o fim da Lagos Sport marca uma “mudança de regime” no ténis nacional.

Felizmente o Portugal Open vai manter-se em território português, fruto da ligação de um empresário holandês, juntamente com a Polaris Sport, uma das empresas do super-agente Jorge Mendes, e da U-COM, uma empresa de comuncação que trabalha em estreita ligação com o circuito ATP.

Esta é uma fase em que qualquer opinião pode resultar em “barrete”, isto porque as areias movediças em que se move a data do Portugal Open e a licença de realização do torneio nos obrigam a ser prudentes nas opiniões emitidas acerca deste tema.

Ainda assim, e como escrevi no Ténis Portugal, a minha opinião sobre o fim do Portugal Open mantém-se igual: a de que marca o fim de uma era do ténis nacional, uma era (bem) liderada por João Lagos, e que é a oportunidade ideal para repensar a forma de promoção do ténis nacional, com um conceito que permita ao ténis nacional crescer autonomamente a uma grande prova internacional.

Sendo assim, e porque o melhor é opinar depois de ser conhecida uma posição oficial por parte dos novos “detentores” do Portugal Open, aproveito para resumir aquilo que nos últimos dias tem vindo a público acerca do evento internacional de ténis em Portugal.

Facto – O Portugal Open vai continuar em Portugal. A vontade do ATP cumpriu-se e a licença para a realização do evento em Portugal vai mesmo manter-se no país, graças ao empresário Benno Van Veggel.

Facto – Benno Van Veggel é alguém ligado ao ténis em Portugal, tendo jogado no CIF e estando actualmente ligado ao Lisboa Racket Center, que recebeu recentemente os melhores jogadores de padel do mundo. Já venceu titulos, inclusivé pelo Benfica, e foi disputado para jogar a primeira divisão do nacional de clubes.

Facto – Van Veggel encabeça um grupo empresarial que tem investido e que mostra saúde financeira, para além de estar já ligado a um dos clubes de topo de Lisboa e de estar também ligado à U-COM, uma empresa com a vertente de organização de eventos que trabalha em estreita ligação com o circuito ATP.

Boato – Jorge Mendes pode estar “metido ao barulho”. Aliás, o envolvimento do super-agente através da Polaris Sport, que agencia João Sousa, Frederico Silva e Maria João Koehler, é praticamente certo; só não se conhecem ainda os moldes. Há quem diga que Jorge Mendes poderá ter um papel meramente comercial, de angariação de patrocínios.

Incerteza – O torneio feminino. O ATP demonstrou interesse em manter o evento em Portugal, mas quanto ao torneio feminino, que João Lagos tinha posto de parte já há umas semanas, nada se sabe para já.

Este é para já o ponto de situação acerca do Portugal Open, mas é importante ressalvar que até ao momento nenhum dos sucessores de João Lagos falou publicamente sobre o assunto.