Em Portugal crescemos com a ideia de que é impossível mudar o status quo. A corrupção está instalada em todas as áreas da sociedade e lutar contra isso é, dizem-nos, uma perda de tempo. Temos duas opções: ou fazemos as malas e vamos procurar melhor Estado para outro lado, ou baixamos a cabeça e aceitamos o que nos dão. Porém, toda a gente, até mesmo os portugueses – tidos como inertes e apáticos – atingem o seu ponto de saturação.
No Sporting, fez esta semana um ano que se atingiu o ponto de saturação para com a situação interna. Fartos de sucessivas direções sem rumo, os Sportinguistas juntaram-se por um caminho melhor e começaram uma nova Era. Um ano depois, no passado domingo, deram um passo de gigante para, com união, combater a corrupção que vem de fora.
Mesmo como criador da ideia e um dos seus principais dinamizadores, confesso que não estava totalmente crente no seu sucesso. O meu chip eu consigo mudar – ou talvez não precise, pois não acredito na inércia –, o problema é mudar o chip dos outros. E foi a isto que me propus, com responsabilidades que começo a assumir na minha vida e que quero manter até ao seu fim: fazer 35.000 pessoas virar as costas a um jogo de futebol durante 3 minutos.
“Não vamos conseguir. É impossível”. Foi a última coisa que disse, estavam decorridos 50 segundos do Sporting – Académica, com a Curva SUL de Alvalade a ser a única de costas. Mas eu, como tanta gente neste pequeno país faz, subestimei o poder das massas. As pessoas estão fartas deste desporto podre, desta falta de justiça, de se sentirem roubadas até naquilo que devia ser um divertimento. E revoltaram-se. Um por um, 35.000 Sportinguistas viraram costas à corrupção no futebol português. Sem pedidos do speaker, sem mensagens nos ecrãs gigantes, cartazes megalómanos ou anúncios na televisão. Apenas e só união entre as pessoas.
Adeptos do Sporting viram costas à corrupção
Quando olhei, 20 segundos depois, e vi todo o estádio a abdicar do espetáculo pelo qual pagaram bilhete para se manifestarem por uma ideia que ajudei a fazer crescer, emocionei-me. Guardarei para sempre na memória as imagens do momento mais bonito que já vi em Alvalade. Na verdade, nem tenho outra opção que não recorrer à minha memória, visto que a televisão ocultou uma manifestação de dezenas de milhares de pessoas, em direto. Mas lá chegarei. Um sistema podre de cada vez.
Que cada vez mais se juntem a lutar ao nosso lado, é o meu desejo. Chamem-nos chorões, calimeros, o que quiserem. Cá estarei para chorar e para me queixar sempre que tiver razão. Porque em qualquer processo o queixoso será sempre um queixoso até se provar que tem razão. E aí, muda o status quo. Aí, vira-se as costas à corrupção.
Bem-vindos, caros degustadores. Geração da comidinha gourmet onde um prato de “bacalhau au grão” leva apenas uma postinha fininha do peixe com bigodes das gélidas águas da Noruega, com um grão por cima. Geração do fast-food (ou fast- nothing?) que é só chegar, tirar, aquecer e já está. Mas o que aconteceu à preparação? Ao carinho? Ao convívio com os amigos? Eu explico.
Feijão preto. Deixa de molho. Mete as cervejas a gelar e ouve um samba. Pergunta como foi o dia dela. Ou como será… põe tudo em pratos limpos. Porque depois vai haver muita pratada para limpar. Serve uns aperitivos. Vai ver como está o feijão. Corta as carnes. Dá mais uma olhadela. A salada! Não esquecer os verdes. Arroz para um batalhão. Ouve um Caetano Veloso, ou Gilberto Gil ou Noel Rosa, sei lá. Convive. Como se o carpe diem ditasse as leis do condado que é a tua casa.
O Brasileirão de 2014 pode nem sair do papel. A ementa? Descida de divisão da Portuguesa de Desportos. O caldo está entornado (não o caldo do nosso feijão, mas o da legislação). Que grande confusão. Adicione a letargia da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com uma pitada de apatia do STJD (Supremo Tribunal Judicial do Desporto). Deixe ferver. Agora adicione uma turba de adeptos irritados e cansados. Para finalizar mexa bem com a FIFA. Está tudo dito. O imbróglio continua. E o órgão máximo do futebol mundial poderá intervir.
Fluminense e Portuguesa – lados opostos da moeda Fonte: Portalfluminense.com.br
Vou fazer uma confissão. Os poucos que ainda têm a paciência de ler as atrocidades que aqui são escritas, devem saber que também possuo cidadania brasileira. Pois bem, certa vez, em Roma, precisei de usar os serviços do consulado da minha segunda nação. Chegado ao local, na famosa Piazza Navona (muito bonita, visitem), dei de caras com dois conterrâneos que diziam:
– Isso virou confusão à italiana?
O outro retorquiu:
– Pelos vistos já virou foi confusão à brasileira.
É bom sentir-me em casa. Estava explicado o espírito da coisa.
Bom, conviveram? Comeram, empanturraram e alambazaram-se de amor e carinho entre os amigos? Então agora vão ver o feijão. Deve estar quase pronto. Quentinho e gostoso. Sirvam bem servido, que a comida é para ser toda dizimada. Dia de feijoada é assim: amor-com-todos, para dar e vender e convívio de Deuses; como se do próprio Baco, Deus do vinho, se tratasse.
A derrota da selecção nacional de XV frente à Roménia no passado fim-de-semana transformou o sonho da qualificação para o Mundial de 2015 num pesadelo. Principalmente porque a principal candidata à repescagem, a selecção da Rússia, venceu frente à Espanha.
Estes resultados trazem para a equipa das quinas a difícil tarefa de vencer mais três jogos do que a Rússia, em quatro jogos.
Os resultados desta campanha para o Mundial de 2015 têm levantado a questão de saber se o rugby nacional se encontra no rumo certo ou se algo devia ser mudado. E, nesta questão, os adeptos da modalidade dividem-se: será que a aposta no tradicional rugby de XV é acertada? Ou faria mais sentido investir mais no rugby de VII?
O que assusta mais é que, neste último jogo frente à Roménia, a equipa lusa se apresentou com qualidade, conseguiu dominar na primeira parte, mas não conseguiu concretizar um único ponto e acabaram por permitir que a superioridade romena se fosse sentindo mais até ao final do jogo. Quererá isto dizer que a qualidade da selecção de XV não está a ser suficiente?
Já a equipa espanhola jogou de modo oposto frente à Rússia, apesar de ter também perdido. Começou mal na primeira parte, mas surgiu mais forte na segunda, fazendo frente à superioridade do adversário e conseguindo concretizar mais pontos. E com uma selecção espanhola forte, Portugal tem obrigatoriamente de vencer a Bélgica para se manter na Divisão 1A do Europeu das Nações.
Pedro Leal, considerado um dos melhores jogadores de Sevens da Europa Fonte: facebook.com/fpr.pt/
Isto faz com que a discussão sobre a aposta na modalidade fique ainda mais acesa. Há quem defenda o rugby de XV, por ser o rugby “tradicional”, o de origem e, por isso, o verdadeiro; sendo que o rugby de VII seria apenas uma versão mais simples de compreender e mais rápida do rugby tradicional, captando mais facilmente novos adeptos. E há quem defenda que a aposta deve ser feita no rugby de VII dado que os resultados da nossa selecção têm sido melhores em Sevens, pelo facto de Portugal ter sido um dos pioneiros desta vertente na Europa e de os nossos jogadores estarem mais preparados para esta modalidade, tanto pelas características mais típicas do atleta português como pelas características do próprio jogo. A verdade é que Portugal é já uma equipa de referência na Europa.
Para além disso, apostar no rugby de VII significa agora apostar numa modalidade olímpica, a partir de 2016. Para além de serem o maior evento desportivo do mundo, os Jogos Olímpicos trazem também um maior financiamento para as modalidades.
Fica a questão, à medida que o mundial de 2015 se torna cada vez mais um sonho difícil de se realizar: não será altura de focar a estratégia nos Sevens?
A verdade é que a nossa selecção tem muito valor mas também não tem estado assim tão segura nesta vertente. Se o melhor para a modalidade for reunir esforços para os Sevens, há que tomar consciência do valor dos nossos atletas já e recuperar o fôlego depois dos resultados de Las Vegas. A selecção de VII merece contar com os melhores atletas e manter-se no circuito internacional. E venha 2016: a equipa portuguesa tem mais do que qualidade e valor para estar presente nos Jogos Olímpicos.
Na ressaca de uma péssima exibição coroada com a derrota na Madeira, frente ao Marítimo, para o campeonato, o FC Porto defrontava hoje o Estoril-Praia num jogo a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal. A instabilidade provocada pelos resultados negativos obtidos recentemente e pelo modo conturbado como o plantel foi gerido durante a janela de transferências de Janeiro era um obstáculo que a equipa teria invariavelmente de ultrapassar caso quisesse continuar em prova.
No Dragão, perante os seus adeptos, o FC Porto apresentou algumas novidades no onze em relação à partida anterior: Fabiano retomou o seu posto na baliza, como tem acontecido sempre nas Taças; Diego Reyes cumpriu o seu terceiro jogo na equipa principal; Herrera e Licá voltaram a surgir como titulares, o que já não acontecia desde o clássico em Alvalade, ainda no ano transacto.
A história do jogo conta-se em duas partes perfeitamente distintas: no primeiro tempo, o FC Porto foi pura e simplesmente subjugado, em casa, pela turma “canarinha”; no segundo tempo, subiu consideravelmente o rendimento e acabou por alcançar um justo triunfo.
Durante os quarenta e cinco minutos iniciais, o FC Porto voltou a exibir-se a um nível inadmissivelmente baixo para uma equipa com tamanhas responsabilidades. Esbarrando constantemente na intensa pressão alta da turma de Marco Silva, as enormes dificuldades em sair a jogar voltaram a atormentar os azuis e brancos. Os sectores voltaram a não estar ligados, as transições ofensivas perdiam-se invariavelmente em passes sem nexo e eram poucas as vezes que o FC Porto conseguia chegar à área adversária.
A superioridade do Estoril e a vantagem alcançada pelos “canarinhos” obrigava à reflexão Fonte: Zero Zero
Dos primeiros minutos, ficam na retina as dificuldades de Quaresma e Licá ao receber a bola na área do Estoril em posição privilegiada, não chegando sequer a rematar: no primeiro caso, Carlos Eduardo serviu o Mustang sobre a direita, que a perdeu assim que tocou nela; no segundo, uma soberba trivela do Harry Potter deixou Licá isolado, mas a bola acabou por bater no chão e sobrar para Vagner. Na verdade, o primeiro remate feito pelo FC Porto só chegou aos 36 minutos. Isso diz tudo.
Para ajudar à festa, a lesão de Carlos Eduardo a meio da primeira metade obrigou Paulo Fonseca a uma substituição forçada – Josué foi o eleito para assumir o papel do ex-Estoril. Poucos minutos mais tarde, já depois de um falhanço inacreditável de Sebá na cara de Fabiano, o Estoril chegou mesmo à vantagem na sequência de uma brilhante finalização de Babanco – um chapéu perfeito que só podia acabar no fundo das redes. Em ambas as jogadas, Reyes – um talento inegável – falhou clamorosamente.
O Estoril continuou a controlar perfeitamente as investidas dos dragões, cuja apatia enervava o seu exigente público. Na ausência de um fio de jogo, acabou por ser à base da “força bruta” que o FC Porto chegou ao empate. Já ao cair do pano, Herrera – dos menos maus em campo – tabelou com Jackson à entrada da área, ganhou a linha, cruzou rasteiro para o colombiano, que não chegou à bola, acabando por ser Quaresma, no meio da confusão, a empurrar a redondinha para a baliza. Apesar de, à altura, ter metade dos remates do Estoril (3-6), o FC Porto repunha a igualdade.
Quaresma reestabeleceu o empate poucos minutos antes do intervalo. Fonte: Público
No regresso dos balneários, tudo mudou. Ainda que durante os instantes iniciais da segunda parte a toada parecesse vir a ser a mesma, o FC Porto rapidamente pegou no jogo e mostrou uma atitude completamente diferente. Com o Estoril acusando o cansaço de uma primeira parte de grande desgaste do ponto de vista físico e mental e com as linhas substancialmente mais recuadas, o FC Porto impôs-se. A defesa reorganizou-se e deixou de cometer erros, a mecânica do meio-campo começou finalmente a resultar e as jogadas de ataque continuado sucederam-se em catadupa. A entrada de Varela para o lugar de Licá, ainda antes de o relógio marcar uma hora de jogo, foi determinante para empurrar a equipa para a frente.
O FC Porto não foi esmagador e esteve longe de roçar a perfeição. No entanto, conseguiu manter a posse de bola, fazê-la circular pelas várias zonas do meio-campo adversário e espreitar pacientemente o golo. Além disso, não concedeu quaisquer veleidades aos visitantes e foi muito mais agressivo nos duelos. Os momentos de maior perigo surgiram por intermédio de Danilo, quando fuzilou as malhas laterais; de Jackson, primeiro quase aproveitando uma saída em falso de Vagner e depois atrapalhando-se na hora de dominar um passe fantástico de Josué por cima da defesa contrária; e de Quaresma, em sucessivos remates desenquadrados com a baliza.
Aos 83 minutos, quando o cenário do prolongamento se ia tornando cada vez mais previsível, Paulo Fonseca decidiu lançar Ghilas, que rendeu Quaresma. A aposta do treinador portista revelou-se acertadíssima, uma vez que o argelino, muito pouco tempo depois, correspondeu da melhor maneira a um cruzamento de Alex Sandro e colocou os dragões em vantagem pela primeira vez. Estava feito o 2-1; estava feito o primeiro golo oficial do ex-Moreirense com a camisola dos tri-campeões nacionais. A seguir, o FC Porto limitou-se a guardar a bola e a esperar que Rui Costa fizesse soar o apito final.
Se a fraquíssima primeira parte não permite registar nenhum destaque individual, há que realçar pelo menos três prestações positivas ao longo do segundo tempo: o lateral esquerdo Alex Sandro, bastante interventivo no ataque, foi decisivo na assistência para o derradeiro tento de Ghilas; e os médios Herrera e Josué terão de ser nomeados como os principais responsáveis pela dinâmica metamorfoseada do meio-campo nesse período – o mexicano pela verticalidade, intensidade e capacidade de transporte de bola; o português pela qualidade de passe e leitura de jogo.
Herrera fez de tudo para justificar a aposta de Paulo Fonseca. Fonte: Zero Zero
De resto, na segunda parte, Quaresma foi indubitavelmente dos elementos mais perigosos, tendo até marcado o primeiro golo, mas não se mostrou tão inspirado quanto em desafios anteriores; Jackson voltou a dar uma pálida imagem do que costuma ser, apesar de nunca ter deixado de trabalhar, como é habitual; Varela entrou com vontade de mostrar serviço e ofereceu mais à equipa do que Licá; Defour, mesmo sem deslumbrar, cumpriu o seu papel; Danilo envolveu-se bem sobre a faixa direita e até foi dos mais rematadores; Reyes beneficiou do balanceamento ofensivo da equipa para mostrar a sua qualidade na saída para o ataque, sacudindo a pressão inicial; e Fabiano correspondeu sempre que foi chamado a intervir.
Não posso terminar sem uma referência muito especial para Mangala, que hoje envergou a braçadeira de capitão: honrou a morte do seu pai, falecido poucas horas antes do jogo, ao entrar em campo para liderar a defesa azul e branca. Merece o respeito e a admiração de todos os adeptos do FC Porto e do futebol pela sua digníssima postura.
Com esta vitória, três anos depois o FC Porto volta a estar nas meias-finais da Taça de Portugal. O próximo alvo a abater é o Benfica, numa eliminatória a duas mãos, agendadas para o final de Março (no Dragão) e meados de Abril (na Luz). Agora é tempo de recarregar baterias e preparar a recepção ao Paços de Ferreira, penúltimo classificado do campeonato, no próximo Domingo.
Miralem Sulejmani. É este o nome do jogador que colocou o Benfica nas meias-finais da Taça de Portugal, pela terceira vez em quatro anos. Num jogo duro e difícil para as águias, perante uma combatente e solidária equipa do Penafiel, foi o extremo sérvio quem destronou a muralha penafidelense, sendo decisivo em mais um jogo das Taças, desta vez, a de Portugal.
Nesta partida, no Municipal 25 de Abril, só uma das equipas procurou, de facto, ganhar o jogo e decidir tudo no tempo regulamentar. Pelo seu maior poderio face ao adversário, essa equipa foi a do Benfica. Contudo, passar este teste não foi tarefa fácil para os comandados de Jorge Jesus. Pela frente, encontraram um adversário que, apesar do natural respeito que teve pelos encarnados, nunca virou a cara à luta e disputou, com as suas armas, o jogo com uma equipa claramente superior em todos os aspectos. A turma penafidelense complicou, e de que maneira, o jogo ao Benfica, não através da criação de oportunidades de golos – essas não as tiveram -, mas na forma eficaz e organizada como defenderam e na agressividade com que disputaram cada lance.
Durante a semana, Jesus tinha dito que não iria fazer poupanças para o dérbi de domingo, mas tal não se verificou. Lima, Gaitán, Markovic, Garay, Fejsa, Oblak e Rodrigo, todos titulares na ultima jornada do campeonato, não figuraram no onze inicial do Benfica, que, assim, entrou com um onze parcialmente renovado, mas recheado de qualidade. Dos jogadores que mereceram a confiança do treinador encarnado, praticamente todos eles mostraram serviço e deram sinais de que podem ser apostas mais recorrentes em futuros jogos. André Gomes e Djuricic, sobretudo, voltaram a mostrar qualidade na circulação de bola e serviram quase sempre bem os inspirados extremos Sulejmani e Cavaleiro.
Com um Benfica a querer mandar no jogo desde o início, as oportunidades de golo, ao longo deste, não foram uma constante, salvando-se os primeiros 25/30 minutos do encontro. Nesta fase, os encarnados mostraram-se sérios e atrevidos, criando uma série de lances que poderiam ter dado em golo. Cardozo, que voltou ao onze titular quase três meses depois, e Jardel ameaçaram o tento, logo nos primeiros minutos. Ainda na primeira metade, Sulejmani dispôs de boa oportunidade para inaugurar o marcador, antes do intervalo, mas o nulo manteve-se até ao descanso.
À imagem do que se tinha sucedido no final do primeiro tempo, o Benfica entrou na segunda parte com um ritmo lento e um futebol pouco esclarecido. De facto, a intensa rodagem de jogadores mostrou-se prejudicial para o jogo encarnado, que, durante boa parte da partida, não conseguiu impor um futebol eficiente e autoritário. Com o passar dos minutos, Jesus foi-se apercebendo de que as coisas não estavam fáceis e de que era necessário refrescar o ataque. Com a quebra do Benfica, o Penafiel começava a sentir que poderia causar uma surpresa aos encarnados e que o seu estilo de jogo combativo teria os seus frutos. Nessa medida, o treinador do Benfica percebeu que teria de lançar Lima, Rodrigo e Markovic, e acabou por fazê-lo no decorrer da segunda parte.
Sulejmani no único – mas decisivo – golo da noite Fonte: Jornal de Notícias
A entrada de três habituais titulares teve o efeito ideal na equipa, que, a partir daí, se tornou mais perigosa e acutilante ofensivamente. Lima, sobretudo, entrou bem no jogo e foi criando desequilíbrios na bem estruturada muralha defensiva do Penafiel. Foi precisamente num desses desequilíbrios do brasileiro que nasceu o único golo do jogo. Lima recebeu a bola e desmarcou inteligentemente Rodrigo, que passou para Sulejmani desferir um bom remate de pé direito, o seu pior pé, e enviar o Benfica para as meias-finais de Taça de Portugal. Mais um golo decisivo do sérvio, que, há semanas, havia marcado o único golo da vitória das águias sobre o Gil Vicente, para a Taça da Liga. Sulejmani com o pé quente nos jogos das Taças, mostrando que está preparado para entrar em jogos mais exigentes. Hoje, foi o melhor dos encarnados e a figura da partida.
Até ao final, Lima ainda ameaçou o segundo golo, mas permitiu a defesa do guarda-redes do Penafiel. O resultado, esse, não se veio a alterar, e um golo bastou ao Benfica para seguir em frente.
Agora, é tempo de pensar no dérbi de domingo, frente ao Sporting, e nos restantes jogos do campeonato e Liga Europa.
A expressão que eu utilizo no título costuma aplicar-se no ténis, quando temos pela frente os quatro expoentes máximos da atual geração. Neste caso, penso que se enquadra muito bem no Euro 2014, pois as quatro grandes referências da modalidade, a nível europeu, estão classificadas para a fase final da competição, que reúne os quatro semifinalistas ainda com hipóteses de vencer o troféu mais desejado.
Terminados, hoje, os jogos referentes aos quartos de final, é justo dizer que as quatro equipas mais fortes do continente europeu estão nas meias-finais do Euro 2014. Já antes do torneio começar, eram vistas como os pesos-pesados da competição, sendo natural ver Portugal, Itália, Espanha e Rússia a lutar pelo título.
Dado que a análise do jogo entre Portugal e Ucrânia já foi feita, ontem, vou apresentar a minha visão sobre os outros três jogos:
Rússia 6-0 Roménia – O jogo mais desnivelado desta fase, no qual a Rússia se mostrou uma equipa demolidora e com fome de golos. A vitória não sofre qualquer contestação, sendo que, ao intervalo, o resultado já registava 4-0 para a equipa russa. Mais uma vez, a referência ofensiva Eder Lima mostrou o seu instinto matador, ao apontar um hat-trick, estando confortavelmente na liderança dos melhores marcadores, com sete golos. De resto, uma exibição sólida da equipa, com o guarda-redes a mostrar muita segurança, sempre que chamado a intervir. Agora, resta à Rússia preparar o encontro frente à congénere espanhola, num encontro explosivo e onde o espetáculo está garantido. Por outro lado, a Roménia mostrou-se impotente para travar o poderio do seu adversário, não apagando, no entanto, a boa imagem deixada na fase de grupos.
Eder Lima, um dos grandes destaques do Euro Fonte: Uefa.com
Itália 2-1 Croácia – O nosso próximo adversário, nas meias-finais, teve de suar bastante para vencer a sempre complicada equipa croata. Curiosamente, o jogo ficou resolvido aos nove minutos, quando a formação transalpina desfez o 1-1 que persistia no jogo, por intermédio de Fortino. Antes, a Itália abriu o marcador no minuto inicial (Romano), tendo a Croácia empatado aos quatro minutos (Jelovcic). Até ao fim, a formação balcânica tentou, pelo menos, empatar e levar o jogo a prolongamento, mas, desta vez, não teve sucesso. De notar que esta equipa tinha conseguido, nos dois jogos anteriores, empatar perto do fim, dando a ideia de quão aguerrida e lutadora é. Fica na retina a prestação lutadora da Itália, que tem pela frente a equipa portuguesa. Neste capítulo particular, a Itália tem sido a nossa “besta negra”, tendo-nos eliminado no último Europeu e no último Mundial, ambas as ocasiões nos quartos de final. Esperemos que, para além da fase da competição ser diferente, o desfecho também o seja.
Imagem que demonstra a intensidade do jogo Fonte: Uefa.com
Espanha 4-0 Eslovénia – Mais um resultado teoricamente expectável. A tetracampeã em título avançou para as meias-finais, perante uma Eslovénia que se apurou, surpreendentemente, para esta fase. Apesar de tudo, mostrou todo o seu valor, e lutou com os seus recursos para tentar travar o poderio espanhol, amplamente conhecido. Ao intervalo, o marcador registava 2-0, e a equipa centro-europeia tentou sempre inverter o rumo dos acontecimentos, mas esbarrou no guarda-redes Rafa, que se mostrou muito competente em todas as ações de jogo. Já no fim da segunda metade, o espanhol Aicardo bisou e dobrou a vantagem da sua equipa, fixando o resultado num 4-0 algo enganador. Creio que a Eslovénia merecia, no mínimo, um golo de honra. Fica, no entanto, a excelente prestação desta equipa, que venceu pela primeira vez na sua história um jogo referente a um campeonato europeu, e logo diante da Itália.
Meias-Finais:
Portugal vs Itália (17h)
Espanha vs Rússia (19h30)
Creio que não há muito a dizer em relação a estes dois fabulosos jogos, que serão disputados no dia 6. Os quatro gigantes do futsal europeu vão lutar pelos dois bilhetes disponíveis para a grande final, disputada no Palácio dos Desportos de Antuérpia, dia 8 de fevereiro. Sendo assim, vamos todos apoiar Portugal, e esperar que os nossos heróis possam repetir a façanha de 2010, isto é, atingir o jogo mais desejado.
21 de Agosto de 2011: o então Presidente do Sporting põe em causa a arbitragem portuguesa e Paulo Baptista boicota o Beira-Mar-Sporting como represália. 3 de Fevereiro de 2014: o mesmo Paulo Baptista deixa passar um penálti claro na área da Académica a favor do clube de Alvalade. Coincidência? Quem acredita em contos de fadas dirá que sim, os Sportinguistas sabem que não. Acresce a isto que o Sporting-Académica se disputou menos de 24 horas depois de o Benfica ter sido brindado por Bruno Paixão com um penálti no período de descontos, que só não deu a vitória ao clube da Luz por incompetência de Cardozo.
Estas diferenças de tratamento não são de agora. Umas vezes o beneficiado maior é o Porto e outras o Benfica, mas o Sporting mantém-se de pedra e cal como o grande mais maltratado pelas arbitragens. O curioso é que, se se fizesse um inquérito a adeptos portugueses acerca de quais os clubes com maior poder no futebol nacional, estou convencido de que a grande maioria responderia sem grandes hesitações que essas equipas são o Porto e o Benfica. Por que razão se há-de negar, então, que essa influência também se estende às arbitragens? Apesar de esta conclusão ser óbvia, qualquer Sportinguista que se queixe de uma decisão de um árbitro é considerado lunático, acusado de disfarçar as insuficiências da sua equipa com desculpas esfarrapadas, etc. Não costumo fazê-lo, mas desta vez vou tomar a liberdade de falar por todos nós: sabemos melhor do que ninguém que a nossa equipa tem falhas e que está longe de ser perfeita. Mas a verdade é que, mesmo com um plantel “de tostões” e constituído maioritariamente por jogadores da formação, foi preciso anular um golo limpo ao Slimani para tirarem o Sporting do 1º lugar. No domingo, um penálti evidente contra a Académica passou em claro, situação que dificilmente aconteceria no Dragão ou na Luz. E, ao contrário do que muitos querem fazer passar, os Sportinguistas têm todos os motivos do mundo para desconfiarem dos Paulos Baptistas desta vida. Não é por acaso que, nos dois últimos campeonatos em que os árbitros dos jogos foram decididos por sorteio e não por nomeação, o vencedor foi o Sporting. Hoje em dia, a arbitragem, com o seu líder Vítor Pereira à cabeça, opõe-se vigorosamente à proposta de Bruno de Carvalho de fazer regressar o sorteio.
Contudo, independentemente de tudo isto, o Sporting podia e devia ter feito mais para ganhar em casa a uma Académica inofensiva, que tinha sido goleada na primeira volta e na qual apenas sobressaíram o guardião Ricardo (exibição fantástica), um voluntarioso Makelele e pouco mais. Não quero que pareça que caio em cima de Leonardo Jardim à primeira oportunidade, mas defendo que a dupla de extremos foi mal escolhida. Até percebo a titularidade de Wilson Eduardo (o golo em Penafiel podia funcionar como tónico), embora a sua substituição tenha pecado por tardia. Já a titularidade de Mané pareceu-me bastante precipitada, mesmo tendo em conta a gradual afirmação do luso-guineense. Mas colocar ambos simultaneamente no onze foi imprudente, porque nenhum é ainda referência no ataque do Sporting. Mesmo tendo em conta as suas limitações (quem não as tem?), Diego Capel tem de ser sempre titular.
William esteve algo preso na primeira parte, Adrien confirmou que o seu momento de forma já foi mais fulgurante e André Martins continua a não ter um papel bem definido. Não é 10 mas também não é 8, não é extremo mas cai muitas vezes para a direita (sem no entanto criar desequilíbrios), não tem tido grandes rasgos de criatividade nem municia o avançado. Parece-me ser aqui que reside o principal problema do Sporting neste momento, pelo que só posso desejar que Shikabala consiga colmatar esta lacuna. Montero já esteve melhor do que em jogos anteriores mas continua sem marcar, e o infeliz Slimani teve o golo nos pés (e na cabeça) pelo menos duas vezes.
Na próxima jornada há derby com o Benfica. Se este empate com a Académica tem algum lado menos negativo, é com certeza o facto de os Sportinguistas continuarem plenamente conscientes de que o objectivo não é o título. Por outro lado, fica a amargura de saber que a hipótese de ir à Luz na liderança não é agora mais do que uma miragem. Em caso de vitória encarnada, o atraso passará a ser de 5 pontos. Com ou sem razões de queixa da arbitragem, a verdade é que uma equipa que quer vencer o campeonato não pode tropeçar tanto em casa, e estes resultados vêm lembrar-nos de que o Sporting ainda não está no ponto. Espera-se por isso que, com cabeça e sem precipitações, o clube possa continuar a crescer de forma sustentada.
O Benfica joga com o Sporting, Domingo. Cardozo vai marcar.
Falem do penálti, critiquem-no, embirrem com ele e chamem-lhe nomes. Digam que é tosco, que só tem um pé, que é lento, que é fraco. Se acham justo fazer tal juízo do paraguaio, então força. Completamente descabido, para mim. Benfiquista que não dá valor a Cardozo… nem sei.
É a terceira contratação mais cara de sempre do nosso glorioso – 9,15 milhões de euros, com mais 2,5 milhões a serem pagos recentemente para garantir a totalidade do passe -, apenas atrás do fantástico Simão (13 M) e, mais recentemente ainda, de Salvio (13,5 M). É a terceira mais cara e, para mim, já deu lucro.
É fácil falar porque falhou um penálti no último jogo. Também me doeu. É fácil argumentar que a sua taxa de conversão de grandes penalidades não é a melhor e que por isso deveria ser outro a bater os castigos máximos. Mas é assim tão simples?
Cardozo é o marcador de serviço de bolas paradas dos encarnados – para o treinador e mesmo para os colegas. Tirar-lhe esse papel nos castigos máximos é descredibilizar o jogador. Tirar-lhe confiança. Não digo a confiança, mas confiança. É dizer “o problema não és tu, sou eu”. Enfim, acho que não é assim tão simples. Nem justo. Quem manda é o senhor Jorge (será?) mas acho que do alto da sua genialidade e visão teocentrista do futebol – aplica-se pelo grau de parentesco que tem ao senhor lá de cima – deve reflectir bem antes de fazer algo. Mais, acho que os adeptos deviam pensar bem na mais-valia de Cardozo antes de qualquer ofensa a Tacuara.
No Domingo, mais um para juntar à conta? Fonte: enclavado.blogspot.com
É um jogador que garante uma média – retirada de repente da minha cabeça – de cerca de 20 golos por época, que falha por vezes golos fáceis, mas que é sempre capaz de golos difíceis e importantes. Um jogador que não tem pé direito mas que tem um pé esquerdo que vale por quatro – quatro menos um…pois -, que joga mal de cabeça, mas que marca livres como poucos em Portugal. Um jogador que não é rápido mas que tem um pontapé quase criminoso, que não tem estilo mas que tem o faro do golo, que não tem um jogo brilhante mas que decide.
Não sou fã do estilo de jogo de Cardozo. Reconheço que não é apelativo. Como tal percebo perfeitamente quem também não é fã, mas não posso deixar de lhe dar valor e de lhe agradecer por todas as alegrias que já me deu. Não tem pinta? Faz golos. É desengonçado? Faz golos. Acho que já se percebeu a ideia. O que é que se quer de um avançado? Bem me parecia.
Cardozo é uma máquina que durante algum tempo não foi muito amada pelos adeptos. É um jogador que vale por si só, que decide, que dá pontos, vitórias. Sempre foi assim. Mas agora com a agravante de ser bem amado pela massa associativa, de ser respeitado pelos colegas, temido pelos adversários, de ter peso no balneário e de, apenas pela sua presença em campo, dinamizar o futebol encarnado. Não é para todos.
Ainda querem tirar-lhe os pontapés da marca dos onze metros? Não queiram. O penálti que aplaudirem quando ele falhar vai ser retribuído em pontapés certeiros a 100km/h minutos depois. Acreditem.
Cardozo, que falhes muitos pontapés da marca dos onze metros, mas que continues a marcar golos aos pontapés durante as competições e hat-tricks à equipa que joga no Campo Grande.
Para Domingo não vale a pena fazer previsões quanto ao resultado. É impossível. Mas Cardozo vai marcar…
Acham que é assim que vão ser campeões? Acham que é com esta atitude que em Maio vão festejar no Dragão após o jogo contra o Benfica? Acham que os adeptos que tudo fazem por vocês merecem ver futebol desta qualidade vergonhosa?
O treinador é mau, muito mau, porventura dos piorzinhos que já lá esteve. Pessoalmente, tenho de recorrer a nomes como Víctor Fernandez ou Octávio Machado para me lembrar de um treinador tão mal amado pelos adeptos. Mesmo excluindo as opções altamente hediondas que já pôs em prática ao longo destes longos e penosos meses, o pior mesmo é aquela atitude apática de quem não faz a menor ideia do que é que está ali a fazer.
O plantel é curto, curtíssimo. O Porto chegou a ter por duas semanas um 11 ideal, mas a saída de Lucho obrigava a ajustes que nunca chegaram a acontecer. Saiu um capitão, titular indiscutível e peça essencial no meio-campo portista e quem entrou para o seu lugar? Defour? O belga que queria sair e que tanto criticou o futebol português?
É impossível ser optimista com uma equipa que joga pessimamente mal, que comete erros infantis, que não sabe ter nem cabeça nem coração para tentar obter um resultado positivo. “Confiança cega” é a expressão do desespero de Paulo Fonseca, é confiar que por milagre lá apareça um golo no fim do jogo para dar a volta a questão, é confiar que demérito de Benfica e Sporting sejam suficientes para tornar este Porto campeão.
Há que saber admitir os erros… Fonte: TVI 24
Até gestão da SAD começa a ser uma afronta. Pondo de lado o ridículo caso Izmailov e a contínua cultura do “deixa andar” de Pinto da Costa, que prefere manter a sua palavra a despedir um treinador que ao estádio apenas leva lenços brancos, equaciona-se ainda vender a o único jogador que tem vindo a dar tudo por este clube, de seu nome Fernando Reges.
Não se queixem da equipa adversária perder tempo em campo, não se queixem das arbitragens, queixem-se de vocês mesmos e do esforço que não fazem para suar a camisola que usam, que para vocês é grátis, mas que muitos suam para a comprar. Joguem à bola!
Na semana em que o Arsenal contratou Kim Källstrom, Alex Oxlade-Chamberlain acabou com todas as dúvidas que pudessem restar de que a aquisição do sueco era perfeitamente dispensável. O jovem inglês, que esteve fora dos relvados durante vários meses, regressou em grande estilo à equipa – a actuar no meio campo – e marcou os dois golos da vitória sobre o Crystal Palace. A excelente exibição de The Ox veio dar razão a Wènger, que afirmou que era na zona central que o jogador poderia render mais. Estou plenamente de acordo.
Ainda agora chegou e já se lesionou com gravidade: Kim Källstrom mudou-se para o Emirates por empréstimo do Spartak de Moscovo, mas não poderá dar o seu contributo à equipa nos próximos dois/três meses. De qualquer modo, parece-me que, apesar da experiência, pouco acrescentaria ao conjunto londrino. Não é superior a nenhum médio às ordens de Wènger, já não consegue disfarçar a falta de velocidade e é bastante limitado tecnicamente. A vaga de lesões que tem afectado o plantel não é razão suficiente para a contratação do sueco, até porque apenas Ramsey terá um período de paragem mais alargado. Arteta, Rosicky, Flamini, Wilshere, que estará apto em breve, e Alex Oxlade-Chamberlain são soluções de sobra para os dois lugares de meio campo.
Contratado ao Southampton por 17 milhões de euros, este pode ser o momento para a afirmação definitiva de Oxlade-Chamberlain. Apesar de ser frequentemente utilizado como extremo, não tenho dúvidas de que é na zona central que o seu futebol pode atingir um nível de excelência. Tem todas as condições – físicas e técnicas – para se tornar num médio muito completo: é rápido, intenso e forte fisicamente, tem uma óptima visão de jogo, consegue desequilibrar através do passe ou de acções individuais e aparece bem em zonas de finalização; é igualmente competente nas tarefas defensivas (pressão e desarme) e, aos 20 anos, demonstra uma maturidade assinalável. The Ox será um reforço muito importante para Wènger e tem até ao final da época para conquistar um lugar nos convocados da Inglaterra para o Mundial 2014. Se der sequência à fantástica exibição que realizou diante do Crystal Palace, é bem provável que o consiga. No entanto, caso isso não aconteça, tem tempo e talento para ganhar o seu espaço na selecção logo após a competição, seja a médio ou a extremo.
Ao contrário do que se perspectivava no início da época, o Arsenal está em posição de lutar pelo título. Contudo, apesar de os londrinos estarem no primeiro lugar da Premier League, dificilmente conseguirão superar a concorrência de Chelsea e Manchester City. O terceiro lugar já seria bastante satisfatório para a equipa de Wènger, que, para não variar, voltou a demonstrar uma incapacidade gritante na abordagem ao mercado. Os gunners, para além de não terem fechado a contratação de Draxler, não conseguiram encontrar uma alternativa credível para Giroud. O único reforço acabou mesmo por ser Källstrom, que, por ironia do destino, se lesionou logo à chegada (se era para ir buscar um médio ao campeonato russo, M’Vila teria sido uma aposta bem mais interessante). O plantel, que tem sido bastante afectado por lesões, continua a ser bastante inferior ao dos rivais, e Özil, depois de uma fase inicial prometedora, tem vindo a cair de produção semana após semana. Por todos estes motivos, a época do Arsenal, que tem um calendário muito complicado até ao final do campeonato, pode (e deve) resultar em mais uma mão cheia de nada.