Há uma infinidade de questões a colocar sobre o sucedido hoje. Qual a razão que leva o estádio que recebeu a final do Euro 2004 e que receberá a final da Champions de 2014 a não suportar rajadas de vento que, embora fortes, não sejam dignas de tais incidentes? Qual a razão que levou as entidades responsáveis a só evacuar os adeptos do Sporting uma hora depois de todo o restante público? O que vai acontecer com quem não conseguir estar presente na terça-feira às 20h15? Entre outras perguntas a fazer, há uma certeza: naquelas condições o jogo não podia decorrer. As respostas que pretendo ver presentes através das minhas perguntas são relevantes mas acerca delas pouco teremos a fazer a não ser esperar. Se o jogo vai ser terça-feira, que assim seja.
Para hoje teríamos o extra de ver o Sporting disposto a algumas novidades. Leonardo Jardim optou por marcar a estreia de Heldon para a Luz e, quanto a mim mais importante, actuar com Slimani e Montero de início pela primeira vez. Os planos eram arrojados e transmitiam o desejo, que Jardim já tinha comunicado na conferência de imprensa há dias, de um Sporting forte desde início e sem medo do ambiente que encontrará na Luz. A verdade é que a equipa de Alvalade tem muito pouco a perder. Os objectivos delineados estão perfeitamente enquadrados naquilo que a equipa vem fazendo e qualquer que seja o resultado do jogo com o Benfica não irá alterar isso. Pelo que, a meu ver, a surpresa do treinador madeirense era justificável e bem calculada.
Montero está há alguns jogos sem conseguir marcar. Apesar do rendimento do avançado colombiano não se limitar à sua quantidade de golos, com Slimani as ocasiões de que ambos usufruem são bem maiores. Com Slimani em campo, Montero tem liberdade para descer no recinto e criar superioridades onde, até então, não existiam. Com boa capacidade de ter e distribuir a bola, Fredy Montero ajuda à fluidez do jogo ofensivo do Sporting tanto mais quanto conseguir participar… e isso só o fará se puder descer no terreno. A jogar sozinho, cria um buraco no centro de ataque que tem de ser colmatado. Se acompanhado por Slimani, o argelino cumpre (muito bem) essa função.
Slimani e Montero entrarão de início na terça-feira? Fonte: Record
No entanto, estas mexidas no 11 base que tem sido apresentado têm mais consequências. André Martins será colocado no flanco direito (ou esquerdo, caso Helson jogue na direita) e o centro do terreno será menos povoado. Sendo o adversário o Benfica, que joga com dois no meio (Fejsa e Enzo Perez), não se verifica uma inferioridade numérica no meio-campo que se verificaria com a maioria das restantes equipas do campeonato que jogam em 4x3x3. E porque as equipas vivem primeiro das características dos jogadores que actuam do que dos modelos impostos pelos seus treinadores, André Martins terá sempre tendência a procurar espaços centrais e deixar a sua ala aberta para possíveis subidas do lateral (Cédric será o principal responsável pela profundidade ofensiva do flanco direito).
Quais os aspectos negativos? Antes demais, a menor envolvência e rotinas que um sistema alternativo apresenta quando comparado com o principal. Depois, a menor capacidade de pressão e posicionamento defensivo de Montero que fará uma posição idêntica à de André Martins no processo defensivo, quando sem bola. Na direita poderá haver menos capacidade de desequilíbrio sem um extremo puro, embora Cédric seja um lateral perfeitamente capaz de gerar excelentes cruzamentos propícios ao jogo aéreo de Slimani. Os positivos? Para além da maior participação de Montero no jogo ofensivo, Slimani será um trunfo importante nas bolas paradas ofensivas e defensivas mas também na necessidade de ganhar as bolas divididas num jogo que se espera de bastante luta até pelas condições climatéricas que tudo aponta manter-se-ão complicadas.
Depois de medidas, as questões tácticas deixavam a antever um jogo distinto daquele que se esperava. Para terça, contudo, há uma outra questão fulcral: o efeito surpresa perdido, justifica alterações na equipa leonina? Leonardo Jardim não colocou Slimani e Montero apenas pela menor preparação de Jesus para esse cenário. Fê-lo porque acreditou que seria dessa forma que o Sporting mais facilmente poderia ganhar o jogo. Assim sendo, duvido que surja uma outra surpresa com alterações no desenho táctico em relação àquele que foi apresentado hoje. Não há lã que caia e faça mudar o jardim que Leonardo preparou para o Estádio da Luz.
Na Luz o jogo havia sido adiado, e por isso o FC Porto entrava em campo sem saber que dividendos vai tirar do dérbi lisboeta. Com (mais um) 11 inédito esta temporada, a equipa portista subiu ao relvado do Dragão com Abdoulaye a estrear-se como titular pelos azuis e brancos, substituindo o habitual titular Maicon. Fernando, que renovou contrato até 2017 esta semana, depois de ter estado duas partidas sem jogar, regressou ao 11, contando na linha média com a companhia de Herrera e Josué, para colmatar a ausência por lesão de Carlos Eduardo.
Contudo, e como em tantas outras ocasiões esta temporada, o FC Porto foi demasiado lento na primeira parte, e só algumas arrancadas de Ricardo Quaresma e Varela foram disfarçando a pálida exibição portista. O Paços de Ferreira, a atuar com Minhoca como falso ponta de lança, foi juntando bem as linhas, partindo para o contra ataque por uma dupla que foi colocando em sentido a defesa portista: Bebé e Del Valle.
O 0x0 ia permanecendo no marcador sem surpresas, perante tamanha falta de qualidade no jogo. Contudo, aos 41 minutos, Seri colocou a mão na bola na sequência de um pontapé de canto e Cosme Machado não teve dúvidas, e assinalou grande penalidade. Quaresma, na cobrança, não desperdiçou a oportunidade de colocar os portistas a ganharem por 1-0, bem perto do intervalo.
Quaresma marcou o primeiro golo do encontro Fonte: ZeroZero
Podia-se achar que o golo conseguido no final da primeira parte iria tranquilizar o FC Porto e catapultar a equipa de Paulo Fonseca para uma segunda parte mais bem conseguida. Foi pura ilusão de ótica. Os portistas baixaram muito a intensidade, e só a espaços iam conseguindo perigar a baliza de Matias Degra. O Paços de Ferreira ia subindo as linhas, mas sem grandes resultados práticos, e só algumas arrancadas de Bebé iam dando preocupação à defesa portista.
Num jogo lento, sem intensidade, o FC Porto ia vencendo levando a cabo uma pálida exibição, que lhe valeu um coro de assobios durante largos minutos, no segundo tempo. No banco, Paulo Fonseca lançava Quintero, por troca com um apagado Josué. Depois foi a vez de Licá e Ricardo serem lançados, e com resultados muito positivos. Aos 88′, após passe do ex-Estoril, Jackson Martinez fez o 2×0 para os portistas. Três minutos mais tarde, já em período de compensação, foi a vez de Ricardo fazer o golo, após defesa incompleta de Degra a remate de Licá.
O resultado foi gordo mas a exibição foi mais uma vez pálida. Sem ideias, criatividade e imaginação, o FC Porto conseguiu três pontos que o colocam provisoriamente no segundo lugar da tabela, a um ponto do Benfica. Resta-lhe agora esperar pelo dérbi.
O jogo entre Portugal e Espanha terminou com uma claríssima vitória espanhola, por 8-4. Portugal entrou em campo apático, a jogar um mau futsal, a defender mal e a não conseguir contrariar o elevado caudal ofensivo do adversário.
Aos sete minutos, a equipa portuguesa já estava a perder por 3-0, mostrando o fraco jogo efetuado. Portugal reagiu, chegando à diferença mínima (3-2), mas a avalanche ofensiva da seleção “roja” continuava a fazer estragos na baliza de João Benedito. O jogo foi para intervalo com a seleção das Quinas a perder por 6-2, resultado impressionante, que mostra bem as claras falhas defensivas nacionais e a boa finalização dos espanhóis.
No segundo tempo, os rapazes lusitanos melhoraram um pouco e conseguiram reduzir para 3-6. Jorge Braz, sem nada a perder, arriscou o 5 para 4, e Joel Queiroz ainda reduziu para 4-6. Contudo, a superioridade espanhola voltava a impor-se, e os “nuestros hermanos” marcaram mais dois golos, estabelecendo o resultado final em 8-4. Foi um jogo mal conseguido pelos nossos jogadores, um jogo em que Portugal defendeu mal, falhou algumas oportunidades de golo, ofereceu muito espaço ao adversário e, quando este é a tão poderosa Espanha, as oportunidades culminam em golos. De realçar as boas exibições de João Benedito, na primeira parte, e de Cristiano, na segunda, que fizeram belíssimas defesas.
Festejos dos espanhóis após mais 1 golo da sua selecção Fonte: Uefa.com
O jogo entre a Rússia e a Itália foi de altíssimo nível, tendo terminado numa justa vitória dos italianos por 3-1. Confesso que não estava à espera deste resultado, devido ao consistente Europeu que a Rússia estava a realizar, mas a Itália realizou um jogo soberbo.
Ao intervalo, a seleção transalpina vencia por 3-1, resultado que, até ao final da partida, não se alterou. Apresentou um jogo coeso, forte defensivamente, causando algumas oportunidades de golo, e o resultado poderia ter sido outro. A Itália controlou e anulou as investidas dos russos, que não estavam claramente nos seus melhores dias. Jogaram mal, de forma desorganizada e nervosa, mostrando uma faceta que, até então, não tinha estado visível.
Concluindo, a Itália foi uma justíssima campeã, devido ao regular Europeu que realizou.
Mammarella, guarda-redes de topo que ajudou e muito a Itália a conquistar o título de campeã da Europa em futsal Fonte: Uefa.com
Destacaram-se jogadores como Éder Lima, Ricardinho, Mammarella, Gabriel Lima, Sérgio Lozano e Fernandão.
Para mim, na seleção das Quinas, destacou-se o fora de série Ricardinho, o enorme guarda-redes João Benedito e os belíssimos pivôs Joel Queiroz e Cardinal.
Foi um Europeu de Futsal espetacular, com resultados surpreendentes, nomeadamente a derrota da Espanha com a Rússia, pondo assim fim à hegemonia espanhola. A derrota de Portugal diante da Espanha também foi algo surpreendente, devido à diferença no marcador e ao péssimo jogo realizado.
Este Europeu ajudou a conquistar, de certeza absoluta, mais adeptos para esta magnífica modalidade que é o futsal. De realçar a boa organização do mesmo e a péssima escolha da bola, devido ao contraste horrível que fazia com a quadra.
A 16 de Janeiro, já a janela de transferências desse mês ia a meio, Pinto da Costa concedeu uma entrevista ao Porto Canal. À data, apenas Ricardo Quaresma havia chegado e ninguém parecia destinado a abandonar o Dragão – o mercado de Inverno aparentava estar calmo. Na entrevista, o presidente do FC Porto garantiu que Lucho – “património” do clube – ficaria no plantel até ao final da época e assegurou que nenhum titular sairia por um valor inferior ao da cláusula de rescisão. Três semanas depois, Lucho é jogador do Al-Rayyan do Qatar e Otamendi transferiu-se para o Valência por 12 milhões de euros (mais 3 milhões, mediante a concretização de objectivos). Porém, neste hiato temporal muita coisa se passou. Vamos por partes.
Lucho González
A partida do capitão de equipa a meio da temporada nunca pode ser encarada como um acontecimento de somenos importância. Mais do que a inegável classe futebolística que Lucho transportava para o relvado, o FC Porto perdeu a invulgar capacidade de liderança daquele que justamente ganhou o epíteto de El Comandante. A ficar, Lucho seria sempre um jogador útil dentro de campo e fundamental no balneário. No entanto, tendo uma proposta milionária vinda do Médio Oriente em mãos, não poderia recusar este convite.
O próprio Lucho, já com 33 anos, estava ciente da perda de faculdades que já todos percepcionavam (pese embora o papel que Paulo Fonseca lhe concedeu durante a maior parte do tempo estivesse longe de potenciar as suas qualidades) e adiou a assinatura de um novo vínculo contratual com os dragões precisamente porque queria certificar-se de que estaria em condições físicas para continuar a competir ao mais alto nível.
É verdade que Pinto da Costa garantiu que não saía. Mas é igualmente verdade que, por tudo o que Lucho deu ao clube e por tudo aquilo que representa para o universo azul e branco, a direcção não podia levantar objecções à sua partida. Além disso, não acredito que a proposta do Al-Rayyan já tivesse chegado à torre das Antas no momento em que Pinto da Costa proferiu aquelas palavras.
Lucho González é um símbolo do FC Porto. Aos 33 anos, rumou ao Al-Rayyan, do Qatar. Fonte: Goal.com
Fernando/Mangala
Esta, sim, foi a grande “novela” do mercado. Como se sabe, Fernando terminava contrato com o FC Porto no final da época. Todavia, já tinha chegado a acordo com o clube para a renovação, de modo a permitir aos azuis e brancos lucrar com a sua transferência no Verão. No entanto, Fernando optou por não cumprir com a sua palavra e esteve mesmo com um pé fora do Dragão. Depois de ver o seu nome fortemente associado aos principais emblemas italianos e ingleses, acabou por ser mesmo o novo-rico Manchester City a chegar-se à frente com a proposta mais tentadora. Alegadamente, os citizens vieram ao Porto decididos a levar o luso-brasileiro… e Mangala. O internacional francês, também pretendido por meia Europa, decidiu ficar. Ou, pelo menos, foi obrigado a decidir nesse sentido. Ao que parece, os ingleses estavam na disposição de depositar nos cofres do Dragão mais de 50 milhões de euros para levar os dois futebolistas.
Gorada a transferência, continuou a insistir-se na não-renovação de Fernando e num pré-acordo do médio com o City. Havia já quem conspirasse que a lesão que o deixou de fora das últimas duas partidas era encenada e que Fernando só não jogava por não ter querido assinar novo contrato. Verdade ou não, o certo é que a renovação até 2017 já foi anunciada e o jogador já foi convocado para o encontro de amanhã, frente ao Paços de Ferreira. O risco de Fernando deixar de jogar era tremendo para a equipa e para ele próprio: a equipa perderia a pedra mais basilar do seu meio-campo (o único dos três titulares no final da época passada que ainda resiste); o jogador deitaria por terra qualquer aspiração a vestir a camisola do Brasil ou de Portugal no Mundial 2014. Acredito que Fernando vai continuar com a postura altamente profissional que tem apresentado desde o início da época dentro das quatro linhas. A certeza de que o “Polvo” está aí para ficar, pelo menos até ao final da época, é um alívio para qualquer adepto portista. Em relação a Mangala, se dúvidas houvesse quanto ao seu compromisso, a braçadeira envergada no último jogo tê-las-á dissipado.
Mangala e Fernando chegaram a ser dados como certos no City mas ficaram no Dragão. Fonte: fernandoregesfas.blogspot.com
Otamendi
Recusada a proposta assombrosa do Manchester City por Mangala, a direcção acabou por permitir a venda de Otamendi já em Janeiro, mesmo contando com a possibilidade de o defesa se valorizar no caso de vir a ser convocado para o Mundial. É certo que os 12/15 milhões de euros pagos pelo Valência estão muito longe dos 30 milhões em que se cifrava a sua cláusula de rescisão, mas haverá várias razões que justificam esta opção: primeiro, convinha ao FC Porto obter algum encaixe financeiro durante o mercado de Inverno; segundo, Otamendi estava, esta época, num nível uns furos abaixo daquele que já havia apresentado e começava a ser deixado de fora do onze por Paulo Fonseca com alguma regularidade; terceiro, a posição de defesa central é uma das poucas em que o FC Porto tem muitas e boas soluções; quarto, porque a estrutura terá entendido que seria importante dar definitivamente um espaço de afirmação a Reyes e Abdoulaye, que entretanto regressou do empréstimo ao Vitória de Guimarães para suprir a ausência de ‘Ota’.
A transferência só se consumou já muito próximo do fecho do mercado e, por isso, o Valência não conseguiu inscrever o argentino a tempo. Como consequência disso, Otamendi viu-se forçado a rumar à sua América do Sul para se manter em competição. O Atlético Mineiro de Ronaldinho Gaúcho, actual detentor da Libertadores, é o clube que o irá acolher até ao Mundial no Brasil – o grande objectivo da época para o atleta.
Otamendi aponta ao Mundial. Vai jogar no país anfitrião, pelo At. Mineiro, emprestado pelo Valência. Fonte: Record
Outros
Entretanto, houve mais algumas alterações nos quadros do FC Porto. Chegadas, só houve uma, por empréstimo: do médio ofensivo brasileiro Elias, de 17 anos, agenciado pela Traffic. Saídas, houve quatro: todas com razão de ser.
Um dos episódios mais caricatos da história recente do FC Porto – o desaparecimento de Izmailov – conheceu um novo desenvolvimento: no dia 31 de Janeiro foi oficializado o empréstimo ao FK Qäbälä, do Azerbaijão. O único efeito prático é mesmo “poupar uns trocos”, uma vez que o russo já não ia aos treinos há mais de quatro meses. Menos uma preocupação para os portistas.
O guarda-redes turco Sinan Bolat, contratado esta época a custo zero, foi emprestado ao Kayserispor, lanterna vermelha do campeonato do seu país natal, para procurar minutos de competição. Não faria sentido tê-lo no plantel sem espaço para jogar, sequer, pela equipa B.
O avançado francês Thibaut Vion, campeão do mundo de sub-20, rescindiu e regressou ao Metz depois de duas temporadas e meia entre os juniores e a equipa B dos dragões. Já o paraguaio Mauro Caballero foi emprestado ao Penafiel, que corre o risco de subir de divisão, para substituir Rafael Lopes na frente de ataque. Considerando a emergência de André Silva e Gonçalo Paciência na equipa B, parecem-me duas decisões sensatas. É preferível privilegiar os portugueses da formação.
Por definir está ainda situação de Jorge Fucile, que continua a pertencer ao FC Porto mas não treina com a equipa. A América do Sul e a Rússia são as únicas portas abertas para o jogador.
Izmailov disse adeus ao Dragão e rumou ao Azerbaijão Fonte: O Jogo
Em suma, depois de o FC Porto ter encontrado, desde cedo, o extremo que lhe faltava para reforçar a posição mais débil do plantel, Ricardo Quaresma (que me tem surpreendido pela positiva e dá a sensação de poder crescer ainda mais dentro da equipa), o FC Porto decidiu não comprar mais ninguém. Exigiam-se reforços para as laterais da defesa, considerando o afastamento de Fucile, mas Danilo e Alex Sandro continuam a ter nos jovens da equipa B e nos centrais titulares a única concorrência.
Por outro lado, os dragões acabaram por perder o seu capitão – um titularíssimo no meio-campo e uma voz de comando no balneário – e um central com muitos anos de casa, que ultimamente ia batalhando com Maicon por um lugar no onze-base (mas que, em boa forma, é incomparavelmente superior ao brasileiro, embora os dois tenham características distintas).
No que diz respeito à vaga deixada em aberto por Lucho González, espera-se que esta seja acerrimamente disputada pelos vários médios-centro que ficam, quase todos eles a necessitar de minutos de jogo e com fortes ambições de disputar o Mundial – Defour pela Bélgica, Herrera pelo México, Josué por Portugal e até Quintero pela Colômbia. Nenhum deles tem a maturidade de El Comandante, mas todos vão querer mostrar o que valem. Afinal, eles são as apostas para o rejuvenescimento acelerado do meio-campo portista e, juntamente com um “Polvo” com confiança e contrato renovados e com um Carlos Eduardo que recentemente surgiu em grande estilo, tentarão fazer esquecer o antigo camisola ‘3’ do FC Porto.
Em relação aos centrais, Maicon e Mangala deverão continuar a formar a dupla titular, mas há dois jovens com muitíssimo potencial preparados para ser lançados já esta época: Reyes já leva alguns meses em Portugal e terá, mais tarde ou mais cedo, de justificar o avultado investimento feito no seu passe e Abdoulaye Ba, um poço de força com qualidades fantásticas, já tem alguma experiência e está pronto a “explodir”. Na minha opinião, ambos constituem uma segunda linha de grande valor – presente e futuro – e dão segurança.
Estes dois negócios enfraqueceram o plantel, é certo, mas abriram espaço a novos talentos para emergirem, como (quase) sempre tem acontecido na história do FC Porto. Além disso, a manutenção de Fernando e Mangala, que a certa altura parecia difícil de conseguir, foi a melhor notícia que Paulo Fonseca poderia ter recebido. Os tri-campeões nacionais não têm, por isso, nada a temer e, com o fecho do mercado, possuem agora toda a tranquilidade para disputar as quatro competições em que estão envolvidos.
Já tive oportunidade de reiterar, na coluna de opinião do Bola na Rede que é me concedida, a minha visão daquilo que é um jogo de grande cartaz: um derby, ou um clássico, é, independentemente da conjuntura de ambos os clubes, uma partida emocionante, seja pelo historial de confrontos entre as equipas, seja pelo facto de estarem, na altura em que se confrontam, a lutar por objectivos iguais. Às razões atrás apresentadas resta apenas adicionar a componente psicológica, espelhada no entusiasmo com que adeptos de ambos os clubes abordam o jogo. E eis aquilo que, a meu ver, é um jogo grande.
Ora, à luz daquilo que em cima escrevi, não surge dúvida alguma: o Benfica-Sporting do próximo Domingo será um jogo de grande cartaz. Um derby, no sentido lato do termo. No campo gladiar-se-ão duas equipas com um historial de confrontos imenso – este será o 301º jogo (!) entre os rivais– e que estão a lutar, à passagem da 18ª jornada, pelo 1ºlugar do campeonato. Paralelamente, os adeptos, quer de um clube, quer do o outro, estão a encarar o derby com bastante expectativa, sendo que, por exemplo, os 3 mil bilhetes destinados ao Sporting “voaram” no primeiro dia em que foram postos à venda.
Sem Jefferson, por força da lesão contraída no jogo contra o Nacional, e William Carvalho, que cumprirá castigo por acumulação de amarelos, o Sporting terá a sua tarefa dificultada. O rigor táctico e defensivo e a classe com que opera cada passe, têm feito do internacional português uma pedra angular no onze leonino. Já Jefferson, que enfrenta a segunda lesão da época, tem, igualmente, sido aposta regular de Leonardo Jardim para o lado esquerdo da defesa. O brasileiro tem sido regular no sentido exibicional, demonstrando ser um bom jogador quer a defender, quer a atacar.
As ausências de William e Jefferson são, com efeito, o maior problema com que Leonardo Jardim se vê a braços. As escolhas mais evidentes e prováveis são Eric Dier e Iván Piris. O inglês formado na Academia de Alcochete, está familiarizado com as tarefas de um médio defensivo, pese embora a sua posição raíz seja a de defesa central. Na época transacta, no jogo Sporting-Porto, ocupou a posição em causa, por exemplo. Piris, por outro lado, já defrontou o Benfica esta temporada, no malfadado 4-3, em jogo a contar para a Taça de Portugal, sabendo, de antemão, que dificuldades enfrentará. O paraguaio tem, igualmente, correspondido positivamente quando chamado a jogo.
Este Benfica-Sporting é, de facto, em tudo determinante. Pessoalmente, creio que quem ganhar o derby será campeão em Maio. Mas, determinismos à parte, é inegável que é fulcral, quer para Sporting, quer para Benfica, vencer o jogo de Domingo. Certo é que os leões não vencem na Luz desde 2005, mas, algum dia, o enguiço tem de acabar. Esperemos, pois, que esse dia seja Domingo. Força Sporting!
A Dinamarca e os países nórdicos em geral têm acrescentado qualidade e bastante genialidade ao mundo do futebol. Não são países de campeonatos sonoros; são, talvez, países que exportam, quando exportam, futebolistas especiais. Se a minha memória não me atraiçoa ressaltaria, desse conjunto de países, três nomes que não só triunfaram no futebol mais competitivo e mais profissional como também deixaram e deixam um selo, uma espécie de marca da casa, especial: Michael Laudrup, Allan Simonsen e Zlatan Ibrahimovic. Dois dinamarqueses e um sueco. Allan Simonsen, no entanto, tem uma marca muito particular que o levou a ganhar uma Bola de Ouro em I977, em disputa direta com dois monstros do futebol como Platini e Keegan. Era pequeno; apenas uma metro e sessenta e cinco centímetros. Mas era rápido; hábil; tecnicamente excelente; utilizava os dois pés; aparecia pela direita, pela esquerda, pelo meio e à boca da baliza. Marcava; marcou golos importantes e em jogos importantes. É o único jogador que marcou em três finais das três competições europeias que existiam.
Um jogador adorado Fonte: Blaugranas.com
Depois de ter começado a correr atrás da bola na sua Dinamarca e de ser campeão nacional na mais tenra idade, a Alemanha, pela mão do Borussia de Monchengladbach, importou-o com apenas vinte anos. Passou por dois anos de adaptação. Aos vinte e dois anos remexia o mesmíssimo Muro de Berlim. Ganhou. Começou a ganhar campeonatos alemães e a triunfar na Europa. Coroou duas Taças da UEFA. Os anos 1980 bateram à porta. O Barcelona continuava com a velha tradição de ter nas suas filas os jogadores mais deslumbrantes. Enrolou-o. No Barcelona, como era costume, teve a pouca sorte de ganhar menos do que o potencial da equipa fazia sonhar. No entanto, durante os quatro anos que permaneceu, ganhou uma Taça de Espanha e uma Taça das Taças.
Existe um dado curioso: as três estrelas do firmamento nórdico – Landrup, Simonsen e Ibrahimovic – passaram pelo Barcelona. Os três saíram pela porta traseira do clube. Simonsen era adorado pelos adeptos do Barcelona; no entanto, a necessidade do clube de tapar os fracassos à base de comprar estrelas provocou a sua saída. Diego Armando Maradona irrompera no futebol como um ciclone. A legislação então existente no futebol espanhol fez o resto. Sobrava um. E Allan Simonsen não se viu com cara de suplente. Pegou nas malas e partiu.
Elegância e visão Fonte: Landsholdsklubben.dk
Europa abriu-lhe as portas e os grandes clubes pretenderam cativá-lo, mas, como uma ave rara, preferiu enrolar-se num clube histórico mas do segundo nível inglês: o Charlton Athletic. Jogou pouco; quase uma vintena de jogos. Lesões e talvez o cansaço de estar desde os dezassete anos na ribalta fizeram com que não prolongasse a sua diáspora. Voltou à sua Dinamarca natal e voltou e assentou arraiais no seu clube de sempre: o Vejle BK. Ainda ganhou mais um campeonato dinamarquês. No entanto, a qualidade extraordinária deste jogador não se viu reconhecida a nível de seleção. O futebol é um jogo coletivo e uma estrela não faz o firmamento. Participou nuns jogos Olímpicos, num Europeu e num Mundial, mas as medalhas não beijaram o seu peito.
O campeonato de andebol está ao rubro! O Sporting venceu a equipa do Madeira SAD por uns confortáveis 44-29 e somou mais uma vitória e os respetivos 3 pontos. Este jogo, que o Sporting controlou de forma tranquila, era referente à jornada 20 do campeonato nacional. Ao intervalo, a equipa da casa já vencia por 20-12, depois de uma 1ª parte equilibrada em que a equipa visitante deteve algumas oportunidades para chegar ao golo, mas os ferros da baliza de Ricardo Candeias não o permitiram.
Na 2ª parte, o Sporting superiorizou-se ainda mais e foi dilatando o marcador, chegando a uma goleada. A equipa venceu por 15 golos de diferença, mostrando o poderio leonino e a sua força ofensiva. Destacaram-se os jogadores Pedro Portela (11 golos) e Frankis Carol (8 golos) com os seus impressionantes 19 golos.
Com esta importante vitória, a equipa verde e branca está a 1 ponto do Futebol Clube do Porto, todavia com um jogo a menos, o que poderá fazer com que se isole na liderança do campeonato.
Esta vitória vem no seguimento de uma belíssima temporada que os leões estão a realizar, estando finalmente a pôr fim à hegemonia portista. O Sporting não é campeão desde o ano de 2000/2001, mostrando o claro “apagão” no Campeonato de Andebol.
Este ano, estamos a ter um equilibrado campeonato, havendo até agora 3 candidatos à conquista do 1º lugar, com o Sporting a levar vantagem. A luta pelo último lugar que dá acesso à fase final (6º) está ao rubro e será uma incerteza até ao fim da competição.
Fonte: Meusresultados.com
Faltam disputar alguns jogos da Jornada 20 da Fase Regular do Campeonato.
Nuno Marques e a selecção portuguesa partiam com as expectativas elevadas para este encontro da Taça Davis. A subida ao Grupo Mundial era o objectivo principal; ainda para mais, com toda a polémica que envolveu a mudança de treinador principal da selecção, após uma década.
O objectivo falhou. A equipa nacional perdeu frente à Eslovénia por 3-2, com uma selecção que não conseguiu fazer face a uma acessível Eslovénia e que acabou assim fora da competição. João Sousa e Gastão Elias foram as duas apostas de Nuno Marques – embora ambos, cada um a seu tempo e à sua maneira, tivessem acabado por falhar.
Na verdade, a equipa portuguesa conta apenas com a segurança e a boa forma de João Sousa. Nenhum dos outros tenistas garante segurança mínima nas partidas. No fim é fácil reclamar e falar; no entanto, não sei se não teria sido melhor escolha colocar Rui Machado ao lado de Sousa no encontro de pares.
Rui Machado é um tenista experiente que a pouco e pouco está a regressar ao circuito, depois de mais uma lesão, mas é importante integrar a forma de um jogador no contexto Taça Davis. Já aqui o disse como exemplo: Nalbandian é um tenista que estivesse como estivesse era sempre muito forte em encontros da Taça Davis, assim como Radek Stepanek, na República Checa, por exemplo.
Portugal na Taça Davis – 2014 Fonte: Facebook João Sousa
Existem jogadores que em ambientes de selecção e de disputa por equipas acabam por se conseguir galvanizar, conseguindo assim subir o rendimento, melhorar a sua prestação e jogar como que dentro de uma bolha que os torna praticamente invencíveis. Machado está longe de ser invencível. Mas pelo seu espírito de sacrifício, pela sua experiência e pela sua capacidade explosiva dentro de campo, poderia ser uma mais-valia num encontro de pares em que a seu lado teria um tenista seguro e confiante, como se encontrou agora João Sousa.
Nuno Marques precisava desta vitória mais do que tudo. Era a única forma de encerrar todas as polémicas e de justificar no imediato a sua contratação. Não a conseguiu e terá de trabalhar mais um ano para voltar a poder disputar essa oportunidade. Agora resta a Portugal lutar para se manter no Grupo I, num encontro que deverá decorrer mais perto do final do ano, frente à selecção de Israel.
Entretanto, na Fed Cup, a Taça Davis feminina, Portugal entrou a vencer por 2-1, com vitórias de Maria João Koehler e Michelle Larcher de Brito a selarem o primeiro resultado positivo para a equipa.
É também de destacar o regresso de Frederico Gil ao circuito, no Future de Vale do Lobo, com uma vitória. O português entrou notoriamente nervoso, mas a pouco e pouco foi-se soltando. Esperemos voltar a ter um Frederico Gil ao mais alto nível, e esperemos voltar a vê-lo novamente no Portugal Open (seria bom por dois motivos…).
Faltam duas semanas para o início do Campeonato Nacional de Ralis (CNR) e, até agora, temos poucas certezas.
A prova de abertura, o Rali Serras de Fafe, ainda não viu o seu período de inscrição encerrado (só acontecerá no dia 13), mas os projetos conhecidos, na sua totalidade, são muito poucos. Na linha da frente, e com carros de nova geração – R5 –, temos, para já, dois, João Barros e Diogo Salvi, ambos em Ford Fiesta. Os dois pilotos, e seguindo a informação do site Ralis Online, vão fazer as oito provas que compõem o campeonato. Por confirmar, estão ainda os três grandes destaques da temporada passada. O campeão nacional apenas na quinta-feira conseguiu garantir a presença na totalidade do CNR, faltando, agora, definir o carro. Em cima da mesa estão três hipóteses: manter o Skoda, voltar ao EVO IX, ou comprar um dos novos R5. Se fosse eu a decidir, nesta prova, utilizaria o Skoda, e só depois veria se os novos 208 T16 e DS3 R5 serão mais valias ou se os problemas de que se fala serão prejudiciais.
Pedro Meireles ainda espera resposta dos possíveis patrocinadores, para saber se vai poder ou não disputar o CNR, enquanto Bernardo Sousa espera as mesmas respostas, mas para correr no WRC-2. Só no caso de falhar esta competição é que o madeirense vai tentar fazer o nacional ou o ERC. Na lista de possíveis pilotos que lutam pelo nacional temos, ainda à espera de confirmações de apoios, Adruzilo Lopes, Bruno Magalhães, Armindo Araújo, José Pedro Fontes e Miguel Campos. Caso estes pilotos garantam todos os seus projetos, teremos um grande campeonato.
Fontes: Facebook.com/cnralis
Nos antigos grupo N, também temos algumas confirmações, mas nenhum a fazer as oito provas. Entre estes nomes, é importante destacar Ricardo Teodósio e Carlos Martins, ambos em EVO IX. Também em EVO IX teremos a única mulher – pelo menos para já – do CNR; refiro-me a Diva Teixeira.
Nos carros de duas rodas motrizes, os grandes destaques são Diogo Gago, Gil Antunes e Paulo Neto. Os dois primeiros estarão aos comandos de Peugeot 208 R2, e o terceiro continuará ao volante do seu DS3 R3. Marco Cid estará em sete provas no Renault Clio S1600, carro campeão na temporada passada do CPR-2.
Esperemos que todos os projetos se concretizem e que tenhamos o máximo de emoção nas estradas. O CNR bem precisa, pois tem vindo a baixar muito de nível, nos últimos anos, devido à crise e à FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting).
Já não sei de que maneira se pode olhar para este Porto e ver algo que não seja mau. Desde resultados e exibições a vendas e dispensas de jogadores, ultimamente tudo tem sido mau. Este último jogo, contra o Estoril, foi uma verdadeira chamada de atenção de bradar aos céus! A formação de Marco Silva está cada vez melhor a defender, consegue transições ofensivas mais rápidas e atrevidas, mas, felizmente para o Porto, cansa-se mais rápido. E esse último pormenor foi vital para a vitória do Porto nesta última quarta-feira.
Mas vamos por partes. Do jogo em si não tenho muito a dizer… Não esperava ver Diego Reyes a titular e isso deixou-me satisfeito. O problema é que a sua exibição revelou uma vez mais o problema que o Porto tem em deixar as jovens promessas demasiado tempo sem jogar contra os adultos. O central mexicano de 21 anos jogou quase sempre na equipa B. Esse dado chegava perfeitamente para não o colocar a titular num jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal, um dos objectivos assumidos por Paulo Fonseca. Mas não. O treinador principal decidiu colocá-lo de início e, com isto, deu a entender que o miúdo estava pronto para o desafio, pois se há alguém que pode dizer se os jogadores estão prontos é Paulo Fonseca. Errou. Diego Reyes cometeu vários erros graves e, num deles, ofereceu o primeiro golo ao Estoril num lance que devia ter sido cortado logo ali.
De resto vi a equipa sem agressividade, sem raça e sem aquela sede de vitórias que tanto nos caracteriza. Em termos tácticos continuamos com debilidades, e em termos técnicos estamos muito mal. Parecemos gostar de explorar as costas da defesa mas não temos jogadores suficientemente bons para ocupar esses espaços. Temos médios como Herrera, Defour e Carlos Eduardo (e inclua-se ainda o não-tão-mágico-mas-sempre-muito-amado Ricardo Quaresma) para fazer bons passes no pé e em profundidade, mas com extremos como Varela e Licá (e contra mim falo, pois no início da temporada defendi que Licá era grande contratação) é quase impossível. Nem Jackson Martinez tem estado à altura de algumas grandes jogadas! Com isto, há duas opções: ou trazemos de volta o professor Jesualdo Ferreira, que trabalhou e espremeu muito bem jogadores como Guarín, Pepe, Falcão, Fucile, Rolando ou Raul Meireles, ou começamos a apostar mais nos outros jogadores que não têm tido lugar na equipa. O que é estranho, pois Quintero, Kelvin e Ricardo parecem só ter lugar em substituições tardias, mas Diego Reyes, que ocupa a posição importante de defesa central, já tem lugar como titular. Isto, claro, colocando as soluções apenas no trabalho dos jogadores, porque, se fosse eu a mandar, neste momento a camisola de treinador tinha três letras: AVB.
Sebá chegou por empréstimo, em 2012, incluído no negócio do Walter. Fonte: Record
Otamendi foi vendido por 12 milhões e ainda pode chegar aos 15. Uau. Grande negócio. E basta a falta de pontos de exclamação para perceber que disse isto sem qualquer ânimo… Vendemos um dos nossos melhores defesas (com algumas falhas que já nos custaram bastante, admito) por uma quantia, na minha opinião, um pouco baixa. Mas tudo bem, bola para a frente! Thibaut Vion, ponta-de-lança internacional francês, foi contratado ao Metz no início da época 2011/2012. Rescindiu na semana passada. Tozé, jogador da formação, nem vê-lo no campo com a equipa principal.
E, mais ou menos na mesma altura em que Vion rescindiu, soube-se que o Porto garantiu o empréstimo do jogador brasileiro Elvis. O empréstimo tem duração de um ano com o Porto a poder exercer o direito de opção de compra no final do mesmo. Resta apenas dizer que o passe do jogador pertence à Traffic. Essa informação não é nada de especial mas traz consigo um dado curioso: o último jogador que o Porto teve proveniente do Brasil e que agora encontra-se ligado à Traffic foi Sebá. O mesmo jogador que na temporada passada mostrou raça, velocidade, força e poder de decisão que o Porto tanto gosta de ver! A opção de compra não foi exercida, a Traffic tomou conta do jogador, e agora está no Estoril, prontíssimo a jogar a titular e a dar muito trabalho a jogadores como Fernando e Alex Sandro. Tal como aconteceu na passada quarta-feira. São bons jogadores que não chegam a ver a relva do Dragão porque alguém não lhes indica o caminho. Como disse um amigo meu, andámos a comprar frangos para congelar! E, no meio disto tudo, talvez a única boa novidade que o Porto nos deu foi o golo de Ghilas. Depois de quase nove meses sem marcar finalmente conseguiu quebrar o enguiço. E fico feliz por ele! Que faça muitos mais com a nossa camisola!