📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
Início Site Página 10105

Seis Jornadas, muitas surpresas

cab futebol feminino

Quando uma época acaba, seja qual for a modalidade, é já uma tendência para todos aqueles que a acompanharam começar a fazer algumas previsões sobre como será no próximo ano. “Será que é desta que o Sporting sai do buraco? Será que o Mourinho vai voltar a ter sucesso no Chelsea? Será que os 49ers vão chegar novamente à Superbowl? Eu cá acho que sim!” É com este tipo de suposições, adivinhações, apostas e previsões que adeptos e entusiastas de desporto se entretêm durante o período de defeso. E é certo e sabido que, lá mais para o fim do campeonato, vai sempre haver algum carapau de corrida que nos vem relembrar daquela previsão feita naquele dia naquele café em que disse isto e aquilo, tal como veio mesmo a acontecer. “Eu é que percebo disto!”, dirá, radiante da vida, ainda que a sua equipa de eleição esteja a ser completamente chacinada e que tenha falhado redondamente todas as outras previsões que fez. São aquelas típicas “personagens” do convívio desportivo que já todos aprendemos a aturar e até mesmo a apreciar as muitas vezes cómicas intervenções.

Não tão engraçado é quando isso nos acontece a nós. Logo nós que percebemos tanto daquilo, logo nós que julgávamos saber mais do que maioria sobre aquele desporto, logo nós que tínhamos a certeza de que este ano seria assim e assado. Mas o desporto é feito de surpresas, e mesmo nós, que pensávamos que éramos os maiores, muitas vezes cometemos falhanços piores do que aquele do Slimani em Alvalade ou do que os penáltis do Sérgio Ramos.
Isto tudo para dizer o seguinte: quando no ano passado o Ouriense venceu o campeonato feminino, pensei que já sabia como ia ser a próxima época. Ouriense e 1º Dezembro numa luta acesa pelo título com o Albergaria ao barulho, seguidos de perto por um Boavista ou um Vilaverdense, se estivessem em ano sim. Parecia ser o óbvio, uma aposta segura, uma realidade à espera de acontecer. Bom, é certo que o campeonato ainda vai no início, mas acho que já se pode dizer que falhei redondamente a minha previsão.
Com 6 jornadas no campeonato nacional de futebol feminino, o actual líder é… o A-dos-Francos. Sim, parece que o hábito de haver uma equipa sensação no campeonato anda a pegar no futebol feminino – e de que maneira. Seis jogos e seis vitórias para as atletas recém-promovidas das Caldas da Rainha. Conseguem adivinhar contra quem foi a última? Pois é. 1 a 0 frente ao campeão em título, o Atlético Ouriense, que foi assim atirado para segundo lugar com cinco vitórias, 23 golos marcados e apenas dois sofridos.

Equipa recém-promovida A-dos-Francos continua invicta no campeonato / Fonte: http://futebolfemininoportugal.com/
Equipa recém-promovida A-dos-Francos continua invicta no campeonato / Fonte: http://futebolfemininoportugal.com/

No que diz respeito ao Boavista e ao Albergaria, a minha previsão parece acertada – quarto e quinto classificados, respectivamente. No terceiro posto, uma surpresa. O Clube Futebol Benfica, que ficou a um ponto acima da linha de água na época transacta, soma 14 pontos, com quatro vitórias e dois empates.
E o 1º Dezembro? Por onde anda o antigo “eterno campeão” do futebol feminino? Em oitavo lugar (relembro que o campeonato tem dez equipas), com quatro derrotas e dois empates. Um início de campeonato muito aquém do esperado que deixa o 1º Dezembro em grandes dificuldades para chegar sequer à fase de apuramento de campeão.
Claro que fazer análises de campeonatos com apenas 6 jornadas pode parecer prematuro, mas, “a brincar, a brincar”, já se jogou um terço da fase regular. No entanto, ainda nada está decidido. Conseguirá o Ouriense afirmar-se enquanto novo peso pesado do futebol feminino? Poderá o A-dos-Francos repetir a estória da época passada e sagrar-se campeão, um ano depois de ser promovido? Estará o 1º de Dezembro em risco de descer de divisão, depois de ter estado 140 jogos sem perder? Ou será desta que outros clubes como o Albergaria, Boavista ou mesmo o Futebol Clube Benfica vão finalmente vencer o campeonato feminino?
Ao bom estilo do Dragon Ball – Não percam o próximo episódio, porque nós, no Bola na Rede, também não!

Uma questão central

0

Verde e Branco à Risca

Qualquer clube que suporte uma grandeza universal tem de suportar, de igual modo, uma massa associativa exigente ao máximo. Eu, como adepto de um dos maiores clubes desportivos à face da Terra, exijo perfeição.

A perfeição, como sabemos, já morou mais longe de Alvalade. Porém, esta época parece ponderar mudar-se de malas e bagagens para o nosso reino. Mas por que razão ainda não se instalou? Eu tenho a minha opinião, que penso estar em conformidade com o resto dos sportinguistas. Trata-se de uma questão central.

Vejamos: no que toca à baliza acredito que estamos bem servidos, com um dos melhores guarda-redes da Europa (será injusto esta designação ser retirada a Rui Patrício devido a um deslize ao serviço da Selecção Nacional). Não existem dúvidas possíveis quanto a esta posição, contando ainda com a presença de um suplente de alto nível (Boeck); quanto às laterais, tanto Cédric como Jefferson têm mostrado um nível exibicional bastante encorajador para qualquer adepto. Tanto a atacar como a defender têm estado irrepreensíveis. Já Piris demonstrou estar, igualmente, à altura dos acontecimentos nas oportunidades que tem tido (tendo a vantagem de ser competente em ambas as alas); o meio-campo tem funcionado bastante bem (as prestações de William Carvalho são de encher o olho – podemos dormir descansados com um trinco deste nível, tendo ainda a garantia da qualidade do seu suplente, o capitão Fito Rinaudo); na zona mais avançada do miolo tem-se destacado (finalmente) Adrien Silva, um dos motores desta equipa, acompanhado por André Martins ou Vítor, que nos presenteiam, igualmente, com um bom nível, embora sinta que têm a capacidade para dar mais à equipa, e não tenho dúvidas de que o farão. O sector atacante é o que mais alegrias nos tem dado, facto provado pela quantidade de golos que temos feito ao longo desta época: Montero é um avançado de nível mundial; Slimani tem surpreendido e correspondido nas poucas oportunidades que lhe são proporcionadas; Wilson Eduardo, Capel e Carrillo são, claramente, extremos acima da média, com facilidade em brilhar em ambos os flancos, através da velocidade, técnica e capacidade de finalização. Posto isto, fica-nos apenas a faltar analisar um sector do terreno: a zona central da defesa.

É aqui que residem os grandes problemas do Sporting. Arrisco-me a dizer que os pontos que já perdemos durante este campeonato advêm, precisamente, dos problemas no centro da zona mais recuada da equipa. O Sporting sofreu 10 golos nos 10 jogos oficiais que realizou esta época (uma média de um golo sofrido por jogo), o que, a meu ver, é demasiado, para uma equipa que nos mesmos 10 jogos marcou 31 golos. Não é de todo condizente. Sendo assim, onde reside o problema? Na qualidade dos centrais leoninos? Penso que não. A grande lacuna é a falta de experiência, o que se reflecte em cada golo que o Sporting sofre.

Vejamos: contamos com quatro jogadores no plantel para a posição de defesa-central; Maurício, Marcos Rojo, Eric Dier e Rúben Semedo (embora existam centrais promissores nos B’s, não os vou colocar nestas contas). Estes quatro atletas perfazem uma média de 21 anos e meio de idade, o que não abona a favor da questão da experiência referida anteriormente, embora considere até que o jogador que demonstra menos confiança e experiência destes quatro é, precisamente, o mais velho (Maurício, 25 anos). Maurício apresenta bastantes qualidades, mas é um poço de inexperiência, talvez por nunca ter jogado ao mais alto nível (construiu a sua carreira em equipas de segunda linha do futebol brasileiro); Rojo parece-me ser o central mais competente deste lote, embora apresente por várias vezes falta de concentração; Eric tem desiludido esta época. Talvez por nos ter habituado a um nível bastante elevado na malfadada última época estivéssemos à espera de mais. Falta garra, destreza e concentração a um jogador que não tenho dúvidas de que poderá vir a ser um dos grandes centrais ingleses; Rúben Semedo, quando chamado, deu muito boas indicações, mas, devido à sua falta de experiência nos desafios de alto nível, não resolve o problema (embora esteja curioso para o ver actuar mais vezes, carregando uma maior responsabilidade nos ombros).

Rúben Semedo contra a Fiorentina / Fonte: O Jogo Online
Rúben Semedo contra a Fiorentina / Fonte: O Jogo Online

Qual será então a solução para esta questão? Poderá estar na evolução destes quatro jogadores, não duvido. Mas, sinceramente, penso que a reabertura do mercado poderá ser uma boa oportunidade para podermos vir a contar com um jogador mais experiente para esta posição, que faria dupla com Rojo no centro da defesa. Alguém que traga agressividade, experiência, idade e poder a esta defesa. Os clubes que mais sucesso têm, no panorama futebolístico actual, contam com centrais carregados de prática, profundos conhecedores do futebol, “raposas velhas” dentro das quatro linhas: duplas experientes como Piqué e Mascherano, Pepe e Sergio Ramos ou Ferdinand e Vidic já provaram que uma defesa esclarecida pode dar pontos, e acredito piamente que Bruno, Jardim e Inácio estão conscientes disso mesmo.

Não tenho dúvidas de que a perfeição chegará muito em breve ao nosso “Nobre Vulcão”. Quando? Quando muito, em Janeiro. Até lá, os rapazes continuarão a somar pontos, vitórias e a encher o nosso peito de orgulho. Acima de tudo, é esse o objectivo central.

Amar é querer partir mas ficar

0

camisolasberrantes

Só nos contos de fadas é que as paixões imensas ganham o fulgor e a atraente calmaria que – estúpidos de nós – pensamos querer para o resto das nossas vidas. Sofrer, ainda que nessas páginas não conste, faz parte do crescimento. E o crescimento a dois é a coisa mais inspiradora que a Humanidade foi alguma vez capaz de conceber, rejeitando jovialmente o seu intrínseco egocentrismo. Pois que fique claro, ainda que nada saiba realmente sobre o assunto, que amar é ter o coração nas mãos e nas mãos o tremor impaciente de uma vida que anseia pela felicidade conjunta. Ou assim gosto de acreditar.

Luisão e o Benfica representam, de uma forma menos poética, o supra-sumo do que é esse fulgor ritmado que nos tira o sono, a fome, a lucidez e a vontade de viver tornando-nos simultaneamente nos seres mais vivos à face da Terra. O ‘Girafa’ entrou no coração da águia já lá vão 10 anos e, desde então, muitas foram as noites sem dormir que essa história de amor provocou aos que de encarnado vestem. 2009, 2011 e o presente 2013 foram os anos em que os jornais desportivos publicaram a intenção de sair por parte do brasileiro, o que causou manifesto mau-estar no balneário, visto o actual capitão ter declarado na altura – pré-época 2011/2012 – que nem a braçadeira o prenderia ao Benfica. Luís Filipe Vieira, de uma forma ou de outra, conseguiu sempre convencer o central a não fazer as malas e deixar a casa. E, lá está, de uma forma ou de outra, esse amor deixou-se fortalecer e cristalizou aquela que é actualmente a relação de lealdade mais cativante em todo o futebol português.

Hoje o palco é de Luisão porque, se as lesões não atrapalharem, no final da fase de grupos da Champions o camisola 4 tornar-se-á no jogador com mais presenças europeias por um clube português: 99. Nem Veloso (77), Eusébio (75) ou Nené (75) conseguiram deixar tal marca na história do futebol nacional. O actual recordista é nada mais, nada menos do que Vítor Baía, pelo FC Porto, com 98 presenças em jogos para a Europa.

E o que há para contar das aventuras além-mar do ‘Capitão’? Uma infindável amálgama de carrinhos in extremis, cabeceamentos territoriais, alívios determinantes e passes de ruptura para a inteligência dos médios e avançados de encarnado. Para além disso, e acima de tudo, três golos na Liga Europa – onde, em 2011, se destaca o tento contra o PSV, que empurrou a equipa para o empate que acabaria por garantir a presença nas meias-finais contra o Braga -, e cinco golos na Liga dos Campeões, sendo que nenhum benfiquista se esquece do enorme cabeceamento que dá a vitória em casa nos oitavos-de-final contra o Liverpool. No total, e só para saciar a curiosidade, 49 jogos para a Liga Europa (26 vitórias, 10 empates e 13 derrotas) e 47 jogos para a Liga dos Campeões, incluindo fases de qualificação (18 vitórias, 13 empates e 16 derrotas).

Luisão bate o Liverpool em Fevereiro de 2006 / Fonte: record.xl.pt
Luisão bate o Liverpool em Fevereiro de 2006
Fonte: Record

Pelo meio dos beijos apaixonados que mimicamente enviava aos adeptos depois de marcar um golo, também surgiram algumas quezílias. Ofensas, injúrias e revolta declarada e bem expressiva contra um público impaciente e já derrotado quando a vitória contra o Gil Vicente lá acabou por chegar (tarde). Mas a verdade é que quem ama, perdoa. Quem ama, não esquece. Dá o tudo por tudo e tudo deixa nesse jogo que é o amor.

Mais tarde ou mais cedo, porque é assim que os apaixonados vivem e sobrevivem, os temores dissipam-se, as palavras feias guardam-se nos bolsos – lá bem longe do coração – as zangas convertem-se em sinal de entendimento e, com toda a dedicação e lealdade que acompanhou essa vida a dois, vive-se com a certeza de que quando for para morrer, será a seu lado. E de encarnado.

À conquista da Europa

cab hoquei

No aniversário de Cosme Damião, o fundador do Benfica não podia pedir melhor prenda. Num pavilhão cheio e com um grande ambiente, o Benfica voltou a colocar o seu nome na História do hóquei, ao vencer a Taça Continental.

Foi uma noite perfeita para os encarnados e o resultado assim o demonstra: 5-0 ao Vendrell, depois dos 5-3 em Espanha, na primeira mão. Galvanizado pelo grande apoio do público, o Benfica procurou desde cedo o golo que desse tranquilidade à eliminatória, frente a um Vendrell que procurou fechar as linhas, defendendo em quadrado e tentando partir para o ataque quando a equipa do Benfica se encontrava desequilibrada na defesa. Mas o Benfica foi mais feliz e conseguiu ir para o intervalo com uma vantagem de 2 golos, da autoria de Marc Coy e Carlos Lopez.

A segunda parte foi jogada num clima já de antecipação da festa. Com 2 golos de vantagem, a Taça já não parecia escapar. Mas o Benfica não tirou o pé do acelerador e marcou mais 3 golos, por João Rodrigues, duas vezes, e outra vez por Carlos Lopez. No final, festa benfiquista e o culminar de uma grande época a nível europeu, tanto para o Benfica como para o hóquei português. Dia 16 o Benfica volta a ter oportunidade de fazer história, pois defronta o Sport Club do Recife, o Campeão Sul-americano de Hóquei em 2012, para a Taça Intercontinental, em Torres Novas.

Gostaria também de destacar a grande prova que os sub-15 do Sporting fizeram na Eurockey Cup, onde chegaram à final da prova, tendo perdido para o Reus por 3-2. Numa altura em que o Sporting procura a estabilidade neste regresso à primeira liga, este 2ºlugar promete um futuro brilhante para os leões.

Stop Making Stupid People Famous

0

Escolhi díficil. O fácil é de todos

Hoje vou aproveitar para, paradoxalmente, alargar uma tendência própria dos Domingos à noite para o que aqui nos importa: o Sporting. “Stop making stupid people famous” é a tendência, e escusado será dizer o porquê de ser incontornavelmente ligada aos Domingos à noite. Nós temos regularmente a oportunidade de atribuir importância às mais variadas personalidades e facetas, e acabamos quase sempre por fazê-lo da forma errada. O Futebol é um desporto tão rico em coisas boas, e batalhamos sempre acerca das más?

Fonte: Os Magos do Bairro Social
Fonte: Os Magos do Bairro Social

Vamos ser específicos: temos golos, temos dribles, temos remates potentes, passes milimétricos, tácticas diversas, filosofias distintas, temos curvas incansáveis, temos o sentimento de companheirismo próprio de Alvalade, temos o prazer de partilhar um clube de Futebol… e discutimos sempre mais as arbitragens do que tudo o resto? Não me interpretem mal. Não sou dos que acham que os árbitros não devem ser avaliados; criticados, até, se assim for justo, como qualquer outro interveniente do jogo.

O que defendo, e sustento, é a importância daquilo que podemos apreciar e relegamos para segundo plano. O Futebol é emoção, mas verão que a irão saborear muito mais se, depois de apoiarem a equipa que vos move de casa até a um estádio ou até um café ou simplesmente até um qualquer canal ou antena, conseguirem debatê-lo e a todos os seus pormenores que fazem daquele o jogo de que mais gostamos. A insistir na arbitragem perdemos mais do que ganhamos. Por vezes, corremos o risco de sermos injustos e de não entendermos a diferença entre um erro natural e um erro premeditado, que acredito ser bastante recorrente no nosso campeonato. Mas mais do que isso: perdemos a clarividência para apreciar aquilo com que mais simpatizávamos enquanto crianças e, acredito, enquanto começámos a gostar do verde em vez do vermelho, no nosso caso. Essa é a essência do Futebol que se perde com os anos. Ganhamos preconceito, ganhamos limites que nos circundam a vista e nos tornam cegos quando aquilo por que mais pagaríamos seria continuar a ver a nossa equipa a ganhar.

Jovem Sportinguista / Fonte: Sporting Fans
Jovem Sportinguista / Fonte: Sporting Fans

Leonardo Jardim adoptou uma postura de que, confesso, nem fui muito adepto. Não comentar arbitragens pode trazer-nos desvantagens porque quem mais se queixa é quem mais mama. Mas o nosso treinador entendeu ser mais importante dar o exemplo correcto e, aí sim, não poderia estar mais de acordo! Não está em questão a soberania dos árbitros e o seu estatuto inquestionável. Está em questão a lealdade que temos para com o Desporto que nos faz felizes ou tristes, conforme os dias, conforme as noites.

O respeito que temos para com a familiaridade que se veio a perder nos estádios de Futebol deve ser privilegiado. Se são os árbitros e aqueles que estão por trás das suas más actuações os responsáveis pelo empobrecimento do Futebol Português? Sem dúvida. Mas eu acredito que podemos combatê-los ao fazer de Alvalade um sítio diferente. Apoiem a vossa equipa. Discutam as opções técnicas. As decisões do Carrillo. As desmarcações do Montero. O sentido posicional do William. Vão mais além e recebam bem quem com o intuito certo vem a nossa casa, mesmo que defender outras cores. Não permitam, sobretudo, que mudem as vossas convicções. É quando nos apaixonamos que estamos certos. Pelo Futebol, cabe a nós continuar sem discutir o nome dos de apito, tal como fazíamos quando chegávamos à escola primária no dia seguinte ao jogo, de camisola vestida e cores aguerridas. De orgulho erguido e leão ao peito. Sem saber que um dia deixaríamos de saber como gostar daquilo de que mais gostamos.

Citizens caçam os Canaries

Hoje volto com um rescaldo da Premier League e o meu principal alvo vai ser o Manchester City, que não só ganhou como encantou.

O City precisava de voltar às vitórias depois da derrota com o Chelsea, em Stamford Bridge, devido ao desentendimento de Nastasic e Hart, que deu o 2-1 final ao Chelsea, já em cima do minuto 90. Com o objectivo bem definido, para não perder os olhos da liderança, os Blues de Manchester não só voltaram às vitórias como “atropelaram” o Norwich City, com uma goleada por 7-0.

A equipa do ex-avançado Sportinguista, Ricky Van Wolfsvinkel, nunca conseguiu entrar em jogo e abriu demasiados espaços numa defesa claramente fragilizada. Kun Agüero aproveitou-se desse factor da melhor maneira possível com 3 assistências e um golo coroando-o, na minha opinião, como o melhor em campo. Um ataque mortífero, com golos distribuídos por toda a equipa. O primeiro foi da autoria de Bradley Johnson, com um auto-golo, aos 16 minutos, minuto de azar para o jogador forasteiro. De seguida, entraram em ação Silva, Nastasić, Negredo, Toure (e que golo!), Aguero e, a finalizar, Džeko.

O City fica assim a 6 pontos do Arsenal, junto dos principais candidatos, em que o 2º lugar e o 7º lugar são separados por apenas 3 pontos.

Já no jogo grande da jornada, em que o Arsenal recebia o Liverpool, a equipa da casa não desapontou com um grande resultado frente a um rival direto. Os Gunners ganharam por 2-0, com golos de Cazorla e Ramsey (mais um grande golo do gaulês), e provam que não estão para brincadeiras. Suárez nada conseguiu fazer para parar o Arsenal e os 3 pontos ficaram nos Emirates, que se distanciam do 2º lugar, garantindo uma vantagem de 5 pontos.

Golo de Ramsey, frente ao Liverpool / Fonte: Gooner Daily
Golo de Ramsey, frente ao Liverpool / Fonte: Gooner Daily

A nota negativa da jornada vai mesmo para José Mourinho, que viu o seu Chelsea perder em casa dos Toons por 2-0. A jogar em casa, o Newcastle United, aproveitou uma má exibição dos Blues para ganhar, com dois golos franceses, de Gouffran e Rémy. Nota ainda para uma grande exibição de Yohan Cabaye, que demonstra o porquê do interesse de grandes clubes, como o Arsenal, no último defeso. Este é um deslize que o Chelsea não deveria ter tido, contudo a deslocação não era nada fácil.

Yohan Cabaye / Fonte: chroniclelive.co.uk
Yohan Cabaye / Fonte: chroniclelive.co.uk

Nos restantes jogos é de realçar o empate entre o Everton e o Tottenham a zero. Tratava-se de um jogo de elevado grau de dificuldade para a equipa de Villas-Boas e o nulo atesta bem a dificuldade dos jogos no Goodison Park. Já o Man United, obteve uma preciosa vitória frente ao Fulham, por 3-1. O “abono de família”, Robin Van Persie, fez mais um golo e uma assistência para os Reds, deixando David Moyes um pouco mais descansado.

Finalmente, para concluir o rescaldo da jornada, é preciso referenciar o golo de Begovic, que deu o empate ao Stoke City, frente à defesa menos batida do campeonato, o Southampton. Um golo de área a área que deixa Boruc muito mal na fotografia logo ao primeiro minuto. Os Saints ainda lutaram pelo resultado mas não foram além do empate a uma bola. Não é todos os dias que um guarda-redes marca um golo, ainda para mais numa liga como a Premier League.

Na próxima jornada o Arsenal vai até Old Trafford, onde se espera um grande jogo. Quem fará a diferença? RVP, Rooney, Ramsey ou Ozil? Esperamos ansiosamente por mais um grande jogo.

Dez tristes anos

0

benficaabenfica

Dez anos se passaram e quatro títulos de futebol se conquistaram (Taças da Liga só servem mesmo para o populismo) com Luís Filipe Vieira como Presidente. Estes números envergonhariam qualquer outro Presidente mas este ganhou uma aura e uma protecção baseadas em demagogia e areia para os olhos dos sócios e adeptos. Vieira está no poder como, quando e durante o tempo que quiser. É isso que assusta e espanta como conseguiu chegar a este ponto. Vieira utilizou a pior fase da história do Clube para lançar o terror e auto perpetuar a sua obra. É esse o maior argumento dos 83% que elegeram a incompetência e que para isso usam do deves querer voltar ao Vale e Azevedo. Tudo certo, nenhum adepto do Benfica quer voltar à fase mais decadente da gloriosa história do clube.

Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus / Fonte: abola.pt
Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus
Fonte: A Bola

Entre 1993 e 2003 (Damásio – Vale e Azevedo – Vilarinho) ganhámos um campeonato e uma Taça de Portugal. Com Vieira, em igual período, entre 2003 e 2013, dois campeonatos e uma Taça de Portugal. A cegueira dos apoiantes de Vieira é tal que parece que o Sport Lisboa e Benfica nasceu em 1993 e tudo o que está para trás não interessa. É de elogiar, sim, a capacidade que Vieira teve para conseguir meter o cérebro dos benfiquistas na máquina de lavar e fazê-los quase esquecer (não todos, felizmente) do Benfica ganhador. Este tipo de campanha fez a grande maioria dos sócios colocar o actual Presidente num pedestal, transmitindo a ideia de que a história para trás de 1993 foi simplesmente apagada. Esta ridícula ausência de títulos vai sendo desculpada com árbitros, relvados, condições atmosféricas, jogadores adversários que correm mais contra nós do que contra os outros, bandeirinhas, adeptos ou ausência deles e os sócios vão na cantiga. São até os sócios e adeptos mais velhos a grande base do apoio vieirista, algo que surpreende, se tivermos em conta o facto de terem sido estes mesmos adeptos a viver na pele e no sangue o Benfica vencedor. Luís Filipe Vieira conseguiu baixar as exigências dos benfiquistas para níveis nunca antes vistos, em que até feitos alcançados pelo Braga e quase pelo Boavista (final de uma competição europeia) conseguem ser tornados em feitos inolvidáveis. Nem sequer quero entrar na área financeira porque os números e a falência técnica falam por si. Pior do que não ganhar é ver os valores do benfiquismo mergulhados em humilhações e demagogia. O desrespeito pelos adversários e pelos próprios adeptos tornou-se um triste hábito deste Benfica. Até já entramos em jogos NA NOSSA PRÓPRIA CASA a achar que é importante “não perder”, segundo o mestre Jorge. O Benfica à Benfica está de coma. Resta-nos o Benfica à benfiquinha de Vieira, pequenino, pequenino…

É claro que reconheço méritos ao Presidente. A forma como utilizou os meios de comunicação, tanto em Portugal como para os emigrantes, é brilhante: afinal, uma mentira dita muitas vezes torna-se verdade. Interessante, também, a forma como subliminarmente consegue fazer passar a sua mensagem de “estabilidade e seguir o caminho traçado” na Benfica TV. Trouxe de volta o Benfica eclético e vencedor nas modalidades e o centro de estágio do Seixal coloca-nos no topo europeu a este nível. Deu condições de trabalho e recursos aos treinadores como não houve igual antes e recuperou a credibilidade do Benfica na Europa do futebol. Mas não ganha. E dos derrotados não reza a história. Ou melhor, reza a história dos vieiristas. Nesta década não ganhámos mas estivemos quase e vai ser para o ano, dizem eles. Enquanto não saímos do quase, o Porto teve a melhor década da sua história.

Reis da Península Ibérica

0

cab futsal

E se vos disser que podem ver um Barcelona – Benfica ou um Real Madrid – FC Porto?
Ou ainda um Levante – Sporting? (Loucura). Isto semanalmente, num campeonato que englobaria as equipas da península ibérica. Ficavam todos contentes, não era? Arrisco-me a dizer que alguns adeptos eram meninos para esbofetear o gato da vizinha, num exemplo de alegria extrema (sim, porque eu, sempre que me sinto profundamente realizado, vou a correr tocar no 2º esquerdo para esbofetear o Tareco) – raio do gato da vizinha, não se cala a noite toda.

Para os indivíduos que adoram gatos e não conseguem viver sem ver gatos a vomitar bolas de pêlo e engolir de seguida, as minhas profundas desculpas; não estou aqui para ferir susceptibilidades.
Ao contrário do que imaginam, não estou aqui para vos informar de que vão ver um Rayo Vallecano – Arouca (eu sei que queriam, 1 minuto de silêncio), até porque nem vos estou a falar de futebol; eu sei que se esquecem com facilidade, mas aqui fala-se de futsal.

O conceito é parecido: equipas espanholas e equipas portuguesas (não o FC Porto, porque não integra o campeonato nacional de futsal) defrontam-se numa competição ibérica; ligeiro “twist” nesta aventura: só os campeões das duas competições (campeonato nacional de futsal e o campeonato espanhol de futsal) é que participam nesta competição de um só jogo para ver quem é que é o maior aqui da aldeia.

Eu sinceramente acho esta competição um bocado parva, acho que é mais do que óbvio que a melhor equipa da península ibérica é o Benfica (até me arrisco a dizer do mundo) e acho que isto é de conhecimento geral, mas isto sou eu, que tenho um cartão de sócio vermelho com uma fotografia do Harry Potter com 11 aninhos no lugar da minha cara.

Caras federações Portuguesa e Espanhola de Futsal, por favor aceitem esta nova (velha) competição, e aproveito desde já para dizer que o Benfica ganha pelo menos umas 15 vezes seguidas – sim, porque o Benfica já disputou esta competição, só não ganhou porque não era oficial! A partir de agora é tudo nosso, jogamos na final com o Interviú e o Ricardinho marca autogolos de trivela e festeja, feito doido.

NBA Preview – Conferência Este | Central Division

0

cab nba

A Central Division será provavelmente a divisão que mais irá melhorar em toda a liga: a uns Chicago Bulls fortes e com alma renovada com o regresso de D-Rose, após uma época de paragem por lesão, e à confirmação dos Indiana Pacers como um dos conjuntos mais fortes e coesos da liga, juntam-se uns Cleveland Cavaliers e uns Detroit Pistons que apostaram forte este ano no reforço dos seus plantéis. A grande incógnita serão os Milwaukee Bucks, que perderam os seus melhores jogadores, Brandon Jennings e Monta Ellis.

Chicago Bulls: O mítico franchising que ficou imortalizado pelas conquistas dos anos de 90, com Michael Jordan, Scottie Pippen e o treinador Phil Jackson, esteve uns anos na amargura, mas a entrada de D-Rose trouxe de novo a pujança e alegria de jogar aos Bulls. Este ano, prometem lutar pela conquista da Central Division com os Pacers, alcançando os playoffs numa posição entre os cinco primeiros. As saídas de Nate Robinson e do italiano Marco Belinelli são perdas importantes, mas o regresso do antigo MVP da liga, Derick Rose, trará um novo fôlego a esta equipa, que conta ainda com jogadores muito competentes, como o all-around Luol Deng e os postes Carlos Bozer e o irreverente francês Joakim Noah.

Principais Entradas: Mike Dunleavy (Milwaukee), Erik Murphy (Rookie) e Tony Snell (Rookie)

Nba photos @getty images
Noah e Derrick Rose /
NBA Photos @getty images

Cleveland Cavaliers: Na minha opinião, é a equipa que mais irá melhorar a sua performance; os Cavs parecem finalmente recuperados da saída conturbada de Lebron James e, sob a batuta de Kyrie Irving, prometem alcançar um lugar nos playoffs. Conseguiram reforçar-se (e bem) em todos os setores do jogo, com o base Jarret Jack, que, depois de uma grande época em Golden State, se mudou para Cleveland, onde lutará pelo título de “6th Man of the Year” e com os extremos Earl Clark e a escolha número do draft de 2013, o jovem canadiano Anthony Bennet. A maior dúvida nesta equipa será o desempenho de Andrew Bynum, que, depois de uma época sem jogar devido a lesões, tenta relançar a sua carreira. Na minha opinião, têm tudo para se classificarem para os playoffs, e o regresso do poste brasileiro e capitão de equipa Anderson Varejão contribuirá para esse desempenho. O talento abunda em Cleveland!

Principais Entradas: Anthony Bennett (Rookie), Andrew Bynum (Philadelphia), Earl Clark (Lakers), Jarrett Jack (Golden State) e Sergey Karasev (Rookie)

Nba photos @getty images
Kyrie Irving (ao centro) é uma das esperanças dos Cleveland /
NBA Photos @getty images

Detroit Pistons: A equipa de Motor City, após anos em que andou pelos piores registos da National Basketball Association, parece estar de volta! O plantel foi muito reforçado e as perspetivas em Detroit só podem ser animadoras; as entradas das superstars Brandon Jennings e Josh Smith trarão consistência e regularidade ao jogo desta equipa e o regresso (provavelmente para terminar a sua carreira) de Chancey Billups traz a experiência de quem já conquistou o título da NBA por Detroit (2004). É ainda de destacar que os Pistons foram uma das equipas mais ativas no draft, com as aquisições dos promissores bases Caldwell-Pope e Siva e ainda do extremo italiano Luigi Datome, que só vêm acrescentar soluções viáveis na rotação da equipa durante os 82 jogos da regular season. Uma ida aos playoffs é possível para Detroit!

Principais Entradas: Chauncey Billups (Clippers), Kentavious Caldwell-Pope (Rookie), Luigi Datome (Rookie), Brandon Jennings (Milwaukee), Peyton Siva (Rookie) e Josh Smith (Atlanta)

Nba photos @getty images
Josh Smith, Greg Monroe e Andre Drummond /
NBA Photos @getty images

Indiana Pacers: Uma das melhores equipas da liga, na minha opinião. Os Pacers, depois de uma época em que lutaram pela conquista do título da Conferência Este, conseguiram reforçar o seu banco, com a entrada de CJ Watson, Chris Copeland e do veterano poste argentino Luis Scola. São os principais candidatos à conquista da Central Division e um dos principais adversários dos Miami Heat; Paul George, se mantiver o nível que exibiu o ano passado, será o líder desta equipa e um dos melhores shooting guards da liga. Uma grande equipa está a ser preparada em Indiana; a agressividade e consistência apresentadas prometem fazer desta uma equipa quase imbatível na Conseco Fieldhouse Arena. Atenção, temos candidato ao título!

Principais Entradas: Chris Copeland (New York), Solomon Hill (Rookie), Luis Scola (Phoenix) e C.J. Watson (Brooklyn)

Nba photos @getty images
Luis Scola, Roy Hibbert e David West
NBA Photos @getty images

Milwaukee Bucks: Uma das maiores dúvidas da época é esta equipa, que perdeu as suas principais referências ofensivas (Jennings e Ellis) e que parece partir para um ano zero na História do seu franchising. É verdade que até tem conseguido alcançar um lugar nos playoffs nos últimos anos, só que, face à melhoria que equipas como os Cavs e os Pistons vão ter, os Bucks serão, na minha opinião, uma das principais desilusões da época… A equipa de Milwauke reforçou-se com os bases Knight e Ridnour, com os extremos Mayo e Butler (que deverão ser as novas referências ofensivas), os rookies Wolters, da Universidade de South Dakota (onde atua o português Ruben Silva), e o grego com nome difícil de pronunciar, Giannis Antetokounmpo. Um ano de reestruturação para os Bucks; veremos se conseguem chegar aos playoffs. Tenho as minhas dúvidas…

Principais Entradas: Giannis Antetokounmpo (Rookie),Brandon Knight (Detroit), O.J. Mayo (Dallas), Zaza Pachulia (Atlanta), Luke Ridnour (Minnesota), Nate Wolters (Rookie) e Caron Butler (Phoenix)

Principais Entradas: Giannis Antetokounmpo (Rookie),Brandon Knight (Detroit), O.J. Mayo (Dallas), Zaza Pachulia (Atlanta), Luke Ridnour (Minnesota), Nate Wolters (Rookie) e Caron Butler (Phoenix) Nba photos @getty images
O.J. Mayo (esquerda) é um dos reforços
NBA photos @getty images

Sporting 3-2 Marítimo: Reviravolta no resultado, não nos objectivos

A12

Inúmeros erros, cinco golos, duas reviravoltas e uma vitória. O Sporting venceu o Marítimo, em Alvalade, por 3-2, mantendo, assim, o segundo lugar e encurtando a distância pontual para o primeiro classificado, F. C. Porto.

As expectativas à volta deste jogo eram grandes e aumentavam à medida que o relógio avançava. Desde a jornada passada, onde o Sporting sofreu a sua primeira derrota esta época, que no seio da família sportinguista havia o receio de que este “novo Sporting” tivesse desaparecido algures para o Norte. Como se os bons resultados e exibições atingidas pela nossa equipa até à deslocação ao Dragão não fossem mais que “fogo de vista”, um mero sonho ou ilusão. Esperava-se, por isso, um Sporting que entrasse em campo e rapidamente gritasse “NADA MUDOU, NÓS ESTAMOS AQUI E VAMOS VENCER!”.

Como se este factor não fosse suficiente para tornar este jogo vital para as aspirações dos “leões”, minutos antes do seu início, o F. C. Porto empata. Ora, é certo e sabido que, sempre que o Sporting pode aproveitar o deslize de um adversário directo, não o faz. E temia-se que isso voltasse a suceder hoje.

Os primeiros minutos deste teste à força e ao querer do plantel leonino não foram positivos. A equipa entrou pouco segura de si mesma, revelando algum nervosismo. A bola passou muito tempo pelo ar, os passes falhados foram excessivos e as jogadas de ataque mal terminadas. Adrien e Vítor – que viu as suas boas exibições recompensadas com a titularidade neste jogo – pareciam não se quererem dar ao jogo, escondendo-se inúmeras vezes atrás de adversários, o que limitava bastante as linhas de passe viáveis à restante equipa. Carrillo esteve, novamente, em “dia não”, fazendo temer que, dentro de pouco tempo, esteja em “dia nunca”. Meia dúzia de passes certos, numa primeira parte a passo, descrevem o seu rendimento neste jogo. Dier, uma das “surpresas” no onze inicial, esteve abaixo das expectativas, revelando sinais de lentidão e pouca qualidade com a bola nos pés (algo que surpreendeu pela negativa, já que a boa qualidade que apresentava com a bola nos pés foi uma das características que mais destacou Dier na época passada).

Por outro lado, Capel – outra novidade no onze inicial – e William Carvalho estiveram iguais a si mesmos. O primeiro, com toda a sua raça e genialidade, marcou um belíssimo golo, colocando o Sporting, pela primeira vez, em vantagem. Quanto ao segundo, faltam-me, cada vez mais, palavras para o descrever. Seguro, bem posicionado e inteligente. Hoje escolho estes três adjectivos para descrever William Carvalho, numa próxima boa exibição pensarei em mais alguns.

A verdade é que o Sporting chega ao intervalo a perder por 1-2. Um golo de livre, em que a barreira do Sporting é, inexplicavelmente, composta por quatro jogadores de reduzida estatura, e outro de grande penalidade, aparentemente, muito bem simulada por Sami, davam a vantagem aos insulares.

Na segunda parte entrou em campo o 12º jogador. A estratégia implementada pela direcção de Bruno de Carvalho sentiu-se nas bancadas e ecoou directamente no relvado de Alvalade. A equipa entrou melhor e procurou os dois golos de que necessitava para realizar a segunda reviravolta do encontro. Empurrados pelo público, os jogadores leoninos alcançaram o empate. Slimani precisou de cinco minutos em campo para marcar o seu primeiro golo no campeonato.

Menos de dez minutos depois, Adrien, de grande penalidade, faz o 3-2 e traz justiça ao marcador. Em Alvalade respirou-se de alívio. O Sporting estava na frente, a jogar contra dez (João Diogo foi expulso na sequência da falta que originou a grande penalidade) e dificilmente deixaria escapar a vitória. E assim foi. O jogo acabou e o Sporting venceu. A equipa mostrou força, um enorme crer e igual querer. Passou, portanto, o teste. Apesar de a exibição não ter sido espectacular, ficou provado que o Sporting quer mais. Muito mais. Sem nunca baixar os braços, lutou contra as adversidades que o jogo ia trazendo e afastou os fantasmas do Dragão.

O apoio dos adeptos foi vital / Fonte: abancadanascente.blogspot.pt
O apoio dos adeptos foi vital / Fonte: abancadanascente.blogspot.pt

Este Sporting, que nem é candidato nem deixa de o ser, permanece em segundo lugar e finalmente aproveitou o deslize de um adversário directo. Encurtou a distância para o primeiro lugar, estando apenas a três pontos do comando da Liga. Os sportinguistas têm o direito de sonhar com o título esta época? Sim. Mas terão o direito de ficar desiludidos caso a equipa se fique pelo segundo ou terceiro lugar? Não. As expectativas à volta da equipa mudaram, os objectivos não. Esta época, as vitórias devem trazer confiança e segurança, nunca obrigações. E hoje, o Sporting alcançou mais uma vitória.