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O Perigo Da “Portização” Do Sporting

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sporting cp cabeçalho 1A espuma mediática que domina, neste momento, grande parte do comentário futebolístico em Portugal cinge-se à polémica da troca de emails entre o Benfica, na pessoa de Paulo Gonçalves, e o antigo árbirtro Adão Mendes. Esses contactos foram revelados no Porto Canal pelo diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques.

É possível perceber que esses emails tinham como principal objetivo o condicionamento das arbitragens dos jogos a favor do clube da Luz. Mas a revelação pública desses emails conduziu inevitavelmente à aproximação entre FC Porto e Sporting Clube de Portugal no que à acusação aos encarnados diz respeito. Vamos por partes.

Há, neste momento, em Porto e Sporting, uma batuta que se agita no mesmo sentido. O triângulo definido por Sporting, Porto e Benfica, conhecido como “os três grandes”, corre agora o risco de se tornar num eixo em que num ponto extremo temos o Benfica e no outro temos Sporting e Porto. As acusações dos dois clubes ao Benfica podem, por isso, polarizar o triângulo que deteve e detém a hegemonia do futebol português. É caso para dizer que o tiro de Sporting e Porto ao Benfica pode, se não for devidamente certeiro e eficaz, sair pela culatra aos dois.

Francisco J. Marques e Nuno Saraiva, diretores de comunicação de FC Porto e Sporting CP Fonte: http://planete-sporting.blogspot.pt/
Francisco J. Marques e Nuno Saraiva, diretores de comunicação de FC Porto e Sporting CP
Fonte: http://planete-sporting.blogspot.pt/

Convém neste ponto lembrar que, desde maio deste ano, existe um acordo formalizado e assinado entre os dois clubes, protagonizado pelos seus respetivos diretores de comunicação, que assenta na “obrigatoriedade de introduzir maior transparência e verdade desportiva e de defender aqueles que são os valores que devem nortear o desporto nacional” (site de O Jogo, dia 11 de maio de 2017). Quanto a  isto, nada contra. Todos os movimentos clubísticos e/ou associativos no sentido da pacificação seja do que for revelam-se sempre algo de salutar e de elevada importância para uma maior transparência no Futebol. Mas há, sob esta espuma mediática, um fundo que não pode ser escondido: como adepto do clube de Alvalade, falo do perigo de uma “portização” do Sporting, uma dificuldade do clube verde e branco criar um espaço próprio e independente que o diferencie e distancie relativamente às críticas dos Dragões.

Quais as razões para esta minha preocupação? Outro caso: desde a divulgação dos emails trocados entre os dirigentes do Benfica e alguns comentadores televisivos ligados aos encarnados – a tão falada cartilha – que o Sporting cavalga na estratégia comunicacional do FC Porto no que às acusações ao Benfica diz respeito. Se ambos os clubes se outorgam de razões para criticar e condenar as condutas anti-desportistas do Benfica, que o façam de um modo autónomo e independente, que não esperem a ação de um para que se siga a ação mimética do outro, traduzida na frase do acordo de maio de que “é mais aquilo que nos une do que o que nos separa”.

Como sportinguista quero que o meu clube se defenda por si próprio, que não necessite de mensageiros portistas nem que cavalgue nas críticas de Terceiros face a outros Terceiros. Confio, por isso, no trabalho da Direção e do Presidente Leonino, para que esse trabalho de construção de limites e fronteiras entre os dois emblemas se construa e sedimente. Porque Porto e Sporting foram, são e sempre serão eternos rivais e não há nem nunca haverá cartilha benfiquista nem bruxo ou coisa que o valha que una aquilo que sempre permaneceu e deve permanecer para sempre separado.

Fonte: Sporting com Filtro

artigo revisto por: Ana Ferreira

Trades: (Des)Entusiasmo nas Confederações

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Cabeçalho modalidades

Apesar de a época ainda estar a longe, o off-season está ao rubro. Depois de Chris Paul ser anunciado nos Rockets, os OKC confirmaram que Paul George vai fazer dupla com o MVP Russell Westbrook, Stephen Curry assinou o melhor contrato na história da NBA, Hayward tornou-se, oficialmente, jogador dos Celtics e Carmelo Anthony poderá estar a caminho de Houston.

No entanto, entre contratações e dispensas, os fãs do desporto começam a ficar preocupados com o desiquilibrio entre Conferências. Neste momento, o Oeste está mais equilibrado que nunca e, a priori, este ano os Warriors poderão ver a sua vida mais complicada. O “problema” é que, com tudo o que se tem passado, começa-se a prever um campeão saído de fresco da conferência do lado Pacífico. O Este parece não estar a conseguir acompanhar a qualidade das trades vizinhas. Os Cavaliers parecem ter adormecido e estão quase que inativos no mercado. Aliás, a única transferência significativa, foi mesmo a mudança de Gordon Hayward de Utah para Boston.

Gordon Hayward mudou-se de Utah para Boston Fonte: NBA
Gordon Hayward mudou-se de Utah para Boston
Fonte: NBA

Em relação aos Golden State: estão de parabéns. Kevin Durant continua na equipa, mesmo com salário reduzido; Curry assina um contrato milionário; A equipa continua intacta, isto é, não houve nenhuma perda significativa até ao momento e ainda houve tempo para novas contratações (caso de Nick Young, que deixou os Lakers para se juntar aos campeões).

Tão tipico da NBA, é certo que a qualquer momento o “jogo” pode virar e o Este pode surpreender tudo e todos, mas, por agora, não são uma aposta segura.

Será, sem dúvida, maravilhoso ver como as equipas do Oeste se vão impor perante o campeão e, mais maravilhoso será, se realmente houver adversário à altura da super-equipa de Oakland. Não tão maravilhosos serão os playoffs, onde, se não houver surpresas e alterações, as melhores equipas vão sendo eliminadas, enquanto no Este os Cavaliers vão passeando.

Foto de Capa: NBA

Alex Sandro no Chelsea de Conte

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Cabeçalho Liga Inglesa

Aberta a janela de transferências deste verão, chegou a altura das típicas especulações, dos rumores e das confirmações relativas às transferências de jogadores entre os clubes, e a Liga Inglesa é, normalmente, uma das mais ativas neste aspeto, sendo que vários dos maiores rumores que existem todos os anos envolvem pelo menos um clube da Premier League. E este ano não será exceção. Ainda no início do defeso, já muito se tem falado numa transferência que, a concretizar-se, será, certamente, uma das que envolverá uma quantia de dinheiro bem avolumada. Falamos do rumor que aponta Alex Sandro ao Chelsea de Antonio Conte.

O ex-FC Porto atualmente atua em Itália na Juventus, antiga equipa do agora técnico do Chelsea Conte, e poderá ser uma das grandes aquisições da equipa de Londres para a nova época.

Chegado ao clube inglês no início da época que há poucas semanas terminou, o treinador italiano revolucionou o estilo de jogo e a forma de jogar do Chelsea, apostando, essencialmente, na base que sustenta grande parte das formações a atuar no país transalpino e que torna tão caraterístico o seu futebol, mas que tem sido vista a ser utilizada em equipas de outros campeonatos (p. ex. Chelsea) devido às idas de técnicos italianos ou de Itália para esses mesmos outros campeonatos. Posto isto, terá Alex Sandro qualidade e capacidade para se afirmar num onze com um estilo de jogo tão similar ao da equipa em que atualmente atua (ainda…), mas numa liga diferente, se essa transferência de consumar?

Antonio Conte treinou a Juventus de 2011 a 2014 e transportou o seu estilo de jogo para o Chelsea. Alex Sandro beneficiará disso Fonte: Chelsea FC
Antonio Conte treinou a Juventus de 2011 a 2014 e transportou o seu estilo de jogo para o Chelsea. Alex Sandro beneficiará disso
Fonte: Chelsea FC

Chegado à formação da Juventus em 2015, o lateral brasileiro não demonstrou grandes dificuldades a adaptar-se ao futebol italiano e foi capaz de realizar 32 jogos na primeira época, todos eles ao mais alto nível, e com exibições de grande qualidade. Outra coisa também não se esperava de um jogador, que, apesar de defesa lateral, nas épocas de FC Porto sempre mostrou uma grande propensão para atacar e apoiar todas as jogadas de ataque da equipa. Apesar das suas caraterísticas ofensivas, Alex Sandro teve de enfrentar em Itália o facto de ter o mesmo papel no sistema tático da equipa só que mais vincado e o de estar inserido numa formação diferente do 4-3-3 habitual das equipas portistas. Alex Sandro jogava agora num sistema de cinco defesas no processo defensivo e cinco médios no ofensivo, sendo que dois deles atuavam quase como extremos; Alex Sandro era um deles.

Selecções de Portugal – o contraste entre gerações

Cabeçalho Futebol InternacionalFinda a Taça das Confederações há que tirar ilações para o futuro. Pela primeira vez na história, a selecção nacional participou na Taça das Confederações, tendo terminado a competição num digno terceiro lugar.

No entanto eu fiquei com a impressão de que esta equipa podia ter dado mais, e de certeza não terei sido o único. Cair aos pés do bicampeão sul-americano não é motivo de vergonha, nada disso. Só que, em 120 minutos de jogo, vi uma equipa que não arriscou e que acabou por ser castigada por isso.

Após esta participação, há que realçar o facto de em 12 jogos disputados em fases finais, não perdemos nenhum no tempo regulamentar. Porém, em contrapartida, também vencemos apenas três desses 12 jogos no tempo regulamentar.

Estes resultados são o espalho da mentalidade conservadora e resultadista de Fernando Santos. No entanto, este “jogar para o resultado” deixa um vazio na qualidade de jogo da nossa equipa. E isto não é de agora.

Com isto não quero retirar nenhum mérito ou relevo ao título de campeão europeu conquistado no ano passado. Está quase a fazer um ano que foi escrita a página mais bonita da história do nosso futebol e ninguém retirará mérito a esta equipa, nem aos jogadores, nem ao Engenheiro Fernando Santos.

A Selecção de Esperanças mostrou um futebol positivo, apesar da eliminação precoce Fonte: Facebook Oficial de Podence
A Selecção de Esperanças mostrou um futebol positivo, apesar da eliminação precoce
Fonte: Facebook Oficial de Podence

A questão aqui é que a conquista do Europeu em França podia e devia servir de mote para aprofundar mais a visão face ao nosso futebol, mas não é isso que se está ver. Continuamos agarrados ao passado.

Continuamos a jogar um futebol conservador, com medo de correr riscos. Um futebol que consiste na anulação do jogo do adversário e no aproveitamento dos seus erros, mas que do ponto de vista ofensivo depende das iniciativas individuais dos nossos principais intérpretes. Em contrapartida nas nossas selecções jovens vê-se um modelo de jogo definido, principalmente na selecção de sub-21, onde a equipa orientada por Rui Jorge aborda os jogos com uma postura dominante e um futebol apoiado, modelo esse que está fixo na equipa, jogue quem jogar.

Vamos ter uma equipa feita de Sporting?

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Muito se tem falado dos reforços do Sporting, e da política de contratações que o clube leonino tem seguido. Uns consideram que o clube se deveria virar para a formação, como sempre foi sua bandeira, e outros defendem que terá que haver uma mescla de formação com jogadores experientes, mas nunca se chega a um consenso.

Eu penso que as duas podem ser aceites, e têm mais força conforme os resultados que apareçam. Porque, para a maioria dos adeptos, tudo está bem quando a bola entra, e tudo está mal quando o contrário acontece.

No primeiro ano de Jorge Jesus no Sporting, a equipa era assente em jogadores da formação, como Adrien, William, João Mário, Rui Patrício, para referir apenas os mais influentes, apoiada em alguns jogadores experientes como Slimani, Bryan Ruiz, Schelotto, e conseguimos lutar pelo titulo até à última jornada contra uma equipa que já vinha cimentada de várias épocas atrás. No ano seguinte, dessa equipa saíram apenas dois jogadores, Slimani e João Mário, entrando para o seu lugar Bas Dost e Gelson Martins, e percebendo pelo desempenho destes últimos, a equipa não deveria ter sofrido uma diminuição de qualidade de jogo como se verificou. Ainda para mais, tornando-se uma equipa a sofrer mais golos quando tinha agora, relativamente à época anterior, Coates, um dos melhores centrais do campeonato.

Sporting
Equipa do Sporting, ainda com João Mário e Slimani, lutou pelo campeonato na época 2015/2016
Fonte: Sporting CP

Ou seja, de um ano para o outro, e apesar de algumas contratações falhadas, a equipa base mantinha-se com os mesmos fundamentos da anterior e falhou. Então talvez a questão de apostar nisto ou naquilo não faça tanta diferença. O que fará diferença será mais se os jogadores se complementam, se sabem perceber as ideias do treinador, ou se são os ideais para implementar o estilo de jogo do mister.

Seydou Doumbia, a chegada de um craque

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Seydou Doumbia é uma das transferências mais sonantes do Sporting, neste mercado de transferências. O avançado costa-marfinense chega a Alvalade por empréstimo, proveniente dos italianos da Roma.

Doumbia deu os seus primeiros passos, no seu país de origem, tendo mais tarde passado pelo futebol japonês. Chegou ao futebol europeu em 2008/2009, para representar os suíços do Young Boys, tendo efetuado 78 jogos e marcado 57 golos.

As boas exibições no Young Boys levaram-no a transferir-se para o CSKA Moscovo em 2010, por uma quantia de 8 milhões de euros. No CSKA, este entre 2010 e 2014/2015, com uma segunda passagem na época 2015/2016. Ao serviço dos russos, realizou 153 jogos e marcou por 98 ocasiões. Doumbia foi ainda o melhor marcador da Liga Russa por duas vezes e venceu três campeonatos, uma Taça da Rússia e uma Supertaça.

Seydou Doumbia começou esta quinta feira a treinar na Academia Fonte: Sporting CP
Seydou Doumbia começou esta quinta feira a treinar na Academia
Fonte: Sporting CP

A sua aventura no futebol russo iria terminar com uma transferência para a Roma, por 25 milhões de euros. Não se conseguiu impor ao serviço dos romanos, acabando por ser emprestado ao CSKA, Newcastle e Basileia. Na temporada passada, regressou ao futebol suíço, para representar o Basileia, sendo determinante nas conquistas da Liga Suíça e na Taça, contribuindo com 21  golos em 34 jogos. Pelo seu país já foi internacional por 36 ocasiões, marcando 7 golos. Doumbia fez parte da seleção da Costa do Marfim, que venceu a Taça das Nações Africanas, em 2015.

Doumbia é um jogador tecnicamente evoluído, muito rápido e letal na hora de finalizar. Poderá vir a fazer dupla com o melhor marcador da Liga NOS na temporada passada, Bas Dost. O costa-marfinense é um jogador experiente, com 29 anos, que poderá vir a ser importante no “xadrez” de Jorge Jesus.

Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

artigo revisto por: Ana Ferreira

O futuro da Mannschaft passa por (Drax)ler o jogo

Cabeçalho Liga Alemã

Um campeonato do mundo e uma Taça das Confederações no currículo não é, convenhamos, um registo habitual para um jogador de 23 anos. Ser capitão de uma seleção ‘A’ campeã, com esta idade, menos habitual será.

É certo que há um contexto que explica o facto de Julian Draxler ter usado a braçadeira de capitão na Rússia e tem que ver com a aposta, nesta prova, de Joachim Low, num tubo de ensaio com vários atletas a um ano de distância do mundial no país russo.

O 7 da Mannschaft adota o perfil do craque, do que “joga muito e dá a jogar”. Pode funcionar a partir da extrema esquerda, como mais centrado nas costas dos avançados, mas é nas entrelinhas que gosta de soltar a criatividade, a visão de jogo, a capacidade no 1×1.

Falar dos ídolos de infância é uma forma de nos conhecermos a nós próprios. Zidane era o ídolo de Julian. Draxler é o nome hoje estampado na camisola. O número é menos importante. O jovem alemão decide como um 10, é letal como um 7 e até sabe organizar como um 8.

Aos 17 anos, tornou-se o mais jovem a jogar pelo Schalke 04 e o quarto mais novo a estrear-se na Bundesliga. Na altura, já o mítico colega de equipa, Raúl González, via nele um diamante.

Aos 23 anos, o virtuoso atacante Julian Draxler capitaneou a Alemanha na inédita conquista da Taça das Confederações 2017, na Rússia Fonte: SporTV
Aos 23 anos, o virtuoso atacante Julian Draxler capitaneou a Alemanha na inédita conquista da Taça das Confederações 2017, na Rússia
Fonte: SporTV

Depois de, em 2015 se ter transferido por um valor recorde de vendas, do clube de Gelsenkirchen rumo ao Wolfsburgo, Julian Draxler chegou à Rússia após cumprir a primeira época ao serviço do PSG.

E, agora, este Draxler, mais europeu e menos alemão, mostrou ao mundo que tem liderança para combinar qualidade de jogo com sentido de coletivo. A cabeça que monitoriza as belas jogadas que prendem o adepto ao jogo é também a que monitoriza o coração de um líder que, neste, e voltemos à expressão que utilizei, tubo de ensaio, deu mostras de ser um grande candidato a brilhar no próximo Mundial.

Após a vitória na final diante do Chile, a entrega que lhe foi feita da Bola de Ouro a premiá-lo como Jogador do Torneio, apenas significou um ato académico e natural daquilo que acabou por ser o coroar individual de um campeão do coletivo…. ou não fosse ele o capitão.

Aos 23 anos, o virtuoso atacante Julian Draxler capitaneou a Alemanha na inédita conquista da Taça das Confederações 2017, na Rússia. Sob a sua batuta, outros futebolistas da nova geração…casos de Leon Goretzka, Joshua Kimmich, Timo Werner, Lars Stindl…

Nesta Taça das Confederações ganhou Joachim Low pela aposta, ganharam os atletas em quem apostou, e no final, ganhou a Alemanha. Sim, tudo certo.

Contudo, o escopo deste texto é salientar Julian Draxler, que, no meio da juventude, sobressaiu com a voz mais grave de quem toma as rédeas. Por vezes, o futebol mostra que a mais impactante vociferação autoritária pode provir apenas e só da autoridade da qualidade com que se joga. Draxler tem essa autoridade.

O futuro da Mannschaft passa pela arte de (Drax)ler o jogo.

Foto de Capa: Bleacher Report

artigo revisto por: Ana Ferreira

 

Que Coentrão chega ao Sporting?

sporting cp cabeçalho 2

Fábio Coentrão foi oficializado esta quarta-feira como jogador do Sporting Clube de Portugal. O jogador publicou nas redes sociais uma foto com a família em Alvalade, e os clubes também deram o negócio como concluído.

Há semanas que já se falava neste cenário, contudo algumas divergências negociais e as muitas dúvidas existentes sobre a sua condição física puseram, várias vezes, o negócio em banho-maria. O jogador fez exames médicos em Alvalade, voltou para Vila do Conde, gozou férias e voltou agora a Lisboa para ser oficializado o negócio.

O internacional português vai começar a trabalhar em Alcochete e vai seguir para o estágio na Suíça, que se realizará na próxima semana. Antes disso, já poderá ter alguns minutos no particular da próxima sexta-feira, no Algarve, frente ao Belenenses. O Sporting não tem nenhum lateral esquerdo de raiz no plantel (Jefferson saiu para Braga e Zeegelaar foi dispensado), e Fábio será a principal opção de JJ na próxima época, começando já nos jogos do estágio em território helvético.

Fábio Coentrão em Alvalade é oficial a partir desta quarta feira Fonte: Sporting CP
Fábio Coentrão em Alvalade é oficial a partir desta quarta feira
Fonte: Sporting CP

Contudo, há que ter cuidado. Como todos sabemos, a condição física de Coentrão inspira muitos cuidados e é periclitante. Por isso o Fábio Coentrão que todos queremos ver como principal opção do clube para a posição de lateral esquerdo, terá de ser muito bem gerido. Vai ser muito importante que haja uma comunicação bastante estreita entre jogador, treinador e o diretor clínino do clube, Frederico Varandas. Apesar de poder ter chumbado nos primeiros testes médicos, como a imprensa noticiou, acredito que Varandas não iria dar o aval à contratação caso não visse potencial de Fábio Coentrão para ser opção. Basta lembrarmo-nos do caso de Kévin Prince Boateng, que não assinou pelos leões após ter chumbado nos exames médicos.

Por último, podemos olhar para o impacto que esta contratação terá no nosso país. Depois de se ter noticiado amplamente que Coentrão é sportinguista de nascimento, o jogador disse em 2015 que, em Portugal, só vestiria a camisola do Benfica. Não cumpriu a sua palavra e passa agora a vestir a camisola dos verde e brancos. Compreendo perfeitamente a indignação dos adeptos benfiquistas, pois também senti o mesmo em relação a casos semelhantes que se passaram ao contrário, como o famigerado caso de Simão Sabrosa. Não penalizo ou condeno os benfiquistas por insultarem Coentrão, pois já fiz o mesmo e voltarei a fazer em casos semelhantes.

Contudo, o que importa agora é ver o que Coentrão fará em Alvalade. O jogador tem a ambição de ser campeão nacional e ir ao Mundial’2018. Afinal de contas, Coentrão já vestiu a camisola das quinas mais de uma centena de vezes. Se há treinador que tirou rendimento positivo de Fábio, esse foi Jorge Jesus. Vejamos se a dupla volta a resultar em Alvalade.

Foto de Capa: Facebook de Fábio  Coentrão

artigo revisto por: Ana Ferreira

República Checa 1-2 Portugal: Segundo tempo vale meias

Cabeçalho Seleção Nacional

Depois de vencerem o primeiro jogo, República Checa e Portugal disputaram o primeiro lugar do grupo A. Na seleção nacional saíram Gedson e Rafael Leão, o primeiro suspenso e o segundo por opção, e entraram Miguel Luis e Dju.

Com a Geórgia notaram-se algumas dificuldades em chegar ao último terço, em entrar o último passe e, não fosse Diogo Costa, o resultado teria sido outro. Nesta primeira parte as dificuldades mantiveram-se e, durante muito tempo, o único momento de perigo da nossa seleção foi um remate à entrada da área por intermédio de Dju, aos 7 minutos de jogo.

Do outro lado os checos começaram por obrigar Diogo a mais uma intervenção de grande nível aos 20’, depois da defesa nacional se esquecer de Hlavaty sozinho dentro da grande área, até teve tempo para dominar. Dois minutos depois remate de fora e aos 25’ nova oportunidade para Hlavaty que cabeceou por cima.

Quem não marca sofre e aos 34’ João Filipe livra-se de um adversário com nota artística, larga em Quina e este ultrapassa novo adversário, ganha a linha em velocidade e centra atrasado para Dju rematar de primeira e abrir o marcador. Quina fez quase meio golo, mas fica também a nota para Dju, que justificava a aposta de Hélio com um golo.

Aos 37’ deram demasiado espaço a Holík na esquerda, este não se fez rogado e centrou para Graiciar que agradeceu a passividade da defesa portuguesa restabelecendo a igualdade no marcador.

«Vamos ter de aumentar a nossa competência», disse Hélio na antevisão à partida e foi isso mesmo que fizemos no segundo tempo. Entramos melhor, com outra presença no meio-campo adversário e só nos primeiros 10 minutos tivemos mais remates do que em toda a primeira parte.

Por intermédio de Rui Pedro, de Quina ou através das boas incursões no ataque de Diogo Dalot, as oportunidades foram-se sucedendo, mas faltava o golo. Os checos não conseguiam causar grande perigo, nem penetrar a nossa defensiva.

Aos 67’ minutos surge o momento que viria a ser decisivo na partida, com a entrada de Rafael Leão para o lugar de João Filipe. No primeiro jogo esteve muito abaixo, mas hoje entrou muito bem e aos 74’ trabalhou bem na esquerda sobre vários adversários e tirou um centro direitinho para a cabeça do suspeito do costume. Rui Pedro limitou-se a encostar e conseguiu assim o segundo golo na prova.

Até ao final ainda entraram Florentino e Bruno Paz para segurar o resultado e houve também um forcing por parte dos checos para tentar o empate. Esse empate chegou a ser festejado em cima dos 90’ depois de concretizarem um livre praticamente do meio campo. O lance, muito infeliz para o guardião luso, acabou por ser anulado para sorte dos portugueses pois era livre indireto.

A primeira parte foi divida, tivemos mais bola, mas a República Checa mais oportunidades, a grande diferença foi a segunda, onde justificamos plenamente o resultado. Hélio pediu mais e teve mais, se jogarmos sempre como fizemos nos segundos 45’, estaremos mais perto do nosso objetivo e de vencer qualquer partida.

 Foto de Capa: UEFA

A falsa questão dos reforços

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fc porto cabeçalhoOs reforços – ou, neste caso, a ausência deles – têm sido o tema principal do quotidiano portista neste Verão. Todos os dias se tenta vender a ideia de que o FC Porto está adormecido e/ou não tem possibilidade de comprar jogadores de qualidade. Embora haja um fundo de verdade na segunda afirmação, nenhuma delas está totalmente correcta.

Sérgio Conceição chegou ao clube há pouquíssimo tempo, mas de certeza já teve tempo para perceber que o dinheiro não abunda. Assim sendo, colocou mãos à obra e chamou desde logo vários jogadores que estiveram emprestados ou ao serviço da equipa B para mostrarem o que valem nesta primeira fase de pré-época. Enquanto isso, a SAD vai vendendo quem não serve ou quem, por força das circunstâncias, tem de vender. Quando este processo terminar – imagino que por volta da viagem para o México – treinador, director desportivo e SAD falarão sobre eventuais contratações tendo em vista reforços cirúrgicos para uma ou outra posição.

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

O plantel que Nuno teve nas mãos em 2016/2017 estava longe de ser fraco, mas, entre missas e bruxedos, acabou por se deixar levar pela falta de experiência própria e pela falta de chama do treinador. Entretanto um ano passou, a experiência é outra a fibra do treinador nem se compara. Com isto em mente, quem comanda o FC Porto tem apenas de tentar, como tem feito, manter a base da época passada, vender quem está a mais e contratar jogadores com capacidade para entrarem de imediato no onze.

Ainda falta muito tempo para começar o campeonato e não há Supertaça nem playoff da Champions a disputar, factores que reduzem em muito a pressão sobre Sérgio Conceição para decidir rapidamente com quem conta para o que aí vem. Neste momento são as células benfiquistas que controlam alguns (muitos) meios de comunicação social os maiores interessados em que se fale na ausência de contratações portistas, tentando assim que se fale de outra coisa que não seja correio electrónico, SMS ou actividades paranormais.

Foto de Capa: FC Porto