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Moreirense FC 3 X 1 FC Porto: Venha 2017/18…

fc porto cabeçalho 2Na 34.ª e última jornada da Liga NOS 2016/17 o FC Porto entrou em campo, em Moreira de Cónegos, para defrontar o Moreirense FC. Se para os azuis e brancos este era apenas um jogo “para cumprir calendário”, para a equipa da casa esta era a derradeira oportunidade para garantir a manutenção no principal escalão do futebol português. Assim sendo, se Nuno Espírito Santo apenas promoveu uma alteração na baliza, com a estreia absoluta de José Sá com a camisola do FC Porto na Liga NOS, Petit não poupou qualquer jogador para um jogo no qual a equipa dependia apenas de si para garantir o objetivo da manutenção.

Bancadas bem compostas, sobretudo com adeptos da equipa da casa, e entre os adeptos do FC Porto (hoje menos do que é habitual) podia ler-se uma tarja com a inscrição “A glória dos campeões é feita na última batalha. Por ti, por nós, pelo emblema”. Apito inicial dado por Fábio Veríssimo numa primeira parte pautada por um maior domínio do FC Porto mas por uma atitude sempre lutadora por parte da equipa da casa. Depois de uns primeiros 15 minutos tão sonolentos quanto o interesse demonstrado pelo futebolistas do FC Porto nesta partida, o primeiro lance de perigo acabaria por surgir por intermédio de Brahimi; em resposta a um cruzamento de Otávio a partir da direita o argelino surgiu sozinho ao segundo poste mas o remate saiu ao lado da baliza à guarda de Makaridze.

A partir daí, e mesmo mantendo-se a toada lenta do jogo (muito por culpa da previsibilidade do momento de organização ofensiva do FC Porto), começaram a surgir os golos. Aos 16 minutos Rebocho realizou um excelente cruzamento a partir do corredor esquerdo, Boateng antecipou-se a Marcano e, de cabeça, não deu qualquer hipótese a José Sá. A resposta do FC Porto à desvantagem foi pálida e, cerca de 20 minutos depois, foi a vez de Boateng bater Felipe em velocidade e isolar Frédéric Maciel, que, na cara de José Sá, não teve dificuldades em desviar a bola do guarda-redes português para o fundo das redes. Numa primeira parte dominada ao nível da posse de bola pelo FC Porto mas na qual apenas uma equipa mostrou objetividade na procura do golo, o resultado, apesar de demasiado penalizador, acabou por retratar bem a atitude displicente dos futebolistas da equipa azul e branca face à partida.

Fonte: FC Porto
Fonte: FC Porto

Ao intervalo Nuno Espírito Santo optou por retirar do jogo Héctor Herrera e Otávio para dar lugar a André Silva e Jesús Corona. O FC Porto passava a dispor-se num 4x4x2, com Brahimi e Corona bem abertos nos corredores laterais. Porém, como sempre por aqui se tem defendido, mais importante do que mudar as peças ou a estrutura tática são as dinâmicas coletivas, e essas, pese embora a mudança de atitude por parte dos futebolistas, mantiveram-se pobres. Apesar de tudo a equipa azul e branca surgiu mais pressionante na segunda parte, com o Moreirense FC a adotar posicionamentos mais conservadores, ainda que sempre mantendo a procura pelo aproveitamento dos momentos de transição ofensiva.

Acabou por ser sem grande surpresa, ainda que sem que tenha feito muito (em qualidade) por isso, que o FC Porto chegou ao golo aos 66 minutos. Jogada de insistência de Tiquinho Soares, que deixou a bola em Corona; este abriu em André André, que cruzou para Maxi Pereira, e o uruguaio, com um golpe de génio bafejado pela fortuna, conseguiu improvisar um remate que sobrevoou Makaridze e apenas terminaria no fundo das redes do Moreirense FC. Novo fôlego para o FC Porto num momento do jogo que poderia ter mudado por completo o rumo dos acontecimentos; porém, os de Moreira de Cónegos nunca esmoreceram e, por outro lado, os azuis e brancos continuaram a praticar um futebol pouco objetivo e sempre demasiado previsível.

Aos 71 minutos de jogo Nildo ameaçou a baliza à guarda de José Sá com um livre direto que o guardião português afastou para canto mas, aos 83 minutos, o golo da vitória acabaria mesmo por surgir. Felipe falhou o corte na abordagem ao lance, Boateng não desistiu, serviu Alex e este não desperdiçou a oportunidade; 3-1 para o Moreirense FC – a manutenção parecia agora garantida!

O FC Porto ainda teria espaço para um suspiro final, aos 86 minutos de jogo, com Brahimi a receber a bola na área, a desviá-la de Makaridze, mas esta acabaria por passar ao lado da baliza defendida pelo guarda-redes geórgio. Ponto final no encontro e grande festa em Moreira de Cónegos. O Moreirense FC, treinado por Petit, acabava de garantir a permanência na Liga NOS; para o FC Porto o jogo foi o espelho daquilo que tem vindo a ser a fase final da época: uma equipa com um modelo de jogo rudimentar e sem ideias na fase de criação (problema agravado pela ausência de Óliver Torres do 11 inicial). Agora só resta refletir sobre aquilo que falhou e, serenamente, preparar a época 2017/18 com esperança num futuro vitorioso.

Sporting CP 37- 28 AHC Potaissa Turda: Supremacia leonina contra os ventos de Leste

sporting cp cabeçalho 1 O jogo entre o Sporting e os romenos do Potaissa Turda só teve um sentido: a baliza da equipa da Europa de Leste, culminando com a vitória da equipa portuguesa por 37-28. Aliás, a equipa leonina entrou no jogo com tal garra que colocou completamente a leste do jogo esta equipa do leste da Europa. O Sporting começou com Matej Asanin na baliza, que esteve até aos 15 minutos da 2ª parte em jogo.

O guardião croata fez uma exibição soberba. Apenas alguns exemplos: logo aos 5 minutos de jogo destaque para uma defesa com o pé esquerdo, numa verdadeira mancha, perante um remate do pivot do Turda; aos 23 minutos de jogo, com uma brilhante defesa com os pés; aos 28 minutos, defesa com as mãos, face a um remate de longa distância de um jogador da equipa romena. Também não ficou atrás a exibição do guardião romeno, com excelentes defesas principalmente na segunda parte do jogo.

O Sporting apresentou, desde muito cedo na partida, momentos ofensivos que mostram a maturidade técnico-tática e coordenação dos seus jogadores. Esta maturidade ofensiva determinou que o marcador tivesse sempre inclinado a favor dos verdes e brancos. Aos 15 minutos da primeira parte, o Sporting destacava-se no marcador com 11 golos marcados contra apenas 5 sofridos.

Destaque, neste plano, para a jogada leonina aos 12 minutos de jogo, uma combinação entre o central Carlos Ruesga, o lateral João Paulo Pinto e o ponta-esquerdo Ivan Nikcevic, terminando com um golo fantástico do jogador sérvio. Na verdade, o ponta-esquerda leonino foi responsável por grande parte dos golos da equipa, com remates certeiros e eficazes.

A segunda partida irá ser jogada dia 27 de maio Fonte: Super Sporting
A segunda partida irá ser jogada dia 27 de maio, na Roménia
Fonte: Super Sporting

O processo ofensivo do Sporting encontrou em Carlos Ruesga o seu maestro indiscutível, pautando as oscilações atacantes da equipa. Na segunda parte, o Professor Hugo Canela trocou o pivot, substituindo Michael Kopko por Igor Zabic.

Destaque ainda para Janko Bozovic que se revelou um rematador de longa distância na equipa do Sporting ao longo do jogo, com remates bastante fortes e certeiros. A equipa do Turda permaneceu sempre com uma defesa de marcação individual, forçando cada elemento da equipa do Sporting a ter necessidade de se libertar dessa marcação e a procurar espaços vazios sem bola.

No ataque, a equipa do Turda foi demasiado lenta, com circulações de bola sem objetivo definido, tornando o seu jogo bastante previsível. A tradicional defesa 6 – 0 do Sporting foi mais do que suficiente para neutralizar qualquer investida da equipa romena.

No plano defensivo, destaque para a muralha construída por dois homens do Sporting na primeira parte: Kopko e Bosovic, impedindo a progressão do pivot da equipa do Turda. Em resumo, a equipa do Sporting acabou por ganhar esta primeira mão da Final da Taça Chalenge com uma vantagem de 9 golos.

Mas será essa vantagem suficiente para o Sporting conquistar o mesmo troféu europeu que conquistou na época 2009/2010? Para isso é preciso que a equipa do Sporting não se ponha a leste, numa segunda mão a disputar no leste da Europa.

Foto de Capa: Fórum SCP

Uma estreia muito antecipada na marca das oportunidades

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Este domingo terá lugar o primeiro evento do Smackdown Live após a Wrestlemania. O Backlash, que regressou no ano passado, está de volta, no que se espera ser uma boa edição.

Com algumas surpresas e intrigas por resolver, analisamos o card do Backlash, e falamos sobre possíveis cenários e vencedores.

Luke Harper vs Erick Rowan

Fonte: WWE
Fonte: WWE

Este domingo, teremos o confronto entre antigos parceiros da Wyatt Family, Luke Harper e Erick Rowan.

A situação em que estão a colocar Harper e Rowan é ingrata para o desenvolvimento da carreira de ambos no Smackdown Live. São atletas com grande potencial, que poderiam estar a ter outro destaque. Ao invés, parece que ficaram retidos no passado, uma vez que a Wyatt Family já terminou há algum tempo e, ainda assim, insistem em retomar esta história.

Apesar da história ser pouco interessante, o que me cativa no combate é a exibição de ambos, que tenho a certeza que vai ser boa.

Para vencer, aposto em Luke Harper por dois motivos: primeiro, para colocar um ponto final da história; segundo, porque tem mais potencial que Rowan e merece ter um destaque maior no plantel do Smackdown.

Académica OAF 2-1 FC Porto B: Encanto na hora da despedida de Costinha

futebol nacional cabeçalho

Coimbra teve encanto na hora da despedida da época… e de Costinha. Académica e FC Porto B protagonizaram um jogo, na sua generalidade, bonito e marcado pela vontade de vencer dos estudantes e pela qualidade técnica dos dragões. No fim, ganhou a Briosa, conforme mereceu, atenuando a mágoa de ainda não estar de regresso ao escalão principal.

Perante um FC Porto B a tentar encontrar-se no meio das mudanças promovidas pelo seu treinador (jogou e venceu, a meio da semana, a final da Premier League Internacional Cup), a Académica começou a partida a ganhar ascendente nos instantes iniciais, por força do espírito empreendedor de Kaka, capaz de encontrar e lançar Marinho e Traquina nos flancos. O problema esteve na fase de decisão, que tornou inconsequentes esses primeiros 15 minutos de domínio.

O esbanjamento dos estudantes foi aproveitado pelo FC Porto B, que começou a ligar setores e a conseguir criar oportunidades de golo, com Graça em destaque neste particular. Primeiro aproveitou uma má reposicao de um pontapé de baliza batido por José Costa para progredir e obrigar o guardião dos estudantes a defesa difícil e, depois, com quatro adversários ao seu redor, foi capaz de descobrir a integração de Verdasca no ataque. Este visou a área, onde apareceu Ruben Macedo a disparar por cima.

Costinha dá instruções aos jogadores da Académica... pela última vez
Costinha dá instruções aos jogadores da Académica… pela última vez

O jogo ganhou equilíbrio e foi sobre esta nota que a Academica chegou ao golo inaugural. Kaka, sobre a meia hora de jogo, aproveitando uma desatenção de Gudiño num lance aparentemente ofensivo, contornou o guarda-redes dos dragões e coloriu o marcador. O FC Porto B não se ficou e, 5 minutos depois, igualou a partida na sequência de uma bola parada exemplarmente batida por Rui Moreira e que teve o condão de acalmar as hostilidades, fazendo com que o intervalo chegasse numa toada mais “calma”…

… Que se arrastou até ao início do segundo tempo. O jogo entrou num estranho marasmo (dada a primeira parte), com o qual só Makonda e Kaka, no primeiro quarto de hora, quiseram romper.
Costinha e Folha tiveram, pois, que mexer. Ki entrou para o lugar de Kaka, nos estudantes, ao passo que Fede Varela e Pereira renderam Tomás Podstawski e Tony Djim do lado do FC Porto B.

Trocas que beneficiaram a Academica. É que, para além de perder fulgor ofensivo, o meio-campo do FC Porto B perdeu a cola que ia impedindo a Briosa de ganhar ascendente, e permitiu o atrevimento dos estudantes – Yuri de cabeça, atirou a trave e Rui Miguel, na pequena área, atirou ao lado.

Folha, descontente, colocou em campo um dos seus trunfos – Galeno. O brasileiro agitou, como costuma e, ao romper pela área academista, quase era feliz. Mas, sozinho, não podia fazer mais que se ficar pelo inconformismo, e este foi só um pormenor no meio de um domínio academista, que voltou a ser manifestado em quatro oportunidades – primeiro Rui Miguel atirou para defesa difícil de Gudiño e Makonda, na recarga, atirou a trave, e depois, o mesmo Rui Miguel atirou por cima, à semelhança do que Ernst (já entrado para o lugar de Marinho) tinha feito uns minutos antes.

Calor não deu tréguas e os jogadores do FC Porto B aproveitaram uma assistência méida para se refrescar
Calor não deu tréguas e os jogadores do FC Porto B aproveitaram uma assistência méida para se refrescar

Adivinhava-se o golo dos estudantes. Só faltava um bocadinho mais de discernimento. Estava no banco. Costinha decidiu tirar Rui Miguel e colocou Diogo Ribeiro. 2 minutos depois, aos 86′, tirava frutos desta troca: o número 66 dos estudantes correspondeu da melhor maneira a um cruzamento de Traquina e devolveu a liderança no marcador à Briosa. Um golo festejado em euforia pelo jogador formado no Esperança de São Martinho e na Academica, que tirou a camisola e foi engolido em abraços pelos seus colegas.

Uma imagem que marca a união que existe num balneário nem sempre recompensado devidamente pelas incidências do jogo e que merecia, pelo seu profissionalismo, muito mais que o 6º lugar em que terminou a época.

Portugal Sub20 1-2 Zâmbia Sub20: Sem pôr a bola na baliza, é impossível

Cabeçalho Seleção Nacional

Emílio Peixe constituiu um primeiro onze formado maioritariamente por jogadores do SL Benfica, com seis atletas dos encarnados. Diogo Costa, jovem de 17 anos do FC Porto, foi o dono da baliza, tendo à sua frente um quarteto defensivo formado por Diogo Dalot Rúben Dias, Jorge Fernandes e Yuri Ribeiro. No meio campo, Florentino Luís foi o médio mais defensivo, com Gedson Fernandes e Bruno Xadas à sua frente, sendo este último, jogador do SC Braga, o elemento com mais responsabilidade de ligação ao ataque. No setor mais ofensivo, Diogo Gonçalves foi o extremo esquerdo, André Ribeiro, jogador do Zurique, sobre o lado direito e o benfiquista José Gomes como ponta de lança.

A primeira parte foi muito morna, com ambas as equipas na expetativa e raríssimas oportunidades de golo. A seleção lusa preferiu, quase sempre, atacar pelo flanco esquerdo, onde a dupla composta pelas “águias” Yuri Ribeiro e Diogo Gonçalves conseguiu carburar algum jogo ofensivo. Ainda assim, na primeira meia hora, apenas tivemos um remate de Xadas à figura de Mangani Banda e uma outra tentativa de André Ribeiro, bloqueada pelos centrais adversários. No lado contrário, os africanos apenas tiveram uma ocasião de golo, à passagem dos vinte minutos, com um remate de Luchanga para uma defesa bastante vistosa de Diogo Costa.

No último quarto de hora da primeira metade, Portugal subiu um pouco o seu patamar exibicional e aproximou-se mais da área zambiana, com Diogo Gonçalves e André Ribeiro a terem boas hipóteses de alvejar a baliza contrária. A nossa seleção tinha alguns problemas de ligação entre o meio campo e o ataque, com muito poucas jogadas de perigo. A melhor oportunidade de golo surgiu aos 44 minutos, num lance onde Diogo Dalot assistiu Diogo Gonçalves. O benfiquista rematou forte, mas a tentativa foi bloqueada, quase em cima da linha de golo, pelo lateral direito da Zâmbia, Moses Nyondo.

Ainda no primeiro tempo, destaque para a saída de Patson Daka, um dos melhores jogadorez da Zâmbia. O avançado do Red Bull Salzburgo teve de ser substituído depois de ter chocado com Rúben Dias num lance de bola parada. Foi rendido por Emmanuel Banda, jovem jogador que atua em Portugal, no Esmoriz.

Este foi o onze titular escolhido por Emílio Peixe para esta estreia no Mundial Sub20 Fonte: Seleções de Portugal
Este foi o onze titular escolhido por Emílio Peixe para esta estreia no Mundial Sub20
Fonte: Seleções de Portugal

A segunda parte foi totalmente diferente. Os africanos reentraram melhor na partida, com Fashion Sakala em grande destaque. O número 10 zambiano ameaçou aos 50 minutos, com um remate para defesa de Diogo Costa. No minuto seguinte, os zambianos inauguraram o marcador. Sakala teve um bom trabalho no flanco direito, Mwepu fez um primeiro remate para defesa muito apertada do guardião português e, na recarga, Edward Chilufya, empurrou para a baliza aberta. Depois disso, inexplicavelmente, Emílio Peixe colocou Xande Silva em campo mas, inexplicavelmente, retirou José Gomes. Portugal deu então um festival de golos falhados, com Diogo Gonçalves, André Ribeiro e Xande Silva como principais protagonistas. Xadas e Gedson Fernandes também tentaram, mas sem sucesso. Emílio Peixe retirou depois André Ribeiro, que também estava em bom plano, para entrar Hélder Ferreira e apenas arriscou na última alteração, com a entrada de Pepê para a saída do médio defensivo Florentino Luís.

Para piorar as coisas, os africanos ainda chegaram ao segundo golo, por Fashion Sakala. O jogador do Spartak Moscovo aproveitou a passividade dos centrais portugueses, entrou na área e rematou sem hipóteses para Diogo Costa. A seleção lusa tardou em voltar a encontrar-se, com escassa clarividência e poucas ocasiões de golo nos últimos minutos. Contudo, foi já no período de descontos que Portugal reduziu. Mangani Banda ainda fez uma defesa assombrosa a remate de Xande Silva mas, na recarga, Hélder Ferreira conseguiu mesmo faturar, reduzindo a desvantagem nacional.

Depois de uma primeira parte onde respeitou demasiado a seleção contrária, Portugal deu um autêntico festival de falhanços em frente à baliza de Mangani Banda, que apenas teve de fazer duas ou três defesas com algum grau de dificuldade. Acho que Pedro Delgado tem de ser titular na segunda jornada, pois será preciso acrescentar muito mais criatividade ao meio campo. É inexplicável como não foi utilizado hoje.

Na equipa nacional, destaque positivo para as exibições de Diogo Dalot e Yuri Ribeiro quando apoiaram o ataque, e de Xadas e André Ribeiro, que foram os mais ativos na tentativa e alvejar a baliza da Zâmbia. Na próxima quarta feira, Portugal vai defrontar a Costa Rica e termina a fase de grupos no sábado frente ao Irão. Frente aos costarriquenhos, é imperativo conquistar a vitória.

Que podem trazer Piccini e Mattheus Oliveira?

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A época desportiva de 2016/2017 está prestes a terminar, mas os clubes começam a preparar já a próxima época e em Alvalade ainda se prepara com mais preocupação e prioridade face aos vários erros cometidos ao longo desta temporada. Como já foi escrito por mim anteriormente noutros artigos, o plantel leonino necessita de uma revolução e de vender provavelmente cerca de nove ou dez jogadores que estão claramente a mais e não acrescentam qualidade nenhuma nem às primeiras nem às segundas linhas.

Para existir melhoria no rendimento e na qualidade do plantel também é necessário contratar com critério, tal como aconteceu com Bas Dost. Não se sabe ainda o que vai no pensamento do staff leonino, se pretendem garantir mais um ou dois reforços com a mesma qualidade e garantias de Bas Dost, tendo assim um maior investimento, ou se será colmatar as lacunas do plantel através de jogadores com preços mais acessíveis. A verdade é que o Sporting também não pode cometer loucuras a nível financeiro e se Bas Dost também veio por dez milhões de euros, é porque foram vendidos jogadores a cobrir esse investimento. Certamente com algumas saídas que podem existir, esse investimento irá ser feito. O Sporting precisa urgentemente de se reforçar e preparar a época da melhor forma. Não pode haver desculpas. Para já foram confirmadas três contratações: André Pinto, central contratado a custo zero ao Sporting de Braga e, mais recentemente, Cristiano Piccini e Mattheus Oliveira.

Cristiano Piccini, lateral direito formado na Fiorentina, nunca se afirmou e foi um jogador sistematicamente emprestado pelos “viola”. Em 2015/2016, após um ano de empréstimo no Bétis e por ter convencido o clube espanhol, foi contratado por cerca de um milhão e meio de euros. Chega ao Sporting proveniente então do Bétis por uma quantia a rondar os três milhões de euros. Tem 24 anos e é um jogador bastante alto (1.89m) – tal como Jesus gosta. Apesar de demonstrar algumas debilidades a nível defensivo – algo até preocupante para o plantel leonino, pois as principais lacunas são as laterais defensivas e os vários erros cometidos nessas mesmas posições – a Liga Espanhola e o clube em questão também exigiam que fosse necessário passar mais tempo a defender do que a atacar, sendo que num clube como o Sporting e o campeonato português algo mais acessível, será também mais fácil a sua adaptação. Isto porque é um lateral ofensivo, apesar de alto é bastante rápido e ágil, demonstrando boa capacidade para subir na linha e arriscar no um para um.

Boavista FC 2-2 SL Benfica: Uma pantera travestida de campeão

Cabeçalho Futebol NacionalEncerrando a temporada 2016/2017, Boavista e Benfica encontraram-se para uma partida a contar para a Jornada 34 da Liga NOS, que teve lugar no Estádio do Bessa Século XXI e contou com a arbitragem de Nuno Almeida.

Por um lado, as panteras atingiram a melhor classificação da década, ocupando, independentemente do resultado do jogo, o nono posto da tabela classificativa. Por outro, as águias, que se sagraram campeãs na última jornada diante do Vitória de Guimarães, pretendiam dar minutos a jogadores como Paulo Lopes, Kalaica, Hermes e Pedro Pereira.

Após um início pautado por um equilíbrio entre ambas as formações, as distrações posicionais da defensiva encarnada possibilitaram um ascendente ofensivo dos axadrezados. Num dos lances de ataque, aos 15 minutos, Fábio Espinho, após um passe extraordinário de Iuri Medeiros, conduziu o esférico pela lateral direita, cruzando para Renato Santos que, confortavelmente, inaugurou o marcador. Ao minuto 28, Iuri Medeiros, na cobrança de um livre direto algo distante, tentou surpreender Júlio César. Contudo, o esférico sobrevoou ligeiramente a baliza.

Os pupilos de Rui Vitória erraram um número incontável de passes no último terço do terreno e o Boavista, assumindo a tranquilidade decorrente da vantagem, aproveitava a tentativa de contragolpe. No período de compensação, Iuri Medeiros tentou novamente ampliar a vantagem, mas a bola voltou a subir em demasia.

No recomeço da partida, o Benfica entrou melhor, porém, o Boavista aproveitou inteligentemente os sucessivos erros defensivos da equipa visitante. Foi assim que, aos 52 minutos, Iuri Medeiros isolou Schembri que não teve dificuldades em bater o guardião das águias. Numa recuperação de bola de Rafa, ao minuto 71, que percorreu o corredor central, Mitroglou, na cara de Vágner, não perdoou e reduziu o marcador. Aos 78 minutos, os axadrezados estiveram próximos de sentenciar o jogo, mas o disparo de Iuri Medeiros embateu em Lisandro López e não tomou o caminho da baliza.

Já com Paulo Lopes em campo, Iuri voltou a tentar de livre, no entanto, o esférico saiu à malha lateral. Segundos antes da compensação, Kalaica, na sequência de um canto cobrado por Zivkovic, fixou inesperadamente o empate com um potente cabeceamento.

O legado do clã Kirsten no futebol alemão

Cabeçalho Liga Alemã

“O nome “Kirsten” vai estar para sempre inseparavelmente associado ao Dynamo” – Benjamin Kirsten (2015)

Ulf “Schwatte” Kirsten é um nome de referência do futebol alemão e, porque não dizê-lo, do desporto rei no velho continente. Nascido em Riesa, na antiga RDA (República Democrática Alemã), Kirsten ficou conhecido pela sua classe dentro das quatro linhas e pela sua capacidade, quase inata, de marcar golos. Ulf foi um elemento chave no poderoso SG Dynamo Dresden da década de 80 e nome de referência do Bayer 04 Leverkusen entre 1990 e 2003. Na verdade, Kirsten apenas conheceu estas duas equipas enquanto sénior, depois de ter passado pelo BSG Chemie Riesa e pelo BSG Stahl Riesa durante a sua formação. Apesar de estar “do outro lado do muro”, o seu talento durante as épocas que passou em Dresden não passou despercebido aos olheiros da Europa Ocidental, que não hesitaram em compará-lo ao lendário Gerd Müller. Kirsten deixou um legado absolutamente brilhante no futebol alemão, apontando cerca de 300 golos em pouco mais de 500 jogos divididos pelo Dynamo, Bayer e pelas selecções da RDA e da Alemanha unificada.

O legado do nome Kirsten no futebol alemão não terminou, porém, quando em 2003, Ulf decidiu pendurar as botas, uma vez que o seu filho, Benjamim, estava preparado para seguir as pisadas do pai, ainda que ocupando uma posição completamente antagónica àquela que fez do lendário Ulf um dos melhores avançados de sempre do futebol europeu. Benjamin, ou Ben, como geralmente é conhecido, é guarda-redes e fez a sua formação no SG Dynamo Dresden e no Bayer 04 Leverkusen. Natural de Riesa, como o seu pai, Ben mostrou desde cedo que o futebol teria um papel de elevada importância na sua vida e aos 2 anos de idade já dava os primeiros toques na bola na academia do histórico emblema de Dresden.

Ulf Kirsten ao lado de Ralf Minge nos tempos de glória do SG Dynamo Dresden na década de 80 Fonte:  weltsport.net
Ulf Kirsten ao lado de Ralf Minge nos tempos de glória do SG Dynamo Dresden na década de 80
Fonte: weltsport.net

A queda do muro de Berlin e consequente desmoronar da RDA precipitaram a saída de vários jogadores da Oberliga para a Bundesliga e Ulf Kirsten foi um deles. O “Schwatte” mudou-se para Leverkusen e levou a sua família consigo. Ben passaria então a integrar as escolas do Bayer 04 e por lá ficou até 2008, alinhando na equipa de reservas do emblema da Renânia do Norte-Vestefália. A falta de oportunidades e de tempo de jogo fez com que Kirsten procurasse a sua sorte noutras paragens e foi curiosamente nesse ano que chegou a Dresden para alinhar pelo Dynamo local, após uma muito breve passagem pelo  SV Waldhof Mannheim. Com apenas 21 anos, Ben começou a conquistar o seu espaço, primeiro na equipa de reservas, onde venceu o Sachsenpokal em 2009, e mais tarde ao serviço da equipa principal, onde chegou, de forma permanente, em 2011 pela mão de Matthias Maucksch.

O que Benjamim Kirsten viveu depois com o SG Dynamo Dresden foi uma verdadeira história de amor, um pouco à semelhança do que havia acontecido com o seu pai na década de 80, mas porventura ainda um pouco mais intensa. Ben fez mais de uma centena de jogos pelo Dynamo e a par do hispano-alemão Cristian Fiél, tornou-se não só uma referência da equipa, como também um verdadeiro herói para os fervorosos adeptos do clube durante os anos que se seguiram.

Feyenoord, 18 anos depois

Cabeçalho Futebol Internacional

A liga holandesa é dominada por PSV e Ajax desde que comecei a acompanhar este desporto. Nasci em 95, e desde então, estes dois emblemas conquistaram a principal prova de clubes da Holanda por 18 ocasiões. Pelo meio intrometeram-se 3 clubes: Az Alkmaar, em 2008/2009, Twente logo no ano de seguida, e o Feyenoord, este que contando já com o título alcançado na presente temporada, por duas ocasiões inverteu a tendência do desfecho do campeonato dos Países Baixos.

É a equipa que, nos últimos 20 anos, tem por hábito ficar classificado logo a seguir ao PSV e Ajax, no 3º posto (8 vezes). De realçar ainda os 2ºs postos alcançados (4) no período de tempo em análise. O último título conquistado pelo Feyenoord foi a Taça da Holanda, em 2007/2008…

Destaque para uma das características que identificam o futebol holandês. A esmagadora maioria dos jogadores são naturais do país. No que toca ao Feyenoord: desde a conquista da eredivise de 98-99 até à atual, todos os treinadores que comandaram a equipa de Roterdão são de nacionalidade holandesa. Desde 82 que é assim. Só uma ligeira exceção: no ano 1989, foram dois técnicos a orientar o clube, sendo um dos quais de nacionalidade sueca.

Conquista da Eredivise levou de Kuip ao rubro Fonte: News of the EU
Conquista da Eredivise levou de Kuip ao rubro
Fonte: News of the EU

Este ano, o campeão Feyenoord apresentou um futebol muito positivo. Deu, de facto, esperanças de uma grande época aos adeptos: apesar de ter perdido a Johan Cruijff Schaal XXI (Supertaça holandesa), venceu, logo na sexta jornada o então detentor do título holandês, em Eindhoven, por 1-0; e aquela vitória em casa diante o Man. United de José Mourinho. Mesmo um United menos assustador do de outros tempos, é o United. Reforçou-se com duas armas de alto calibre, Paul Pogba e Zlatan Ibrahimovíc (o último que, mesmo com numa fase mais avançada da carreira, provou mais uma vez do que é capaz), sob o comando de José Mourinho, nessa fase tão prematura da época, a equipa onde Cristiano Ronaldo é ídolo atravessava um momento de assimilação daquilo que Mourinho realmente queria, mas já assinalava boas ideias de jogo, qualidade individual por parte dos mais virtuosos, mas pecava na finalização. Algo que, acabou por se suceder toda a temporada.

Voltando ao Feyeenord, que é o tema que nos devemos focar, assinalo a tremenda série vitoriosa protagonizada pelo conjunto orientado por Giovanni van Bronckhorst: além de contabilizar todos os pontos possíveis, dava espetáculo e vencia jogos por grande diferença de golos. Começou a Eredivisie com uma vitória de 5-0 sobre o N.E.C., e teve sem perder pontos até à receção ao Ajax, à 10ª jornada, partida que ficou empatada a uma bola. Após esse jogo, atravessou curta fase um pouco estranha, tendo em conta os resultados apresentados até então: um empate contra o Heerenveen, e uma derrota frente ao Go Ahead Eagles. Depois voltou às vitórias, e venceu o PEC Zwole por 3-0. Na jornada seguinte, novo empate, em casa do Utrecht, mas depois voltou ao normal, e obteve uma nova grande série vitoriosa.

Boavista FC 2-2 SL Benfica: E o Paulo Lopes (também) é campeão!

sl benfica cabeçalho 1

O último jogo do Benfica para a Liga NOS 2016/17 colocava-o no Bessa a enfrentar o Boavista. Num jogo que, em termos pontuais, em nada servia ao Benfica, o Boavista fez o corredor de honra enquanto os tetracampeões entravam em campo com um onze de segunda (ou mesmo terceira) linha.

Uma partida que contou com imensas mudanças no lado encarnado e que tinha como principal objetivo a consagração de mais 4 campeões portugueses. Três deles, Kalaica, Pedro Pereira e Hermes, jogaram a titular, ficando apenas Paulo Lopes no banco, dos que precisava de minutos para se sagrar também campeão da Liga NOS.

O Boavista tomou a dianteira no primeiro quarto de hora, numa altura em que se adivinhava que os axadrezados estavam a momentos de fazer balançar as redes do Benfica, hoje defendidas por Júlio César. Foi Iuri Medeiros que deu inicio à jogada, lançando na direita Fábio Espinho que entregou o golo a Renato Santos que só teve de encostar.

O jogo continuou equilibrado, notando-se, ainda assim, a dificuldade da equipa pouco habitual das águias em combinar uns com os outros. Faltava a rotina que se viu no onze base da equipa tetracampeã. O Boavista, por sua vez, ao não optar por lançar um onze muito diferente do habitual, acabou por ter jogadas mais interessantes ao longo da primeira parte.

À meia hora de jogo, Mitroglou perdeu a cabeça e reclamou de forma acesa com o árbitro e com um axadrezado, levando um amarelo. Por esta altura os ânimos aqueceram, sucedendo-se várias faltas e assobiadelas de parte a parte.

Na segunda parte o jogo manteve-se com o mesmo equilíbrio, apesar da entrada de Rafa para o lugar de Hermes. A equipa do Bessa, desiquilibrando um pouco mais, acabou mesmo por fazer o segundo golo. Assistência de classe do açoriano Iuri Medeiros para André Schembri que alargou a vantagem para euforia dos boavisteiros.

O golo veio numa altura em que o Benfica tinha entrado bem e conseguia ser mais perigoso. Aos 52 minutos, viu-se contrariado, mas os adeptos encarnados gritaram bem alto, não deixando a equipa baixar os braços.

Acontece que, já com Jiménez a render Filipe Augusto, o Benfica consegue reduzir a desvantagem. Uma grande arrancada de Rafa no centro do campo e um passe a desmarcar Mitroglou, fez com que o grego voltasse aos golos e reduzisse a diferença para um golo.

Pouco depois, um momento muito aguardado pelos benfiquistas, Paulo Lopes entra em campo para defender a baliza encarnada nos últimos 10 minutos da partida. A claque presente ficou ao rubro gritando “Paulo Lopes é campeão”. Assim, o Benfica garantiu mais 4 jogadores como campeões nacionais.

O resto do jogo manteve-se dividido, mas com as águias a conseguirem, cada vez mais, embalar o seu jogo e a criar mais perigo, embora sempre respondido com perigo do Boavista.

Chegava-se ao minuto 90 e Zivkovic desloca-se à bandeirola do lado esquerdo do terreno para bater um canto. Canto batido e aparece um estreante, Kalaica, para cabecear, muito forte, contra o poste de Vagner Silva, fazendo a bola bater no chão e Vagner desviar em sufoco. Confusão nas bancadas e no campo, o árbitro apita e garante que estava feito o empate pelo Benfica. Kalaica vivia uma estreia de sonho, com 90 minutos e um golo a dar o empate para os campeões nacionais. Ainda houve tempo para se esperar a reviravolta, mas o jogo terminava assim.

Empate no Bessa, num jogo em que havia objetivos distintos dos dois lados, e apenas um foi alcançado. O Benfica garantiu mais quatro campeões nacionais, mas o Boavista continua sem conseguir ganhar a um grande desde o regresso à primeira liga do futebol nacional.

Foto de Capa: SL Benfica