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Matheus Pereira, um talento que volta a ser aposta

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O jovem leão Matheus Pereira regressou ao onze de Jorge Jesus, no passado sábado, diante do Tondela. O extremo leonino rubricou uma boa exibição, tendo feito uma assistência para um dos golos de Bas Dost.

Nesta temporada o jovem formado na Academia de Alcochete tem jogado mais vezes ao serviço da equipa “B”. Na Segunda Liga soma 11 partidas e seis golos, tendo ainda um registo notável de assistências para golo. Na equipa principal, Matheus Pereira realizou cinco partidas, três para a Liga NOS, uma na Taça da Liga frente ao Arouca e uma para a Taça de Portugal na goleada frente ao Praiense. Na Liga NOS, destaque para a titularidade no clássico no Dragão e, mais recentemente, para a vitória frente ao Tondela, com uma assistência.

Matheus Pereira tenta marcar o seu caminho na equipa principal Fonte: Sporting CP
Matheus Pereira tenta marcar o seu caminho na equipa principal
Fonte: Sporting CP

Estamos perante mais um grande talento puro do futebol leonino saído da Academia de Alcochete. Matheus Pereira é um jogador com uma enorme qualidade técnica, forte no um para um, cruza bem, com chegada a zonas de finalização e, ainda, exímio nas bolas paradas. Ao serviço da equipa “B” tem demonstrado todo o seu valor, sendo um dos atletas que mais dão nas vistas.

Agora que teve novamente a oportunidade de ser titular no 11 de Jorge Jesus, e com a boa exibição que rubricou, é expectável que venha a ser aposta firme para o futuro do Sporting. Recorde-se que, frente ao Tondela, os leões fizeram alinhar sete jogadores da formação – Rui Patrício, William Carvalho, João Palhinha, Daniel Podence, Francisco Geraldes, Gelson Martins e Matheus Pereira. Trata-se da melhor “cantera” em Portugal; uma das melhores do mundo!
Foto de Capa: Facebook de Matheus Pereira

Ferrari? It’s been a long time without you, my friend

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Cabeçalho modalidadesOs principais testes de pré-temporada da Fórmula 1 realizaram-se nos últimos dias em Barcelona e os picos de interesse foram muitos. Para já, a Ferrari apresenta-se com o carro mais sólido, mais rápido e mais preparado para a próxima época. Nas palavras do próprio Lewis Hamilton, “a favorita é a Ferrari; não a Mercedes”.

E porquê? Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen estiveram supersónicos nos testes de Barcelona e deixaram os entusiastas de F1 ansiosos pela primeira corrida do ano. No penúltimo dia de testes, Vettel fez uma volta-canhão e alcançou o melhor tempo realizado até então. Com pneus ultramacios, o alemão rodou em 1m e 19,024s na sua melhor volta, 0,286s mais rápido do que Bottas, que detinha a melhor marca.

No mesmo dia, Vettel ainda fez uma simulação de corrida com pneus médios, onde foi claramente melhor do que Lewis Hamilton.

Kimi Raikkonen, por sua vez, superou o colega de equipa no dia seguinte e rodou no segundo 18: fez 1m e 18,634s. O finlandês foi o piloto mais rápido dos testes de Barcelona, apesar dos obstáculos que iam aparecendo – sofreu um pião na recta da meta mas conseguiu voltar à pista em condições e arrasar a competição.

E, se durante a época falámos “dos Mercedes e dos outros”, para falar destes testes temos de falar “dos Ferrari e dos outros”. Depois da scuderia italiana aparecem, inquestionavelmente, os Mercedes. Lewis Hamilton, apesar de não ter deslumbrado, mostrou-se coerente e bastante confortável no monolugar. Já Valtteri Bottas, que substituiu o campeão e reformado Nico Rosberg, chegou a ter o melhor tempo até ser destronado por Vettel. Os Mercedes parecem preparados para o reinício da competição; vejamos se estarão preparados para ter a concorrência que tem faltado à F1.

Esta foi uma imagem muito visto no McLaren-Honda Fonte: Formula1 Portugal
Esta foi uma imagem muito visto no McLaren-Honda
Fonte: Formula1 Portugal

Logo a seguir, os Red Bull. Verstappen e Ricciardo reafirmaram o poderio que a Red Bull tinha mostrado nas últimas corridas da temporada passada e conseguiram transparecer a solidez do carro – o holandês ficou com o segundo melhor tempo da bateria de testes. A Red Bull é um caso sério e está aí para causar estragos – principalmente quando a Mercedes e a Ferrari acharem que só têm de competir uma com a outra.

Carlos Sainz surpreendeu e o Toro Rosso fechou mesmo o pódio. O espanhol jogava em casa e levou a terceira melhor marca dos testes. Os McLaren ficam na história desta pré-temporada mas por maus motivos; o MCL32 teve inúmeros problemas eléctricos que o deixaram fora de pista durante demasiado tempo e não permitiram a Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne sair dos últimos lugares da tabela. Para quem prometeu mundos e fundos no final do campeonato, a McLaren continua a desiludir.

Os testes de Barcelona acabaram mas a emoção ainda mal começou. A Fórmula 1 regressa no fim-de-semana de 24 a 26 de Março, com o Grande Prémio da Austrália. Com a Ferrari a querer assumir o controlo, a Mercedes a não querer deixar escapar a hegemonia e a Red Bull a querer ganhar espaço entre os gigantes, a primeira corrida do ano vai ser, com toda a certeza, muito animada.

Foto de Capa: Ferrari

SL Benfica 4-0 CF “Os Belenenses”: O regresso à normalidade

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A fechar a 25.ª jornada da Liga NOS, o Belenenses deslocou-se ao Estádio da Luz para enfrentar o campeão em título, Sport Lisboa e Benfica. Os tricampeões apresentaram no onze o regresso da dupla Jonas e Mitroglou e André Almeida entrou para o lugar do lesionado de última hora, Nélson Semedo.

Foi precisamente o internacional português que iniciou a goleada encarnada perante a equipa de Belém. Depois de dez minutos iniciais muito fortes por parte do Benfica, que pouco tempo deixou a bola nos pés dos adversários, o esforço foi compensado com uma pequena ajuda de Miguel Rosa. Com um passe para as costas da defensiva azul, Miguel Rosa, que aparentemente tinha o lance controlado, amorteceu a bola com o peito para Cristiano. No entanto, antes de o guarda-redes do Belenenses conseguir chegar à bola, chegou o lateral direito, que inaugurou o marcador. Não festejou o golo frente à antiga equipa, André Almeida, ele que marcou pela primeira vez no campeonato pelo Benfica.

A perder desde os 12 minutos, o Belém tentou recompor-se, mas só dava Benfica na partida. O jogo acalmou o ritmo e só a partir de perto da meia hora de jogo é que os azuis do Restelo conseguiram criar lances ofensivos. Mitroglou acabava por meter a bola na baliza do Belenenses ainda antes do intervalo, mas em fora de jogo, posição onde foi apanhado por várias vezes durante o jogo.

O Benfica foi a vencer por uma bola a zero para o intervalo, resultado derivado de 20 minutos de qualidade e de uma certa eficácia. O Belenenses só conseguiu equilibrar o jogo tardiamente e viu a primeira parte acabar na altura em que mais equilibrou a partida.

A segunda parte foi mais mexida. Contou com três golos, tendo todos vindo do lado do Benfica.

Os azuis começaram a pressionar mais o jogo e a ter mais bola e Miguel Rosa fez o primeiro grande lance de perigo ao fazer a bola bater no poste direito de Ederson. No entanto, no lance seguinte, numa bela jogada dos encarnados, Salvio serviu Mitroglou para o regresso aos golos depois de ficar em branco frente ao Feirense e ao Dortmund. Além de ter sido um belo lance, o pontapé de fora de área do grego foi também bonito, colocado para o lado esquerdo da baliza.

Salvio assinou um golo de belo efeito Fonte: FPF
Salvio assinou um golo de belo efeito
Fonte: FPF

O jogo ficou quente com o golo. Troca de remates perigosos entre as duas equipas. Primeiro Maurides e depois Salvio. Porém, ninguém parava o Benfica nos primeiros 20 minutos da segunda parte e o terceiro golo chegava pelos pés de Salvio. Zivkovic correu pela lateral esquerda do campo com a bola e ofereceu o remate à entrada da área ao argentino, que rematou em jeito e fez o 3-0.

A meia hora do fim da partida, o Belenenses estava a perder por uma diferença de três golos e previa-se que o Benfica ficasse com os três pontos em casa. Com o terceiro golo, as águias desceram linhas e preferiram controlar o jogo sem bola, dando a oportunidade aos jogadores visitantes de terem mais posse do que haviam tido durante o jogo e de provocarem mais perigo à equipa de vermelho e branco.

Carrillo entrou para o lugar do sérvio Zivkovic, o peruano que é o suplente mais utilizado do Benfica (12 utilizações). Troca por troca, mantendo a tática na mesma. Embora a vantagem fosse confortável, via-se um Benfica que andava meio apagado a renascer. Continuou sempre à procura do golo e a ser dinâmico ofensivamente.

Jonas pretendia voltar aos golos e esteve perto de o fazer por duas ocasiões. Primeiro, num lance muito rápido dos homens da frente do Benfica, Jonas viu-se frente a frente com o guardião do Restelo e tentou a finta, mal executada, perdendo a oportunidade. Depois, com um canto atrasado de Pizzi, rematou de primeira com força, mas estava lá Cristiano a negar o golo ao brasileiro.

O Belenenses ganhava força e tornava-se mais insistente, mas sempre sem conseguir marcar. Miguel Rosa e Maurides apresentavam lances promissores, sempre negados de uma forma ou de outra.

Ainda houve tempo para André Horta regressar aos relvados, isto quando Rafa já substituíra Salvio no 11 do Benfica. O português entrou aos 85 e aos 86 a equipa do Restelo quase marcava por Bernardo Dias. Valeu o corte de André Almeida, que acabou com o lance no momento em que o compatriota ia encostar.

O pistoleiro Jonas acabava por conseguir o tento que ambicionava, alargando a vantagem para 4-0 aos 90+1. Um ataque muito rápido iniciado por Samaris que meteu para o outro grego em campo, Mitroglou. Quase sem olhar, cruzou para Jonas, que, no centro da área, recebeu e encostou para delírio das bancadas.

Quatro a zero no marcador. Jonas e Mitroglou regressam aos golos, André Almeida marca pela primeira vez para o campeonato pelos encarnados, Salvio é recompensado pela boa exibição e o Benfica recupera a liderança, mantendo-se um ponto à frente do Futebol Clube do Porto e 12 do Sporting. Isto depois de perder pelo mesmo resultado em Signal Iduna Park, frente ao Borussia Dortmund, para a Liga dos Campeões. Novamente a responder bem às derrotas europeias.

As contas estão renhidas no topo da tabela. Parece haver campeonato até ao fim.

Foto de Capa: LPFP

A emocionante estreia da Chape na Libertadores

Cabeçalho Liga Brasileira

A Chapecoense estreou essa semana na Copa Libertadores da América. O jogo contra o Zulia-VEN marcou a estreia do Verdão em toda a história da maior competição de clubes do continente sul-americano. O primeiro desafio da Chape foi a viagem até Maracaibo, cidade distante 707 km da capital Caracas. Da saída de Chapecó até a cidade venezuelana foram cerca de 27 horas de viagem (uma viagem para Lisboa saindo de Chapecó daria quase a metade desse tempo) e o treinador Vagner Mancini aproveitou esse tempo para passar as informações que possuía do time adversário aos seus jogadores.

O time catarinense teve uma recepção amigável na Venezuela e os jogadores foram aplaudidos pela torcida adversária quando subiram ao gramado. Carinho merecido para a equipe catarinense, que fez o seu primeiro jogo internacional após a tragédia de novembro passado.

Esse é um ano especial para o clube, pois é o ano do recomeço. Os jogadores do elenco atual precisam do apoio de todos e inclusive de apoio psicológico, pois não é fácil assumir essa responsabilidade de representar um clube que passou por uma tragédia daquele tamanho.

O elenco da Chape é razoável e deve se classificar para as oitavas-de-final. Não me surpreenderia caso esses novos guerreiros que vestem o manto verde de Chapecó continuassem surpreendendo na competição. Da mesma maneira que os guerreiros do ano passado surpreenderam a todos com a inédita classificação à final da Copa Sul-Americana.

Foto de Capa: Nélson Almeida/AFP

Os dez melhores capitães do FC Porto

fc porto cabeçalho O FC Porto tem uma história repleta de bons capitães, que dedicaram muito tempo da sua vida ao serviço do clube e, por isso, esta lista está condenada a ser sempre injusta. Primeiro, porque cria uma hierarquia que não é real e, segundo, porque o meu conhecimento da história do FC Porto a partir de uma certa antiguidade é apenas feito através de relatos de outros. Daí que esta lista seja, maioritariamente, constituída por figuras que eu tenho bem presentes na memória e que me marcaram como portista. No entanto, faço-a porque apesar de NES ter feito um excelente trabalho em restituir a mística e o ser PORTO, não temos, ainda, um capitão que faça jus aos nomes que envergaram e à história da braçadeira. Faço-a na esperança de que transmitir a história e o amor que estes senhores tiveram pelo FC Porto inspire o surgimento de um nome à altura e, também, para nos inspirarmos a preservar o que faz o FC Porto dominador: um querer incessante, inquebrável e imperturbável.

Foto de Capa: Memória Portista

Bardamerda para ti, Joel

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Ouve bem Joel Nathaniel Campbell Samuels… tens quase 25 anos e há alguns que és uma “promessa” do futebol…

Tens velocidade, talento e até alguma capacidade de empolgar um estádio com o teu estilo acutilante. Mas se os teus interesses estão acima dos do clube e de colegas teus que podem obter/alcançar objectivos e títulos individuais internacionais que podem ser importantes para eles, e se não consegues compreender que podes contribuir para isso, o teu futuro não passa por Alvalade. Desde os tempos do Olympiacos que realizas pouco mais de trinta jogos por época e quase sempre como não titular. Saltas de clube em clube, passando por oito clubes enquanto profissional (na tua curta carreira) sem conseguir convencer verdadeiramente quem te tem na equipa.

Não sei se a camisola do Tondela te faz perder a cabeça, mas não me esqueci que na primeira volta festejaste um golo contra eles aos 96 minutos como se se tratasse de uma grande vitória, mas não, tinhas acabado de fazer o golo do empate, em casa, contra o clube que era lanterna vermelha (tendo inclusivamente levado cartão amarelo por teres tirado a camisola).

Apesar de poder chegar ao topo da tabela dos melhores marcadores mundiais, Bas Dost estava disposto a ceder a marcação da grande penalidade ao seu colega de equipa que lhe pediu a bola. Jorge Jesus, e bem, não permitiu ser desrespeitado nas suas ordens. Fonte: Sporting CP
Apesar de poder chegar ao topo dos melhores marcadores mundiais, Bas Dost estava disposto a ceder a marcação do penálti ao seu colega de equipa. JJ, e bem, não permitiu ser desrespeitado nas suas ordens.
Fonte: Sporting CP

Gosto de ti e acho que tens talento e potencial, mas tens de ter noção que o Sporting Clube de Portugal quer mais… quer mais que um empate com o Tondela, quer que os adeptos sejam respeitados e não nos vires as costas apenas porque não concordas com a decisão do treinador.

E se Jorge Jesus tem por vezes algumas atitudes incompreensíveis para com os seus jogadores, desta vez, ele só quer que um dos seus jogadores possa aspirar a um título individual internacional que poderá dar prestígio ao teu colega e ao teu trabalho enquanto jogador de equipa.

Agora vá, deixa lá os amuos para trás das costas e trabalha para a equipa e para o teu colega. Respeita os adeptos e o teu treinador, e verás que serás respeitado… Se não quiseres, bardamerda para ti!

Foto de capa: Super Sporting

 

 

Meeke, assim ainda matas alguém

Cabeçalho modalidadesJá estavam todos a festejar a vitória de Kris Meeke, quando o britânico “decidiu” ir fazer uma gincana num parque de estacionamento, que fez suar muita gente e ainda dar uma réstia de esperança a Ogier em vencer no México. Mas não, Meeke perdeu apenas uns 20 segundos com a brincadeira e conseguiu vencer.

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Foi a primeira vitória da temporada para Meeke, e apenas a quarta da sua carreira – todas em provas de terra. Poucos esperavam este resultado. A Citroen estava a ser a equipa mais fraca, tirando Craig Breen os pilotos não estavam a corresponder, o próprio Meeke tinha apenas dois pontos no campeonato, mas o certo é que no México tudo se conjugou para uma brilhante e merecida vitória, tendo estado em primeiro desde que o rali começou a sério, ou seja, desde sexta.

No fim do meu artigo sobre o Rali da Suécia tinha feito estas previsões:

Latvala vence, Neuville faz segundo e Ogier fecha o pódio, com Tanak a dar muita luta na procura do pódio.

Ainda antes do rali começar já sabia que Latvala nao ia vencer. O piloto da Toyota veio ainda antes da prova dizer que este seria o rali mais difícil do ano para a equipa nipónica – devido à altitude do evento – e a verdade é que assim foi, pelo menos para já. Latvala foi sexto e Haninnen foi sétimo, o segundo homem da Toyota também finalmente conseguiu terminar nos pontos e chegou mesmo a ser líder do rali ao vencer a primeira super especial espetáculo, super especial esta que deu muita polémica, mas já lá vamos.

No que resta da minha previsão acertei nos nomes, mas não na ordem. Ogier foi o segundo e Neuville terceiro, ficando Tanak em quarto. Ogier com este segundo lugar subiu à liderança do WRC; já Neuville é outro piloto que finalmente consegue terminar nos pontos. O belga já podia ter duas vitórias no bolso, mas os azares e a aselhice assim não ditaram, para terem uma noção, Neuville é o piloto que ganhou mais especiais (16) e que esteve mais tempo na liderança (durante 22 classificativas), mas só agora conseguiu terminar uma prova sem problemas.

A Hyundai é a única equipa que ainda não venceu Fonte: WRC
A Hyundai é a única equipa que ainda não venceu
Fonte: WRC

Indo agora à polémica sobre a super especial, apenas deixar uma nota rápida começando por explicar o que se passou para os mais desatentos. Devido à celebração dos 200 anos de independência do México a prova foi à capital fazer duas especiais espetáculo, até aí tudo bem, mesmo com os 400 km de distância, afinal nós também já começamos no Algarve viemos a Lisboa e voltamos ao Algarve; agora as duas primeiras especiais de sexta feira serem anuladas porque os carros não chegaram a tempo a León (centro nevrálgico do rali) é do mais amador possível; é muito mau para a organização e espero que a FIA não permita que aconteçam mais coisas deste género.

Mas voltando aos ralis, que é o que interessa. Em três ralis temos três marcas diferentes a vencer e a que não venceu já o mereceu por duas vezes. Temos um campeonato como há muito não víamos e que será até ao fim certamente; é assim que todos nós gostamos e esperávamos faz muito tempo. Incerteza em quem vai ganhar num leque de vários pilotos e não só de dois ou três.

Para terminar apenas dizer que o próximo rali começa a 6 de abril e é o mítico Tour de Corse,. Será a primeira prova de asfalto a 100% no que será um novo desafio para os novos WRC de 2017. As minhas apostas vão para a vitória de Ogier, Neuville a ficar em segundo e Sordo a fechar o pódio. Latvala e quem sabe Tanak irão dar muita luta ao espanhol – e aos dois senhores da frente – e não seria surpreendente se me baralhassem estas contas.

Foto de capa: Kris Meeke

Os 30 mil de Nowitzki

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Cabeçalho modalidadesDirk Nowitzki, o alemão que aos poucos tem marcado o mundo do basquetebol, marcou a semana que passou por se ter juntado ao restrito clube dos 30 mil pontos de carreira. É apenas o sexto da história da NBA a garantir entrada nesta lista, e o primeiro “estrangeiro”. Abdul-Jabbar, Karl Malone, Kobe, Jordan e Chamberlain são os “monstros” que o acompanham.

O gigante de dois metros e treze impressionou desde cedo. Chegou com apenas 20 anos aos Dallas Mavericks, em 98, e a sua filosofia e ética de trabalho deixavam antever a dimensão do que estava para vir. Impôs-se em pouco tempo como titular da equipa de Mark Cuban, cumpria exemplarmente na defesa, e no ataque enchia o campo com o seu característico fade away jump shot. Será para sempre relembrado por este movimento, indefensável atendendo à sua altura e à precisão do seu lançamento – comparável, em termos de eficiência, com o célebre Sky Hook do Kareem. Em 2004, em consequência da saída de Steve Nash da equipa texana, tornou-se de uma vez por todas na figura central do franchise.

2011 foi a época que acabaria por marcar a sua carreira. Depois das finais perdidas de forma desastrosa em 2006, o anel chegaria por fim. E de que maneira! Derrotar pelo caminho os Lakers, de Kobe, os Oklahoma, de Durant e Westbrook, e os Miami Heat, de Lebron, Wade e companhia, faz com que seja considerado um dos maiores contos de fadas da história recente da liga. Os Dallas estavam longe de ser favoritos. Esta é a conquista que marca a diferença entre um grande jogador e um jogador histórico. Foi o primeiro título da equipa de Dallas e a entrada de Nowitzki na galeria dos imortais.

O seu característico movimento, considerado por muitos como um dos mais indefensáveis de sempre Fonte: Pledge Sports MOVE
O seu característico movimento, considerado por muitos como um dos mais indefensáveis de sempre
Fonte: Pledge Sports MOVE

Há muito para elogiar e admirar em Dirk Nowitzki. O currículo fala por si: campeão da NBA, MVP, MVP das Finals, 13x All-Star, 5o-40-90 Club, 30k club… É claramente o melhor europeu da história, mas será lembrado por muito mais do que isso. A dedicação, a sua ética e afinco para com os seus colegas de equipa, o total respeito por todos os intervenientes do jogo, em qualquer partida, são valores que todos queremos preservar, e esse é talvez o seu maior legado.

Esta semana, Nowitzki foi assunto por ter atingindo uma marca história apenas ao alcance dos melhores de sempre, mas há muito que o seu lugar no Olimpo estava assegurado.

Foto de capa: playmaker

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Os seis pratos que Jesus terá na ementa em 2017/18

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Jorge Jesus tem nas mãos uma fábrica de talentos, saídos (maioritariamente) da Academia de Alcochete. Neste artigo, vou apenas enumerar alguns “miúdos” que poderão constituir uma fatia enorme do poderio ofensivo do Sporting no final desta temporada e na próxima.

Desde extremos puros a segundos avançados, passando por jogadores que podem ser “vagabundos” na frente de ataque, em constantes trocas posicionais, os leões têm aqui seis elementos que podem dinamitar as defesas adversárias no futuro. Só espero que fiquem todos no grupo em 2017/18 e, acima de tudo, que Jorge Jesus não tenha medo nenhum em apostar neles. Como se viu em Tondela neste fim de semana, Bas Dost porta-se bem na função de “pai” dos miúdos que jogam atrás dele e têm a missão de lhe endossar bolas para faturar.

Assim sendo, Jesus tem de perder o mínimo receio que tenha em apostar nos jovens e dar-lhes as oportunidades que merecem e que fazem por justificar.

E Reforços para o Benfica?

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Estamos cada vez mais perto do final do campeonato e da consequente abertura do mercado de transferências. Vai ser tempo de ‘arrumar a casa’, com algumas saídas já antevistas e a necessidade de reforçar algumas posições no plantel do Benfica.

No centro da defesa, as propostas por Lindelöf parecem ser vastas, e a sua saída cada vez mais inevitável. Que alternativas tem o clube da Luz para aquela posição? Analisando as opções existentes na equipa B, encontramos Kalaica e Rúben Dias. O croata tem boa capacidade técnica e de passe, e ainda coloca convenientemente os apoios no controlo da profundidade. Para além disso, é alto, o que acaba por ser benéfico nos lances aéreos. Tem algumas arestas por limar, mas pode evoluir e assumir o papel. No que diz respeito ao português, é um defesa mais ofensivo e gosta de transportar a bola; também é jovem, mas tem experiência nas camadas jovens das seleções e uma postura exímia, por ser capitão da equipa B. Mas há ainda a possibilidade de o SL Benfica proceder a uma contratação para reforçar a posição de defesa-central. E não esqueçamos Jardel!

Nélson Semedo é outro jogador com os olheiros dos tubarões apontados para si. Caso a sua saída se confirme, podemos procurar soluções dentro de casa. A mais viável parece-me ser Aurélio Buta. O defesa de 20 anos tem várias parecenças com Semedo, e tem evoluído exponencialmente, ao serviço da equipa B. É forte a atacar e dá profundidade ao flanco. Mais um jovem da formação com grande margem de progressão e possibilidade de subida à equipa principal.

Lindelof pode ser uma possível saída no Verão  Fonte: Facebook de Victor Lindelof
Lindelof pode ser uma possível saída no Verão
Fonte: Facebook de Victor Lindelof

Passando ao meio-campo, a necessidade de o reforçar com um 8 é inegável. Procurem-se soluções adequadas, por favor. Um 8! Um 8! Um 8!

No setor de ataque, a venda de Gonçalo Guedes ainda se afigura pouco proveitosa, a nível futebolístico. Diogo Gonçalves faz-me lembrar o antigo camisola 20. Por que não dar-lhe uma oportunidade na equipa A? Diogo é um extremo de raiz, mas tem sido adaptado à posição de segundo avançado. Essa adaptação tem dado bons frutos. O alentejano tem mostrado trabalho e a sua capacidade de remate é também evidente. Está na altura ideal para dar o salto, para não estagnar na II Liga.

Pondo ainda em cima da mesa eventuais saídas do avançado Raúl Jiménez e do guarda-redes Ederson, as chegadas quase certas de Seferovic (vindo do Eintracht Frankfurt) e de André Moreira (vindo do Atlético de Madrid) asseguram, respetivamente, o reforço dessas posições. Gosto de ambas as contratações.

Mas o mundo do futebol é feito de voltas e reviravoltas, e tudo pode acontecer. Espero que os ‘encarnados’ reforcem as posições de que mais carecem, ‘piscando o olho’ à formação do Seixal, e contratando, se necessário.