Daniel Podence: Um talento em afirmação!
10 motivos para votar em Bruno de Carvalho
Cada Presidente constrói a sua história, embora sem autonomia. Isto porque o tempo e as circunstâncias também ditam vontades e interferem na qualidade dos mandatos, que, em virtude destes pormenores, vão sendo longos e, noutros casos, relativamente curtos. Bruno de Carvalho está prestes a completar o seu, caminhando agora para o primeiro confronto eleitoral desde que fora eleito Presidente. Entre o carisma e a controvérsia do actual líder leonino há quem encontre fraquezas que justificam o final da sua carreira Presidencial. Falemos agora, então, de dez importantes razões para provar o contrário:
1º – Presidencialismo


Comecemos pelo ponto primordial. Há muito tempo que o Sporting não possuía um representante tão assíduo no debate público, marcando presença em todos os assuntos que respeitam ao Universo do clube e terminando com a inofensividade que o caracterizava. Como a vida nos explica, sempre será impossível agradar a Gregos e a Troianos. Porém, há um pormenor intocável no mandato de Bruno de Carvalho: o zelo pelos interesses do Sporting Clube de Portugal, cumprindo com o seu papel de Presidente a tempo inteiro. Um regime Presidencialista que permite aos Sportinguistas que querem o melhor para o seu clube sentirem-se representados.
O mistério em volta de Grimaldo
Foi com espanto que recebi a notícia de que o Grimaldo não está entre os convocados para a UEFA Champions League. No início do seu afastamento, falava-se em algumas semanas mas que a época não estava em risco, no entanto, as esperanças vão-se dissipando.
Será a recuperação da lesão mais prolongada que o esperado ou falta confiança no sucesso do Benfica nesta competição, onde vamos defrontar equipas de altíssimo nível?
Não vejo mais nenhum fundamento, para além destes, para o Benfica não ter inscrito o jogador. Até ao momento da lesão, o espanhol era peça fundamental no corredor esquerdo da equipa encarnada, um dos elementos de maior destaque no arranque da temporada, desde que Eliseu foi abrindo a vaga.
A lesão contraída e consequente operação, afastaram-no dos relvados desde 1 de Novembro de 2016, dia em que defrontou o Dínamo de Kiev para a Champions, curiosamente. Repouso e nada de esforços, vão fazer com que assim que estejam saradas as mazelas da operação que realizou à parede abdominal, tenha ainda que fazer uma pequena pré-época, certamente. Afinal, três meses já passaram e não sabemos quantos mais ainda teremos que esperar.


Fonte: Facebook Oficial de Grimaldo
A titularidade indiscutível que já havia conquistado não é por acaso, está constatado que o camisola 3 do Sport Lisboa e Benfica tem um potencial tremendo e apesar da sua juventude, apresenta uma performance muito completa em campo, tanto do ponto de vista defensivo, como atacante.
O segundo cenário é menos verosímil. O primeiro embate desta fase é com o Borussia Dortmund, do benfiquista Raphael Guerreiro, e todos sabemos que vai ser complicado devido ao poderio ofensivo dos alemães, que contam com jogadores de classe mundial – Aubameyang, Reus ou Dembele – mas o clube da Luz entra em todos os jogos com mentalidade vencedora e desta vez não será diferente, venha quem vier. A prioridade do Benfica é o campeonato, sim mas Rui Vitória já por diversas vezes frisou que não abdica de nenhuma prova em detrimento de outra, esses tempos na Luz, já lá vão e ainda bem.
Esta ausência do lateral esquerdo tem sido muito compensada pelo polivalente André Almeida, já que Eliseu também não tem estado na sua melhor forma. No entanto, ressalva seja feita para o último jogo para o Campeonato, com o Arouca, em que o açoriano, já completamente recuperado, fez uma exibição regular e positiva.
O jovem lateral canhoto de imediato conquistou o treinador, os adeptos e lá fora, há também alguns “tubarões europeus” que o têm debaixo de olho, como o Manchester City de Pepe Guardiola, que o conhece bem dos tempos de Barcelona, e até mesmo o Bayern de Munique já demonstrou interesse. Atualmente, encontra-se em vigor um contrato até 2021 e só por um grande negócio lhe será aberta a porta de saída.
Por enquanto, vamos (des)esperando pelo seu regresso, Grimaldo faz muita falta, assiste e marca golos que abrilhantam as exibições e é disso que o povo encarnado gosta!
Deportivo Alavés: Se Mendizorrotza falasse
Aberto ao público em Abril de 1924, o Mendizorrotza é o terceiro estádio mais antigo do futebol profissional espanhol. É velho. Se fosse capaz, como velho que é, contaria, a quem por lá passa, todas as histórias de uma vida cheia.
A maior parte delas teria doses generosas de ganas, ensinando-nos a importância do carácter no reerguer após a queda. Sempre com o mesmo protagonista: o seu Deportivo de Alavés. Aquela equipa que lhe invadiu o coração, pintando-o de azul e branco antes de lhe provocar as arritmias de alegria de que padece ainda hoje.
Se Mendizorrotza falasse, emocionar-se-ia ao recordar 1970, 1986 e 2009. Não choraria nem lamentaria os anos mais penosos do Alavés. Porque sabe que, sem eles, não teria histórias tão extraordinárias para contar e os Babazorros não teriam o carácter próprio de quem consegue fazer algo muito bom de uma situação desfavorável.
Nos anos 70, ao escalar 2 divisões em 2 anos, ganharam a força que lhes permitiu, mais tarde, sair dos confins da 4ª divisão (em 1986) até à liderança da 2ª (com meias-finais da Taça do Rei incluídas) em 11 anos.
Chegados à elite, em 1998, tremeram muito (16º lugar), mas não caíram. Ganharam forças e, na temporada seguinte subiram 10 posições, qualificando-se de forma inédita para a europa. E o que aconteceu? Mendizorrotza diria novamente “tremeram, mas não caíram”.
Na primeira eliminatória da Taça UEFA, Mendizorrotza, já de cara lavada (remodelado em 1999), assistiu ao jogo de estreia. 0-0 com o Gaziantepsor. 15 dias depois, na Turquia, o Alavés, mesmo depois de se ver em desvantagem na eliminatória por duas vezes saiu com um incrível 4-3 que os embalou para uma campanha europeia épica, terminada num jogo a condizer.


Fonte: Goal.com
Em Dortmund, frente a um Liverpool que se dava ao luxo de ter no banco jogadores como Robbie Fowler ou Patrick Berger, o Alavés brilhou. Dispostos no habitual 5x4x1 que já antes atormentara o Inter, os Barbazorros viram-se a perder por 2-0 aos 16 minutos e foram para o intervalo a perder por 3-1.
Desistir? O que é isso? Aos 49’ o jogo já estava igualado a 3 graças a um bis de Moreno. Fowler entrou para voltar a dar a vantagem aos reds, e pensou-se que o jogo estaria resolvido. A 2 minutos dos 90 Jordi Cruijff fez questão de cimentar o carácter do símbolo que representava e empatou.
No prolongamento, em inferioridade numérica (duas expulsões), um livre batido por McAllister sobre o lado direito da defesa azul-e-branca terminou, após um desvio de Geli, no fundo das redes espanholas. O jogo acabava ali. A fria regra do Golo de Ouro assim o impunha.
Mendizorrotza foi inundado por lágrimas. Absorveu-as todas. Porque sabe que, uma dia, o Alavés vai ter a glória que não conheceu em Dortmund. A história encarrega-se de o demonstrar.
Esta equipa pode ser derrotada, humilhada, mas levanta-se logo a seguir. E brilha, impulsionada pela força do carácter que o seu símbolo carrega. Foi assim desde a 4ª divisão à Final da Taça UEFA, poderá muito bem ser, assim, também, desde a 3ª Divisão (2009) à final da Taça do Rei, para a qual se qualificaram depois de umas meias-finais aguerridas e ganhas ao Celta de Vigo.
No último fim-de-semana, os Barbazorros foram goleados, perante o olhar do Mendizorrotza, por 6-0. Os blagurana feriram o orgulho de um clube que iida extraordinariamente bem com isso. Estabeleceram uma espécie de prenúncio.
Foto de capa: LaLiga
Os 10 melhores jogadores dos Philadelphia 76ers
Joel Embiid – “Trust the Process”


Porque é sobre si que residem as maiores esperanças de glória futura. Joel Embiid, depois de um início terrível de carreira, vendo-se praticamente arredado da competição nas duas primeiras épocas devido a lesões, surge esta época com maior disponibilidade física e está a deixar água na boca. Está a fazer, até ao momento, uma época fantástica: lidera em pontos, ressaltos e desarmes de lançamento, na sua equipa. Empolga a bancada, é o principal responsável pelo pavilhão voltar a encher. O prémio de rookie do ano é seu.
É um poste moderno, tem recursos técnicos apurados, capacidade de lançamento, e poderio físico. A manter-se saudável, não restam grandes dúvidas que marcará a NBA na próxima década.
A FIFA sendo a FIFA
A “nova” FIFA, presidida pelo italiano Gianni Infantino, comunicou no final de janeiro que Federação não reconhece como oficial nenhum título Mundial de Clubes até o ano de 2004, com a exceção do Mundial de 2000, vencido pelo Corinthians. A alegação da FIFA é a de que nas competições disputadas até 2004 o torneio não tinha representantes das seis Confederações Continentais, por isso o vencedor não pode ser considerado como campeão mundial mas, talvez, campeão intercontinental. Para não desagradar tanto aos clubes vencedores do torneio até 2004, a FIFA reconhece o título e a importância desse para a história do clube, porém essa conquista não deverá ser mais encarada como um título mundial.
Sendo assim, podemos considerar, a partir de agora, que o Palmeiras (1951), Fluminense (1952), Santos (1962 e 1963), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e São Paulo (1992 e 1993) não foram campeões mundiais quando venceram os seus respectivos torneios. Isto, claro, segundo a FIFA. Porém, quem é a FIFA para decidir algo desse tamanho? Sim, a minha pergunta pode até parecer soberba, mas vamos apagar a história dos clubes por, simplesmente, o presidente da entidade máxima do futebol considerar que assim o deve ser?
Concordo plenamente que o Mundial de Clubes deva reunir os campeões continentais de todas as Confederações. Dessa maneira estaremos realmente a fazer jus ao nome da competição. Nessa questão o presidente Infantino está corretíssimo e, para além disso, se o Mundial for disputado nesse formato ganha muito mais visibilidade e abre a possibilidade de reunirmos a cultura futebolística – tanto da torcida quanto dos jogadores – do mundo inteiro num torneio. A grande questão está em querer apagar ou diminuir conquistas passadas, não apenas dos clubes brasileiros como também dos clubes europeus que haviam vencido a competição.


O Palmeiras foi o primeiro campeão Mundial de Clubes da história do futebol
Fonte: espn.com
Se a FIFA pensou em reunir os campeões continentais apenas a partir de 2005, o problema é da FIFA. O Palmeiras venceu o primeiro campeonato de dimensão mundial, em 1951, há longínquos 66 anos. Como é que, nessa época, poderíamos reunir numa só competição os vencedores continentais da América do Norte, da África, da Ásia e da Oceania, sendo que nem existiam competições oficiais continentais organizadas por essas Confederações!? O futebol, em muitos desses lugares, era extremamente amador. A verdade é que existe sempre algum interesse por detrás das decisões tomadas pela FIFA, mas a história ninguém consegue apagar.
E já que a história jamais poderá ser apagada, vamos ver as fichas técnicas dos jogos vencidos pelos clubes brasileiros nos Mundiais de Clubes. Tenho certeza que nenhum adepto do Palmeiras, Fluminense, Grêmio, Flamengo, Santos e São Paulo esquece os seus heróis que conquistaram o mundo.
WWE Elimination Chamber: O caminho para a Wrestlemania começa a ficar esclarecido
A Wrestlemania está à porta. Em mais um PPV de grande qualidade da Smackdown, o cenário da marca azul para a “Mania” começa a ficar esclarecido, principalmente no que toca às figuras principais. A ultima paragem antes do grande evento trouxe surpresas e um momento pelo qual muito fãs esperavam há muito.
Becky Lynch vs Mickie James


O PPV abriu com Becky Lynch e Mickie James a lutar. Esperava-se um combate sólido entre as duas e alguma curiosidade para ver como estava Mickie James neste regresso. O combate não desiludiu, Mickie continua em grande forma, como já tinha mostrado no NXT e Becky continua igual a si própria. Um bom combate para abrir e com a irlandesa a sair vencedora, com um roll-up. Uma decisão acertada, Becky precisa de vitórias depois de sair da rota do titulo e que já se esperava, pois Mickie voltou para credibilizar esta nova geração. A veterana não saiu descredibilizada deste combate, tanto pelo combate que fez como pela maneira como perdeu.
A importância da equipa B
Sempre dei muita importância às equipas “Bês” de um clube, pois são elas que permitem que os jogadores da “A” mantenham o ritmo competitivo… E os resultados que a equipa B do Sporting Clube de Portugal tem obtido reflectem o estado do futebol leonino…
Penúltimo lugar na segunda liga, com 27 pontos em 26 jogos (7 vitórias, 6 empates e 13 derrotas), 32 golos marcados e 43 sofridos (goal average de -11). Uma equipa que deveria ser uma rampa de lançamento de jogadores para a Equipa A ou simplesmente para manter o ritmo competitivo daqueles que não competem na semana em que não vão à equipa principal – deveria ser esta a definição de qualquer equipa B. E em vez disso, o Sporting não aproveita os talentos que tem, de forma a tentar criar rotinas nos jogadores e de forma a poderem “explodir”.


Fonte: Super Sporting
Experimentar tácticas e posições para os jogadores do plantel principal, criar entrosamento na equipa, promover habituação ao futebol português. Nada disto é feito. Meli, que me pareceu ter uns bons pés, nunca sequer rodou na “B” para poder mostrar algum talento. Alguns jogadores vêm de lesões e não ganham ritmo na equipa secundária. Também não se corrigem erros defensivos nalguns jogadores ou se treinam livres e lances de bola parada, não se treinam cruzamentos… Assim, torna-se difícil aproveitar!
A motivação de alguns jogadores poderia ser trabalhada com o facto de rodar na equipa “B”. Alguns jogadores que têm crise de confiança na concretização poderiam ganhá-la marcando na “B”.
É tempo de acordar e aproveitar o potencial do Sporting Clube de Portugal. Somos um clube que tem de apostar na formação e nas suas infraestruturas. É tempo de mostrar as garras em todas as divisões e formações leoninas!
Foto de capa: amorsporting.com
Moreirense FC 2-3 Sporting CP: Ataque salva defesa de náufragos
O Sporting CP suou bastante para levar de vencida o Moreirense, no jogo disputado no Minho. O Moreirense esteve duas vezes em vantagem, e os leões apenas conseguiram a reviravolta à entrada para o último quarto de hora do encontro. Valeu ao Sporting a qualidade dos seus avançados para colmatar as “borlas” dadas mais uma vez pelo setor defensivo.
O Sporting voltou a alinhar com o onze mais habitual nos últimos tempos, devido aos regressos de Bruno César, William Carvalho e Alan Ruiz ao onze titular. Em relação ao jogo do Dragão, saíram Marvin Zeegelaar, João Palhinha e Matheus Pereira. Num terreno bastante pesado e mal tratado com o passar dos minutos, devido às más condições climatérias que afetaram Moreira de Cónegos neste fim de semana, o Moreirense entrou melhor que os leões. E entrou melhor porque o Sporting vive uma crise de confiança enorme. Confiança dos jogadores em si próprios e confiança na solidez defensiva (ou falta dela). A juntar a este fator, esteve a astúcia tática de Augusto Inácio. O treinador dos minhotos optou por iniciar a partida sem ponta de lança fixo, relegando Roberto para o banco de suplentes. Com a habitual dupla Fernando Alexandre – Cauê à frente do quarteto mais recuado, Inácio optou por ter Boateng, Dramé e o regressado Sougou na frente atacante. Para compor o ramalhete, temos de mencionar Nildo. O brasileiro foi o “joker”, que funcionou como terceiro médio e que também apoiava o ataque. Foi muito devido à movimentação inteligente de Nildo que o Moreirense chegou ao intervalo em vantagem.
Essa vantagem começou a ser desenhada aos dezassete minutos. Num lance onde Ruben Semedo levou longe demais a condução de bola, acabando por perdê-la no grande círculo do terreno, um lançamento longo para as costas da defensiva leonina causou o caos. Coates aliviou mal e depois Bruno César e Rui Patrício protagonizaram uma triste cena, onde hesitaram e permitiram o golo do Moreirense. Inclusivamente, até foi Bruno César a tocar pela última vez na bola, perante a presença de Dramé. A partir do golo dos axadrezados, o Sporting tentou chegar ao empate, mas quase sempre de forma desinspirada, com um Bryan Ruiz inconsequente e Gelson Martins e Alan Ruiz a serem insuficientes para furarem a defesa adversária e servirem Bas Dost em condições. Perto do intervalo, os leões empataram, com Alan Ruiz, após uma excelente movimentação e cruzamento de Bas Dost no flanco esquerdo. Quando parecia que o Sporting ia partir em busca da vitória, surgiu novo revés. Em mais um lançamento longo, desta vez por Dramé, Boateng fugiu a Coates e Ruben Semedo e antecipou-se a Rui Patrício, que cometeu grande penalidade. Se os centrais estiveram mal, o guardião titular da seleção nacional esteve pior. Na conversão do castigo máximo, Cauê castigou os leões, que chegaram ao intervalo em desvantagem devido ao comportamento miserável da defesa nos primeiros 45 minutos.
Na segunda metade, o Sporting entrou melhor, com uma atitude mais condizente com o estatuto de equipa grande e com a qualidade dos seus protagonistas. Ainda assim, escassearam as oportunidades de golo nos primeiros vinte minutos. A equipa de Jorge Jesus encostou o Moreirense à sua área, mas sem resultados práticos. Aos 65 minutos, surgiram as alterações que modificaram o jogo. Nos cónegos, entrou Bouba Saré para o lugar de Nildo. Nos lisboetas entrou Daniel Podence para a posição de Bryan Ruiz. O jovem formado em Alcochete trouxe outro dinamismo e criatividade que o costarriquenho continua a não conseguir dar à equipa do Sporting esta época. Três minutos após entrar em campo, Podence fez uma diagonal muito boa, da esquerda para o meio, rematou forte ao poste e Bas Dost, na recarga, empurrou para a baliza aberta. Estava dado o tónico para os leões, que, cinco minutos mais tarde, completaram a reviravolta no encontro. Adrien começou a jogada, deixou-a no flanco direito e foi para a área onde rematou para o golo, após assistência perfeita de Schelotto.
Até ao fim, apenas houve mais um lance de perigo. Logo a seguir ao 3-2 do Sporting, o Moreirense esteve perto de empatar novamente. Novo lançamento longo a aproveitar o espaço nas costas da defesa leonina, Dramé só não marcou por milagre. O chapéu do avançado a Rui Patrício apenas foi travado pela barra da baliza leonina, no lance que foi o canto do cisne do Moreirense.
O Sporting continua assim na perseguição ao Benfica e ao FC Porto, apesar de estes continuarem longe na tabela classificativa. Já o Moreirense portou-se muito bem e penso que conseguirá a manutenção sem grandes sobressaltos. Esta tarde, os leões de Alvalade livraram-se de um valente susto, mas apenas se podem culpar a si próprios. A defesa leonina continua a ser lastimável no campeonato. Se nas laterais o problema é crónico, ultimamente tem-se estendido também aos centrais e ao guarda redes. Se Rui Patrício já provou ser muito forte mentalmente e capaz de ultrapassar isto, talvez Ruben Semedo tenha de experimentar o banco para voltar posteriormente ao seu melhor nível.
Quanto custa um futebolista genial? Vinte Milhões de Euros
Na passada quinta-feira, o FC Porto comunicou à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários que exerceu a opção de compra para aquisição dos direitos desportivos de Óliver Torres ao Atlético de Madrid pelo montante de 20 milhões de euros. O médio-centro espanhol iguala assim Giannelli Imbula como o futebolista mais caro de sempre a ser contratado pelo FC Porto, tornando-se também no segundo jogador mais caro da história do futebol português (apenas atrás de Raúl Jiménez, contratado pelo SL Benfica ao Atlético de Madrid por 22 milhões de euros).
Ao longo dos últimos dias a discussão tem-se focado na relação custo-benefício deste negócio, ou seja, tem vindo a ser colocada a questão: será que a qualidade futebolística de Óliver Torres é compatível com a avultada maquia investida pelo FC Porto na aquisição do seu passe? Analisando atentamente o futebolista e aquilo que ele traz à equipa, a resposta parece clara: sim, trata-se de um investimento significativo mas com potencial de lucro futuro, tanto sob o ponto de vista desportivo como a nível económico.


Óliver é um futebolista de topo porque, tanto tecnicamente como na tomada de decisão, está ao nível dos melhores. O pequeno génio espanhol tem potencial para, com os estímulos certos, se tornar num dos melhores médios centro do mundo. Não é, efetivamente, um jogador que deslumbre pelas jogadas individuais ou pela capacidade de drible (como, por exemplo, Ricardo Quaresma); porém, roça a perfeição ao nível da compreensão do jogo e da sua dimensão coletiva, sendo ele quem liga ofensivamente todo o jogo do FC Porto.
Foto de Capa: Facebook Oficial de Óliver Torres