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Carta Aberta a Nuno Espírito Santo

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Caro Nuno Espírito Santo,

Escrevo-te esta carta para, acima de tudo, te apresentar os meus desejos enquanto portista para o ano que se avizinha. Não o faço em nome dos adeptos do FC Porto, mas a título individual. Não o faço enquanto redator desportivo tendencialmente imparcial, mas enquanto fervoroso adepto do clube que desde tenra idade me apaixona. Não o faço por duvidar das tuas capacidades técnico-táticas, mas por desejar ardentemente ver a Avenida dos Aliados inundada de cachecóis azuis e brancos no próximo mês de maio.

Sabes bem que o teu percurso no FC Porto tem sido oscilante e que nós, exigentes adeptos portistas, não perdoamos deslizes; afinal, treinas um clube que nos habituamos a ver vencer, no meu caso particular há cerca de 30 anos. Apesar de tudo, a verdade é que já lá vão quatro anos desde a última vez em que chegado a este momento da época futebolística me senti tão orgulhoso da equipa quanto me sinto agora. Orgulho-me da atitude predominantemente destemida e dominadora em campo e, sobretudo, orgulho-me da qualidade de alguns dos jovens futebolistas do plantel e do potencial de crescimento que reconheço à equipa, quer a nível individual, quer a nível coletivo.

Nuno Espírito Santo foi jogador e agora é treinador do FC Porto Fonte: FC Porto
Nuno Espírito Santo foi jogador e agora é treinador do FC Porto
Fonte: FC Porto

A ti Nuno, em particular, naquele que é o teu papel enquanto treinador do FC Porto, o pedido que te faço para o ano 2017 é muito simples: que continues a colocar, tal como até aqui tens (quase sempre) feito, os melhores jogadores disponíveis em campo nas posições em que estes apresentam um melhor rendimento. Foi assim, sem grande brilhantismo tático mas com a capacidade de perceber, a cada momento, quem são os melhores e quais as posições nas quais as suas capacidades podem ser exponenciadas, que Rui Vitória venceu um campeonato com o SL Benfica. A somar a isso, que já mostraste saber fazer tão bem, peço-te um desejo adicional um pouco mais ambicioso: que procures solidificar o modelo de jogo da equipa. Com um plantel globalmente inferior, em termos de qualidade, ao do SL Benfica, mas com um treinador capaz de perceber quem são os melhores e coloca-los em campo, é provável que o fator diferenciador que nos poderá levar à vitória seja esse mesmo: o desenvolvimento de um modelo de jogo sólido.

Dêem mais uma alegria aos portugueses

Cabeçalho modalidadesO início do ano nos desportos motorizados quer sempre dizer uma coisa: a maior prova de todo o terreno está de volta. De amanhã (dia 2) a 14 de janeiro, todos os olhos estarão na América do Sul.

Este ano, na prova a que chamam Dakar, temos, desde logo, um aspecto novo para nós, portugueses: não temos ninguém nos carros, pelo menos não a conduzir, só na navegação.

Mas vamos começar por onde temos pilotos, e esperamos nós hipóteses, as motas. Este ano, a armada lusa é a maior de sempre, com 11 motards. Em relação a 2016, a principal ausência lusa é a de Ruben Faria, que terminou a carreira devido a lesões que teve na prova de 2016; vai estar na prova como diretor desportivo da Husqvarna.

A lista de pilotos portugueses é encabeçada por dois nomes, Hélder Rodrigues (Yamaha nº5) e Paulo Gonçalves (Honda nº17), os dois pilotos portugueses já terminaram no pódio da prova sul americana e tentarão repetir tal façanha, de preferência no degrau mais alto do pódio. A completar o tal contingente luso temos: Joaquim Rodrigues (Hero nº27), Mário Patrão (KTM nº28) – vencedor da categoria Maratona em 2016 e agora na equipa oficial austríaca -, Gonçalo Reis (KTM nº64), Pedro Bianchi Prata (Honda nº75), Luís Portela de Morais (KTM nº104), David Megre (KTM nº114), Fernando Sousa Jr. (KTM nº131), Rui Oliveira (Yamaha nº151) e Fausto Mota (Yamaha nº152).

Seria muito bom ver repetida esta imagem Fonte: Paulo Gonçalves
Seria muito bom ver repetida esta imagem
Fonte: Paulo Gonçalves

Desde 2001 que a KTM vence as motos e Hélder Rodrigues quer quebrar esta hegemonia, no seu segundo ano desta segunda passagem pela Yamaha. O piloto de Sintra, depois de um ano de desenvolvimento, sente a moto mais capaz de lutar pela vitória. Já Paulo Gonçalves continua na Honda, aparecendo como segundo piloto, mas um azar de Joan Barreda Bort pode fazer com que o piloto de Esposende volte a lutar pelos primeiros lugares, ele que o ano passado andou no primeiro lugar durante a primeira semana de prova, até ser forçado a desistir por problemas na sua Honda, algo clássico na moto japonesa. Será uma luta pela vitória muito animada, com vários pilotos com capacidade para chegar a este lugar, com especial destaque para o vencedor de 2016, Toby Price.

Dos restantes pilotos portugueses destaque para Mário Patrão e Pedro Bianchi Prata. Patrão foi promovido à equipa oficial da KTM depois de várias lesões que impediram outros pilotos de ter tal privilégio. Já Bianchi Prata vai correr pela Honda sul americana, num convite que salvou o piloto do Porto de ficar de fora da edição de 2017 da prova mais dura de Todo o Terreno. Acredito que Bianchi Prata possa ser o sucessor de Mário Patrão como vencedor da classe Maratona, categoria destinada a quem faz a totalidade da prova sem alterar nada a nível mecânico. Esta categoria destina-se a quem não tem uma moto de fábrica. Dos outros pilotos não se pode esperar muito mais do que terminar devido à sua inexperiência na prova, destaque ainda para o aparecimento da equipa da KTM Portugal.

Para concluir este longo artigo, passo a referir apenas os restantes portugueses presentes na prova, que começa no Paraguai, passa pela Bolívia e acaba na Argentina. Nos carros temos, então, Filipe Palmeiro a navegar Boris Garafulic no Mini nº314, também num Mini, mas com o nº325, temos Paulo Fiuza a navegar Stephan Schott. Nos camiões temos também dois representantes, José Martins faz equipa com Thomas Robineau e Dave Berghams no Iveco nº 529, enquanto Armando Loureiro terá a seu lado Georges Ginesta e Christophe Allot no MAN nº 544.

Esta será a edição mais dura e mais competitiva dos últimos anos. Portugal tem dois nomes que podem dar alegrias, mas não será nada fácil – um pódio, apesar de redutor, será sempre um bom resultado.

Foto de capa: Hélder Rodrigues

Artigo revisto por: Francisca Carvalho

Liverpool F.C. 1-0 Manchester City: Nem foi preciso o Rock’n’Roll

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Cabeçalho Liga Inglesa

No último jogo do ano da Premier League, Liverpool e City defrontaram-se no mítico Anfield Road, com a vitória a sorrir aos homens da casa. Separados por apenas um ponto entre si, os dois emblemas do norte de Inglaterra viram o Chelsea continuar a sua senda vitoriosa ao início da tarde e, por isso, tornava-se imperial para qualquer um dos dois não perder pontos face ao líder da classificação.

Com Aguero de volta ao onze da equipa de Manchester, o City até começou bem a partida, mas seria o Liverpool a inaugurar o marcador, num golo que viria a ser único e decisivo. Ao minuto 8’, Kolarov dominou mal a bola, o ataque do Liverpool aproveitou e depois de uma transição rapidíssima, Lallana, com um belo cruzamento, colocou a bola na área e Wijnaldum, com um excelente golpe de cabeça a bater Bravo. Primeira vez que o Liverpool acelerava o jogo e estava feito o 1-0. Os citizens sentiram em demasia o golo e deixaram-se ir abaixo. Com uns desinspirados David Silva e Kevin de Bruyne – jogo paupérrimo do internacional belga -, o City não conseguia ter bola no meio-campo e muito menos fazê-la chegar ao avançado, Aguero. O Liverpool sentia-se confortável no jogo e não precisava de imprimir muita intensidade para controlar a partida. As bancadas de Anfield não tiveram mais motivos para se empolgarem durante o resto da primeira parte, e o intervalo chegou naturalmente.

Na segunda parte, o City cresceu no jogo e obrigou o Liverpool a baixar ligeiramente as linhas, mas sem nunca se sentir verdadeiramente ameçado. Apenas ao minuto 55’, numa jogada individual de Silva, a bola cheirou a baliza de Mignolet. O espanhol recebeu na meia direita, puxou para dentro e atirou em arco, com a bola a passar ligeiramente ao lado do posto direito da baliza. Parecia que a equipa de Guardiola ia encostar os reds às cordas, mas foi sol de pouca dura. A desinspiração coletiva dos de Manchester era por demais evidente e a turma de Klopp, mesmo sem Henderson, – o seu principal equilibrador defensivo -, que saiu lesionado, nunca se sentiu verdadeiramente incomodada e foi sempre controlando as operações do jogo a seu belo prazer. O treinador espanhol ainda tentou inverter o rumo dos acontecimentos com as entradas tardias de Navas e Iheanacho, mas já não foi a tempo. O jogo terminou e foi o Liverpool, sem precisar de fazer um grande jogo, que se distanciou do seu rival e se voltou a aproximar do líder, o Chelsea. Uma partida entre dois dos principais emblemas de Inglaterra que não deixará muitas saudades por terras de sua majestade.

Foto de Capa: Liverpool F.C.

Os 10 Momentos de 2016: SL Benfica

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O ano de 2016 foi, certa e incontestavelmente, um grande ano para o Sport Lisboa e Benfica. Um ano de conquistas, glórias, feitos inalcançáveis, alguns há várias temporadas, outros há décadas. Foi um ano de vitórias e alegrias. Foi dada continuidade à interminável corrida para o sucesso, um caminho para a glória iniciado há 112 anos atrás e, após todos esses anos, mais um se finda com a consciência de que foi um ano à Benfica.

Seguem-se então os 10 melhores momentos deste ano inesquecível, por ordem cronológica.

10.º – Grande passo rumo ao TRInta e Cinco em Alvalade

Fonte: SL Benfica
Fonte: SL Benfica

Iniciava-se o primeiro trimestre do ano quando o Benfica dava a volta à tabela classificativa. Os encarnados chegavam à 25ª. jornada com desvantagem de um ponto perante o líder, tornando-se esta numa das derradeiras jornadas rumo ao título de campeão português, já que punha frente a frente, o segundo e primeiro classificado da liga, Benfica e Sporting, em Alvalade.

Mitroglou marcava o golo solitário aos 20 minutos que dava a liderança até ao fim da temporada. Não há dúvidas em como todos nós saltamos com o pontapé glorioso para o fundo das redes leoninas.

Os 10 Momentos de 2016: Sporting CP

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2016 foi um ano inglório para o futebol do Sporting Clube de Portugal. Os leões bateram um recorde de pontos, mostraram um bom futebol, mas não conseguiram chegar ao título, que foi ganho em maio pelo rival Sport Lisboa e Benfica. Para a nova temporada, mantiveram-se os dois timoneiros, Jorge Jesus e Bruno de Carvalho, mas as saídas de João Mário e Slimani fizeram e ainda fazem mossa na forma de jogar da equipa.

Neste ano, o Sporting voltou a ser um verdadeiro candidato ao título. Esperemos que a conquista ainda possa chegar em 2017.

10.º – Audição aos Ex-Presidentes

Fonte: Sporting CP
Fonte: Sporting CP

O mandato de Bruno de Carvalho ficou marcado pela pretensão de desenterrar o passado recente das finanças do Sporting. Com as contas do clube débeis, foi diligenciada a revitalização financeira com os necessários cortes e a introdução de investimento. Em paralelo, as prometidas auditorias internas entraram em cena para questionar algumas decisões do passado e, entre Setembro e Outubro, Soares Franco e Godinho Lopes marcaram presença na Comissão de Audição. Um exemplo da instabilidade vivida pelo Sporting nos últimos anos e não somente ao nível desportivo.

Os 10 Momentos de 2016: FC Porto

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fc porto cabeçalhoUm ano cheio de emoções fortes, o de 2016. No Desporto as alterações são constantes e os sentimentos estão em constante mudança, por isso, digo sempre que o Desporto é o momento. Nesta análise aos momentos marcantes de 2016, vou referir apenas momentos de alegria para os adeptos portistas, não com o objetivo de ocultar o que de menos bom foi feito mas, sim, por estarmos numa época natalícia, e por isso vou falar da alegria que o Desporto pode trazer à vida das pessoas.

10.º – Vitória do FC Porto por 5-0 frente ao Leicester

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Fonte: FC Porto

Não é vulgar o campeão Português golear o campeão Inglês. Apesar de o Leicester não alinhar com o seu onze mais forte, não deixa de ser uma vitória marcante que fica para a história. Esta vitória foi conseguida com uma exibição de gala, que confirmou a presença do FC Porto nos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Vitali Lystcov: muito mais do que um mero central

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Cabeçalho Futebol Nacional

Foi com um disparo do meio da rua frente ao Boavista FC, que o versátil defesa russo do CD Tondela, inscreveu o seu nome na lista de goleadores da Liga NOS esta temporada, mas apesar desse tremendo golo, Vitali Lystcov não tem sido aposta constante de Petit e a sua permanência no emblema da região centro poderá estar em causa num futuro próximo. Duzentos e vinte e cinco minutos na Liga NOS e noventa na Taça de Portugal são manifestamente pouco para um jogador do nível de Lystcov, sendo que a sua parca utilização poderá eventualmente levantar algumas dúvidas sobre a forma como Petit tem gerido a sua equipa.

Natural de Voronezh, o versátil defesa de 21 anos é, e sempre foi, habitual presença nas selecções jovens da Rússia e tem estado em especial destaque nos Sub-21 russos de Nikolai Pisarev. Na partida frente ao combinado alemão a contar para o apuramento para o Campeonato Europeu da categoria no passado mês de Outubro, que a Rússia perdeu por 4-3, Lystcov foi, porventura, o melhor em campo da formação russa, apontando um golo de belo efeito de fora da área e contribuindo com um total de 27 passes, 20 deles certeiros, durante o jogo. Ao contrário daquilo que ultimamente tem acontecido no CD Tondela, onde Lystcov actua como defesa central, a sua função na formação russa é geralmente a de médio defensivo, jogando ao lado do construtor de jogo Dmitri Barinov, num esquema táctico de 4-2-3-1. Noutras partidas, em que Pisarev, condicionado por lesões ou castigos, optou por um 4-5-1 mais estático, Lystcov funcionava na mesma como médio defensivo, mas com funções ligeiramente diferentes, estabelecendo uma ponte entre a linha defensiva e o sector intermédio.

Vitali Lystcov tem-se revelado muito além de um mero defesa central Fonte: Diário de Viseu
Vitali Lystcov tem-se revelado muito além de um mero defesa central
Fonte: Diário de Viseu

Apesar de ser um defesa central de raiz e ter feito grande parte da sua formação nessa posição enquanto representava o FC Lokomotiv Moscovo, Lystcov apresenta, curiosamente, um rendimento muito mais consistente actuando na posição de médio defensivo, ou como uma espécie de “trinco”, posicionando-se em frente à dupla de centrais. O seu poder de choque somado aos respeitáveis 1,94 m de altura, fazem de Lystcov uma muralha difícil de contornar e oferecem à equipa robustez e solidez num sector vital para a construção de jogo. Para além disso, Lystcov apresenta uma assinalável qualidade de passe, algo que lhe permite auxiliar, de forma eficaz, o armador de jogo da equipa. Outro ponto forte do jovem jogador russo é a potência do seu remate. Embora não seja um goleador nato, Lystcov tem apontado golos de belo efeito a partir de  zonas bem distantes da baliza e causa alguma estranheza que esta sua capacidade não seja explorada mais vezes pelos seus treinadores, quer na formação russa, quer no CD Tondela.

Sporting CP 1-0 Varzim SC: À boleia de Gelson

sporting cp cabeçalho 2

O Sporting Clube de Portugal continuou a senda vitoriosa na Taça da Liga, depois de derrotar o Varzim por uma bola a zero, em Alvalade. O jovem Gelson Martins apontou o único golo da partida, onde o Sporting até entrou com a maioria dos jogadores habitualmente titulares.

Em relação ao encontro no Restelo, disputado na semana passada, Jorge Jesus apenas fez entrar Bruno César e Joel Campbell para a ala esquerda do terreno, e Luc Castaignos no apoio a Bas Dost na frente de ataque. Jefferson, Alan Ruiz e Bryan Ruiz foram os elementos preteridos. Já o Varzim, que trouxe uma falange de adeptos bem entusiasta e barulhenta, tinha algumas baixas devido a problemas físicos, mas bateu-se muito bem em Lisboa. Os leões entraram melhor no encontro, com os seus motores Joel Campbell e Gelson Martins, principalmente este último, a canalizarem muito pelas alas, com um ritmo forte. Os verde e brancos tentavam resolver rapidamente o encontro.

Depois de Castaignos e Campbell terem tentado, ainda que de forma tímida, alvejar a baliza de Paulo Vítor, foi Gelson Martins a inaugurar o marcador, por volta dos vinte minutos da partida. O jovem internacional A português combinou com Ricardo Esgaio na área varzinista e rematou forte ao primeiro poste, surpreendendo o guardião brasileiro da equipa nortenha. O Sporting continuou a tentar marcar e ampliar a vantagem, mas Castaignos e Bas Dost não estiveram particularmente inspirados. Ou chegavam atrasados a cruzamentos dos colegas, ou essas assistências não foram bem calculadas, ou os defesas cortavam os lances na chamada “hora H”.

O Varzim teve uma forte falange de apoio em Alvalade. Fonte: Varzim Sport Club
O Varzim teve uma forte falange de apoio em Alvalade
Fonte: Varzim Sport Club

Cada bola parada ofensiva dos leões era uma dor de cabeça para a defensiva do Varzim, porque Paulo Vítor é extremamente inseguro nas bolas pelo ar. Foram várias as bolas que o guardião largou, criando calafrios à sua defesa. O Sporting teve mais algumas oportunidades na primeira metade, mas não conseguiu concretizar, deixando tudo em aberto para os segundos 45 minutos.

A segunda parte começou, praticamente, com um lance perigoso de Lima Pereira. O central varzinista teve uma entrada perigosa às pernas de Adrien Silva. Apesar do árbitro ser Bruno Paixão, a lei foi cumprida e o número dois dos visitantes viu o cartão amarelo. Pouco depois, o capitão leonino teve mesmo de sair e foi substituído por Elias. Ao mesmo tempo, Jesus aproveitou para colocar Bryan Ruiz no lugar de Castaignos. Acredito que a entrada do costarriqenho também se tenha devido à entrada de Elias, dado que Bryan lê melhor o jogo e defende melhor que o holandês. Pouco depois, Bas Dost teve um falhanço clamoroso, tendo enviado a bola ao poste quando estava sem marcação na sequência de um cruzamento de Campbell.

Até ao fim, não houve mais nenhuma oportunidade digna de registo e o Sporting conseguiu vencer a partida, ficando isolado na liderança do Grupo A da Taça da Liga, com mais três pontos do que Varzim e Vitória de Setúbal. A decisão do grupo será na próxima quarta feira, dia em que o Sporting vai ao Bonfim e o Varzim visita o já eliminado Arouca.

Académica OAF 1-0 Sporting CP B: Académica mole em Sporting duro, tanto bate até que fura

futebol nacional cabeçalho

Esteve longe de ser brilhante? Esteve. Mas foi indiscutível a vitória da Académica, frente a um Sporting B que se mostrou impotente… Até ao último lance da partida. Aí, brilhou Ricardo Ribeiro – em jogo de despedida? A Académica fecha o ano com uma vitória em casa, sem sofrer golos. A solidez defensiva já é marca bem vincada dos comandados de Costinha, e o estádio, outrora campo de pressão adicional para a Académica, está transformado numa autêntica fortaleza.

Apesar das muitas queixas dos adeptos, a Académica só se pode queixar de si no primeiro tempo. Das muitas oportunidades, apenas um golo. Foi de Rui Miguel. De penálti. Um prémio justo para um jogador que foi sempre lutador na frente de ataque, mesmo decidindo mal alguns lances. Nessa primeira parte, o rendimento do Sporting B foi pouco mais do que sofrível. A equipa era previsível e dava espaços à Académica. Ernest, Marinho e Traquina conseguiam quase sempre aproveitar esses mesmos espaços da melhor maneira. A Académica criou assim várias ocasiões, muitas delas paradas por um inspirado Pedro Silva.

Rui Miguel marcou o golo que deu a vitória à Briosa (Fonte: Facebook Associação Académica de Coimbra/OAF)
Rui Miguel marcou o golo que deu a vitória à Briosa (Fonte: Facebook Associação Académica de Coimbra/OAF)

No segundo tempo o jogo mudou. A qualidade em si não foi muito maior, mas a abordagem táctica dos dois colectivos foi diferente. O Sporting arriscou (um pouco) mais, sem nunca criar grandes ocasiões. A Académica, sentindo que o jogo estava fácil, recuou no campo. Porventura demasiado. Ainda assim, Costinha foi a tempo de chamar Kaká a jogo e o brasileiro deu outra consistência ao meio-campo da Briosa – Tom nunca foi um box-to-box. João de Deus ia mexendo-se no banco e mexendo na equipa, porém, apenas a entrada de Leonardo deu alguma acutilância ofensiva à equipa – Ronaldo foi uma nulidade em campo.

Até ao fim, o jogo foi-se arrastando entre tudo…menos futebol. Protestos e mais protestos, lesões, substituições e pouca emoção marcaram a recta final de um encontro que não deixará saudades, mas que, coloca a Académica em permanência nos lugares cimeiros. Os problemas são muitos. Mas, no futebol, há sempre soluções possíveis. O trabalho é saber encontrá-las. 

Os 10 momentos de 2016: Futebol Internacional

Cabeçalho Futebol Internacional

Num ano em que vários underdogs se destacaram – Portugal, Leicester e Islândia à cabeça -, é altura de fazer um balanço sobre os principais momentos do futebol internacional. Caro leitor, junte-se a nós e opine também sobre os momentos que o emocionaram mais ao longo destes 366 dias de futebol.