Há muito tempo que o campeonato português de futebol não tinha três candidatos tão empenhados em conquistar o título nacional. Na verdade, a bipolarização da Liga Zon Sagres foi um termo deveras ouvido nos últimos anos, onde reinavam um F.C. Porto e um Benfica com uma colossal disparidade em relação às restantes equipas do nosso campeonato. Este ano, o Sporting finalmente fez jus à sua grandeza e promete mesclar com tons esverdeados a bandeira azul e vermelha.
Ora o campeonato espanhol padecia do mesmo “aborrecimento” – o Barcelona e o Real Madrid dominaram a seu bel-prazer toda a última década; os espanhóis não se fizeram rogados e “decidiram” que, à imagem de Portugal, também o futebol espanhol merecia algum entusiasmo. Este ano temos então um espantoso – e fico-me por aqui nos adjetivos – Atlético Madrid, que, jogo após jogo, realça o estatuto de candidato.
Partindo para os números, à 15ª jornada os três primeiros classificados estão separados por apenas três pontos: Barcelona e Atlético de Madrid com 40 pontos, e, logo de seguida, o Real Madrid com 37 pontos.
Nestas primeiras 15 jornadas encontramos um Barcelona mais frágil do que o habitual (com uma clara Messi-dependência), um Atlético de Madrid surpreendentemente consistente (é, a par do Barcelona, a equipa com menos golos sofridos) e, por fim, um Real Madrid que, fruto de um extenso e magnífico plantel, é capaz de suprimir qualquer contratempo.
Os jogadores do Atlético de Madrid têm razões para sorrir / Fonte: estaticos-atleticodemadrid.com
Utilizando mais uma vez a comparação, também no futebol português os três grandes utilizam díspares formas de gestão e sofrem de males distintos:
Começando pelo campeão, da mesma forma que o F.C. Porto percorre uma aguda crise de resultados negativos, também o Barcelona atravessa um ciclo cinzento e vê, igualmente, a liderança do campeonato ser ameaçada.
Quanto ao Benfica, os encarnados demonstram um futebol menos dinâmico do que no ano passado, apesar de gozarem, à semelhança do Real Madrid, de um plantel de enorme qualidade. Para além disso, os merengues também tiveram um início de época atribulado, com a perda de pontos nas primeiras jornadas – sem falar da entrada e saída de alguns jogadores nucleares nos últimos dias de transferências, como foi o caso de Ozil.
Por último, o Sporting é a grande surpresa do campeonato português – tal como o Atlético de Madrid em Espanha. Ambas as equipas praticam um futebol ágil e confiante que empolga qualquer estádio. Vivem muito do coletivo, alicerçando todos os setores numa “corda de solidariedade” que abrange todo o plantel e que lhe concede uma solidez tremenda. De facto, o Sporting e o Atlético Madrid têm o mérito, ainda que atuando em realidades diferentes, de conseguirem estorvar os habituais aspirantes ao trono sem grandes superestrelas.
Tanto os portugueses como os espanhóis podem rejubilar com a promessa de que os principais campeonatos de futebol dos respetivos países serão apaixonantes, confirmando-se assim um corte com a já referida bipolarização – leia-se tédio – do futebol. O nosso campeonato merece… e o deles também. É oportuno dizer que a Península Ibérica se encontra ao rubro, pelo menos no que toca ao futebol.
P.S.: A comparação que utilizei entre os clubes portugueses e os clubes espanhóis foge a qualquer tipo de paralelo de grandeza ou correspondência de prestígio. Baseei-me exclusivamente em argumentos que achei pertinentes e que auferem ao texto a devida credibilidade.
Estamos a meio da semana e a Premier League continua a dar que falar. Esta terça e quarta-feira tivemos a jornada 14 da Liga Inglesa e engane-se quem pensa que o cansaço acumulado ou a gestão das equipas levou a menos emoção. Trago-vos desde já uma breve análise minha aos encontros desta semana.
Crystal Palace 1 – 0 West Ham
Na terça-feira, o único jogo do dia opôs o Crystal Palace, o lanterna vermelha no início da jornada, ao West Ham. Estava longe de ser um dos jogos mais emocionantes da jornada e isso mesmo foi confirmado em campo. Não só se resumiu a um jogo muito físico, como demonstraram ser duas equipas com muito medo de errar. O Crystal Palace tem melhorado nos resultados mas não tem encantado dentro de campo. Conseguiu inclusive sair vitorioso com um golo de Chamakh que surgiu de um canto. Num jogo que acabou 1-0, as figuras do encontro no qual o West Ham merecia talvez um pouco mais do resultado foram mesmo os guarda-redes.
Arsenal 2 – 0 Hull City
Já na quarta-feira começaram os jogos a doer. O líder Arsenal recebia o Hull City nos Emirates e era um jogo em que o Arsenal não podia perder pontos. Ainda assim, Wenger decidiu poupar Giroud e pôs mesmo Bendtner a titular. Outra surpresa no onze foi mesmo Jenkinson, que acabaria por assistir Bendtner para o primeiro golo do Arsenal. Os Gunners entraram praticamente a ganhar, e, comandados por Özil, tiveram o comando de todo o jogo. O alemão acabou mesmo por marcar golo com uma assistência magistral de Ramsey, jogador que está numa forma impressionante. A máquina bem oleada comandada por Wenger continua a não desapontar os adeptos e demonstra uma regularidade tremenda. Tirar este Arsenal do primeiro lugar será para os candidatos ao título um verdadeiro osso duro de roer.
Luis Suárez vs Norwich City / Fonte: Dailymail
Liverpool 5 – 1 Norwich City (Melhor da Jornada – Luis Suárez)
O Liverpool não desarma no topo da tabela. Depois de uma derrota no terreno do Hull City, os Reds quiseram deixar claro que estão na luta até ao fim. A qualidade de jogo que demonstraram, frente ao Norwich, foi um verdadeiro hino ao futebol. Logo aos 15 minutos, Luis Suárez marcou um golaço do meio da “rua”, abrindo o marcador, que tão depressa não iria fechar. O uruguaio voltaria a facturar, com um golo a surgir de canto, e à meia hora elevava o marcador para 3-0, em mais um grande golo. Fazia assim o seu 3º hattrick frente aos Canaries, mas a conta não acabava por aqui, marcando a meio da segunda parte mais um golo de livre para a sua conta. Stevie Gerrard ainda tentou entrar para as contas do marcador, mas acabou por ver o Norwich a reduzir, por Bradley Johnson. No final ainda deu para Suárez fazer mais uma assistência para Sterling. Diria mesmo: Suárez 5-1 Norwich City. Grande jogo do Liverpool, para demonstrar que o passado fim-de-semana não passou deu um percalço.
Manchester United 0 – 1 Everton (Pior da Jornada – David Moyes)
O Manchester United, a precisar de uma vitória, recebia o Everton, que demonstrou que não está para brincadeiras e foi mesmo a Old Trafford causar um dissabor ao United, que se vê cada vez mais afastado do título. Rooney não chega e Van Persie faz muita falta em campo. Lukaku pôs De Gea constantemente à prova, mas o golo coube a Oviedo, com assistência do belga. Acabou por ser um jogo com muitos lances e bolas à trave, com Tim Howard em grande plano a garantir aos Toffees o 5º lugar em igualdade pontual com o Liverpool.
Southampton 2 – 3 Aston Villa
A grande surpresa do campeonato, Southampton, não esteve à altura da campanha que tem feito defensivamente contra o Aston Villa, que logo aos 15 minutos aproveitou um contra-ataque para fazer o primeiro golo por Agbonlahor. Contudo, na segunda parte, por duas vezes os Saints ainda chegaram ao empate, primeiro por Jay Rodriguez, um dos suspeitos do costume, e depois por Osvaldo, que equilibrou as contas depois do golo de Kozak. Ainda assim, os Villains, com mais um contra-ataque, gelaram o St. Mary’s Stadium, com um grande golo de Delph a finalizar as contas. O Southampton ocupa já um 8º lugar, com uma quebra de forma assinalável. Será que chegam ao Natal na metade superior da tabela?
Stoke City 0 – 0 Cardiff City
No Stoke – Cardiff verificou-se o expectável de duas das equipas com menos golos marcados na Premier League. Um jogo sem golos e sem grande história, no qual as figuras foram as defesas de cada equipa, porém sem grande trabalho por fazer.
Sunderland 2 – 3 Chelsea
O Chelsea tinha uma deslocação que no papel seria fácil, visto que se tratava do lanterna vermelha, Sunderland. Porém, desde que Poyet entrou para manager dos Black Cats a equipa tem estado noutro nível completamente diferente. O Sunderland começou mesmo a ganhar por Altidore. Contudo, do lado do Chelsea existe Hazard, que não só deu um golo feito a Lampard como ainda marcou mais dois, dando vantagem ao Chelsea por duas vezes. Os restantes golos da partida vieram por antigos jogadores do United, primeiro O’Shea e depois Bardsley, a compensar um auto-golo completamente infantil com um golo a surgir de canto, apenas dois minutos depois do seu auto-golo. Hazard a valer pontos ao Chelsea, que mais uma vez viu Torres a cometer um falhanço inimaginável.
Swansea 3 – 0 Newcastle United
Uma das surpresas da jornada foi mesmo o Swansea, que recebeu e bateu o Newcastle United por 3-0. Num jogo sem Michu e Bony por lesão, foi Nathan Dyer a colocar os Swans em vantagem a terminar a primeira parte. Já na segunda parte, o Swansea aproveitou um penálti por assinalar a favor dos Magpies para aumentar a vantagem, com um auto-golo de Debuchy e depois por Shelvey, com um grande golo (mais um nesta jornada). Os toons viram assim a sua boa forma acabar neste jogo, e Remy e Gouffran não conseguiram ameaçar um Swansea City em crescendo.
Yaya Toure vs West Brom / Fonte: Yahoo News UK
West Bromwich Albion 2 – 3 Manchester City
Um dos principais candidatos ao título, o Manchester City, deslocava-se ao terreno do West Brom, uma deslocação de extrema dificuldade; não só os Baggies são uma das equipas mais difíceis em casa, como os Citizens têm alguma dificuldade em jogar fora de portas. Ainda assim, o City entrou praticamente a ganhar, com golo de Agüero – e pouco tempo depois foi a vez de Touré faturar. O costa-marfinense viria a bisar de grande penalidade, o que praticamente assegurou a vitória da equipa de Manchester. Contudo, o facto de tirarem o pé do acelerador provocou um grande susto, pois o West Brom ainda fez dois golos, com um auto-golo de Pantillimon e por Anichebe, tento esse que viria tarde demais.
Fulham 1 – 2 Tottenham Hotspurs
Finalmente, no último jogo da jornada o Tottenham em crise deslocava-se a Londres para defrontar o Fulham, uma equipa a precisar de pontos para sair da linha de água. O primeiro golo foi mesmo para a equipa da casa, que até despediu Martin Jol no passado fim-de-semana – um golo da autoria de Dejagah. A pressão estava toda do lado dos Spurs, que reagiram bem e foram para cima do adversário, acabando por dar a volta ao marcador. O primeiro foi de Chiricheş, com um belo golo do meio da rua mas que deixa algumas dúvidas na atuação de Stekelemburg, que deveria ter feito claramente mais. Holtby saltou do banco para fazer o segundo golo, mais um golo de belo efeito para embelezar esta jornada. André Villas-Boas pode assim respirar mais um pouco, com a ascensão ao 6º lugar, deixando ainda alguma apreensão o facto de este Tottenham viver em demasia de rasgos individuais, como foi este segundo golo.
Foi uma jornada muito intensa, com 33 golos marcados e muita magia. Na minha opinião, o jogador da jornada é sem dúvida Luis Suárez, em contra-ponto com David Moyes, que tem de estar na mó de baixo. O United ocupa o 9º lugar, com 12 pontos de desvantagem para o Arsenal. São demasiados candidatos ao título para se perder pontos em casa, ainda para mais com equipas de menores aspirações, como é o caso do Everton.
Exaustos. Não há outra palavra para descrever o estado em que estávamos. Dores nas pernas tentavam impedir-nos de continuar a saltar; a rouquidão, criada por um misto de esforço vocal e gargantas desprotegidas por cachecóis que se queriam soltos, tentava calar-nos a voz; os braços pesavam toneladas e davam-nos sinais de que tínhamos de parar de os levantar; o frio apertava e lembrava-nos que, mesmo suados, não devíamos estar a usar apenas uma t-shirt.
Ignorámos todos os sinais do nosso corpo. De braços no ar, punhos cerrados e músculos contraídos, continuámos a forçar a voz. Gritámos o mais alto que pudemos, a puxar por colegas de Curva. “Vamos! Se nós não cantarmos, eles não ganham!” Cada posse de bola era um novo incentivo que nos fazia exceder a nós próprios, mostrando forças que julgámos já não ter.
Crescemos a ouvir elogios na televisão à “mentalidade diferente” dos ingleses de Liverpool, do fair-play dos Leões de Glasgow, da força vocal dos homens de Dortmund, da festa coletiva das bancadas do Flamengo. Só tínhamos de fazer o mesmo. E fizemos. Um último esforço transmitia uma vontade e um sentimento de milhões: NÓS ACREDITAMOS EM VOCÊS!
Acreditámos. Acreditámos em Alvalade, Coimbra, Loulé, Braga, Porto, Luz e Guimarães. Eles fazem-nos acreditar. O seu esforço, a sua dedicação e devoção leva-nos a sonhar com a glória. E seja ela atingida ou não, nós cantamos. O sentimento é sempre o mesmo. Porque continuamos acreditar, no fim de cada vitória e no fim de cada derrota.
Fomos para casa ainda mais exaustos. Com mais dores nas pernas, mais roucos, os braços mais pesados e com ainda mais frio. Mas acreditámos. Acreditámos no golo tardio em Braga, na reviravolta com o Marítimo, no empate com o Benfica, na vitória em Guimarães. Lutámos por isso. Ajudámos a colocar o Sporting a liderar o campeonato. E todos os vossos pontos também são nossos, porque nós acreditamos em vocês.
Esta deve ser a a terceira ou a quarta vez que falo de Frederico Morais nesta rubrica semanal. E porquê? Simples. Está no topo do mundo.
Frederico Morais começou a sua caminhada no Vans Triple Crown com uma derrota na primeira etapa desta jornada havaiana. Visto que a derrota foi prematura, Kikas teve tempo para se preparar física e psicologicamente para a segunda etapa,Vans world cup of surfing, uma vez que ia voltar a encontrar grandes nomes do surf mundial.
O jovem surfista estreou-se na prova com uma vitória frente ao havaiano Sunny Garcia, uma lenda mundial. Conseguindo assim passar ao heat seguinte, Kikas eliminou Yadin Nicol, um dos surfistas do World Championishp Tour, passando assim a bateria em segundo lugar com um score total de 14 pontos em 20 possíveis, logo atrás do vencedor, Caio Ibelli, com um total de 14.90. Já lá iam duas fases e o jovem português já era um orgulho nacional.
No terceiro round Kikas deparou-se com Jonh Jonh Florence, um dos surfistas locais em competição e considerado por muitos um dos melhores do mundo. Kikas não se deixou atormentar e passou a bateria em primeiro lugar com um total de 14.73. Jonh Jonh ficou em segundo, com um score de 14.67. E era assim a vida de Kikas: enquanto os melhores do mundo, como Kelly Slater, Mick Fanning e Jeremy Flores, iam sendo eliminados, o surfista luso continuava a passar heats e a conquistar a confiança do público. Mais um round – Raoni Menteiro, Wiggolly Dantas, Kalani Chapman e Frederico Morais. E, sem qualquer novidade, Kikas volta a passar, mas desta vez com um score bem mais baixo, 9.62. À frente passou Raoni Monteiro, com 15.73 em 20 possíveis.
Quartos-de-final e o surfista da Praia Grande voltava a encontrar o “gigante” Jonh Jonh Florence. Com ondas agora a rondar o metro e meio, Kikas somou um 6.53 e um 8.67, passando assim em primeiro lugar, com um total de 15.20. Deste modo, o surfista português deixava Jonh Jonh Florence em segundo lugar, mais uma vez.
Portugal estava ao rubro e mesmo com heats a serem transmitidos de madrugada em Portugal, devido à diferença horária, eram pouco aqueles que não estavam atentos e comentavam nas redes sociais.
Já só faltavam as meias-finais para Kikas alcançar a final havaina, mas para isso ainda tinha uma bateria bem difícil. Era um heat de top, pois todos os adversários de Frederico Morais eram atletas do WCT. Enfrentando Jonh Jonh Florence pela terceira vez na prova, Kikas não acusou qualquer pressão e eliminou o jovem havaiano, garantindo assim acesso à final, juntamente com Raoni Monteiro, que passará em primeiro lugar.
E aí estava a tão esperada finalíssima que reunia Raoni Monteiro, Damien Hobgood, Ezekiel Lau e Frederico Morais. Com o mar a rondar os dois metros, muitos eram os surfistas que invejavam estar no lugar destes quatro atletas. Infelizmente, Kikas apenas apanhou duas ondas, acabando a bateria em 4º lugar, com um total de 7.16 pontos em 20 possíveis. Em 3º lugar ficou o surfista brasileiro Raoni Monteiro, também do WCT, com um total de 12.33 pontos. Damien Hobgood conseguiu um excelente 2º lugar, com uma pontuação total de 14.30 pontos. Ezekiel Lau foi o surfista que mais se destacou no heat, conseguindo somar um 8.67 e um 6.83, dando assim um total de 15.50 pontos em 20 possíveis.
É de louvar a grande prestação por parte do nosso “novo” menino de ouro, que trouxe para o país lusitano um excelente 4º lugar. Deste modo, Kikas tornou-se rookie do ano da triple crown, feito que já tinha sido alcançado por Tiago “Saca” Pires no ano de 2000.
Com duas competições já acabadas, a primeira ganha por Michel Bourez e agora a segunda ganha por Ezekiel Lau, só falta mesmo o Billabong Pipe Masters. É só assim a última e mais esperada etapa do ano.
É nesta prova que se vai descobrir o novo campeão do mundo e, como não poderia faltar, o povo português também quer que Frederico Morais lá esteja devido ao seu enorme feito em águas havaianas. Sendo assim, a revista portuguesa de surf, ONFIRE, criou uma petição online para tentar levar o menino de ouro à “Prova das provas”. Aqui fica o link: http://www.communityrun.org/petitions/frederico-morais-wildcard-for-billabong-pipemasters
Matic, o nosso, está nomeado para o melhor onze da UEFA em 2013. Não se pode dizer que se trata de uma notícia surpreendente, pelo menos para quem acompanha o futebol europeu, mas é agora um dado adquirido. Reconhecimento justo e indiscutível para um jogador que cresceu muito no Benfica e que por cá se tornou um “senhor jogador”.
Os primeiros tempos de Matic ao serviço no Benfica foram passados na sombra da classe de Javi García. A consistência que o espanhol conferia ao nosso jogo era algo que o tornava intocável no onze e um dos mais adorados pelos adeptos. Era um contexto de afirmação naturalmente difícil para um jogador que chegava com poucas rotinas de jogo e a necessitar de melhorar em alguns aspectos do seu jogo. Sobretudo tácticos. Ainda assim, na sua primeira época na Luz, 2011/2012, o jogador sérvio fez trinta jogos pelas águias, somando todas as competições. Com o decorrer da temporada foi-se assumindo como uma peça segura e eficaz no puzzle de Jorge Jesus. Ora a fazer o lugar de Javi García, ora a jogar ao lado do espanhol, as qualidades técnicas do sérvio, aliadas à sua notável compleição física, começaram a evidenciar-se e já era tido como alternativa natural para colmatar a quase certa saída de Garcia no final dessa temporada.
Matic esteve entre a “polpa” de 2013 Fonte: sjpf.pt
É então no Benfica versão 2012/13 que surge o verdadeiro Matic. Esta aparição foi motivada por duas razões: pela saída de Javi García, mas sobretudo pela aposta de Jorge Jesus. O próprio jogador não tem dúvidas ao afirmar que o técnico português teve um papel preponderante na sua impressionante ascensão futebolística. De facto, depois de repentinamente ter perdido dois jogadores-chave na sua equipa, JJ reiterou a confiança em Matic e entregou-lhe o comando do meio-campo encarnado. E este não desiludiu. O testemunho que lhe havia sido passado era pesado, mas a facilidade com que o médio se afirmou como titular indiscutível mostra que os benfiquistas não ficaram reféns de um médio centro de alta qualidade, como era Javi García. As comparações ao médio espanhol são inevitáveis, não ocupassem ambos a mesma posição no terreno. Porém, encontrar pontos semelhantes no estilo de jogo de cada um não é nada fácil. No que num é sentido posicional, no outro é qualidade técnica. No que num é eficácia e simplicidade, no outro é capacidade para transportar a bola. As capacidades individuais têm naturalmente efeitos no estilo de jogo da equipa e o Benfica de Matic nada tem a ver com o Benfica de Javi García. Assim sendo, JJ foi obrigado a redefinir a disposição da sua equipa em campo, alterando inclusivamente o sistema táctico. O losango no meio-campo deu lugar a um duplo pivot no centro do terreno, onde Matic, ao lado de Enzo Pérez, se tornou o motor encarnardo.
Este preâmbulo serviu para chegarmos ao momento em que Matic se torna um dos melhores médios da Europa. E isso aconteceu ao serviço do Benfica, o que é sempre um motivo de orgulho. Aconteceu numa altura em que o próprio jogador pega no Benfica e o carrega às costas até a uma época quase-perfeita. Foi o super Matic que se assumiu como o elemento que equilibrava a equipa e a desbloqueava em termos ofensivos. Eram as suas mudanças de velocidade, a sua passada larga, que criavam os desequilíbrios na defesa adversária. Foram tantos os jogos em que saíram do seu pé esquerdo passes a rasgar a defesa e remates indefensáveis. O jogador que se aprontava a iniciar as jogadas ofensivas (e a terminá-las também) era o mesmo que travava o contra-ataque adversário. Um jogador sem posição, que estava em todo o lado, sempre com a sua incansável atitude e incessante qualidade técnica. Se para muitos é raro haver um jogador de qualidade mundial a actuar em Portugal, Matic veio pôr termo a tal ideia, assumindo-se como um médio de eleição com capacidade para encaixar em qualquer plantel do mundo. Nemanja Matic não será jogador do Benfica por muitos anos, mas já o foi tempo suficiente para o recordarmos como um dos melhores médios da nossa rica História.
Para terminar, dizer que é com enorme satisfação que vejo a UEFA escolher dois jogadores a actuar em Portugal para o seu onze do ano (Jackson Martinez, enorme ponta-de-lança do FCP também está nomeado). É algo que acontece esporadicamente, o que prova que Matic fez uma temporada de altíssimo nível e merece ver o seu nome ao lado de ícones como Yaya Touré ou Schweinsteiger. É também a prova de que, quando quer, a UEFA sabe justar e distinguir os melhores.
Tu és time de tradição, raça amor e paixão! Ó meu mengão!
O Flamengo venceu a sua terceira Taça do Brasil. Os cariocas bateram na final o Atlético Paranaense. Os atleticanos estão a fazer um belo campeonato, garantindo praticamente a presença na Libertadores do ano vindouro. Com este triunfo, os rubro-negros juntaram mais um troféu à sua sala já bem recheada. Apenas Grêmio e Cruzeiro possuem mais competições do que os flamenguistas.
Alguns aspectos foram decisivos para o sucesso do Clube de Regatas do Flamengo nesta contenda. O ano não começou bem para os lados da Gávea. Os resultados demoraram a aparecer. A troca de treinador, com Mano Menezes a assumir o leme, parecia benéfica. Mas nem assim a exigente massa do mengão permitiu que a equipe pudesse dar tantos tropeções. Como muitas vezes acontece em clubes de alta dimensão, a crise deu lugar à bonança. E, tal como no último grande título do clube (o Brasileirão de 2009), foi um homem da casa a conduzir a proa da nau a bom porto. Jaime de Almeida foi o escolhido para substituir o ex-selecionador da canarinha e orientar o clube cujo seu pai representou noutras eras.
Léo Moura, capitão, levanta o pesado troféu / Fonte: fcgols.blogspot.com
No campeonato, o Flamengo, mais uma vez, conseguiu fugir da descida de divisão. É o único grande do Rio de Janeiro que nunca teve a infelicidade de experimentar o acre sabor da série secundária. Porém, o título mais palpável estava por vir. Um conjunto desacreditado conseguiu dar a volta. Na final, os vermelhos e pretos do Rio foram melhores que os congéneres do Paraná. O empate no reduto do adversário, em Curitiba, já deixara água na boca. Mas a confirmação do triunfo surgiu num Maracanã lotado. A maior enchente desde a sua reinauguração. Perto de 65 mil pessoas puderam assistir de perto a um triunfo por 2-0. Curto, mas confortável. Elias – sim, o do Sporting – e Hernane selaram a confirmação da vitória. Mais do que justa, diga-se. Repetindo os campeões nesta prova dos anos de 1990 e 2006. Será interessante ver também a participação dos flamenguistas na Libertadores do ano que vem.
Mais uma vez, aquele que é por muitos considerado o maior do Brasil, conseguiu dar a volta por cima e fazer das fraquezas forças. O ninho do urubu voltou a conciliar-se. Na gávea sorri-se com a certeza de dever cumprido. A massa rubro-negra pode voltar a estar feliz. Veremos se é uma senda vitoriosa continuada, para que os 40 milhões de apaixonados se possam alegrar sempre que quiserem.
Sei que já se abordou este assunto no Bola na Rede, mas cada vez mais parece aproximar-se o dia do regresso de Ricardo Quaresma ao Futebol Clube do Porto.
Começo por dizer que o odeio. Odeio-o porque não me entra na cabeça que um jogador com tanto talento, com tantos momentos mágicos realizados na sua carreira, possa ter falhado em tantas e tantas opções. Odeio-o porque queria que ele tivesse voltado mais cedo em vez de ter andado por esses Besiktas e Al Ahli’s da vida (a curto prazo entendo os factores económicos), nunca se tendo imposto na selecção nacional como o talento merecia e justificava (preterido algumas vezes de forma discutível por seleccionadores nacionais).
Nunca se deve voltar onde se foi feliz? Errado. Lucho Gonzalez é o exemplo mais recente de que nem tudo o que povo diz é certo (curioso é ainda o facto de que ambos vão voltar a jogar juntos mais uma vez). Quaresma vem (espero) e é uma incógnita. Não são os 30 anos que me preocupam, de todo; o que me preocupa é a falta de competitividade do jogador (não tem jogado nos últimos meses), a motivação que este terá no seu regresso ao Porto e a Portugal, e a forma como irá responder à enorme pressão que terá por partes dos adeptos e principalmente dos Media.
O bom filho a casa torna Fonte: Publico.pt
Não acredito que alguém discuta o talento do Harry Potter – podem discutir as suas opções, o seu temperamento, a sua cabeça; o talento, esse, é indiscutível. Quaresma é para mim um dos melhores alas que tive o prazer de ver jogar no meu Porto, um dos portugueses mais mágicos da última década. Não há ninguém que não se recorde das suas trivelas, dos seus 1×1, dos seus remates de longe que inexplicavelmente encontravam o ângulo da baliza de uma forma quase romântica.
O regresso do Mustang salta algumas etapas de adaptação, conhece a cidade, o clube, e ainda vários jogadores que chegaram a jogar com ele entre 2004 e 2008. Naturalmente e como já referi, a sua forma é incógnita, uma questão que os treinadores de bancada não se cansam de abordar como se tivessem alguma ideia do seu real estado físico. Eu não sei como está, quero apenas que comece a treinar quanto antes no Olival para que, assim que possa, represente o clube em que melhor jogou na sua carreira, às ordens de Paulo Fonseca. Uma coisa é ter Quintero no banco, outra é ter Ricardo Quaresma. Dito isto, não duvidaria que Paulo Fonseca fosse bastante menos teimoso em colocar o extremo português no 11 titular passado pouco tempo da sua chegada.
A necessidade de encontrar um extremo desequilibrador para o Porto é, hoje em dia, enorme. Não veio Bernard, Iturbe foi para Itália, Kelvin anda (a fazer sabe-se lá o quê) na B, e as opções de Paulo Fonseca são actualmente um Varela trapalhão, um Ricardo verdinho e um Licá útil-para-jogos-com-equipas-pequenas (Josué e Quintero não são extremos, não os incluo sequer nesta equação). Com uma dependência demasiado grande dos seus laterais (Alex Sandro e Danilo), o Porto necessita violentamente (a única palavra que encontro para a situação actual) de um extremo capaz de decidir jogos, ou que simplesmente faça chegar a bola em condições a Jackson.
Prefiro um Ricardo Quaresma trintão a um qualquer junior brasileiro que custe 15 milhões de euros, mais cinco em comissões, mais um em sabe-se lá o quê. Não pelo dinheiro, mas porque acredito honestamente que se o “Minino” (já dizia Scolari) utilizar apenas metade do que o seu talento o permite pode levar o Porto ao Tetra, e ser uma excelente opção para a Selecção Nacional no Mundial.
Uma confidência: há uns meses, no Verão, enquanto treinava no ginásio, apercebi-me de que RQ7 lá estava -penso que a recuperar de uma lesão. Acreditei honestamente que estivesse perto de regressar ao Porto; parece que só me enganei na janela de transferências…
Continuando nós – eu e o caro leitor que tem a paciência e certa vontade de ler o que sai deste encéfalo – a percorrer as posições numa quadra de basquetebol, não nos poderíamos esquecer dos postes. Humanos. Não os fabricados.
Quem acredita no sobrenatural pensará, porventura, que estes seres não têm alma. Quais gigantes concretizadores de cestos, parecem colossais no meio de seus colegas (já de si bem grandinhos também). Quase que nos apetece dizer que os jogadores que habitam este tipo de posição mais avançada são pouco saudavelmente descomunais.
Postes, os reis do afundanço Fonte: zazzle.com.br
Não é do conhecimento do público em geral, mas Oscar Wilde, o grande escritor irlandês do século XIX, também concebeu livros infantis. Há um pequeno livrinho que nos conta a história de um gigante egoísta. Quem é poste por vezes tem de o ser. Para marcar os cestos, que, no final, tanto ajudam a sua equipa a vencer. Mas… será que não haverá coisas mais simpáticas a dizer sobre os nossos amigos pouco baixinhos?
Claro que há. E Muitas.
Para além de marcarem uma presença forte, concretizarem os cestos e ganharem ressaltos ofensivos, os postes também ajudam na tarefa defensiva. Têm de ser os primeiros a pressionar. Têm de recuar para tentar vencer algum ressalto defensivo, se o houver. Portanto, vamos encará-los como a figura de um bom gigante, na medida de um Gulliver ou de um Paul Bunyan. Eles não são grandes. Os outros é que são pequenos demais para o seu coração.
O Vitória de Setúbal ocupa neste momento um lugar tranquilo na tabela. Com 13 pontos, os setubalenses estão cinco pontos acima da zona de descida. Os últimos quatro jogos muito contribuíram para este posto na tabela. A equipa dirigida por José Couceiro conquistou oito pontos nas últimas quatro partidas.
A equipa de Setúbal é umas das que já sofreram a famosa “chicotada psicológica” nesta época: saiu José Mota e entrou José Couceiro. Os sadinos parecem ter melhorado consideravelmente, ocupando agora um lugar estável na tabela classificativa. O 13º posto é confortável neste momento porque se encontram cinco pontos acima da zona de descida e a apenas quatro dos lugares que dão acesso às competições europeias.
Os objetivos do Setúbal são claros: garantir a manutenção o mais rápido possível e a partir daí fazer um campeonato tranquilo. Os últimos quatro resultados dão boas perspetivas para o garantir dessa desejada manutenção. Empates com Belenenses e Nacional, vitórias sobre Estoril e Arouca; no total, oito pontos preciosos que deixam os sadinos com mais oxigénio para encarar as próximas partidas diante da Académica e do Braga.
O Vitória conta com um plantel composto por 29 atletas, maioritariamente portugueses (16), o que lhes permite seguir confiantes na gestão do esforço do plantel, isto porque os setubalenses estão em três competições internas.
Um dos 11 titular apresentado pelo Setúbal. Fonte: vfc.pt
Campeonato, Taça da Liga e Taça de Portugal são as provas que o Setúbal tem de disputar e é sabido que os sadinos querem chegar longe na Taça da Liga. Para ajudar a este facto calhou-lhes em sorte o grupo teoricamente mais fraco, sem nenhum grande. Sporting da Covilhã, Paços de Ferreira e Rio Ave são os adversários no Grupo A, que o Setúbal pretende levar de vencido para disputar as meias-finais da prova. De referir apenas que para estar nesta fase de grupos o Setúbal eliminou o Portimonense a duas mãos (3-2, no total).
Na Taça de Portugal o Setúbal já eliminou o Alcanenense (3-1) e o Santa Maria (2-1), encontrando-se agora nos oitavos-de-final. O próximo adversário é o Rio Ave. Um jogo muito importante para ambas as equipas, que ao passarem ficam com boas hipóteses de chegar à final da competição, isto porque na próxima eliminatória vão estar apenas oito clubes.
O plantel do Setúbal conta com jogadores muito experientes na 1ª Liga, o que permite aos mais jovens e aos recém-chegados uma melhor adaptação à realidade da equipa e ao que esta pode e deve fazer nas competições em que está inserida.
Os três principais goleadores da equipa são Paulo Tavares, Javier Cohene e Rámon Cardozo; todos eles contam com cinco golos em todas as competições, o que significa que 15 dos 23 golos da equipa em todas as provas foram obtidos por estes três jogadores, notando-se uma certa dependência destes atletas. Cohene é o pilar da defesa, Paulo Tavares o pilar do meio-campo e Cardozo o pilar ofensivo.
Em relação a dados estatísticos, com 15 jogos realizados, o Setúbal marcou 23 golos e sofreu os mesmos 23, o que corresponde a uma média de 1,53 golos marcados e sofridos por jogo. Sempre que os sadinos perderam foi por uma margem de dois golos ou superior. Nos últimos sete jogos para o campeonato contam apenas com uma derrota, mas têm quatro empates e apenas duas vitórias.
José Couceiro está com o seu cargo completamente seguro e a continuar nesta senda de bons resultados conseguirá garantir a manutenção num curto espaço de tempo; veremos se a equipa, quando sofrer uma nova derrota, não cairá em termos anímicos e passará algumas dificuldades. Vamos esperar para ver como se sai este Setúbal e como se sairá o ponta-de-lança goleador, forte fisicamente e muito promissor Rámon Cardozo (desengane-se quem pensa que é familiar de Óscar Cardozo do Benfica).
Estou feliz como já não estava há muito tempo. Sinto-me respeitado e temido como já não me sentia há muito. Passeio o meu clubismo com orgulho extremo como há muito não acontecia. Porquê? Porque sou sportinguista ferrenho.
Tudo parece assustadoramente perfeito, até demais. O Sporting está em primeiro lugar no campeonato (contra tudo e contra todos) – menos no Jornal Record, claro, mas, como estamos no Bola na Rede, aceitemos os factos. Para além do óbvio, que era não ver o Sporting em primeiro lugar do campeonato há demasiado tempo, existem outros factores que compõem a minha felicidade. Outra goleada? Esta equipa está completamente demolidora. No último jogo aconteceu algo que não era normal no reino do leão desde há vários anos: ir para cima dos adversários mesmo tendo o resultado e o jogo na mão. O Leão esteve insaciável, quis sempre mais e mais golos até ao último segundo da partida, e essa é a atitude que um dos melhores clubes do mundo tem de adoptar.
Os festejos dos pupilos de Jardim / Fonte: Blog “A Norte de Alvalade”
Outro dos factores que contribuíram para o meu estado de espírito é o regresso aos golos de “El Avioncito”: ele nunca deixou de jogar belissimamente bem, apenas era de estranhar que um goleador massivo nas primeiras jornadas do campeonato deixasse de fazer golos durante tantos jogos como aconteceu. Agora sinto-me aliviado: ele voltou e voltou para ficar com toda a certeza. Cuidem-se. Temos no plantel dois pontas-de-lança mortíferos que não desiludem, e esta situação eu já não via desde 2001/2002, com Marius Niculae e Mário Jardel.
Uma belíssima noticia é, igualmente, a grande exibição de André Martins. O André é um jogador que sempre admirei. Sempre reconheci que ele teria grandes qualidades; embora nos últimos jogos não estivesse à altura, defendi até a sua exclusão do onze inicial, pelo simples motivo de se estar a tornar num jogador completamente inconsequente. Esta situação mudou (e de que maneira!) no jogo frente ao Paços, e tal facto deixou-me bastante aliviado. O André foi o motor da equipa e rubricou uma exibição de alto nível. Desejo, cegamente, que ele mantenha este nível exibicional, para bem do Sporting e para seu próprio bem, pois tenho a plena convicção de que poderá vir a ser um jogador muito útil para Portugal no Campeonato do Mundo que se avizinha.
Coreografia no Estádio José Alvalade / Fonte: Blog “Ultras Europe”
Pois bem, mas nada disto que tenho referido até agora seria possível sem os adeptos. O camisola 12 tem sido, no meu entender, o grande craque do Sporting 2013/2014. Temos tido, de longe, as melhores assistências durante a presente época. A iniciativa de juntar as claques no mesmo sector (como nos velhos tempos) foi simplesmente de mestre! Para quê criar grupos isolados, quando juntos somos mais fortes, e corremos pelo mesmo amor? Perfeito. O José Alvalade cada vez mais é um palco temível para qualquer adversário, devido a um equilíbrio perfeito de paixão e garra entre equipa e adeptos.
Quais Ghostbusters, todos juntos aspirámos o “fantasma do Natal”. Vamos de vento em popa, no topo do campeonato, e os próximos adversários que se cuidem. Não somos candidatos a nada, promessas falhadas que as pintem de azul e vermelho. Nós somos candidatos à competência, ao trabalho, à paixão, à garra. No fim faremos as contas.
Obrigado, Bruno; obrigado, Inácio; obrigado, Mister; obrigado, equipa; obrigado, “camisola 12”. Obrigado porque eu preciso disto, preciso disto para ser feliz.