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Um Fim de Semana de Milhões

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cantoazulbranco

Fim de semana de selecções onde os dragões ganham milhões. Uma rima básica para uma introdução milionária. Esta sexta-feira passada, os azuis e brancos receberam uma “pequena” grande boa nova: a SAD do Futebol Clube do Porto registou um lucro de 20,356 milhões de euros referentes à época passada, 2012/2013.

Pois é, parece que as vendas de jogadores, ou melhor, de estrelas como João Moutinho e James Rodriguez ao Mónaco renderam ao Porto mais de 76 milhões de euros. 29 milhões a mais do que na época anterior. Apesar de ser um período em que registou um prejuízo de mais de 35 milhões de euros, a SAD azul e branca voltou a lucrar em 2012/13, em que o seu passivo baixou mais de 3 milhões. O Porto tem a “fama”, boa fama na minha opinião, de comprar promessas a um preço muito acessível e conseguir lucrar imenso com as suas vendas e a época passada não foi diferente. As vendas destes dois talentos possibilitaram ao Porto um ano de lucro que poderá marcar a diferença entre momentos mais difíceis ao longo deste campeonato ou até mesmo de outros no futuro. Este tipo de negócios é algo a que o Porto está habituado, sabendo sempre em quem investir e por quanto investir de modo a conseguir sempre lucro quando os jogadores ou o próprio clube decidem pôr fim ao seu acordo mútuo.

João Moutinho e James Rodríguez / Fonte: http://imgs.cmjornal.xl.pt/
João Moutinho e James Rodríguez / Fonte: http://imgs.cmjornal.xl.pt/

Uma questão que fica é a utilidade que se irá dar a esta notícia: será que Paulo Fonseca lhe irá dar uso já no mercado de inverno para fortificar o meio-campo portista, uma questão que tem sido alvo de várias críticas dos adeptos azuis e brancos tendo em conta o futebol praticado pelos dragões e os consequentes resultados sofríveis neste início de época. No entanto, num fim de semana em que só as selecções brilham, esta é uma óptima notícia para um Porto desapaixonado, sendo que estes milhões poderão servir como um novo balão de oxigénio para a época que se avizinha.

No princípio era Sport Lisboa e Benfica

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benficaabenfica

Às vezes, a meio de algum dos 3489 jogos que já vi na Luz, enquanto os jogadores suam (Maxi e Enzo, esta é para vocês) e os colegas de bancada vociferam sobre a mãe do árbitro, sou traído pela (in)consciência e vou em busca do Sport Lisboa e Benfica. Não reconheço este Benfica naquele que me foi explicado e ensinado.

Nasci e cresci Benfica na pior fase da história do clube, é verdade. Mas muito para lá do Damásio, do Pembridge, do Bossio e do Uribe, havia militância, indignação, ambição de algo mais e melhor. Não tínhamos o Matic, o Salvio, a Benfica TV e as cadeiras almofadadas, mas orgulhosamente tínhamos o Estádio da Luz com cento e vinte mil cadeiras vermelhas com tantos outros golos e goleadas para contar. Havia arraial, havia cumplicidade, havia camisas pintadas a vinho, havia odor a Benfica que proliferava de todo aquele calor humano em redor de uma panela com sobras do almoço. O pré-jogo era feito ali mesmo, ensinando e bebendo e comendo Benfica. Não havia “especial antevisão”, comentadores com o cabelo perfeitamente aprumado para o directo. O fora-de-jogo milimétrico, a chuva de dados estatísticos e a previsão dos 22 jogadores que dali por algumas horas dariam cor ao relvado da Luz (os 11 do adepto-treinador-árbitro-dirigente-quase jogador e os 11 do treinador), davam lugar aos fumos e charutos e às cervejas e à Orangina (para tortos, chegavam os pais).

Antigo Estádio da Luz Fonte: vivaobenfica.wordpress.com
Antigo Estádio da Luz
Fonte: vivaobenfica.wordpress.com

Isto desapareceu, emigrou, morreu. Deve estar no quarto anel à espera de acolher o Coluna e o Eusébio e o Águas e o Chalana. Foi-se a aura emuita da mística. Não deixámos de festejar os golos nem sequer o honroso feito das Taças da Liga, claro que não. Muito menos de chorar copiosas derrotas no país vizinho ou facadas aos 92 minutos. Mas não sabe ao mesmo. Hoje, 2013, onde está o benfiquista bêbado e labrego, que deixava o galhardete no espelho do carro e o cachecol na traseira? Só passaram (quase) duas décadas mas parece que foi uma vida. O cabelo arranjado e brilhante dos comentadores passou a embelezar o piso 1 e 2 do Estádio, repleto de humanos que ali vão ficando e bocejando durante os 90 minutos. Quase mortos-vivos sem que ninguém os tenha avisado, dão tanta importância ao jogo como a uma ida à mercearia comprar o açúcar que falta. Apertam-se mãos, dão-se abraços (não, não foi golo do Cardozo) e fecha-se aquele negócio. Os corredores da Luz ostentam douradas placas, gloriosa obra da empresa do cunhado do filho do director X e Y, “Benfica Corporate” e “Benfica Business” e outros que tais. O Sport Lisboa e Benfica virou negócio, interesse e palmadinhas nas costas. Ao que chegámos.

Tragam-me de volta o bêbado, o taxista, a filinha pirilau para a espécie de casa-de-banho e o Gullit pendurado nas grades, de megafone com mil vidas para contar na mão. Quando é que vais voltar a ser Sport Lisboa e Benfica, Benfica?

Playoffs? Isso é para meninos

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cab futsal

Hoje tenho a minha cadela como musa inspiradora, o que não está propriamente a resultar, porque eu olho para ela com carinho e ela olha para mim como se eu fosse atrasado mental;
no meio desta troca de olhares intensa, ainda rebola para eu lhe fazer festinhas na barriga.
Cadelas… há vários sentidos para a palavra cadela; caso não saibam, há pessoas que empregam a expressão “cadela” quando alguém está fortemente embriagado. “Eía ganda cadela” é uma expressão taberneira relativamente usual. O que é que se passa é que, depois de ver o jogo da selecção de ontem e a paragem cerebral do Rui Patrício, eu só posso acreditar que ele estava com “uma ganda cadela” quando se trocou todo e pensou que estava a jogar com os de branco.

http://www.zimbio.com/photos/Rui+Patr+cio/Portugal+v+Spain+UEFA+EURO+2012+Semi+Final/D5MQInNU1Mf
Fonte: zimbio.com

Podia ficar aqui o dia inteiro a falar do passe preciso do Rui Patrício ou das fintas fabulosas do Nani – se o deixassem, o homem fintava a grande muralha da china, isto sem passar a bola, porque o futebol para o Nani é um jogo de equipa: ele e a bola são uma equipa, os outros que se orientem.

Mas nem tudo é mau no panorama futebolístico nacional: enquanto jogadores como o Rui Patrício confundem o Pepe com o Ben Basat (o que é natural: agora que o Pepe tem cabelo, atrofia toda a gente) e a Selecção Nacional de Futebol vai de mal a pior, a Selecção Nacional de Futsal descobre quem vai defrontar no Europeu de Futsal 2014, que se vai realizar na Bélgica. E surpresa das surpresas, qualificaram-se… SEM PLAYOFFS! Sem espinhas, em primeiro do grupo, só com vitórias. Assim dá gosto!

http://pt.uefa.com
Quadro de Playoffs
Fonte: UEFA.com

Esperemos que se portem bem e que tragam o caneco para casa, tarefa nada fácil com selecções como a Espanha, o Azerbaijão ou mesmo a Itália a competir. Desde que não se lembrem de começar a jogar com os adversários em vez de contra eles, pode ser que consigam uma gracinha; equipa para isso temos, falta-nos, se calhar, um discurso motivacional do Ben Basat: “Acreditem até ao fim, pode ser que eles confundam as camisolas”.

Deixem-nos ser felizes

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milnovezeroseis

Numa primeira percepção, leiga e mesquinha, juntar as palavras Sporting e felicidade numa frase comum é algo irrisório. Inconcebível. Ao longo dos últimos quatro anos, os amantes do desporto-rei, e não só, habituaram-se a ouvir um relato repetido até à exaustão que aclamava o Sporting Clube de Portugal, instituição centenária, como um clube morto. Um “não-grande”, no dizer de bastantes notaveisinhos. Enfim, um sem número de argumentos de quem desconhece a verdadeira idiossincrasia das gentes de Alvalade e do clube que nos pinta os corações de verde e branco.

Neste sentido, a actual temporada tem representado um verdadeiro volte face. O Sporting é, novamente, uma equipa com rotinas de jogo, disciplinada tacticamente, com brio exibicional, e superiormente liderada, não apenas por Bruno de Carvalho, como também por Leonardo Jardim, que merece ter os louros do enorme trabalho feito até ao momento. Acrescente-se um coletivo repleto de qualidade (Montero, Wilson Eduardo, Jefferson, Adrien, e fico por aqui porque caso contrário teria de citar o plantel todo) e eis o Sporting.

Ou melhor, um “quase-Sporting”. O Sporting, no seu todo, só coexiste graças à massa adepta fanática que acompanha religiosamente o clube. Não apenas fisicamente porque, por vezes, a vida tal não permite mas igualmente por intermédio de textos, mensagens, ou simplesmente através do mero facto de envergar um cachecol ao pescoço sempre que a turma de Alvalade entra em campo.

Chamo-me Pedro Lemos e enquadro-me nesta última descrição. Tenho 17 anos de sportinguismo e aceitei ser mais um escriba no novíssimo formato do Bola Na Rede. Como leão que sou, ambiciono defender o meu clube com garras (de leão) e dentes. A hora para o fazer é das mais favoráveis de que tenho memória. O Sporting encanta. Confesso, sou um platónico. Entusiasmo-me quando o meu clube joga bom futebol e ganha jogos por mérito próprio. Instintivamente o meu intelecto idealiza voos altíssimos. Marquês em Maio. Champions League em Setembro. E por aí fora.

Aos iluminados que referenciei no princípio do texto dedico esta primeira e curta crónica, a quem julgava que o Sporting, que é de Portugal, estava num estado de profunda latência. A resposta está à vista. O leão está vivo e ruge bastante alto.

O sumo vermelho

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Topo Sul

Quando se processa a habitual paragem dos campeonatos, para se cumprirem os jogos de qualificação das selecções, é a altura em que se fazem as primeiras reflexões (ou mais ponderadas) sobre o início de época das equipas, o que de melhor e pior se fez e aquilo em que se deve melhorar. Estou certo de que todos os treinadores, dirigentes, jogadores e muitos adeptos de futebol praticam este exercício e tiram as suas próprias conclusões, e eu incluo-me nesse lote.
Com tanta coisa que tem acontecido a este Benfica era normal e lógico que as minhas conclusões girassem em torno de abordagens tácticas mal conseguidas pelo treinador ou pelo sub-rendimento de alguns jogadores. No entanto, as minhas atenções recaíram especialmente num ponto que merece total reflexão: a formação do nosso clube. Aquilo a que chamo o “sumo vermelho-e-branco”.

Os compromissos internacionais que se disputam por esta altura não têm que ver somente com a qualificação para o Mundial no Brasil. Aliás, por todo o mundo se compete por vagas em torneios jovens de nomeada no futebol internacional, como os campeonatos europeus de Sub-17, Sub-19 e Sub-21. Ao mesmo tempo que a nossa Selecção A vai sofrendo para chegar ao Mundial 2014, jovens selecções lusas vão brilhando em palcos menores, onde despontam extraordinários talentos, muitos deles com carimbo e selo benfiquista.

Se olharmos para as convocatórias das selecções jovens portuguesas, facilmente nos salta à vista a quantidades de pupilos encarnados que as completam. Só nesta geração de sub-17, que caminha a passos largos para o Europeu de 2014, são dez os jogadores benfiquistas que entram nas contas do seleccionador nacional. No escalão acima – os sub-19 – também é o Benfica que normalmente conta mais representantes nas escolhas do seleccionador Hélio Sousa. Na selecção que serve (ou deve servir) de rampa de lançamento para a selecção principal – os sub-21 – figuram nomes como André Gomes ou Ivan Cavaleiro. No topo da pirâmide, na selecção A, Nélson Oliveira, aquele que não tem espaço no nosso plantel, tem lugar cativo nos planos de Paulo Bento.

André Gomes na Seleção / Fonte: www.abola.pt
André Gomes na Selecção
Fonte: A Bola

Este preâmbulo serviu para nos apercebermos do potencial que paira pelo Caixa Futebol Campus e para dar conta que estes meninos serão o futuro do futebol português e a próxima linha geracional da selecção principal. Os seleccionadores jovens, como mostram as convocatórias, estão a contar com eles para isso e agora é esperar que os altos responsáveis do Benfica não interrompam o processo e desperdicem a benesse, como tão bem o sabem fazer.

Todos estes indicadores parecem ser mais do que suficientes para se perceber que a cantera encarnada está bem e recomenda-se e que, mais cedo ou mais tarde, estes jovens acabarão por cumprir o sonho que os guia e envergar a camisola principal do Sport Lisboa e Benfica. No entanto, parece que esse processo não é assim tão simples como aparenta e (vá se lá saber porquê) há quem pense que o futebol destes pequenos craques não chega para entrar nas contas do treinador que, por isso, tende em apostar no jogador estrangeiro. Como diz o ditado, “o que de fora é que tem valor”, e num clube como o Benfica essa premissa é imperativa. Assim sendo, valores seguros e portugueses perdem espaço de manobra e voam para outras paragens, mesmo que essas paragens sejam clubes como o Manchester City, candidato ao título em Inglaterra, ou clubes de primeira água em Espanha ou Itália.

Marcos Lopes é o maior exemplo do desperdício benfiquista no que à formação diz respeito. Apesar de ter descendência brasileira, “Rony”, como é conhecido na esfera futebolística, é internacional pelas selecções portuguesas e um dos maiores talentos do futebol nacional. Há dois anos atrás transferiu-se do Benfica para o Manchester City a troco da módica quantia de um milhão de euros. Hoje, com apenas dezoito anos, é capitão dos juniores da formação inglesa e até já se estreou na equipa principal, ao lado de craques como Agüero ou David Silva. Histórias como esta são um habitué no universo encarnado e um dos factores para que hoje tenhamos apenas seis portugueses num plantel principal composto por vinte e cinco jogadores.

O sumo vermelho-e-branco parece ser mesmo ácido para os responsáveis do Sport Lisboa e Benfica e nem com os melhores ingredientes à disposição se produz a receita de qualidade nacional.

Só porque é cedo não significa que estejamos a dormir!

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opinioesnaomarcamgolos

Eu acho que é cedo para falar de resultados num campeonato que todos sabemos funcionar a longo prazo. Estamos no início, ainda! Mas mesmo no início já há certas coisas que se podem dizer, pois só porque é cedo não significa que estejamos a dormir…

Simpatizo com o Sporting mas acho que está com passadas cada vez maiores, onde algumas parecem exceder a própria perna, tanto pela equipa como pelo seu presidente. Têm jogado bem, sim, mas há erros que simplesmente não dá para entender. Se o Montero marcar 3 golos por cada erro do género “Markovic passa pela defesa toda sem qualquer problema” acho que mesmo assim o Sporting fica a perder. Quem é sportinguista percebe isso bem. Eu não sou e percebo! Leonardo Jardim pode ser o treinador certo para esta equipa desde que não falhe nas pequenas coisas. Apesar de tudo acho que dos três grandes é a equipa que deixa mais pontos de interrogação no ar. Veremos o que acontece…

O Benfica é um caso de má liderança, ponto final. Foram erros atrás de erros e vão continuar a ser enquanto a gerência se mantiver. Enquanto portista espero que se mantenham. Enquanto adepto de futebol espero que não. O maior clube português, aquele que tanto gosta de enaltecer a sua história e massa associativa, não pode cair em erros que todos percebem ser estúpidos. Todos menos a tal gerência. Foi o caso do “empurrão” do Luisão ao árbitro, o caso Cardozo, a entrevista ridícula ao mesmo na Benfica TV, as agressões de Jesus em Guimarães, e mais que não me lembro agora. Em nenhum caso houve um reconhecimento da asneira e um consequente pedido de desculpas. Mas desculpas pedem-se quando é sentido, e quem não sente está-se nas tintas para a gente, mas ao menos que resolvam as coisas como deve ser. Também não foi o caso… Antes do campeonato começar já se ouvia dizer que o Benfica ia fazer uma das piores épocas de sempre. Eu concordo. Para o Benfica começar a remediar a situação é preciso mandar o treinador embora. O que até tem piada pois o manager tem mais talento do que a própria gerência, apesar de ser o primeiro a ter que sair.

Hector Herrera / Fonte: O Jogo
Hector Herrera / Fonte: O Jogo

E o meu Porto também não convence. Fez uma boa pré-época onde o único problema que aparentava ter era a gestão dos muitos e bons jogadores ao seu dispor. Aqueles jogos que ia fazendo, onde o jogo jogado era pouco atraente e discreto, continuam nos campos portugueses. Mantém-se o 4x3x3 e muito se gosta de falar do triângulo invertido. Jornalistas e treinadores, todos a falarem da porcaria da inversão insinuando e questionando a alteração da equipa no sentido ofensivo para o defensivo, mas ninguém se lembrou de perguntar como é que esse triângulo ia funcionar sem um médio de nível para “substituir” o Moutinho e, tão importante como esse enorme jogador do Mónaco, sem extremos que consigam rasgar as linhas e meter bolas no Jackson! Será que ninguém vê o que se passa? O único jogador que pode fazer alguma coisa no meio campo é o Herrera! Sempre foi! Desde o primeiro jogo que se percebeu como aquele miúdo joga. De cabeça levantada, sem medo da pressão, consciente do jogo e, sempre que fica encurralado com dois ou três defesas à sua volta, não inventa. E adivinhem lá? A posse de bola é mantida. Se calhar é hora de começar a apostar nele… O Quintero é craque? É, mas ainda tem de correr uns bons quilómetros para sentar o Lucho. E quanto aos extremos…aquele abraço! Temos o Varela, que não consegue fazer dois bons jogos seguidos, o Josué, que não é bem um extremo, o Licá, que é o único que parece ser bom no pouco que a equipa vai fazendo, e o Ricardo, que ainda mal se mostrou. E importa referir que não ter bons extremos a jogar é o mesmo que tirar rendimento ao melhor defesa esquerdo a jogar em Portugal. Alex Sandro é um verdadeiro craque, e com um bom extremo à sua frente pode fazer uma “equipa” de sucesso!

Sébastien = Vencedor

cab desportos motorizados

Sébastien Vettel (Red Bull) venceu o Grande Prémio (GP) da Coreia do Sul, em mais uma prova a contar para o Mundial de Fórmula 1 (F1), e deu mais um passo para a revalidação do título mundial da categoria – o seu quarto consecutivo. Isto pode levar a que ambas as modalidades mais importantes do desporto motorizado, F1 e WRC, sejam vencidas por pilotos de nome Sébastien pelo quarto ano consecutivo.

O alemão já venceu oito grandes prémios esta temporada e, se garantir a vitória no GP do Japão, a realizar amanhã, pode já sagrar-se campeão. Para tal, “apenas” precisa de que Alonso (Ferrari) fique na nona posição ou em posição pior. Pode acompanhar esta prova em direto na Sport TV 1 a partir das 7h no domingo.

 Vettel no pódio após a sua 1ª vitória http://www.sopapeldeparede.com.br/wp-content/uploads/2011/12/sebastian-vettel-photo-monza-italy-f1-wallpaper-winner.jpg
Vettel no pódio após a sua 1ª vitória
Fonte: sopapeldeparede.com.br

Vettel está a realizar mais uma temporada muito boa, em que já bateu o número de vitórias (cinco) da temporada passada. O alemão de 26 anos já conquistou 34 vitórias na sua carreira, sendo de destacar que conseguiu a única vitória até hoje alcançada pela Toro Rosso, equipa satélite da Red Bull, no GP de Itália de 2008. Esta vitória está na história por Vettel ser o piloto mais novo a alcançar uma vitória na F1, com apenas 21 anos e 73 dias.

Vettel está, de resto, a mostrar ser o piloto mais regular e mais consistente de todo o “Grande Circo”, o que, aliado ao seu conhecimento total da máquina, tem levado a que seja praticamente imbatível quando não enfrenta problemas. O piloto da Red Bull também parece estar a caminho de bater todos os principais recordes da modalidade, na sua grande maioria detidos pelo seu conterrâneo Michael Schumacher.

Mas para a conquista de tais vitórias, o trabalho de António Félix da Costa tem sido muito importante. O português, que pode estar a caminho da Toro Rosso, é piloto de testes da Red Bull e os seus testes em simulador já foram várias vezes enaltecidos tanto pelos dois pilotos da equipa como pelo próprio chefe de equipa. Formiga é mesmo considerado por todos o principal candidato a ocupar a vaga deixada livre por Daniel Ricciardo, que se vai mudar para a equipe principal, já que Mark Webber vai deixar de correr na F1. É bom relembrar que a esperança portuguesa já participou por duas vezes nos testes destinados a jovens esperanças; a primeira vez foi em 2010, ao serviço da Force India, e a segunda na temporada passada, já ao serviço da Red Bull.

Félix da Costa a testar o Red Bull, http://www.f1fanatic.co.uk/2013/07/17/young-drivers-test-day-one-in-pictures/f1-young-driver-tests-silverstone/
Félix da Costa a testar o Red Bull
Fonte: f1fanatic.co.uk

Esta mudança é, para todos os que seguem a modalidade e especialmente para os portugueses, o passo certo a dar na continuação da carreira do jovem português de 22 anos. Se a mudança se confirmar, Félix da Costa tem tudo para se tornar uma das revelações do campeonato, já que, com as mudanças que vão acontecer na próxima temporada, todos os pilotos acabam por ter de se adaptar a uma nova forma de pilotagem; além disto, a equipa “B” da Red Bull vai mudar de fornecedor de motores, deixando a Ferrari para se juntar à Renault, a mesma marca que já fornece os motores à equipa principal austríaca.

Portugal 1-1 Israel: Má exibição, péssimo resultado

cab seleçao nacional portugal

O regresso da Seleção portuguesa a Alvalade correu mal. A Seleção comandada por Jorge Mendes, desculpem, por Paulo Bento, empatou hoje com a Seleção de Israel, num jogo em que, apesar de os jogadores não terem estado bem, houve quase a certeza de que Portugal iria ganhar. O pior veio a cinco minutos do final: Rui Patrício fez um mau passe e Ben-Basat fez a igualdade a um golo para os israelitas. Apesar de tudo, não é justo culpabilizar totalmente o guarda-redes, já que a exibição global foi péssima.

Analisando o onze que Portugal utilizou hoje, destaca-se a titularidade de André Almeida, em vez de Cédric Soares, e de Ricardo Costa, no lugar de Neto. Esta primeira escolha vai ao encontro do que quase todos os portugueses, pelo menos os sportinguistas, já esperavam, pois é algo que já se tornou habitual por parte de Paulo Bento. Apesar de o lateral direito não saber cruzar na defesa, ele não comprometeu muito, principalmente na primeira parte. No meio campo, Rúben Micael foi a nódoa habitual: bom jogador para clubes de média e pequena dimensão, faz-me lembrar o Clayton, jogador brasileiro que a meio da temporada 99/00 colocou os três grandes a disputar a sua contratação ao Santa Clara – o Porto foi quem o contratou e depois disso o jogador desapareceu. Na frente de ataque jogou Hugo Almeida, que mostrou hoje mais uma vez que, apesar da sua altura, cabecear não é com ele. Nani foi outro jogador que pouco fez em campo, tendo apostado no chamado brinca na areia: queria fintar tudo e todos, mas acabava quase sempre por perder a bola.

Altura em que a Portuguesa era cantada no estádio
Altura em que a Portuguesa era cantada no estádio

De resto, não houve nenhum jogador que se tenha destacado pela positiva. Cristiano Ronaldo esteve algo desaparecido do jogo. Sendo um jogador tão influente, notou-se logo a diferença e a equipa mostrou alguma desorganização tática.

Mas a desorganização não aconteceu só dentro de campo. O próprio speaker, aquando do golo de Portugal, anunciou que o mesmo tinha sido marcado por Pepe, quando na verdade tinha sido concretizado por Ricardo Costa, que, a meu ver, fez uma boa exibição.

O ambiente no estádio foi como o jogo: fraco. O público na primeira parte ainda puxou pela equipa, mas na segunda metade foi adormecendo, acordando apenas com o golo sofrido. Apesar disso, posso garantir que eram todos bons portugueses, já que a grande maioria entrou já com o jogo a decorrer (aos 25 minutos ainda havia gente a entrar). A culpa não foi da organização, uma vez que a entrada decorreu de forma rápida. Tratou-se apenas da mania portuguesa de nunca chegar a horas a nada.

O jogo apenas valeu para Portugal garantir a presença nos Playoff, já que o primeiro lugar no grupo é quase impossível de alcançar.

Bruma pode estrear-se na equipa A / Fonte: abola.pt
Bruma pode estrear-se na equipa A / Fonte: abola.pt

Nota final ainda para o afastamento de Ronaldo e Pepe do jogo frente ao Luxemburgo, por terem visto amarelo. Para os seus lugares foram chamados Bruma e Rolando. É a estreia do luso-guineense na seleção “A” portugesa.

Boa surpresa

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A12
William Carvalho: até ao início desta época, um nome desconhecido de boa parte dos sportinguistas. Actualmente, um dos pilares da equipa do Sporting e, sem sombra de dúvida, um dos principais responsáveis pelo bom momento de forma que esta atravessa.

A (boa) surpresa foi grande quando, na pré-época, Leonardo Jardim fez regressar o jovem médio à casa mãe. Com serenidade, sem acusar a pressão de finalmente jogar na equipa principal do clube ao qual estava vinculado desde 2005, impressionou; à primeira vista, pelo seu porte físico. 1,87m, forte fisicamente. Dois, três jogos, no máximo, bastaram para perceber o resto.

William Carvalho transpira raça e cultura táctica. Dono de um apurado sentido de posicionamento inexistente nos restantes médios defensivos do plantel, William rapidamente roubou o lugar que se previa pertencer a Rinaudo. E fê-lo com todo o mérito e justiça. A segurança por ele transmitida é por demais evidente; parece saber que vai ganhar os lances – e quase sempre os tem ganho. Parece saber sempre o que fazer à bola depois de a recuperar – e quase sempre lhe dá o melhor destino. A meu ver, é neste aspecto que William leva anos-luz de vantagem sobre Rinaudo. O argentino, muitas vezes, quando na posse de bola, decide mal, perdendo-a. O português recupera-a e, geralmente, oferece-a a um jogador mais bem posicionado.

O médio, internacional sub-21 por Portugal, é já elemento incontornável no onze leonino, tendo sido titular nos sete jogos oficiais do Sporting; apenas foi substituído uma vez, contra o Rio Ave, um dos dois empates da equipa.

É cedo para falar de certezas, até porque a pressão excessiva e o mediatismo exagerado já destruíram muitos jogadores. É, no entanto, a altura ideal para William jogar, crescer, ajudar a equipa e preparar-se para, tal como já fez nos sub-21, assumir o meio campo defensivo da equipa A de Portugal, um dia.

O Sporting voltou a virar-se para a sua formação e encontrou mais um caso de sucesso. Independentemente do brilho desportivo que a equipa venha, ou não, a obter esta época, o clube já ganhou. Ganhou um jogador, um novo produto da formação e um activo provavelmente valioso no futuro. A equipa, os adeptos e Portugal agradecem.

Aos 21 anos, o jovem jogador leonino conquistou os adeptos sportinguistas. Que a classe não tinha prazo máximo de validade já todos sabíamos; William Carvalho veio provar que esta, a classe, também não tem idade mínima.

Roma, capital do melhor futebol transalpino

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Na cidade que alberga o Vaticano, respira-se fé vestida de vermelho e amarelo. A AS Roma lidera a Serie A e, mais do que isso, convence. Treinada pelo francês Rudi Garcia, que conquistou a dobradinha em França no ano de 2011, ao serviço do Lille, os giallorossi somam sete vitórias em outras tantas partidas, tendo marcado 20 golos (melhor ataque) e apenas sofrido um (melhor defesa). Jonathan Biabiany, jogador do Parma, foi o único que marcou à formação da capital italiana, num jogo que terminou com o resultado de 1-3.

É verdade que estamos ainda numa fase prematura da temporada, mas os sinais dados pela equipa romana deixam antever uma época propícia a sucessos. Com um 4-3-3 bem delineado e com um onze já praticamente definido, Rudi Garcia parece ter encontrado cedo a forma mais eficaz para fazer render esta Roma.

Na baliza, o experiente De Sanctis é dono e senhor, enquanto no sector mais defensivo os homens mais utilizados têm sido Maicon e Balzaretti, nas laterais, e Benatia e Castán, no eixo central. Mais à frente, Rudi Garcia coloca um trio de médios de luxo, constituído por Daniele de Rossi, Strootman e Pjanic; três médios de características diferentes que aliam capacidade física a excelente qualidade técnica. Na linha mais avançada, Florenzi, Gervinho e Ljajic disputam duas vagas para jogarem junto ao eterno Francesco Totti.

11 inicial que derrotou o Inter por 0-3 / Fonte: vocegiallorossa.it/
11 inicial que derrotou o Inter por 0-3 / Fonte: vocegiallorossa.it/

Equipa coesa, tecnicamente muito forte e, sobretudo, com as ideias de jogo já muito bem definidas, com os jogadores a saberem muito bem aquilo que devem fazer em campo.

Com o castigo de Balzaretti – viu vermelho na vitória da Roma por 0-3 frente ao Inter -, o brasileiro Dodô deve avançar para a titularidade, sendo previsível que a Roma jogue da seguinte forma no próximo compromisso do campeonato, frente ao Nápoles:

Equipa provável para o embate frente ao Nápoles / Fonte: lineupbuilder.com
Equipa provável para o embate frente ao Nápoles / Fonte: lineupbuilder.com

Com 21 pontos, a Roma lidera a Serie A, seguida de Nápoles e Juventus, com 19. Deste trio, deve-se destacar o facto de os líderes não estarem nas competições europeias, ao passo que napolitanos e juventinos se encontram a jogar a Liga dos Campeões. O desgaste europeu pode ser aqui uma vantagem para a equipa da Roma, que se irá focar a cem por cento nas competições internas, podendo o seu treinador gerir melhor a equipa.

Para quem gosta de futebol, é imperativo reservar na agenda um espaço para ver esta equipa da Roma jogar. No próximo dia 19, às 17:00, o Olímpico vai acolher 75000 espectadores no dérbi centro-sul, entre Roma e Nápoles, naquele que é um dos melhores jogos que a Europa do futebol pode oferecer. Imperdível!