Começou oficialmente o Brasileirão de 2014. As emoções estão ao rubro numa das Ligas mais competitivas do mundo; se não a mais. Vejamos: 17 clubes campeões nacionais. Só na última década foram 6 (!) campeões diferentes. É muita competitividade. Por isso, é sempre um risco dar palpites sobre os possíveis vencedores, as surpresas e as certas deceções.
O jornal Record lançou como grande favorito para este ano o Cruzeiro. Em parte, concordo, porque é o campeão em título. Mas o Fluminense também o era e o ano passado só não desceu de divisão por milagre. Um milagre chamado secretaria, que fez com que a Portuguesa de Desportos descesse. O Flamengo também era o campeão de 2009 e logo a seguir fez uma época pífia. Nada é certo no Brasileirão, onde o campeonato é longo. Há muitos pontos para ganhar… mas também bastantes para perder. As quedas livres são constantes e nunca se está seguro no primeiro lugar.
Apontando um dedo para um emblema neste mapa, talvez se descubra o próximo vencedor Fonte: blogdocazumba.com.br
Esta promete ser – como sempre – uma Liga renhida. Disputadíssima até final. Em todas as questões: título, Libertadores, Copa do Brasil e fuga à despromoção. Se pensarmos que históricos como Fluminense e Corinthians já estiveram na Série C (!), equivalente à Terceira Divisão, bem podemos pensar no quão difícil e exigente é manter-se no topo do futebol em Terras de Vera Cruz.
Por isso digo e repito: façam essa aposta convosco próprios. Tentem adivinhar o campeão deste ano. E até podem nem perceber nada de futebol brasileiro. Talvez até ajude, porque eu escrevo sobre ele e nunca acertei num campeão quando apostei. Mas uma coisa é certa: tentar adivinhar o próximo Rei do Brasil é como o Euromilhões – é mais fácil marcar um número de telefone ao acaso e sair uma pessoa que nós conheçamos do que vencer o prémio. O mesmo se passa com a Série A brasileira. A não ser que conheçam um bom adivinhão, ou então possuam um qualquer objeto supersticioso que ajude…
Depois de uma época absurda (sim, já acabou) começa a ser importante planear aquela que será a época 2014/2015. Certamente com um treinador novo e com um elevado número de entradas e saídas no clube, acredito que o profissionalismo e a inteligência daqueles que sempre levaram o Porto aos patamares mais altos do futebol estão a garantir que em Setembro tudo começa pelo melhor, avaliando o impacto que o Mundial poderá ter no Verão.
Timing do Treinador
Luís Castro está de passagem. Não duvido disso, assim como ninguém acredita que esta possa ser a escolha de Pinto da Costa e Antero Henrique para levar o Futebol Clube do Porto novamente às conquistas. Não questiono a sua qualidade e muito menos a sua paixão por este clube (sua casa já há alguns anos) e a vontade de ser campeão, mas, como já referi noutro artigo, Luís Castro (para o bem ou para o mal) nunca vai deixar de ser o treinador da B que veio para a A.
Opções para treinador principal são muitas. Eu gostaria de ver um português que acima de tudo tivesse um passado no clube. O seu palmarés não tinha que ser grande, poderia até ter zero titulos, mas o mais importante é mesmo que conheça a casa e que possa incutir motivação e raça num plantel que este ano só em dois ou três jogos as conseguiu apresentar. Sergio Conceição, Pedro Emanuel, Nuno Espírito Santo e Domingos Paciência: todos nomes que poderiam facilmente assumir o comando técnico azul e branco. Arriscar em icónicos treinadores estrangeiros ou tentar surpreender com contratações polémicas são duas cartas que devem ser postas fora do baralho. O Porto precisa de crescer de dentro para fora; tem sido assim nos últimos anos e espero que continue a sê-lo.
Luís Castro não fará parte dos planos para a próxima época Fonte: Porto Canal
A contratação de um novo treinador deveria ser realizada uma semana após a última jornada deste campeonato, com rapidez e eficiência, de forma a que não ecoem boatos e notícias nos media. A mais-valia de ser pré-Mundial permitiria a um novo treinador ter a capacidade de preparar a sua equipa (com todas as limitações de não ter alguns jogadores presentes nesta competição), assim como ter oportunidade de avaliar jogadores presentes no Brasil.
Timing para Jogadores
Na teoria parece fácil descrever como seria o timing perfeito para a compra e venda de jogadores: comprar antes do Mundial e vender depois do Mundial. Contudo, e como a teoria raramente é posta em prática, é preciso ter em atenção alguns aspectos como a valorização e desvalorização de jogadores (presentes no Mundial), e, claro, a questão dos jogadores não-convocados.
Sendo realista, os actuais jogadores do Porto passíveis de serem convocados para o Mundial são os seguintes: Diego Reyes, Herrera, Mangala, Defour, Quintero, Jackson Martinez, Ghilas, Fernando, Varela, Quaresma e Josué. Destes, Mangala, Fernando e Jackson Martinez são os mais cobiçados internacionalmente e as mais prováveis saídas do plantel e certamente serão aqueles que poderão sofrer uma valorização enorme no Campeonato do Mundo. Defour poderá valorizar-se bastante se a Bélgica for a surpresa de que tanto se fala, e mesmo Reyes e Herrera poderão ter boas prestações numa fraca selecção mexicana. Desta forma, a sua possível venda deveria apenas ser feita só após o Mundial, mesmo correndo o risco de todos eles terem uma prestação menos feliz no Brasil.
O FC Porto pode aproveitar a presença de alguns dos seus activos no Mundial para fazer um bom encaixe Fonte: ZeroZero
Dentro de todo o vasto número de jogadores que não têm qualquer hipótese de ir ao Mundial, os dispensáveis deverão ser vendidos antes do Mundial, facilitando assim o trabalho do novo treinador que chegue ao clube para saber com quem conta.
Quanto às entradas, certamente o meio-campo será reforçado, assim como as alas (Quaresma é o único indispensável actualmente), e as contratações deverão ser efectuadas antes do Mundial de modo a evitar valorizações de jogadores que lá estejam presentes, parece lógico. Neste ponto, quero referir ainda que me parece provável a entrada de jogadores portugueses com alguma experiência (como, por exemplo, Bruno Alves ou Manuel Fernandes), que podem vir a fazer diferença num plantel que se prevê renovado. A nível pessoal, considero que a contratação de Rafa poderia ser um grande investimento (não tanto monetário, mas a nível desportivo) para este novo Porto: mais português e mais económico.
Rafa poderá dar o salto para um novo Porto Fonte: A Bola
O Porto vai mudar. Não acredito numa volta de 180º mas parece-me que algo radical tem de ser feito para que a época 2014/15 faça esquecer a mediocridade que foi o Porto em grande parte dos jogos este ano. Novo treinador e novos jogadores é o que se espera, mas também o melhor aproveitamento daqueles que cá estão. Ir perdendo um campeonato a cada três ganhos não parece assim tão mau, mas há que evitar que a tendência mude…
Depois de ganhar a final da Taça de Portugal em andebol ao ABC de Braga, por uns expressivos 34-29, o Sporting continua a dar cartas e mostra que actualmente é dele a hegemonia no andebol nacional.
O Sporting tem tudo: um sete forte, uma baliza segura, e a confiança de que uma equipa a este nível precisa. Sério candidato ao titulo nacional, também a nível europeu este Sporting tem demonstrado o que vale. Mais um passo de gigante rumo à FINAL 4 da Taça EHF foi dado pelo Sporting este Domingo em Mafra. Ao enfrentar os húngaros do Pick Szeged, num jogo que seria uma verdadeira “tripla no totobola”, o Sporting conseguiu uma preciosa vantagem, em casa, de dois golos (29-27).
As transições defesa-ataque são, sem dúvida, o ponto mais forte desta equipa. No entanto, nem só de maravilhas vive este Sporting, e isso viu-se em Mafra nos primeiros minutos da partida. Jogadores ansiosos e com medo do adversário, que já este ano tinha eliminado o Benfica numa fase anterior da prova, entraram calmos na partida e sofreram nos instantes iniciais, tanto que a diferença de golos chegou a situar-se em quatro a favor dos húngaros (5-1).
Frederico Santos, o treinador que tem levado o Sporting à glória Fonte: Sporting.pt
Com o passar dos minutos a ansiedade inicial foi se esbatendo e o Sporting acabou por dar a volta ao resultado. Vimos nos húngaros um bloco defensivo muito forte a fazer suar e muito os jogadores do Sporting. Frederico Santos, treinador dos leões, tem razões para acreditar no poderio desta equipa sustentada pelo poder de contra-ataque e de colocação de bolas no pivô. As marcações cerradas dos húngaros foram o principal obstáculo dos leões; a falta de capacidade de locomoção dentro do campo provocada por estas marcações fizeram o jogo tornar-se bastante complicado para os leões, mas bastante agradável para os espectadores. Face a estas dificuldades o Sporting apostou em trocas de bola rápidas, o que veio a dar resultados na segunda parte do encontro.
Quanto a jogadores que se destacaram, Pedro Portela e Pedro Soalha foram os grandes marcadores desta partida: juntos apontaram 15 dos 29 golos do Sporting. Do lado dos húngaros especial atenção a Balogh, que conseguiu marcar oito golos nesta partida.
Aos árbitros franceses, Stevann Pichon e Laurent Reveret, nada a apontar. O Sporting está a 60 minutos de uma final four histórica numa época, até agora, perfeita.
O Vicente Calderón foi o palco da primeira grande noite de meias-finais da Liga dos Campeões: Atlético de Madrid e Chelsea, os dois underdogs na corrida pela grande final de Lisboa, protagonizaram um jogo intenso que acabou por redundar num nulo, deixando tudo em aberto para a segunda metade da eliminatória, a disputar em Inglaterra.
Tal como se previa, a partida traduziu um duelo táctico interessantíssimo entre dois dos maiores treinadores da actualidade – Diego Simeone e José Mourinho. Do lado dos anfitriões, o habitual 4-2-3-1, com Gabi e Mário Suárez no duplo pivot à frente da defesa de sempre e Koke, Diego e Raúl Garcia no apoio ao poderoso Diego Costa. Do lado dos forasteiros, um 4-5-1 com um meio-campo reforçado – forte fisicamente e muito batalhador -, composto por Obi Mikel, David Luiz e Lampard no centro e Ramires e Willian sobre as alas; Torres, de regresso a casa, foi destinado ao isolamento na frente de ataque.
A história do jogo conta-se rápido: o Chelsea fez de tudo para evitar sofrer golos, abdicou do ataque e montou uma estratégia que passava por dar a bola aos colchoneros, baixar as linhas ao máximo e impedir o adversário de chegar à baliza com perigo; o Atlético foi tentando encontrar o caminho do golo – fundamentalmente através de remates de meia distância e cruzamentos para a área -, mas nunca foi capaz de derrubar a bem organizada muralha blue, que hoje até jogava de preto. Resultado: 27-5 em remates e 68% de posse de bola para nuestros hermanos. Contrariando o ditado, a água mole fartou-se de bater em pedra dura, mas não chegou a furar.
O compromisso de ambas as equipas foi evidente na disputa de todos os lances Fonte: UEFA
Ainda sem registo de ocasiões de golo e com as equipas a estudarem-se mutuamente, uma lesão de Petr Cech obrigou Mourinho a proceder à primeira alteração na partida: o experiente Mark Schwarzer substituiu o malogrado guardião checo na baliza do Chelsea. Raul Garcia, de cabeça, e Diego, de fora da área, eram quem mais procurava a vantagem, mas a melhor ocasião de perigo no primeiro tempo saiu dos pés de Mário Suárez – um remate forte, colocado e carregado de efeito à entrada da grande área obrigou o guarda-redes australiano a aplicar-se para evitar o primeiro.
O Atlético, sempre com o capitão Gabi e Mário Suárez a servirem de plataforma giratória no meio-campo, ia tendo em Diego o seu playmaker. Quase todos os ataques eram definidos pelo brasileiro, que recuava para emprestar à equipa a visão de jogo, a capacidade de passe e a colocação do seu remate que lhe são conhecidas. Koke, surgindo entre linhas sobre a esquerda, e Raúl Garcia, partindo quase sempre da direita para o meio no sentido de densificar a presença na área, iam procurando auxiliar um Diego Costa muito bem marcado. A missão de dar largura à equipa cabia aos laterais, Filipe Luís e Juanfran, constantemente subidos e muito interventivos na manobra ofensiva.
Todavia, o Chelsea, claramente apostado em defender e com Torres como único homem na frente, nunca permitiu grandes veleidades e fez-se valer do rigor posicional e da capacidade atlética para travar os ataques madrileños. Mikel era um autêntico terceiro central; David Luiz e Lampard, sempre muito retraídos, só a espaços se aventuravam no meio-campo adversário e serviam essencialmente de tampão no centro do terreno; Ramires e Willian estiveram sempre mais preocupados em proteger as investidas dos laterais adversários do que em atacar. De resto, nas poucas ocasiões em que procuravam lançar-se no contra-ataque eram abafados pela eficiente pressão dos homens da casa. A única vez em que ambos tiveram espaço para criar um lance de ataque rápido – o mais perigoso dos britânicos em toda a primeira metade -, culminou com um cruzamento-remate disparatado do ex-benfiquista Ramires.
Diego Costa, sempre vigiado e sem espaço nas costas da defesa, foi bem anulado Fonte: UEFA
O intervalo chegou e o regresso dos balneários não alterou a toada. O Atlético mudou ligeiramente o desenho (transformando o 4-2-3-1 inicial no 4-4-2 habitual) – Koke manteve-se na esquerda, Diego passou para a direita e Raúl Garcia aparecia cada vez mais como segundo avançado, na tentativa de se fazer valer do seu bom jogo aéreo para corresponder aos cruzamentos que iam sendo frequentemente lançados para a área do Chelsea. A verdade é que esses mesmos cruzamentos iam sendo facilmente cortados pelas torres inglesas. À meia hora de jogo, a primeira mexida de Simeone: Arda Turan entrou para o lugar de Diego. Alguns minutos depois, Terry magoou-se e deu lugar a Schurrle: o alemão passou a jogar na direita, puxando Ramires para o meio (onde estava David Luiz) e David Luiz para o eixo da defesa (onde estava Terry). A partir daí, com o jogo ligeiramente mais partido em virtude do desgaste dos atletas, o Chelsea ainda tentou esboçar algum atrevimento, mas o Atlético continuou por cima até ao apito final. Sosa (79’) e Villa (86’) ainda entrariam em campo, assim como Demba Ba (90’), mas o placard insistiu em não mudar até ao apito final do árbitro.
Usando os conceitos típicos do futebolês, pode sintetizar-se tudo isto dizendo que o Atleti dominou o jogo e que o Chelsea nunca deixou de o ter controlado. As equipas anularam-se e a passagem à derradeira final foi adiada para o encontro de Stamford Bridge, que promete ser electrizante. O Chelsea não vai poder contar com Matic (impedido de jogar nas competições europeias), Lampard e Mikel (suspensos depois dos amarelos que viram hoje), mas, mesmo com um meio-campo desfalcado, os blues vão, com certeza, arriscar mais do que hoje. O desfecho é imprevisível e antevê-se mais uma bela noite de xadrez sobre o relvado.
Assegurámos no último Sábado o principal objectivo para esta época: a qualificação directa para a fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA.
Com um plantel composto, maioritariamente, por jovens jogadores oriundos da formação e um ou outro jogador contratado por valores bastante baixos, o treinador Leonardo Jardim conseguiu construir uma equipa forte e unida, que superou todas as expectativas para a época que agora termina. Acontece que esta época foi, infelizmente, marcada pela ausência de competições europeias no Estádio José Alvalade, logo o desgaste resultante de várias competições para disputar numa só época não existiu para o Leão. Na próxima época, iremos jogar duas vezes por semana e, possivelmente, com adversários de enorme craveira na Europa do futebol. Teremos, obrigatoriamente, de fazer entrar mais e melhor no nosso plantel.
Comecemos pelos guarda-Redes: no meu entender, se queremos construir uma equipa que a curto/médio prazo lute por grandes classificações europeias, só podemos deixar sair os nossos grandes valores pelas cláusulas de rescisão, ou seja, Rui Patrício é para ficar. Trata-se do melhor guardião português, e de um dos melhores da Europa: imprescindível, portanto. Marcelo Boeck é um óptimo suplente e um elemento crucial no balneário leonino, logo, seria importante ficar, jogando Rui Patrício na Liga e Champions e Marcelo na Taça de Portugal e Taça da Liga. Para qualquer eventualidade, teremos sempre um terceiro guarda-redes de qualidade na equipa B pronto a ser convocado.
No que toca ao sector defensivo, teremos com certeza algumas saídas: Welder e Píris serão devolvidos aos seus clubes após um ano de empréstimo em Alvalade. Welder nunca mostrou credenciais, e Píris, embora competente, não me parece que justifique uma compra. Ficaremos com a lateral direita entregue a um Cédric Soares em óptima forma e a Ricardo Esgaio, que foi uma das figuras da Liga de Honra 2013/2014. Com a lateral direita, a meu ver, bem composta, passemos ao centro da defesa, onde se impõe a permanência de três bons centrais (evoluíram bastante esta época) como Rojo, Maurício e Dier. Não podemos vender estes três activos, e teremos de acrescentar um outro central para compor um quarteto forte no centro da defesa: Rúben Semedo precisa de um empréstimo a um clube primodivisionário para amadurecer e ganhar ritmo competitivo a alto nível, e Nuno Reis não me parece ter a confiança do staff leonino pois, com 23 anos de idade, ainda não teve uma única oportunidade de mostrar o seu valor na equipa principal. Exige-se, por conseguinte, a contratação de um bom defesa-central que bem poderá estar na Liga Portuguesa: Paulo Oliveira seria uma boa opção. A lateral-esquerda do sector mais recuado poderá, também, constituir um problema, visto que apenas ficaremos com um fabuloso Jefferson, sem um suplente à altura. Mica Pinto e King talvez possam ser soluções secundárias, mas seria bastante mais segura a contratação de uma alternativa a preços acessíveis. Falou-se em tempos do interesse do Sporting em Rúben Ferreira, do Marítimo; porém, não o considero a melhor opção para o nosso clube.
Com Rojo e Maurício, a baliza de Rui Patrício ficará protegida Fonte: Sapo.pt
No que toca ao meio-campo, o verdadeiro motor do plantel, Gérson Magrão e Vítor provavelmente irão ver as portas abertas para a saída do clube, visto não terem mostrado argumentos para integrar o plantel. William Carvalho (a sua permanência será o melhor reforço possível e imaginário), Adrien, André Martins, Shikabala (que fará verdadeiramente a sua primeira época), Wallyson Mallmann (parece-me ser aposta clara de Jardim) e Carlos Mané (que já provou ser bastante competente no centro do terreno) terão com certeza a companhia do regressado João Mário. O regresso de Fito Rinaudo também me agradaria, seria uma boa injecção de experiência no plantel; porém, parece-me que o Catania, provavelmente, quererá ficar com o argentino em definitivo. Posto isto, temos um meio-campo curto, e teremos de acrescentar ao plantel dois jogadores para o centro do terreno, essencialmente um trinco de qualidade. Zezinho e Fokobo não me parecem ser aposta para Leonardo Jardim, e Filipe Chaby terá de rodar, tal como Rúben Semedo, numa equipa da Primeira Liga portuguesa. Ali Ghazal, do Nacional da Madeira, seria um reforço interessante para o Sporting, assim como o português Manuel Fernandes (em final de contrato com o Besiktas), embora os valores auferidos na Turquia provavelmente sejam impeditivos para o Leão.
Avançando no terreno para o sector mais avançado, existe abundância e qualidade; porém, a meu ver, existe também alguma falta de magia. Falta alguém que de um momento para o outro pegue na bola e resolva um jogo. Será Iuri Medeiros, finalmente, uma aposta na equipa principal? Este miúdo poderia, claramente, trazer a magia que falta ao ataque leonino (tanto a extremo como atrás do ponta-de-lança). O problema é que Capel, Héldon, Mané, Wilson Eduardo e Carrillo já são cinco extremos (só jogam dois), e, sinceramente, não gostaria de que nenhum deles abandonasse o plantel, nem acho que nenhum deles mereça ser posto de parte nesta altura. Tendo em conta estas circunstâncias, haverá lugar para uma aposta no miúdo Iuri? Ou será mais seguro, de momento, um empréstimo a uma boa equipa da nossa Liga? Será necessária a contratação de mais um extremo, porventura melhor do que os cinco que já temos? A questão dos extremos será uma das mais delicadas que Leonardo Jardim terá em mãos.
Serão os cinco extremos do Sporting suficientes? Fonte: Maisfutebol
Quanto aos pontas-de-lança, parece-me que estamos bem servidos. Slimani e Montero mostraram ser grandes jogadores de futebol: Slimani é uma fera de área, resolve um jogo de cabeça quando tudo já parece perdido; e Montero tens uns pés fantásticos e, apesar do jejum de golos, é um grande profissional, joga e faz jogar. O regresso do bom jogador Valentin Viola dará mais uma opção ao nosso treinador, e a estes três avançados poderá juntar-se Betinho, Cissé ou Dramé, sendo os outros dois emprestados a equipas inseridas em ligas competitivas.
Resumindo e concluindo: com a saída de Welder, Píris, Magrão e Vítor e a entrada de um lateral-esquerdo, um defesa-central, um trinco, provavelmente um médio-centro e um extremo – e com a permanência de Leonardo Jardim -, o Sporting terá com certeza condições para, com um plantel de cerca de 25/26 jogadores, atacar os objectivos da próxima época: ser campeão nacional, ganhar a Taça de Portugal, ganhar a Taça da Liga e passar a fase de grupos da Liga dos Campeões.
O mais importante reforço será manter os nossos principais activos, manter a espinha dorsal da equipa. Conseguindo tal proeza, o caminho estará a meio para assistirmos a uma época memorável no reino do Leão.
Terminou este sábado o torneio “Champions In Loures”. Esta foi a terceira edição de um torneio realizado no concelho de Loures e que se dividiu nos complexos desportivos do Sport Grupo Sacavenense, Grupo Sportivo de Loures e nos campos municipais da Bobadela e do Catujal. O torneio de futebol foi realizado nas férias da Páscoa e contou com uma grande adesão – entre os clubes aderentes encontrei o Sporting CP e SL Benfica.
Localização dos recintos do torneio. Fonte: championsinloures.pt
Iniciei o meu dia em Loures, onde cheguei logo pela manhã e comprei um bilhete diário pela quantia de um euro. A pulseira do torneio ficava a três euros, para os pais que fossem a todos os dias. Achei um preço bastante acessível – considerando que a organização de um torneio não deve ser fácil, nem barata. Na mesa, por mais cinquenta cêntimos era possível comprar o calendário do torneio.
Calendário dos jogos de Futebol de 7. Fonte: JC
Sentei-me numa das bancadas do Loures onde iam começar dois jogos de futebol de sete dos escalões de 2002 e 2003, respectivamente. De um lado o Fabril vs Barreirense (2002) e do outro o Loures vs Barreirense (2003). Enquanto as equipas aqueciam, ia tocando uma musiquinha, própria para animar a malta. Nesse mesmo dia reparei que o Barreirense tinha ido em peso. Umas belíssimas claques formadas pelos pais, com direito a t-shirts, cachecóis e até bandeirinhas. Quando os jogos acabavam lá iam os atletas para as bancadas apoiar as outras equipas do seu clube.
Atletas a apoiarem o Barreirense. Fonte: JC
Os recintos foram “equipados” de modo a dar o melhor conforto quer aos atletas, quer aos treinadores e famílias. Para além disso, foram facultados hotéis – mediante pagamento, claro – para as famílias acompanharem diariamente as suas estrelas. Considerando que o torneio funcionou de forma non-stop todos os dias de manhã à noite, para as equipas/clubes que vinham de longe, facilitava, e muito, a deslocação até aos recintos. Não posso falar do recinto do campo municipal da Bobadela, porque foi o único onde não consegui ir (desde já as minhas desculpas), mas dos outros três sim.
Quanto ao recinto do Loures, tinha um campo de futebol de 11 transformado em dois de sete. No meio das bancadas encontrava-se a “tribuna” onde estava o sistema de som. Não tinha a melhor visibilidade se se quisessem ver os dois jogos ao mesmo tempo. No recinto em si, tínhamos o bar (preços verdadeiramente acessíveis) e ainda uma banca que personalizava chuteiras – vi uma delas a dizer “Maradona” e achei fabuloso.
Um dos campos de Fut7 (não existem bancadas do outro lado, logo a visibilidade dos lances para o outro lado não é a melhor.) Fonte: JC
No campo municipal do Catujal, não tenho muito a dizer. Quanto à parte exterior, um recinto remodelado, com um campo de futebol de 11 – podendo ser transformado em dois de futebol de 7. Não é um recinto grande, mas no dia em que lá fui não estava muito cheio – fui ver um jogo de iniciados: Sacavenense B vs Alta de Lisboa, com uma vitória por 2-1 para a equipa de Sacavém. Quanto aos balneários, não eram os melhores, mas isso é um facto que afecta a maioria dos clubes. No que toca a bancas de merchandising, não encontrei nenhuma.
Recinto do Catujal e início da partida de iniciados Sacavenense B (3º lugar no escalão de 1999) vs Alta de Lisboa. Fonte: JC
Por ultimo, o recinto do Sport Grupo Sacavenense era, na minha opinião, o maior e o mais bem equipado dos três que vi. Umas óptimas infra-estruturas. Conta com um campo de futebol de 11 com bancadas de ambos os lados e com um campo de futebol de 7 também com bancadas. Para além destes dois campos, existirá um terceiro de futebol de 11 que ainda está em construção. Tem à volta de dez balneários, o que permite uma maior elasticidade na distribuição das equipas pelos mesmos. À entrada do recinto tínhamos o bar “Preto-Vermelho” (nome alusivo às cores do clube), e do lado direito tínhamos roulottes que vendiam churros, farturas e pipocas. Existia também uma tenda com merchandising que vendia lembranças do torneio e outros objectos/acessórios de futebol relativos a outros clubes. Por ocasião do torneio, nas traseiras das bancadas do campo principal, abriram um bar com óptima comida e preços muitos acessíveis – falo por experiência própria: duas bifanas excelentes e uma imperial bem fresquinha.
Símbolo do Sport Grupo Sacavenense / Recinto do SGS Fonte: 1ª Imagem – JC / 2ª Imagem – zerozero.pt
Passamos agora aos resultados do torneio:
Equipas vencedoras da Champions In Loures
Escalões/Equipa
1999 – SG Sacavenense A
2000 – SG Sacavenense
2001 – Sporting CP
2002 –SL Benfica
2003 – FC Barreirense
2004 – Marítimo Rosarense
2005 – Almada AC
Pessoalmente, e não tirando prestígio a nenhum dos outros clubes participantes na prova, as estruturas mais consolidadas que estiveram presentes no torneio foram o SG Sacavenense e o Almada. Quanto ao SGS, como podemos ver pelos resultados, esteve presente nos quatro primeiros em todos os escalões. Em 1999 a equipa vencedora foi o Sacavenense A e a equipa B ficou em 3º lugar. Em 2000 o 1º lugar voltou a ser ocupado pelo Sacavenense. Já no escalão de 2001 ficou em 2º e em 3º lugar, em 2002 ficou em 4º lugar. Finalmente, em 2005 ocupou a 2º lugar no pódio.
Quanto ao Almada AC, no escalão de 2005 ganhou o 1º lugar, no escalão de 2004 ficou em 3º lugar e em 2003 ficou em 4º lugar. Em 2002 foram à final contra o Sport Lisboa e Benfica e em 1999 ficaram em 4º lugar.
Ainda de destacar o desempenho do Marítimo Rosarense, que ficou em primeiro lugar no escalão de 2004, depois de ganhar na final por 2-1 ao Sporting Clube de Portugal. De destacar que em 2004 o Sporting CP jogou com atletas de 2005.
Já a cerimónia de entrega de prémios e encerramento do torneio foi em Sacavém e teve início às 18h30, com as bancadas a encherem-se para verem os atletas a receber os seus troféus e medalhas. Foi um momento bonito de se ver, com as equipas a entrarem em campo com as bancadas já bem compostas.
Cerimónia da entrega dos prémios e de encerramento do torneio. Fonte: JCOs troféus da Champions In Loures. Fonte: Facebook- Champions InLoures
Não sei se consegui fazer justiça ao torneio que foi, mas tive como intenção principal explicar a estrutura e o funcionamento dos recintos e só depois as equipas vencedoras e as que, na minha opinião, melhor se destacaram. Uma excelente organização que está, desde já, de parabéns. Estes torneios são sempre iniciativas de se louvar. Dão a conhecer atletas, equipas e clubes. Infelizmente não lhes é dado o reconhecimento nem a cobertura devida, o que é uma pena. É preciso ter a noção de que a formação não passa só pelos grandes de Portugal, passa sobretudo por outros clubes que têm o mesmo nível de qualidade. E é aqui, nestes torneios, nesta Champions In Loures, em particular, que se vê a alegria e o entusiasmo destes atletas naquilo que fazem e naquilo que é jogar futebol. Uma mística fantástica. Não admira que seja este o desporto-rei. Para o ano há mais e nós lá estaremos.
Antes de mais, os meus parabéns a todos os benfiquistas pela merecida conquista do 33.º campeonato. Esta semana decidi mudar de cassete e escrever sobre um tema que veio à baila numa conversa que tive num blog. Nessa conversa disse (e reafirmo) que Alex Sandro, lateral do Porto, é o jogador mais completo da Liga. A primeira reacção que obtive foi um “estás maluco?”. “E Garay? Gaitán? Salvio? Markovic?”, atiravam os benfiquistas. “E William Carvalho?”, respondiam os sportinguistas. É uma questão delicada, compreendo. Por isso explicarei o porquê da minha escolha (tentando pôr de parte o meu portismo de forma total e procurando ser apenas um analista das componentes técnico-tácticas dos jogadores).
No Benfica há vários jogadores que são frequentemente apontados como os mais completos da Liga.
Garay – a par de Mangala (e num nível de maturidade superior, até), é de longe o melhor defesa central a actuar em Portugal! Soberbo no jogo aéreo, tecnicamente evoluído e muito bom nas dobras. É um central completo? Quase! Só lhe falta evoluir um pouco na maior capacidade de leitura de jogo e ter um poder de antecipação que lhe permita chegar à bola antes de o adversário lhe “ganhar a frente” (a única coisa que Luisão tem de melhor do que ele, pois considero-o um central muito limitado).
Gaitán – É risório dizer que Gaitán pode ser o melhor jogador da Liga. Porquê? É o jogador mais inconstante do plantel dos encarnados, alternando exibições brilhantes com “securas” de longas semanas. Faz lembrar… James Rodriguez. E mesmo assim James era (e é) muito superior. Tudo dito.
Salvio – É o jogador do Benfica que mais admiro, mas as suas lesões impedem-no de ser realmente considerado o melhor jogador a actuar em Portugal. Os “ses” que as maleitas levantam não podem ser substituídos por golos certos ou assistências…
Markovic – É uma piada também, só pode. Não é titular indiscutível, tem um enorme potencial e marca golos bonitos. E daí? Em jogos grandes, curiosamente, nem costuma ser titular… Precisa (e irá) crescer.
Gaitán e Markovic não apresentam a consistência necessária para entrar neste exercício Fonte: benficapaixaomistica.blogspot.com
No Sporting, também há um nome que não pode ser ignorado quando se fazem estas contas.
William de Carvalho – Um senhor! Um senhor de potencial ilimitado, mas um senhor que precisa de tempo e espaço na “sombra” para, sorrateiramente, aparecer e dizer “eu estou aqui!” (não, não é no mesmo tom que o do melhor jogador português de sempre, CR7). William tem a visão de jogo de Moutinho, o poder de antecipação de Costinha, a verticalidade de Fernando e a capacidade de passe de Maniche. Então, o que falta a este “menino”? Falta-lhe afirmação, não só internacional, como até mesmo interna. Nunca me passaria pela cabeça, baseando-me apenas numa belíssima época, considerar William o jogador mais completo da Liga. Dêem-lhe mais uma época e ai falaremos… Embora seja um jogador que não deixe muitas dúvidas quanto à sua qualidade.
Posto isto, é justo agora dizer porque considero Alex Sandro o jogar mais completo da Liga (abro este parêntesis para lembrar que “mais completo” é muito diferente de “melhor”!): ora bem, o lateral portista é o chamado “atleta-nato”. Em duas épocas e meia de dragão ao peito, não existe um único jogo onde se possa dizer que o brasileiro tenha estado mal! Faz lembrar Moutinho: mesmo quando um jogo não lhe corria de feição, não sabia jogar mal! Pois, Alex é igual. Muito pontualmente pode errar, mas nunca o vemos deixar-se abalar por um erro, o que denota que é psicológica e emocionalmente muito forte. Tem também uma rapidez incrível e um pulmão “incansável”, a que alia a técnica típica de jogador brasileiro com “samba nos pés”. A nível defensivo, é enorme no 1×1, raramente é ultrapassado; já a nível ofensivo, convém dizer que o extremo adversário geralmente passa muito do seu jogo a… defender Alex Sandro, o que diz muito sobre a sua capacidade ofensiva.
É difícil encontrar um ponto negativo no jogo de Alex Sandro Fonte: Zero Zero
No capítulo mais táctico, é o lateral em Portugal que dá maior profundidade à sua equipa. Com ele, as equipas jogam quase sempre com um “falso extremo” que flecte para o meio nos processos ofensivos da equipa (a lembrar James Rodriguez no ano passado ou até a “tentativa” de Paulo Fonseca de fazer o mesmo com Quintero ou… Licá). Dito isto, qualquer equipa com Alex Sandro pode baralhar marcações e ter uma alternância táctica que poucas equipas conseguem ter.
Para sustentar a minha teoria de que o brasileiro é um lateral completo, peguei em 20 clubes que estavam no último top da europa (19, visto que o Porto consta do ranking) e, comparando os seus laterais-esquerdos (isto quando não são apenas defesas) com Alex Sandro, pude ver que este tinha lugar na maioria das equipas. Para o efeito: 1= Alex Sandro; X= Empate e 2 = Jogador outra equipa (utilizei o jogador que actua preferencialmente do lado esquerdo da defesa com mais minutos).
Comparação com os laterais-esquerdos das melhores equipas europeias
Com base na tabela acima descrita, posso concluir que Alex Sandro era indiscutivelmente titular em 12 dos 19 clubes; em 2 seria “igual” jogar o brasileiro ou com o jogador da outra equipa e apenas em 5 “tubarões” Alex Sandro não tem, ainda (repito, ainda!), capacidade para ser um titular com facilidade: no Chelsea, Azpilicueta atingiu um pico de forma fenomenal e é dono e senhor do lugar; Filipe Luís (Atlético) e Chiellini (Juventus) fazem da sua experiência a vantagem sob Alex Sandro; Marcelo (Real Madrid) é… Marcelo e David Alaba (Bayern), para mim, não tem igual na sua posição.
Depois de tudo isto, fica aqui o motivo por que considero Alex Sandro o jogador mais completo a actuar em Portugal: olhei para as características do atleta em função da sua posição específica. Como foi Cannavaro eleito o melhor jogador do mundo em 2006? Fácil, adaptaram a mesma forma de olhar para um jogador que eu: posição/qualidades específicas que a mesma requer. E, vendo as coisas desde modo, Alex Sandro é sem dúvida um jogador que não tem “pontos negativos”, o que é raríssimo no mundo do futebol. Acabo a sublinhar uns dos parêntesis feitos acima: ser o jogador mais completo não significa ser o melhor jogador do campeonato!
Espero, assim, ter podido mostrar de forma clara a minha forma de analisar um jogador e as suas características. Não podemos comparar um avançado com um defesa; devemos olhar para cada caso como um caso único de análise! Até para a semana, caros (des)portistas!
Apesar de ter perdido alguma qualidade nos últimos anos, o campeonato argentino continua a ser um viveiro de talentos. Para além dos históricos Boca Juniors e River Plate, surgem outros clubes – como o Racing, o Vélez ou o San Lorenzo – a trabalhar muito bem na formação. Num futuro próximo, há vários jogadores com condições de dar o salto para o futebol europeu.
Ángel Correa – Esteve em destaque no título do San Lorenzo no Apertura desta época. Aos 19 anos, o médio ofensivo/segundo avançado é uma das maiores promessas do futebol argentino. É impressionante a facilidade com que cria desequilíbrios, seja através do drible ou da condução de bola. Apesar de ainda precisar de melhorar no capítulo da decisão, o jovem – rápido, criativo, tecnicamente evoluído e perigoso na marcação de bolas paradas – tem mostrado um talento enorme. Apelidado de “novo Agüero”, Ángel Correa até pode fazer um percurso semelhante ao compatriota, uma vez que o Atlético de Madrid está fortemente interessado na sua contratação (diz-se que já existe um pré-acordo e que o jogador rumará ao Calderón numa transferência a rondar os 12 milhões de euros). O Barcelona, o Arsenal e o Nápoles são outros emblemas que cobiçam o craque argentino. Héctor Villalba, também com 19 anos, é outro dos jovens que vem brilhando no San Lorenzo.
Ángel Correa tem brilhado ao serviço do San Lorenzo Fonte: footballmanagerstory.com
Luciano Vietto (na imagem de capa) – É, provavelmente, o maior talento no campeonato do país das Pampas. Saído das escolas do Racing, uma das melhores da Argentina, El Chico é um segundo avançado móvel – cai bastante nas alas – e dinâmico. Lançado em 2011 por Diego Simeone, o jovemde 20 anos tem perdido protagonismo devido à péssima prestação do emblema de Avellaneda, que ocupa apenas o 15º lugar no Clausura. Ainda assim, Vietto, que foi várias vezes associado a Porto e Benfica, já provou que tem potencial para chegar ao topo do futebol mundial. As suas características são ligeiramente semelhantes às de Correa, mas o jogador do Racing, para além de ter mais maturidade, parece estar num patamar superior em termos de leitura de jogo. Criativo e com uma capacidade técnica fantástica, tem um forte remate e um jogo de cabeça bastante interessante para quem tem apenas 1,73m. Rodrigo de Paul, que costuma actuar do lado esquerdo do ataque, é mais um nome do Racing com qualidade para vingar no futebol europeu.
Lucas Romero – O jogador do Vélez Sársfield tem tudo para seguir as pisadas de nomes como Cambiasso ou Mascherano. El Negro, como é conhecido, é um médio defensivo que se destaca essencialmente na pressão e na recuperação (é rápido na antecipação), embora também seja competente na saída de bola. Apesar de ter apenas 20 anos, Romero tem perfil de líder e é um daqueles jogadores que deixa tudo em campo. Já foi associado ao Manchester United, Atlético de Madrid, Inter de Milão e Liverpool, pelo que não deverá permanecer muito mais tempo no Vélez, clube onde também brilha o médio Agustín Allione.
Manuel Lanzini – Tem talento de sobra, mas, devido a alguma irregularidade, ainda não explodiu definitivamente. Nos últimos tempos, tem dado sinais de querer finalmente confirmar o seu estatuto de craque. O médio ofensivo do River Plate, que tem actuado sobre o lado esquerdo do ataque, tem conseguido somar boas exibições e parece estar a ganhar consistência no seu jogo. La Joya é muito frágil fisicamente e, por isso, cria desequilíbrios com facilidade. Dono de uma técnica bem acima da média, o jovem de 21 anos procura constantemente movimentos interiores, onde a sua visão de jogo pode fazer a diferença. Segundo o que é divulgado na imprensa, o Benfica e o Porto estão entre os emblemas interessados em contar com o talento de Lanzini. Na equipa do River, o central colombiano Éder Balanta, titular indiscutível, tem qualidade para outros voos, apesar de ter “apenas” 1,81m.
Carlos Luque defrontou Portugal no Mundial sub-20, em 2011 Fonte: FIFA.com
Carlos Luque – É, desde o Mundial sub-20 de 2011, uma das grandes esperanças do futebol argentino. Contudo, pelo que demonstrou nessa competição, pensou-se que o extremo esquerdo/segundo avançado do Colón iria ter uma ascensão mais rápida. Ainda assim, o potencial continua todo lá e, tendo apenas 22 anos, o jogador ainda pode chegar ao nível que se esperava. Só precisa de atingir alguma regularidade exibicional, já que qualidade técnica não lhe falta. Luque é fortíssimo no 1×1. O canhoto tem uma velocidade estonteante e um tremendo poder de aceleração (é muito díficil travá-lo), mas nem sempre decide da melhor maneira. Foi recentemente associado ao Benfica e, mais tarde ou mais cedo, deverá saltar para o futebol europeu.
Caros leitores, neste meu primeiro artigo não podia deixar de vos falar da actualidade do voleibol nacional.
Quis começar este meu espaço por fazer um balanço das divisões que já acabaram e antever as que estão na sua fase decisiva. Neste artigo falarei de todas as divisões do voleibol sénior, quer masculino, quer feminino.
Permitam-me um aparte: este desporto, sendo o segundo desporto em número de praticantes federados (basquetebol com números muito similares), carece imenso de divulgação e são sempre de saudar espaços como este!
1ª Divisão Masculina
Terminou este fim-de-semana a fase dos primeiros. Este campeonato, formado por 12 equipas que jogavam a duas voltas entre si, apurou as seis primeiras para a série dos primeiros e as restantes para a série dos últimos.
Na série dos últimos luta-se pela manutenção e enquanto AA Espinho, Esmoriz GC, SC Caldas e GC Vilacondense já garantiram a manutenção, o Clube K e o CS Marítimo estão separados por apenas um ponto e, faltando duas jornadas para o fim, adivinha-se que na última jornada o CS Marítimo-Clube K decida tudo!
Antevejo algum favoritismo da equipa madeirense, que, depois de uma primeira fase pior, está em crescendo, tendo ganho, já nesta fase, por 3-1 nos Açores. Salvo algum resultado anormal na penúltima jornada, o factor casa e o recente histórico devem ser suficientes para a equipa madeirense assegurar a manutenção.
Na série dos primeiros as duas equipas mais fortes e com maiores orçamentos terminaram nas duas primeiras posições, mantendo a regularidade da primeira fase. SL Benfica e A. J. Fonte Bastardo decidirão o título num playoff a melhor de três, com o primeiro e último jogo (se necessário) na Luz. Este facto deve-se à melhor performance da equipa lisboeta, que terminou a série dos primeiros na liderança.
Aqui tenho algumas dificuldades em antever o campeão nacional. O SL Benfica partirá obviamente como favorito, quer por jogar em casa, quer pelo plantel de que dispõe. Mas a AJFB já ganhou nos Açores ao SL Benfica este ano, quer na primeira, quer na segunda fase; é certo que perdeu a Supertaça para a equipa do SL Benfica, mas na cabeça de todos estão os “falhanços” deste Benfica há dois anos para o SC Espinho e há três para esta AJFB, depois de ter dominado as fases regulares. O desaire na meia-final da taça é também um prenúncio de que este SL Benfica não é imbatível. Diria que o SL Benfica tem 60% de hipóteses de se sagrar bicampeão nacional!
1ª Divisão Feminina
Campeonato com 11 equipas com uma fase regular a duas voltas em que os quatro primeiros jogam a fase dos primeiros, que apura duas equipas para o playoff do título, e os sete últimos jogam entre si na fase dos últimos, sendo que o último classificado é relegado para a segunda divisão.
A 1ª fase foi dominada pelo campeão nacional CD Ribeirense, a par da nova equipa do Colégio Rosário. Destaque para o brilhante apuramento para a fase dos primeiros do CF Belenenses (4º lugar).
Na segunda fase da série dos últimos o Câmara de Lobos e o GC Santo Tirso lutam para fugir ao último lugar, estando separados por dois pontos, sendo que o confronto daqui a duas jornadas entre estas duas equipas, em Santo Tirso, deve ser decisivo. Acho que a equipa continental tem tudo para se manter na 1ª Divisão, jogando em casa esse jogo decisivo e tendo dois pontos de vantagem.
Na série dos primeiros o playoff do título, como tudo indicava, será decidido entre o CD Ribeirense e o Colégio Rosário, que voltaram a dominar esta fase.
O Colégio Rosário, pelo factor casa (venceu a 2ª fase série dos primeiros) e pela recente vitória na Taça de Portugal, parece-me ligeiramente favorito, mas o tri campeão nacional terá uma forte palavra a dizer. De um lado a experiência do tri campeão nacional; do outro, a irreverência e vontade de um grupo novo, comandado pela melhor distribuidora nacional (Vanessa Rodrigues) e pelo prof. Manuel Almeida. Difícil dizer quem será campeão; playoff muito cerrado, mas a escolher alguém, pelos motivos acima, escolheria o Colégio Rosário.
(A análise das 2ª e 3ª divisões continuam no próximo artigo…)espero que gostem e acompanhem Voleibol!
Já estava ansioso, caro leitor? Tenha calma! Relaxe, tire férias e sirva o seu melhor whiskey. Encoste-se no sofá e ligue o Eurosport. Começou.
O Dafabet World Championship arrancou e os jogadores já andam com o nervosinho à flor da pele. Não é para menos. Para já não vou fazer um rescaldo dos resultados. A piada está quase sempre nas finais. No dia 5 de maio irei, então, escrever um texto mais composto sobre o vencedor e todas as peripécias que até lá ocorreram. Agora, uma pequena introdução ao World Championship de snooker, para que o caro leitor possa ter uma conversa interessante enquanto toma café no seu sítio preferido. Se, por outro lado, não gostar ou não tiver o hábito de beber café fora de casa, comente no site do Bola na Rede. Terei todo o prazer em poder discutir os eventuais acontecimentos deste Mundial. Só não me peça para ser parcial, porque a fotografia de Judd Trump que está colada à minha cama não me permite violar tal lei. Fotografias, aliás, no plural.
Será 2014 o ano do sexto título de Campeão do Mundo para O’Sullivan? Fonte: Dafabetsports.com
É uma admiração demasiado vincada para que o cabelo ou a maneira de Judd gastar dinheiro me façam mudar de ídolo. Todos temos as nossas pancas. A minha é o The Ace. Recentemente descobri que os seus famosos sapatos com bicos, que usa habitualmente nas suas partidas, custaram 2500 libras. São bonitos? São horrendos! Mas, se seguir Judd Trump na rede social Instagram, percebe imediatamente que é um típico Essex Boy. Muitas viagens a Las Vegas e uma boa coleção de carros desportivos. Se o seu “estilo” não interferir com a qualidade de jogo e concentração no Crucible Theatre, até pode aparecer com madeixas loiras e camisola de manga cava.
Mas, afinal, não era suposto este texto ser sobre o “meu” menino. Este ano, o World Championship conta com uma ajuda, que adivinho ser preciosa: o Dafabet – o site número um de apostas online na Ásia. Este patrocínio tem a noção de que o snooker é um desporto que está cada vez mais a crescer a um nível global. Em Portugal, conseguimos ver muito essa evolução através da página de facebook do Eurosport no momento de um jogo. Os comentários são imensos e os adeptos são cada vez mais ferranhos de um jogador! Como seria de esperar, o facto de o Dafabet ter feito esta parceria fez aumentar o Prize Money para$1,214,000. O vencedor vai receber o maior cheque na história do snooker! Vão ser uns 17 dias muito nervosos e incríveis. Para eles e para mim!