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Jogadores que Admiro #8 – Ronaldo, o Fenómeno

jogadoresqueadmiro

Nunca gostei de máquinas enfiadas nos corpos de quem se movimenta pelos campos de futebol. Máquinas perfeitamente trabalhadas e afinadas para exemplarmente desempenharem o seu papel pelo gramado. Auto-programação técnica, auto-programação táctica, auto-programação técnico-táctica… Improviso zero, jogadas aprendidas num intenso estudo pelos grandes livros do futebol – mas há algum livro que ensine o futebol? Futebol de estatísticas, xadrez táctico, x remates, y cantos, z passes completos. Se isto, aquilo. Pouco prego a fundo pela estrada do génio e da loucura e sempre muita cautela, piscas, retrovisores. Obrigações do futebol moderno, porventura. Valha-nos o diabo do Di María, a saudade do Zidane, o gozo do Gaúcho ou a soberba de Riquelme.

Sou Ronaldo
Muito prazer em conhecer
Eu sou Fenômeno
Ronaldo Nazário dos Campos

Ronaldo, o verdadeiro, o primeiro, a extensão do povo brasileiro no relvado. Futebol no seu estado mais puro, futebol inventado, futebol pensado no microssegundo. Ronaldo interpretou-o na perfeição. Contrariava as jogadas pensadas por quem assistia ao jogo, escolhia sempre o mais difícil. É esse o dom dos génios. O mais fácil e mais óbvio é tão mais fácil e tão óbvio que nem os preenche. Precisam da pedalada, do calcanhar e da vírgula para irem felizes para casa. Por isso é que falham mais, mas a memória do adepto é excepcional e guarda só o que é bom de se guardar. Quantos de nós não quisemos ser – e fomos até, nem que fosse na inocência de criança – Ronaldo no pátio da escola? Imitar o que víamos o gordo fazer pela televisão. Fascinava-me toda aquela superioridade do Ronaldo em relação aos adversários. Como podia um homem só ser tão mais rápido e ter tanta mais técnica do que aquele que lhe ousava tentar tirar a bola? Só tentar, porque o dono dela era Ronaldo.

Ronaldo, o Fenómeno
Ronaldo, o Fenómeno / Fonte: futebolpiada.com.br

Também não gosto de misturar números quando se fala de génios que os nossos olhos tiveram o prazer de poder ver. Duas Bolas de Ouro e 352 golos entre Cruzeiro, PSV, Barcelona, Inter, Real Madrid, AC Milan e Corinthians. 67 pela canarinha, a quem deu uma Copa. Esta coisa de ter nascido em 1992 tem as suas desvantagens. O melhor do melhor de Ronaldo – Barcelona e Inter – só mesmo pelo Youtube. Foi por alturas do Mundial de 2002 que estranhei a presença de um extraterrestre, perdão, jogador muito melhor do que os outros. Nesse mesmo verão chegou a Madrid para se juntar a Zidane, Figo e Raúl e formar uma orquestra, perdão, equipa muito melhor do que as outras. Infelizmente, teve um prazo de vida muito curto porque rapidamente passou de orquestra a circo.

Muitos criticaram o excesso de peso do Fenómeno. Muitos o deram como acabado em 1999, quando o mesmo joelho lhe pregou duas partidas seguidas. Outros tantos queriam afastá-lo para Romário ter espaço. Pobres de espírito que, em vez de se deleitarem com um dos melhores jogadores que este desporto viu, lhe viram o fim sempre tão próximo. Porque as arrancadas, o gozo ao adversário e a condução de bola nunca caberão em palavras, nada melhor do que 16 minutos que nos levam à infância e nos fazem lembrar o porquê de gostarmos tanto disto:

O triunfo dos esforçados

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cab ténis

Depois de na semana passada ter falado sobre os talentos do ténis, esta semana vou dar o lugar aos esforçados. Aqueles que, não sendo prodígios da modalidade, trabalharam diariamente e lutaram para chegar onde chegaram; e felizmente hoje em dia temos bons e vários exemplos desse tipo de tenistas bem classificados.

É indissociável falarmos de tenistas esforçados e não falarmos de David Ferrer. O nº3 do ranking mundial ATP é o exemplo máximo de alguém que, não tendo nenhum talento em especial, conseguiu atingir um nível de trabalho e de capacidade de sacrifício que lhe permitiu chegar onde está actualmente.
Pessoalmente, considero que é impossível não simpatizar com Ferrer. O “patinho feio” da armada espanhola não é o mais bonito nem veste roupa das melhores marcas, mas está à frente de Murray e Federer no ranking mundial, e ver o seu jogo é sinónimo de ver um jogo certinho, tecnicamente limpo, bem disputado, e sobretudo aguerrido, sem nunca desistir do ponto, sem dar um ponto por perdido – e isso motiva não só quem está do outro lado como também quem assiste, tendo a possibilidade de ver quase sempre um encontro longo, tacticamente pensado, no qual o protagonista coloca tudo o que tem em campo.

tenis
Stanislas Wawrinka
Fonte: ABC

Dentro do top10 do ranking mundial podemos também falar de Stanislas Wawrinka; o segundo melhor suíço da classificação do ténis sempre viveu à sombra de Roger Federer, mas parece que o decréscimo do “number one” coincidiu com a melhoria de forma de Wawrinka.

O suíço que deixou a mulher e a filha para se dedicar exclusivamente ao ténis tem nesta história de vida a tónica para uma carreira que tem estado em crescimento e que proporcionou já à História do ténis duelos épicos como o encontro a cinco set’s frente a Novak Djokovic, no Austrália Open, que terminou com um 12/10 ao fim de cinco horas. Wawrinka não é também o tenista mais talentoso do mundo, apesar de ter uma das esquerdas a uma mão mais bonitas do circuito, mas, fruto do seu empenho em relação à modalidade, conseguiu melhorar o seu jogo, sendo actualmente um tenista mais sólido e mais coeso ao longo de todo o seu jogo.
Stanislas Wawrinka tem já no currículo uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em Pares, ao lado de Roger Federer. Fosse Wawrinka mais novo e a Suíça teria um tenista de top para garantir a continuidade do país no top10 do ranking mundial. Ainda assim, Stanislas Wawrinka está a atravessar a melhor fase da sua carreira e poderão chegar mais alegrias para os seus adeptos.

Mais uma vez, e estabelecendo um paralelismo com Portugal, Frederico Gil é um tenista que, não sendo um portento no que toca ao talento, conseguiu, fruto do seu empenho e trabalho, chegar onde chegou, e a motivação que o leva todos os dias a entrar em court para treinar deu os seus frutos. Gil pode não ter o talento de um Pedro Sousa (apontado como um dos mais talentosos da sua geração), mas revelou ao longo dos anos uma capacidade de trabalho brutal e que deu resultados.

Sporting 0-0 Nacional: Veneno no sapatinho

milnovezeroseis
Caro leitor.

O último jogo a contar para o Campeonato Nacional, costuma ser sinónimo de dificuldade para o Sporting Clube de Portugal. Hoje, a “tradição” manteve-se. Em Alvalade, os leões não foram além de um empate a zero com os insulares do Nacional. À semelhança do que sucedeu nas últimas duas temporadas, os verde e brancos não conseguiram dobrar o ano com uma vitória.

Curiosamente, em Dezembro do ano transacto, o Sporting havia igualmente enfrentado o Nacional da Madeira no último jogo, respectivo ao campeonato, do ano de 2012. O resultado final saldou-se num empate a uma bola, com golos de Isael e Cédric. Contudo, o hábito do veneno do sapatinho remonta à época de 2011/2012. No Estádio Cidade de Coimbra, o Sporting não consegui bater a Académica, resultado que, na altura, marcou o afastamento gradual dos lugares cimeiros.

Tal como os jogos da época passada e da anterior a esta última, a partida desta noite foi débil, no sentido exibicional. Apesar do pendor mais ofensivo, o Sporting foi uma equipa pouco criativa, presa de ideias e, por vezes, inferior ao adversário. Aliás, os insulares demonstram ser, ao longo do jogo, uma equipa pressionante e à procura de um bom resultado. Comparativamente com os jogos disputados nas passadas jornadas, o Sporting não conseguiu ser acutilante nas suas acções.

O colectivo leonino não teve ao nível já apresentado, por várias vezes, esta época. O entrosamento entre sectores não foi tão hábil. Montero esteve apagado, assim como André Martins, que saiu lesionado ao intervalo. De facto, o empate frente ao Nacional deveu-se, essencialmente, à queda de rendimento da equipa em geral.

Todavia, se existem alturas em que é legítimo reivindicar erros de arbitragem, o Sporting tem, hoje, o momento certo. Manuel Mota rubricou uma exibição deplorável. Ao golo mal anulado, somam-se faltas claríssimas por marcar, e agressões por sancionar. Jefferson é, ainda na primeira parte, vítima de um carrinho violento, situação onde nem falta foi marcada. No golo de Slimani, recentemente galardoado com o prémio de melhor jogador argelino, o alegado empurrão de Montero é inexistente. Um conjunto de erros que, indubitavelmente, marcaram o resultado final.

O Sporting continua, contudo, no topo da tabela classificativa, apesar de em igualdade pontual com Benfica e Porto. Qualquer boa equipa enfrenta jogos onde não consegue impor a sua superioridade. Os leões viram-se, hoje, a braços com esta situação. Faltou criatividade, mas também competência de terceiros. Mas, a certeza de que começaremos 2014 em 1º lugar ninguém nos tira. Até lá, ainda há um clássico em Alvalade, no qual urge mostrar que o empate contra o Nacional não passa de um percalço. Boas Festas!

O Passado Também Chuta: Raymond Kopa: O Deus Francês

o passado tambem chuta

Tudo se pode aplastar, menos a genialidade. Raymond Kopa era um menino produto da emigração oriunda da Polónia. Como tantos outros polacos, fora parar à zona mineira. Um trágico acidente nas minas alterou a sua vida. Deixou uma vida que ainda era incipiente e cruel para começar a brincar, a jogar com uma bola. O céu abriu-se e mostrou, orgulhoso, a sua nova estrela. Acabava de nascer aquele que seria chamado Napoleão. Molière, Racine, Corneille desde as suas tumbas perfuraram os seus caixões e o Marquês de Sade alambicou um novo amor louco. O Stade Reims fez-se com os seus serviços. Os campeonatos franceses começaram a cair e o mundo futebolístico começou a vibrar com aquele diminuto jogador, que, vindo do seu próprio meio-campo, superava adversários e sempre inventava um passe mortal. Finalmente, viu como se lhe abriam as portas da Europa. Uma final da taça da Europa marcaria um novo caminho. Saiu derrotado contra Alfredo Di Stéfano, mas, no ano seguinte, estariam juntos na mesma equipa: o Real Madrid.

Não é um sonho; é a linha avançada do Real Madrid
Não é um sonho; é a linha avançada do Real Madrid

Napoleão chegou a uma Espanha triste e cinzenta. A Guerra Civil colocara na chefia do país um ditador: Franco. A penúria social era evidente. A alegria fomentada era o futebol e, mais concretamente, o Real Madrid. O ano de 1957 estava tão longínquo da felicidade social como da morte do ditador. Chegou a Madrid e incorporou-se à equipa que estava recheada de estrelas da América do Sul: Santamaria, Rial e Di Stéfano. Kopa e Di Stéfano evolucionavam no terreno pelos mesmos espaços. Os génios começaram a estorvar-se. Kopa teve de escorar-se mais à direita, ainda que o seu talento não lhe permitia ser um pau de bandeira mas, sim, um vagabundo de todos os espaços ofensivos. O Real Madrid ganhou encanto. A capacidade de Kopa para desbordar e a sua visão de jogo fizeram multiplicar as ocasiões de golo e as vitórias. Caíram Taças da Europa, Campeonatos; tudo caía quando passava aquela orquestra de fantasia.

França classificou-se para a fase final do Campeonato Mundial. A Suécia seria um campeonato histórico. O Real Madrid, fazendo uso e abuso, não permitira que Kopa participasse nas eliminatórias, mas não conseguiu impedir a sua presença na fase final. O Mundial da Suécia, além de ser o primeiro arrecadado pelo Brasil, foi o Mundial do fabuloso Mané Garrincha. No entanto, foi o primeiro campeonato em que apareceu França nas meias-finais. Kopa, ajudado pelo fantástico finalizador Fontaine, torna-se a sensação do acontecimento. Os caprichos da sorte ou do azar cruzaram França com Brasil nas meias-finais. O Brasil montou um estratagema para que Kopa não conseguisse ultrapassar o seu meio-campo. Garrincha era o diabo, era o fabricador de olhos vesgos na defesa contrária. O Brasil ganhou e ganhou também o campeonato, mas a França alcançou a sua primeira grande classificação: ficou em terceiro lugar.

Deixem passar… Fonte: UEFA.com
Deixem passar…
Fonte: UEFA.com

Chega, então, a hora do reconhecimento. Kopa disputa diretamente com o grande Alfredo Stéfano a Bola de Ouro. Dois génios, dois colegas de equipa e dois jogadores de fantasia. A Bola de Ouro é outorgada ao Napoleão dos relvados. Esse momento, e em disputa direta com um craque como Saeta Rubia, é mais do que um título; é um momento que só os gigantes são capazes de protagonizar.

Regressou a França nos últimos sete anos de vida futebolística. Não foram anos felizes. Entre divergências com a casta dirigente, problemas de saúde de um filho e a multiplicação das lesões, o seu fim não esteve no nível de estrela que teve e com o qual viveu. Retirou-se em 1967 e permaneceu durante décadas o único futebolista francês galardoado ao mais alto nível. Raymond Kopa era a simplicidade desbordante; até Di Stéfano sentiu que ao seu lado jogou um number one.

Dias mais azuis

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dosaliadosaodragao

A semana do Dragão foi tão longa quanto saborosa. Iniciou-se com uma auspiciosa vitória em Vila do Conde e encerrou com uma goleada na recepção ao Olhanense na última Jornada do ano do Campeonato. Pelo meio, ficou a conhecer-se o adversário dos dezasseis avos de final da Liga Europa, consumada que está a descida à segunda divisão europeia.
Ora, sem Mangala mas com Otamendi, o FC Porto que surgiu defronte do Rio Ave trouxe novidades. Nos nomes e na dinâmica. Há umas semanas, neste mesmo espaço, tinha defendido, no que ao desenho do meio-campo diz respeito, a incorporação de Lucho ao lado de Fernando (com a necessária saída do onze de Herrera ou Defour) e a afirmação de Quintero no espaço 10. A verdade é que não contei de forma séria com Carlos Eduardo.

A aparição do ex-estorilista na 2ª parte diante do Braga foi uma lufada de ar fresco no jogo monótono e pouco fluido da equipa. E o futebol torna-se simples (e melhor) quando, dentro de um colectivo, o treinador encontra os habitats adequados tendo em conta as (melhores) características de cada jogador. E, neste ponto, aparentemente, Paulo Fonseca aprendeu com os erros … Se Quintero ainda não está pronto para ser atirado às feras, igualmente verdade é que Lucho aparece com outra preponderância no jogo da equipa a partir de uma posição mais recuada, e indesmentível, da mesma forma, é que Carlos Eduardo revelou-se – até hoje – a melhor solução para ligar a linha mais recuada do meio-campo à frente atacante.

Desta forma, o FC Porto que vimos no Estádio dos Arcos foi uma equipa mais solta, menos amarrada – em suma, mais dinâmica. Carlos Eduardo tem um raio de acção alargado, sabe recuar e vir buscar jogo quando necessário, transportando bola, mas demonstrou igualmente capacidade para dar largura ao jogo da equipa, caindo nas alas. Tem, além disso, uma enorme qualidade técnica (designadamente ao nível do passe) e uma visão de jogo acima da média. Não estamos perante a última Coca-Cola do deserto mas não deixa de ser estranho como um conjunto com a valia do FC Porto se transformou positivamente com a entrada de um único elemento na equipa.

Rio Ave e Olhanense são as mais recentes vítimas de Jackson no duelo cafetero com Montero Fonte: http://www.jornalacores9.net/
Rio Ave e Olhanense são as mais recentes vítimas de Jackson no duelo cafetero com Montero
Fonte: http://www.jornalacores9.net/

A par disto, a equipa revelou-se mais segura a defender, os laterais envolveram-se com mais qualidade no processo defensivo (e como o FC Porto continua a depender de Alex Sandro e Danilo para chegar à frente!), Varela esteve uns furos acima do habitual e Kelvin ressurgiu com toda a irreverência que lhe conhecemos.
É certo que a exibição do Tri Campeão não foi brilhante; mas é indesmentível que o FC Porto que esteve em Vila do Conde transmite outra confiança aos adeptos num futuro mais risonho e consentâneo com aquilo que o Dragão sempre foi capaz de fazer.

E se Domingo foi uma noite futebolisticamente agradável, a manhã de Segunda-Feira não foi, de todo, desfavorável às hostes portistas, na medida em que, no sorteio da Liga Europa, calhou em sorte o Eintracht Frankfurt, actual 15º classificado do Campeonato Alemão.

Faltam ainda dois meses até ao primeiro jogo (20/02/2014), a realizar no Dragão. De todo em todo, ainda que a classificação actual do adversário do FC Porto seja um dado factual, parece-me que este opositor está longe de ser um verdadeiro bombom. Desde logo porque representa um campeonato super competitivo, com uma agressividade e intensidade de jogo brutais. Por outro, porque chega a esta fase depois de ter vencido o grupo em que estava inserido com uma margem confortável (em 6 jogos, conseguiu 5 vitórias, tendo perdido apenas um jogo em Israel, diante do Maccabi Tel Aviv) e de no passado fim-de-semana ter ido ganhar ao difícil terreno do Bayer Leverkusen (0-1). Aliás, é curioso perceber que, internamente, o Frankfurt ainda não conseguiu vencer um único jogo em casa (ontem empatou com o modesto Augsburg a 1; por outro lado, as derrotas perante Bayern ou Dortmund, por exemplo, consumaram-se apenas pela margem mínima), apresentando um score muito mais interessante fora de portas.

Fechando o capítulo Frankfurt, é de realçar que se trata de uma equipa que, tendo terminado a época 2012/2013 num prestigiante 6º lugar, acabou por não perder nenhum jogador de destaque, reforçando-se, aliás, com nomes interessantes como Kadlec, Joselu, Rosenthal e – provavelmente o mais conhecido – Barnetta. Jamais qualquer destes factos impedirá de eleger o FC Porto como claro favorito nesta eliminatória – a ambição e a História assim o exigem. Caberá aos comandados de Paulo Fonseca limpar a péssima imagem desenhada na edição deste ano da Champions, sendo que isso – ainda que com a possibilidade Nápoles já nos oitavos-de-final – só será conseguido com uma chegada à final de Turim.

Eintracht Frankfurt é o primeiro obstáculo do FC Porto na Liga Europa 2013/2014 Fonte: Expresso
Eintracht Frankfurt é o primeiro obstáculo do FC Porto na Liga Europa 2013/2014
Fonte: Expresso

A semana terminou, enfim, com a recepção ao conjunto de Olhão. Falar da turma de Paulo Alves é falar, muito provavelmente, da equipa mais fraca da Liga. Neste sentido, o FC Porto estava obrigado a vencer e, diria, a brindar os seus adeptos com um presente de Natal sob a forma de uma exibição que convencesse e entusiasmasse. Dito e feito.
O onze titular não apresentou grandes novidades. Se Helton é o número 1, com a ausência de Alex Sandro, Mangala surgiu a ocupar a faixa esquerda da defesa, acompanhando Danilo, Maicon e Otamendi (despedida do Dragão?). À frente, até por tudo o que já foi dito, as dúvidas dissiparam-se: Fernando e Lucho, no papel, lado-a-lado, com ‘El Comandante’, com toda a sua inteligência, a poder soltar-se e ocupar outros espaços, funcionando como um verdadeiro 8; Carlos Eduardo mais à frente a ligar os dois sectores e a reconfirmar os créditos demonstrados. Por fim, a frente de ataque composta por Varela, ‘Cha Cha Cha’ Martinez e Licá.

Os Dragões até nem começaram com uma grande fibra atacante mas, naturalmente, tomaram conta do jogo e as oportunidades foram surgindo. Varela, Licá e Jackson (fabuloso gesto técnico merecia golo) tiveram nos pés a possibilidade de abrir as hostilidades; haveria, no entanto, de ser Mangala, qual bala, a ganhar nas alturas e inaugurar o marcador. A demonstrar uma tranquilidade, fiabilidade e dinâmica que não se lhe vislumbravam há um par de semanas, a equipa soube empolgar os adeptos e reforçar o seu score. Jackson, Carlos Eduardo e Herrera assinaram golos de belo efeito e fizeram com que a noite fria do Dragão fosse acompanhada de um resultado volumoso (mas justo), com momentos de bom futebol como ainda não se tinha visto de forma tão consolidada este ano à equipa do FC Porto.

Dissociar este jogo (resultado e exibição) de Rio Ave ou Braga seria desajustado. Reconfirmando as boas indicações dadas nesses últimos compromissos, a equipa, a cada dia, respira melhor na nova roupagem. Os mesmos jogadores parecem melhores jogadores. O que entrou (Carlos Eduardo) … Bem, o melhor elogio que lhe posso fazer é que vejo qualquer coisa de Deco no actual camisola 20 do FC Porto. Descontando o novo papel de Lucho (e que deleite é ver ‘El Comandante’ finalmente de frente para o jogo), a subida de forma de Varela ou a ascensão dos níveis de eficácia de Jackson, é a Carlos Eduardo que deve ser atribuído o mérito de ter pegado numa equipa moribunda, desligada, adinâmica, e de lhe ter dado o toque de lucidez, categoria e classe que ela mais necessitava. Numa palavra, de critério. Conhecia-o do Estoril mas – como já confessei – não esperava tanto. Resta saber se esta pérola esteve escondida na equipa B ou se se tornou uma pérola porque esteve na equipa B.

Carlos Eduardo, de proscrito a solução inesperada Fonte: www.maisfutebol.iol.pt
Carlos Eduardo, de proscrito a solução inesperada
Fonte: www.maisfutebol.iol.pt

O que referi relativamente à deslocação a Vila do Conde continua válido: o FC Porto (ainda) não se tornou numa máquina de jogar futebol, é verdade. Porém, a semana terminou à semelhança do seu início. Para os adeptos portistas, segue-se um Natal mais doce, alegre e colorido. E por mais recheada que seja a consoada, fica a certeza de que o melhor presente (futebolisticamente falando) foi este inesperado reforço de Inverno com laivos de ‘Mágico’ e que nos deixa a todos com água na boca.

Valor Reconhecido no Rugby Nacional

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cab Rugby

A Federação Portuguesa de Rugby tem vindo a atribuir galardões a pessoas que tenham contribuído para a evolução da modalidade, reconhecendo anualmente os melhores treinadores, jogadores, jogadoras, árbitros e entidades que tenham promovido o rugby nacional.
Este ano, a cerimónia de entrega dos galardões teve lugar na Casa de Histórias da Paula Rego, em Cascais, no dia 14 de Dezembro.

Num ano em que as federações foram forçadas a reduzir os gastos, é bom ver que a Federação Portuguesa de Rugby se tem esforçado para reconhecer o valor de todos os que contribuem para a evolução e promoção desta modalidade. Julien Bardy é o exemplo de um jogador que viu as suas excelentes prestações em 2013 reconhecidas ao receber o prémio de jogador do ano. O prémio de jogadora do ano foi entregue de forma merecida a Joana Vieira, atleta do Técnico. Após uma época muito renhida e disputada a nível nacional, Martim Aguiar, do GD Direto, venceu o prémio de treinador do ano. O galardão de árbitro do ano foi entregue a Paulo Duarte, árbitro que se tem destacado cada vez mais quer a nível nacional, quer a nível internacional. Pedro Bettencourt foi eleito o jogador revelação, vencendo o prémio que pertenceu a grandes nomes do rugby nacional como Miguel Portela, Vasco Uva e Pedro Leal.
A FPR premiou também António Cabral Fernandes por toda a sua carreira desportiva.

https://www.facebook.com/fpr.pt
Julien Bardy, vencedor do prémio Jogador do Ano
Fonte:facebook.com/fpr.pt

Os Jogos Santa Casa e a Marinha Portuguesa venceram o Prémio Especial pelo seu papel fundamental no apoio ao Rugby em 2013.

Foram também entregues Medalhas de Serviços Distintos e de Mérito Desportivo.

A Medalha de Serviços Distintos foi entregue aos que, de modo proactivo e voluntário, contribuíram de forma excepcional para o desenvolvimento da modalidade: Américo Caetano Nunes, António Faim, Associação Académica de Coimbra, Comandante Maia Loureiro, António Franco Leal, João Valente e Luís Miramon.
Foram entregues três Medalhas de Mérito Desportivo a João Gaspar Ramos, Luís Feist e Nuno Durão por terem sido sempre exemplos de mérito e de ética desportiva.

É importante valorizar o facto de a Federação Portuguesa de Rugby manter esta tradição mas é também importante que esta tradição sirva para incentivar novos atletas e valorizar todos os que se têm esforçado e contribuído para promover o rugby nacional.

A vitória do outro Sébastien

cab desportos motorizados

O mundial de ralis deste ano tinha uma certeza antes do início: iríamos ter um novo campeão do mundo. Sébastien Loeb apenas fez quatro rondas, o que fez com que, pela primeira vez desde 2003, Loeb não fosse o campeão mundial. Ogier e a Volkswagen (VW) foram, de resto, os grandes vencedores da temporada de 2013, algo que já era esperado por todos os que seguem a modalidade.

O campeonato começou no mítico Rali de Monte Carlo, a meio de janeiro. O rali foi ganho com autoridade por Loeb, com 1m40s de vantagem sobre Ogier. A fechar o pódio ficou Sordo, num Citröen DS3 WRC.

Ogier em Monte Carlo. http://www.5minutesatuer.com
Ogier em Monte Carlo
Fonte: 5minutesatuer.com

A Suécia foi a segunda prova do ano, um rali de neve onde os nórdicos costumam dominar. Mas, desta vez, a luta foi entre os dois franceses do costume. Nesta prova da Escandinávia, o vencedor foi o piloto da VW, ficando Loeb no 2º posto do pódio. A fechar o top3 ficou Mads Ostberg, num Fiesta WRC.

A terceira ronda do WRC foi a primeira incursão a outro continente que não o europeu. O rali do México foi conquistado por Ogier; em segundo, ficou Hirvonen, em DS3, e, em terceiro, ficou o Fiesta de Neuville.

Na quarta prova, tivemos o regresso à Europa, para se disputar o “nosso” rali de Portugal. O vencedor? Ogier, pois claro. Esta foi a terceira vitória em quatro anos do francês na nossa competição, sendo que, provavelmente, não vai para quatro seguidas porque, em 2012, correu de Skoda S2000. A completar o pódio, estiveram Hirvonen e Latvala, o outro piloto da VW.

A quinta ronda foi o regresso ao continente americano, mas desta vez à parte do sul. O rali da Argentina foi uma das quatro provas que Loeb fez, e o campeoníssimo acabou por vencê-la. Em segundo, classificou-se o outro Sébastien, enquanto que, a fechar o pódio, ficou Latvala, novamente.

O rali dos Deuses foi a sexta prova do WRC. O rali da Grécia é um dos mais duros do mundial – e do Mundo -, e Ogier desistiu logo na primeira especial. Mesmo assim, acabou em 10º, devido ao Rally2, uma regra que eu vou chamar “estúpida”, para não ter de chamar outra coisa pior. Na Grécia, o vencedor foi Latvala, ficando Sordo e Neuville nas restantes posições do pódio.

Da Grécia seguimos para Itália, e Ogier regressou às vitórias. Na Sardenha, Neuville ficou em 2º e Latvala em 3º.

Em agosto, regressamos à Escandinávia para se disputar o rali da Finlândia, ou rali dos 1000 lagos, como é conhecido. A vitória foi – novamente – para Ogier, enquanto que a fechar o pódio ficaram dois Fiesta, conduzidos por Neuville e Ostberg.

Celebração de Sordo. http://jgclicktimephoto.blogspot.pt
Celebração de Sordo
Fonte: jgclicktimephoto.blogspot.pt

Ainda em agosto, disputou-se o rali da Alemanha. A prova germânica deu um novo nome à lista de vencedores de provas do WRC: Sordo venceu pela primeira vez. Em segundo, ficou Neuville. Latvala fechou o pódio.

Na 10ª ronda, viajámos até à Oceânia para se disputar o rali da Austrália. Ogier regressou às vitórias, em segundo ficou – pela quarta vez seguida – Neuville, e a fechar o pódio Hirvonen.

O regresso à Europa ficou marcado pela consagração do título de Ogier, precisamente no seu país natal. Ogier venceu mais uma prova, tendo como companheiros no pódio Sordo e Latvala.

De França fomos para Espanha, e aí deu-se a primeira dobradinha do ano. Ogier e Latvala terminaram nas duas primeiras posições do top3. A completá-lo, ficou Hirvonen.

O último rali da temporada foi em Gales, onde se repetiu a dobradinha da VW, precisamente pela mesma ordem daquela de Espanha. Neuville completou o pódio.

http://www.autoblog.com/
Fonte: autoblog.com

A classificação ditou que Ogier fosse aclamado campeão do Mundo – tal como já disse –, ficando Neuville em 2º e Latvala na 3ª posição.

Nos construtores, a VW também foi a clara vencedora, ficando a Citröen em 2º.

No WRC2, o vencedor foi Robert Kubica. Já no WRC3, foi Sébastien Chardonnet quem mais se destacou, enquanto que no JWRC o triunfo foi para Pontus Tidemand.

O WRC regressa já em janeiro, com várias novidades, em mais uma edição do Rali de Monte Carlo.

Eficácia

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cabeçalho benfica

A eficácia no futebol é sempre vista como uma coisa positiva por parte dos vencedores, que gostam de ver que a sua equipa sabe o que fazer quando vai lá à frente, e uma coisa negativa por parte dos derrotados, que ficam com um sentimento de injustiça. Para os adeptos do Benfica, clube vencedor do duelo da noite frente ao Vitória sadino, a eficácia que o Benfica teve no jogo não pode ser vista como uma coisa positiva.

Os números não enganam. Zero remates na primeira parte mostram como foi o jogo do Benfica. Pobre, sem ideias, sem construção de jogo, e com o Jesus a continuar num 4-4-2 com Enzo nas alas. Assim se jogou no Bonfim frente a um Vitória que tinha a lição bem estudada. A conseguir fechar bem o caminho para a baliza de Kieszek, os sadinos foram, ao contrário do Benfica, uma equipa sempre com determinação e vontade, com mais garra, aproveitando-se dos seus contra-ataques. Ainda assim, sem o efeito desejado, visto que o estreante Oblak não fez nenhuma defesa.

O empate ao intervalo era um resumo fiel do que tinha sido a primeira parte. Duas equipas encaixadas uma na outra e a gritante falta de ideias ofensivas por parte do Benfica.

Rodrigo golo
Rodrigo abriu o marcador
Fonte: Maisfutebol

Na segunda parte, JJ fez alterações que foram determinantes para o resultado do jogo. Mas não se enganem: apesar de Sulejmani ter entrado e de Enzo Perez ter ido para o centro (quem é que disse ao Jesus que o Enzo devia jogar nas alas?), o jogo do Benfica apenas por breves momentos pareceu ser outro, para melhor, para depois voltar a ser o monótono e sonolento jogo da primeira parte. As duas alterações fizeram bem ao Benfica, que começou a dar um ar da sua graça. Gaitan fez o primeiro remate aos 51 minutos (!!!) e, logo a seguir, assistiu Rodrigo para o primeiro golo da noite. Mais eficaz não podia ser. O Vitória também mostrou os seus argumentos, mas um penalty, na minha opinião bem assinalado a favor dos homens de Jesus, matou o jogo. Depois do golo de Lima, os da casa entregaram o jogo ao Benfica, que voltou à fraca exibição da primeira parte, com os jogadores já a pensarem no borrego e no bacalhau da noite de Natal.

No final, uma vitória por 2-0, onde o que se aproveita é mesmo o resultado. Nenhuma equipa fez por ganhar o jogo. O Benfica soube ser eficaz, mas a falta de capacidade ofensiva e de construção de jogo é alarmante. O que peço para o Natal é um Benfica diferente. Será pedir muito?

Quanto a Oblak, um dos pontos de interesse deste jogo pela sua estreia, não teve uma noite muito difícil; cumpriu quando foi preciso, sendo que necessita de mais jogos para ser avaliado. Contudo, espero que a aposta continue.

Vieira, na mensagem de Natal aos benfiquistas, pediu para apoiarmos os jogadores e fazer com que eles sintam a responsabilidade de vestir o manto sagrado. Nós vamos cá estar, críticos quando necessário, mas a apoiar sempre. E é isso que tem faltado aos jogadores: o amor ao símbolo.

Seedorf perto de regressar a Milão

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Um segundo casamento entre Clarence Seedorf e o Milan parece estar mais perto do que nunca. O ex-internacional holandês, que jogou nos rossoneri durante dez anos, onde conquistou tudo o que havia para ganhar em Itália e ainda se sagrou campeão europeu, pode voltar a San Siro já no próximo ano.

Seedorf aquando da passagem pelo Milan Fonte: http://theoriginalwinger.com/
Seedorf aquando da passagem pelo Milan
Fonte: http://theoriginalwinger.com/

Depois de ter brilhado a grande nível nos relvados, Seedorf é agora pretendido por Silvio Berlusconi para ocupar o lugar de treinador. De Itália chega mesmo a informação de que Il Cavaliere se encontrou pessoalmente com Seedorf para alinhavar a próxima época do Milan. O holandês é a grande aposta para fazer esquecer a péssima temporada ainda em curso da formação de Massimiliano Allegri. O Milan está já fora da luta pelo título e na Liga dos Campeões sabe que terá a vida muito complicada perante o Atlético Madrid já nos oitavos de final da competição.
Seedorf vai continuar a jogar no Botafogo até Junho do próximo ano, mas a carreira de treinador espera-o já a partir da próxima temporada. A fidelidade ao Fogão, por quem garantiu a qualificação para a Copa Libertadores, tem esse prazo definido e deve ser após a desvinculação ao o clube brasileiro que Seedorf rumará para Itália, mais propriamente para o lugar de treinador do Milan.

Seedorf com a camisola do actual clube, Botafogo Fonte: http://www.falaglorioso.com.br/
Seedorf com a camisola do actual clube, Botafogo Fonte: http://www.falaglorioso.com.br/

O jogador holandês já afirmou que tem como modelo de treinador o americano Phil Jackson, histórico treinador da NBA que conduziu os Los Angels Lakers ao título de campeão da melhor liga de basquetebol do Mundo. Os contactos entre Seedorf e Silvio Berlusconi vêm no seguimento das mudanças na direcção do clube, onde Barbara Berlusconi, filha de Silvio, veio ocupar um cargo de maior importância na estrutura do clube. Barbara é agora directora geral do clube, posição que partilha com o histórico Adriano Galliani. Seedorf está claramente na pole position para vencer a corrida ao lugar de treinador do Milan, e com Silvio e Barbara Berlusconi a empurrar o holandês ainda mais para a frente, é crível que o holandês se sente mesmo no banco de San Siro para orientar os rossoneri na próxima temporada.

JJ, emprestas-me dinheiro?

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Terceiro Anel

Já se sabia que o nosso querido Jorge Jesus auferia um salário anual que rondava os quatro milhões de euros, mas nesta quarta-feira tivemos a confirmação de que o treinador do amor da minha vida ainda mantém esse chorudo ordenado. Porém, o que é que são quatro milhões de euros ao pé daquilo que ganham muitos outros treinadores de futebol por esse mundo fora?

Ora vejamos: tenho a certeza de que Roberto Mancini ganha mais no Galatasaray, não ganha? Olha, afinal recebe menos dinheiro ao fim do mês, mas deve ser porque está no primeiro ano naquele clube turco. Por exemplo, Rafa Benítez tem um salário superior ao JJ, não duvido disso! Esperem, esperem, ligaram-me agora a dizer que o treinador espanhol também não aufere tanta massa quanto o técnico da Amadora. Mas é natural, já que Rafael Benítez está na primeira temporada ao serviço do clube napolitano, sendo que também já foi um treinador mais apreciado na Europa; daí o seu salário não ser tão elevado. Mas esperem: selecionadores como Del Bosque e Scolari e treinadores como Laurent Blanc e Claudio Ranieri, que treinam os milionários PSG e Mónaco, veem mais dinheiro a cair na conta ao fim de cada mês do que o mestre da tática, não veem? Pois, parece que afinal não veem.

Portanto, caro Jorge Jesus, repara lá na análise deste pobre rapaz: ganhas quatro milhões de euros por ano num país onde grande parte dos portugueses nem 800 euros por mês recebe, tens um plantel de luxo à disposição, tens condições de trabalho excelentes, tens um presidente que está e esteve sempre do outro lado, estás a orientar o clube português que é adorado por mais de metade da população, entre muitas outras coisas. Por isso, o que mais é que será preciso para meteres esta equipa do Benfica a jogar bom futebol? Mas será possível que não possa elogiar o meu clube num único artigo que escreva para este site, ao longo desta temporada? Terei de continuar a ver estádios vazios, quando outrora o Benfica até um estádio em Singapura enchia? Terei de continuar a não te ver assumir erros próprios? Terei de continuar a temer jogos do Benfica contra Aroucas e Olhanenses?

Jorge Jesus é o 11º treinador mais bem pago do mundo / Fonte: jornalacores9.net
Jorge Jesus é o 11º treinador mais bem pago do mundo
Fonte: jornalacores9.net

O Benfica é uma entidade privada, e como tal paga aquilo que quiser ao fim do mês aos seus funcionários, apesar de o passivo ser cada vez mais assustador, sendo que estes avultados encargos não devem ajudar, propriamente, a que as contas do clube estabilizem um pouco. Mas que diabo, começa é a não haver pachorra para tanto desleixo da equipa de futebol em campo, num campeonato em que temos obrigação de sermos campeões! O Sporting joga bem, mas tem um plantel limitado; o FC Porto é sempre muito temível, mas não tem muitas soluções à altura do seu onze inicial; e sendo assim o Benfica tem de carburar muito mais, tem de deixar a pele em campo, porque se o fizer…será campeão nacional!

JJ, tu até podias ganhar mais do que o Belmiro de Azevedo ou do que o Jerónimo Martins, desde que eu visse que o Benfica estava transformado num clube vencedor. Assim, com apenas um campeonato ganho em quatro anos, e com o maior clube do país a jogar de uma forma paupérrima, acho que não justificas o dinheiro que levas para casa. E por isso, peço-te encarecidamente: oleia a máquina, refresca a mentalidade dos jogadores, mete o Benfica no trilho do sucesso…e já agora, empresta-me uns trocos, porque, no meio de quatro milhões, um pequeno empréstimo a este jovem que tanto ama o Benfica não há-de fazer mossa na tua conta bancária.