📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
Início Site Página 9970

Taça Davis: 2.º e 3.º Dia: Portugal domina Marrocos, segue-se a Finlândia

cab reportagem bola na rede

No dia de ontem, Portugal confirmou a vitória frente à seleção Marroquina. João Sousa e Frederico Silva não tiveram qualquer problema em levar de vencida a dupla marroquina formada por Lamine Quahab e Younes Rachidi, apesar de algumas dificuldades sentidas durante o primeiro set. Os parciais da vitória portuguesa ilustram bem aquilo que digo: 7-6/6-0/6-1.

A dupla portuguesa, talvez vítima de algum nervosismo, não entrou nada bem e cedo se viu a perder por 4-1. O número um português, possivelmente acusando algum cansaço, sentiu inúmeras dificuldades nas trocas de bolas de fundo do court. No entanto, a dupla nacional soube reagir; Quando o marcador se encontrava em 4-2 favorável a Marrocos, e com a ajuda de Lamine Quahab, que cometeu duas duplas faltas, Portugal concretizou o break. Logo de seguida, Frederico Silva teve que salvar dois break points, diga-se com grande autoridade, e igualou o set a 4 jogos.

A primeira partida só se viria mesmo a resolver num equilibradíssimo tie-break; Destacar um excelente ponto, quando o resultado era de 6-5 (40-40) favorável à dupla marroquina, do jovem Frederico Silva. Portugal ainda se encontrou em desvantagem por 4-1, curiosamente o mesmo resultado com que se tinha encontra durante o 1.º set, mas conseguiu elevar o nível e levar de vencida a primeira partida.

Estava assim dado o mote para uma grande exibição! A dupla portuguesa conquistou desta forma, e até com alguma naturalidade, a segunda e terceira partida com grande autoridade. A excelente exibição de Frederico Silva, em estreia pela seleção nacional (a “contar”), é merecedora de uma enorme salva de palmas; O português, detentor de 2 títulos do grand slam em juniores, demonstrou-se imperturbável durante todo o encontro e chegou, inclusive, em alguns momentos a realizar pontos de altíssimo nível.

Em conferência de imprensa, o selecionador nacional, Nuno Marques, disse estar bastante contente com o desempenho da dupla portuguesa; Por sua vez, João Sousa, também obviamente contente pelo resultado obtido, realçou a vitória no primeiro set, “Conseguimos vencer um set muito equilibrado, o que ajudou bastante para o resto do encontro”; O estreante Frederico Silva confessou algum nervosismo inicial, “A partir de meio do primeiro set senti que estava mais dentro do encontro”.

No dia de hoje, foi a vez de Frederico Silva, novamente, e de João Domingues, em estreia pela seleção nacional, entrarem em campo. Num encontro bastante disputado, onde o jovem português até chegou a servir para o fecho da primeira a partida, foi derrotado pelos parciais de 7-6/6-4. A maior experiencia do Marroquina foi fundamental para a decisão do encontro. Por sua vez, João Domingues não teve grandes dificuldades e bateu o número três marroquino, Mehdi Jdi. O português entrou bastante descomplexado e a jogar bastante bem e venceu assim o primeiro set por 6-2; Na segunda partida, o marroquino esboçou uma pequena reação, mas João Domingues soube impor-se e triunfou em 2 sets (6-2/7-5).

No rescaldo da eliminatória, o selecionador nacional, bem como toda a equipa, fez um balanço bastante positivo destes três dias de competição. Vasco Costa, presidente da federação portuguesa de ténis, não deixou antever o local da próxima eliminatória frente à Finlândia; Relativamente aos objetivos traçados, o presidente da federação foi bastante claro e afirmou que o objetivo é subir de divisão e de seguida tentar chegar ao grupo mundial.

Em resumo, foi um fim-de-semana bastante positivo para o ténis português. Segue-se a seleção finlandesa, cujo grande pilar é Jarko Nieminem. A eliminatória realizar-se-á entre os dias 17 e 19 de Julho, com o lugar, bem como a superfície, será anunciada pela federação portuguesa de ténis muito brevemente.

O Bola na Rede teve o maior gosto em acompanhar todas as incidências desta eliminatória. Agradecimentos à Federação Portuguesa de ténis.

Foto de Capa: Gaspar Ribeiro Lança

Arouca 1-3 Benfica: No reino da águia ninguém treme

Topo Sul

Mais uma reviravolta do Benfica, em jogos fora de casa. A segunda consecutiva, depois da vitória frente ao Moreirense há duas semanas. O mesma história de jogo, o mesmo resultado final. Este foi mais um 1-3 categórico de um Benfica que, mais uma vez, soube reagir à desvantagem e conquistar uma importante vitória.

A perder desde os sete minutos da partida, depois de um belo golo do jovem Iuri Medeiros, os encarnados produziram uma primeira parte de baixo nível de intensidade e qualidade. O golo sofrido confundiu a equipa que não consegui assentar jogo nos primeiros quarenta e cinco minutos. O pouco entrosamento entre o meio-campo e os avançados era evidente e os laterais tiveram pouco espaço para apoiar o ataque. Ainda assim, antes do intervalo, as águias já poderiam igualado a partida, através de Lima e Salvio. O brasileiro atirou a rasar o poste, enquanto o extremo argentino viu a barra e o guardião do Arouca negaram-lhe o golo, em duas ocasiões.

Com a segunda parte veio um Benfica mais intenso e determinado e um Arouca mais adormecido. Talisca entrou para o lugar de Samaris e os encarnados ganharam mais velocidade de jogo e circulação e começaram a pressionar mais a equipa da casa. Precisamente num lance de pressão alta dos encarnados surgiu o golo do empate do Benfica, por intermédio de Jonas, que aproveitou a prenda que Goicoechea, guarda-redes de Arouca lhe ofereceu. Erro terrível do guardião uruguaio que entregou de mão beijada a bola ao avançado brasileiro o empate aos encarnados.

Depois apareceu o melhor Benfica. Segurança e clareza na posse, envolvimento dos extremos e laterais no processo ofensivo e um Pizzi a assumir mais uma vez, muito bem, o controlo da jogo no meio-campo. Com um Arouca cada vez mais recuado, o Benfica acelerou, pressionou e meteu o segundo golo. Lima deu vantagem às águias na partida, na recarga ao remate de Jonas. Dois golos em cinco minutos confirmaram a supremacia do Benfica num segundo tempo em que a equipa surgiu com uma nova face. Em vantagem, os encarnados souberam gerir o jogo da melhor forma, jogando longe da sua baliza e procurando aumentar a vantagem.

Essa tarefa tornou-se ainda mais fácil depois da expulsão do centra do Arouca Hugo Bastos que derrubou Lima quando este seguia sozinho para a baliza. A vitória encarnada ficou confirmada com mais um golo de Lima, que, isolado, foi frio o suficiente para fazer o terceiro e estabelecer o resultado final.

Este é um cenário que já se viu noutros desafios dos encarnados nesta temporada e hoje, mais uma vez, o intervalo fez bem aos jogadores que mostraram personalidade para obrar uma reviravolta num jogo muito importante para manter as distâncias pontuais iguais em relação aos rivais.

Sem tremer, o Benfica conquistou hoje a vigésima vitória no campeonato e continua de pedra e cal no topo da tabela. Para semana há jogo frente ao Braga, um adversário que já venceu as águias por duas vezes esta temporada. Mais uma final em que se aparecer o Benfica da segunda parte de hoje, será difícil a vitória escapar aos encarnados.

A Figura:

Lima – Não foram apenas os dois golos que fizeram de Lima o homem de jogo. Ao seu estilo, o brasileiro trabalhou, baixou para receber a bola e fazer jogar a equipa e foi exímio na primeira fase de pressão ofensiva. Está em forma e de pé quente.

O Fora-de-Jogo:

Vasco Santos – Preferi não referenciar o (fraco) trabalho do árbitro na crónica sobre o jogo, mas tenho de o destacar pela negativa pela forma como se apresentou nesta partida. Perdoou dois penaltys ao Arouca – toca a todos – e excedeu-se no número de cartões mostrados.

 Foto de Capa: Sport Lisboa e Benfica

Subida de produção

0

tinta azul em fundo brando pedro nuno silva

As últimas exibições do Porto mostram uma clara subida de produção em relação há dois ou três meses. O conjunto de individualidades que forma o plantel portista parece assimilar melhor as ideias de Lopetegui e isso traduz-se em exibições mais conseguidas e num tipo de jogo diferente ao praticado outrora.

Os dragões atacam e defendem em conjunto, criando um bloco coeso que atenua até as dificuldades individuais que os jogadores sentem no decorrer do jogo. A circulação de bola é mais consequente embora nem sempre se traduza em golos; aliás, apesar da quantidade de golos na Liga, o Porto não me parece uma equipa muito concretizadora.

A face mais visível da evolução azul e branca é a forma como ataca continuadamente e como tenta asfixiar o adversário assim que a bola chega ao seu principal construtor de jogo. Isto faz com que os adversários não pensem tanto o jogo e mascara alguma inépcia defensiva dos nossos extremos e a falta de pujança física de Herrera ou Oliver. Com posse, os jogadores formam um bloco no ataque em que a bola vai passando por todos até haver um desequilíbrio no adversário. Conseguimos, também, aproveitar melhor alguns jogadores – jogando em profundidade para Tello e, em alguns momentos, subindo Herrera no terreno.

A subida de rendimento de Casemiro também tem influenciado a nossa construção de jogo. A título de exemplo, no jogo contra o Sporting, nos primeiros 15 minutos, a bola circulou irremediavelmente entre os nossos centrais, já que Casemiro não recuou no terreno para a receber. Teve de ser Danilo a desbloquear o jogo e garantir que o Porto fosse construindo ataques até ganhar confiança suficiente para a bola deixar de queimar. O lateral direito portista, que está em grande forma, tem sido um dos motores da equipa, correndo quilómetros e possibilitando ao Porto apresentar uma intensidade de jogo que não tinha no início da época. Há quem pense até que Danilo seria melhor a extremo ou médio interior. Confesso que era uma ideia com a qual discordava mas, hoje em dia, seria interessante ver como se comportaria o brasileiro a médio interior box-to-box.

Lopetegui está a ganhar pontos junto dos adeptos: a equipa está bem mas continua a revelar algumas dificuldades na transição defesa-ataque. Parece-me que não é o grande culpado, pois Maicon e Marcano não são propriamente centrais construtores e corajosos para romper com o adversário. Existe fio de jogo, nota-se que os treinos fazem efeito. Resta a todos os portistas esperar que o nível exibicional se mantenha para passar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões e para nos mantermos na perseguição ao Benfica pelo 1º lugar.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

E as melhores da primeira fase são…

cab futebol feminino

No início desta semana, o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) atribuiu os prémios de melhor jogadora e melhor guarda-redes relativamente à primeira fase do campeonato nacional de futebol. As grandes vencedoras pertencem às duas equipas que têm praticado o melhor futebol ao longo da época – Joana Marchão do Clube Atlético Ouriense (melhor jogadora) e Elsa Santos do Clube Futebol Benfica (melhor guarda-redes).

Por trás de uma grande equipa há sempre um grande guarda-redes

Com apenas nove golos sofridos em dezasseis jornadas, Elsa Santos foi a guarda-redes menos batida da primeira fase do campeonato nacional. A jogadora de 27 anos encontra-se ao serviço do Fófó há várias épocas e tem sido uma peça fundamental para o sucesso da equipa.

Em entrevista ao SJPF, a guardiã da formação de Benfica mostrou-se satisfeita com o reconhecimento que lhe foi atribuído e falou ainda de um ponto que, na minha opinião, é bastante importante no que diz respeito ao crescimento do futebol feminino – a formação. De facto, se já são poucos os clubes que apostam na criação da vertente feminina da modalidade, menos ainda são aqueles que procuram formar as atletas. Este é um passo que tem de ser necessariamente dado para que a qualidade do jogo feminino possa melhorar e para que o futebol feminino português consiga atingir patamares mais elevados.

premio 1
Elsa Santos, a melhor guarda-redes da primeira fase do campeonato nacional feminino

Afinal o pé esquerdo sabe jogar

Joana Marchão é uma das esperanças portuguesas do futebol feminino. A esquerdina de 18 anos (!) já conta com um campeonato nacional, várias presenças na Selecção Nacional e esta época já tinha sido eleita a melhor jogadora da primeira volta do campeonato.

Depois da atribuição do prémio, fez um apelo aos adeptos do desporto rei: “O futebol não é um desporto só para rapazes. As pessoas devem abrir mentalidades e olhar para o futebol feminino de outra forma”. Nada mais a acrescentar a esta afirmação da jogadora do actual campeão português.

premio 2
Joana Marchão, a melhor jogadora da primeira fase do campeonato nacional feminino

Fotos: sjpf.pt

Estou de volta!

0

coraçãoencarnado

Bem-vindos a mais um Coração Encarnado. Sei que não escrevo há já umas semanas, as saudades já apertavam. A verdade é que os passados sete dias foram suaves, como uma pena que passeia por Lisboa. Aquela vitória frente ao Estoril deixa qualquer amante de futebol com um sorriso no rosto. Uma exibição de gala para congratular os milhares de corações encarnados espalhados por este mundo. E bem que merecemos. Todos. E fico descansado quando eles correm mais do que eu correria. Isso para mim é que é o Benfica. Uma vitória, uma certeza, um sorriso. Quase tudo na vida acaba com um sorriso, o nosso benfiquismo não foge à regra.

Tenho lido muita coisa sobre o clássico. No último fim-de-semana de abril. Há melhor altura para um clássico do que a Primavera? Provavelmente até há, mas esta há-de ser a altura perfeita para vencer o Porto. Como não gosto de passar sete jornadas à frente, digo apenas que o meu bilhete para Lisboa nesse fim-de-semana já está comprado. De resto, só me preocupa o Arouca amanhã.

E por falar em amanhã, esta será das poucas vezes em que Jorge Jesus tem o plantel todo à disposição. O tempo também cumprirá o seu papel, oferecendo céu limpo, Sol desperto e temperaturas amenas. Melhores condições não poderia haver. São onze jornadas até ao fim desta viagem – quero trazer os três pontos em cada jogo. Não sou exigente, só benfiquista.

Faltam 11 finais para isto se repetir Fonte: Facebook Oficial do Benfica/ Francisco Rocha
Faltam 11 finais para isto se repetir
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica/ Francisco Rocha

Daqui a pouco joga-se mais um clássico na Luz. Benfica-Porto, a contar para a primeira-mão dos quartos-de-final da Liga Europeia. O jogo dos jogos. Aquela partida em que todos querem estar. Não há milagres? Vejam um benfiquista doente a ficar sem febre e com forças para tudo antes dum clássico. Que este fim-de-semana seja coberto de encarnado, do Sábado ao Domingo – a equipa de voleibol já tratou de lançar o mote, após a vitória que deu a passagem às meias-finais da Taça de Portugal. Nada mais se pode pedir.

Mudando o assunto, gostaria de brevemente comentar as palavras do Director de Comunicação do Benfica, o Dr. João Gabriel. Que estupidez. Não entendo a razão de, mais uma vez, este senhor vir a público dizer nada mais do que puras barbaridades, completamente fora de contexto. Desta vez, o assunto foram as arbitragens e o Futebol Clube do Porto. Devo assumir que tentei entender o objectivo por detrás de tais palavras, mas acabei por ser mal sucedido. Adorava que o meu clube não viesse para a rua mandar bitaites para o ar. Primeiro porque odeio bitaites. Segundo porque bitaites é coisa de pequenos. O Sport Lisboa e Benfica é muito mais que isso.

Acabo este texto despedindo-me de todos vocês e esperando que este seja mais um fim-de-semana à Benfica! Um caloroso abraço, não deixem que o vosso Coração Encarnado arrefeça.

PS: parece que o Imperador Júlio César vai voltar aos relvados. Pois que sejas muito bem-vindo, guardião!

 

Foto de capa: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

O primeiro grande desafio de Marco Silva

porta

Antes de começar este texto, devo alertar para o facto de que o mesmo será bastante curto, não por preguiça ou por não ter vontade de escrever, mas porque tenho de filtrar emoções, sentimentos e até palavras menos próprias que me assolam neste momento.

Não sou pessoa de ver o copo meio vazio, prefiro sempre ver o lado positivo de cada situação, procurar algo a que me possa agarrar para acreditar que vale a pena o esforço e a dedicação que se coloca em tudo o que fazemos diariamente. Ainda assim, após ver o jogo de ontem na Madeira, sinto que aos poucos o entusiasmo e a injecção de adrenalina que a chegada de Bruno de Carvalho trouxe ao Sporting estão aos poucos em declínio, situação esta que está indissociavelmente ligada à falta de títulos da equipa principal.

No meu último texto, falei sobre a importância capital que teria o jogo realizado ontem na Choupana, frisando que o jogo frente ao Porto seria importante e para vencer; realcei, também, no entanto, que a verdadeira competição da época seria a Taça de Portugal e a não conquista da mesma significaria uma época fracassada.

Contudo,  o jogo de domingo foi o que toda a gente viu: uma equipa sem identidade, sem chama, com falta de garra e acima de tudo com pouca vontade de orgulhar a camisola que vestiam em campo. Foi um desastre a toda a linha e uma exibição saída da mente de Franky Vercauteren indesculpável e revoltante.

Depois desta decepção, acreditei realmente que o jogo de ontem seria de redenção; uma exibição como a que onze leões tiveram na passada quinta-feira em Alvalade frente ao poderoso Wolfsburgo, transformando o segundo classificado da Bundesliga num clube banal. Não poderia estar mais errado…

Ontem voltei a ver uma equipa amorfa. Em certos momentos, pareciam puros mercenários, mimados e com tiques de vedetismo e sem respeito por uma equipa organizada e difícil como o Nacional, de Manuel Machado. Não digo que o Sporting não fez por merecer o empate; o que afirmo é que o Sporting tinha a obrigação de vencer o jogo, algo para o qual nunca mostrou realmente vontade.

Carlos Mané conseguiu amenizar os estragos de mais uma exibição displicente Fonte: FPF
Carlos Mané conseguiu amenizar os estragos de mais uma exibição displicente
Fonte: FPF

Falar em intranquilidade, em erros individuais ou em má arbitragem é neste momento fait divers, uma vez que o essencial será perguntar onde está a equipa que jogou frente ao Wolfsburgo ou frente ao Schalke e Chelsea em Alvalade, ou frente ao Porto no jogo da Taça de Portugal. Muito do sucesso de uma equipa passa pela motivação, pelo psicológico – algo em que, por exemplo, Mourinho é fenomenal. Neste momento creio que Marco Silva, um dos melhores treinadores que passaram pelo clube nos últimos anos, precisa de ser um motivador para além de um treinador, e BdC deverá ser um agregador em vez de um desestabilizador.

Que estes dois últimos jogos sirvam como lição,  que alguém bata com a mão na mesa e diga “chega”, para terminar esta espiral negativa que me faz lembrar em parte a semana de Maio de 2005.

Enough is enough.

Foto de capa: Facebook Oficial do Sporting Clube de Portugal

Benfica domina Fase Regular

cab futsalNo passado fim-de-semana, o Sporting venceu a equipa do Póvoa Futsal por 2-4, num jogo extremamente difícil para os leões. O Sporting começou pessimamente mal o jogo, sofrendo um golo logo nos primeiros dois minutos do encontro. Com este golo, a equipa da Póvoa de Varzim jogou a restante primeira parte de forma mais defensiva, de modo a tentar manter este resultado positivo o maior tempo possível. O bicampeão nacional fez uma primeira parte muito aquém das expetativas: jogou de forma lenta, causou poucas oportunidades de golo, falhou muitos passes, faltou alguma concentração, falhou no um para um, tendo faltado também muita garra.

Sporting alcança uma suada vitória no terreno do Póvoa Futsal Fonte: Sporting Clube de Portugal
Sporting alcança uma suada vitória no terreno do Póvoa Futsal
Fonte: Sporting Clube de Portugal

No segundo tempo, a equipa leonina entrou em campo de forma muitíssimo diferente, diferença essa visível no golo de Fábio Lima logo aos 26 segundos. Através deste golo e consequente empate na partida, o Sporting melhorou, mas num lance infeliz do guardião leonino, André Sousa, a equipa da casa voltou a adiantar-se no marcador por intermédio de Márcio Moreira. Faltavam cerca de 10 minutos para o final do jogo e, caso os rapazes de verde e branco quisessem conquistar os tão importantes três pontos, teriam de arriscar tudo. Nuno Dias arriscou, apostando no 5 para 4 com Alex a desempenhar a habitual tarefa de guarda-redes avançado.

O Sporting castigou e controlou o adversário até chegar ao seu principal objectivo – a vitória. Diogo empatou o encontro aos 35 minutos, Pedro Carry colocou os leões na frente pela primeira vez no encontro, e Paulinho dilatou a vantagem para 2-4 a apenas um minuto do final. O último classificado da Liga Sport Zone não teve a capacidade de alterar o poderio do visitante, contudo fica na retina a boa exibição efetuada, fazendo com que uma das melhores equipas da prova tivesse muitas dificuldades em vencer. Mérito para o Póvoa Futsal e muito demérito para o Sporting.

O Benfica venceu o Belenenses por 5-2 no Pavilhão da Luz, num jogo que dominou de forma clara. As equipas foram para o intervalo com o Benfica a vencer por 2-0, golos do ala Bruno Pinto e do pivot Alessandro Patias. Este resultado espelhava uma exibição tranquila e consistente dos encarnados, que aproveitaram as inúmeras oportunidades de que dispuseram para se adiantarem no marcador.

O intervalo, ou não fez bem à equipa de Joel Rocha, ou fez demasiado bem aos azuis, que entraram determinados em reentrar no jogo empatando o encontro aos 29 minutos por intermédio de Tiago e Pauleta. Estes dois golos demonstram um adormecimento da equipa da casa, perda de concentração e um elevado decréscimo na intensidade apresentada. O antigo goleador dos Leões de Porto Salvo, Ré, bisou e sentenciou o encontro, aumentando a vantagem para 4-2. Aos 36 minutos, Jefferson dilatou o resultado em 5-2, resultado esse que não se alteraria até ao final do tempo regulamentar.

Ré, ala veloz e com uma imensa veia goleadora, ao bisar foi preponderante para a vitória encarnada diante do Belenenses por 5-2 Fonte: Sport Lisboa e Benfica
Ré foi preponderante na vitória encarnada diante do Belenenses por 5-2
Fonte: Sport Lisboa e Benfica

Com esta vitória, os encarnados alcançam 62 pontos, mantendo a vantagem de sete para o rival Sporting. Faltando apenas quatro jornadas para o final da Fase Regular, muito dificilmente o Benfica não a conquistará, bastando apenas manter a regularidade até ao momento apresentada. Para o Benfica não terminar a provar na dianteira seria necessário acontecer algo que até agora ainda não se sucedeu: perder um jogo. Joel Queiroz está a fazer uma excelente temporada, tendo até ao momento conquistado a vitória em 20 dos 22 jogos e empatado nos restantes encontros.

O Braga venceu no terreno do Modicus por 2-3, num jogo extremamente intenso e complicado, mantendo assim acesa a luta pelo segundo lugar da Fase Regular. A primeira parte foi frenética, visto que quatro dos cinco golos ocorreram neste período. A equipa da casa entrou de forma muito agressiva no encontro, chegando aos dois golos de vantagem, contudo a equipa bracarense conseguiu empatar antes do fim da primeira metade. Grande primeira parte e boa atitude de ambas as equipas!

O jogo estava aberto porque ambas as equipas estavam à procura do golo. Fábio Cecílio acabou por marcar, resolvendo o encontro a favor da equipa do Braga, um golo muito importante para as aspirações da equipa e para continuar na luta pelo segundo lugar.

Com esta vitória, e a faltarem apenas quatro jornadas para o final da prova, sendo que uma dessas jornadas é disputada em casa do Sporting (jornada 25), a luta pelo segundo lugar está ao rubro. Mais uma temporada muito consistente da equipa comandada por Paulo Tavares.

Resultados da jornada 22 da Liga Sport Zone:

Cascais 2-3 SL Olivais

Póvoa Futsal 2-4 Sporting

Rio Ave 4-0 Burinhosa

Leões Porto Salvo 5-5 Boavista

Unidos Pinheirense 4-4   AD Fundão

Benfica 5-2 Belenenses

Modicus 2-3 SC Braga

 Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

SC Braga 0-1 FC Porto: Ganhar três pontos e perder o melhor

dosaliadosaodragao

No regresso à Pedreira, depois do jogo a contar para a Taça da Liga, Lopetegui foi grato aos onze principais responsáveis pela inequívoca vitória diante do Sporting, e, por isso, repetiu a equipa titular do último Domingo. Do outro lado, um Braga com o plantel na máxima força e que vinha de cinco vitórias consecutivas no campeonato (apenas sofrendo um golo nessas mesmas partidas).

O quarto-de-hora inicial foi bastante repartido, ainda que o Braga se tenha apresentado corajoso e ameaçando chegar à baliza de Fabiano, mormente através das bolas paradas – foi, aliás, na conversão de um destes lances que dispôs da melhor oportunidade em todo o jogo, com um remate de Zé Luís salvo em cima da linha por Danilo. Do lado dos dragões, Herrera e Evandro assumiram o meio-campo mas não conseguiram fazer com que o jogo portista assentasse, muito por culpa de maus arranques de Brahimi (já lá vamos) e Tello. A partir dos 20’, os dragões tomaram conta da partida – nesta fase, o Braga sobrevivia na dúvida entre fazer alguma contenção e jogar na expectativa ou tentar uma pressão mais efectiva, a campo inteiro. Mesmo perante esta indecisão, o FC Porto não soube ser suficientemente inteligente: em dois pares de lances, havendo espaço, os dragões soltaram-se bem da pressão inicial minhota mas a definição dos lances nunca ocorreu da forma desejada, ora por timings errados, ora por movimentos desarticulados. Tello foi vítima e réu nesta fase; mas soube também ser protagonista, assinando os três lances mais perigosos da primeira parte dos portistas, aos 19’, 44’ e 45’.

Se, com bola, o FC Porto não soube escolher os melhores caminhos para a baliza – a ausência de suficiente jogo interior e a baixa taxa de sucesso nos cruzamentos foram evidências nos primeiros 45’ –, a verdade é que a equipa de Lopetegui também não deu qualquer hipótese aos Guerreiros do Minho de aplicar a sua mais forte arma: a transição ofensiva rápida e agressiva. Os dragões, apesar de se exporem em determinados momentos da partida, recuperaram sempre a bola com alguma tranquilidade – a equipa tem evoluído neste prisma e os louros terão de ser colhidos por Lopetegui – e, em consequência disso, terminaram a primeira parte com 71% de posse de bola. Mesmo que, muitas vezes, não lhe tenham dado o melhor dos tratamentos.

1
Tello voltou a ser decisivo na vitória portista
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

O segundo tempo arrancou na mesma toada: Aderlan Santos salvou o golo do FC Porto, com um corte providencial, e, quando não foi necessário nenhuma intervenção milagrosa, eram os próprios dragões que, na hora do remate, não eram suficientemente expeditos. Além do mais, Jackson apareceu sempre muito sozinho por entre a muralha construída por Aderlan, André Pinto e Danilo (o do Braga, claro).

Perante um cenário que não interessava, de todo, aos portistas, a dança das substituições arrancou com a saída de Evandro por troca com Quaresma (Brahimi derivou para o meio). Antes que qualquer ideia de Lopetegui tivesse materialização, o coração do jogo do dragão sofreu a verdadeira taquicardia – ver Jackson Martinez aparecer caído no chão, agarrado à coxa, é como ver traída e violentada a maior das presunções: a do golo. Perder-me em considerações sobre a importância do colombiano na manobra ofensiva (e não só) dos portistas será sempre redutor e, portanto, fiquemo-nos pela constatação de que, a partir de então, era menos provável e possível que o FC Porto vencesse a partida. Só que (também) há Aboubakar … e Tello.

Ainda que perdendo o seu farol, a equipa continuou lúcida e a carregar em cima de um Braga que fez jus ao epíteto de “Arsenal do Minho” – à boa maneira do outro Arsenal, foi sempre inconsequente, limitando-se a tentar fechar os espaços para a baliza de Matheus tão competentemente quanto possível. Aos 77’, Aboubakar mostrou que os treinos no Olival têm sido uma boa aprendizagem: à boa maneira de ‘Cha Cha Cha’, soube recuar ligeiramente, rodar sobre si mesmo e endossar a bola a Tello, descobrindo uma avenida na defesa minhota, tal como Jackson diante do Sporting. O espanhol voltou a fazer a diferença e, mais uma vez, redimiu-se das inúmeras vezes em que não toma a melhor das decisões.

Com a chegada a vantagem, Lopetegui tratou, de imediato, de trancar o meio-campo, retirando Brahimi e colocando em jogo Rúben Neves, um simplificador de processos. A equipa portista baixou as linhas (e talvez em demasia), abdicando da pressão a todo o terreno, o que teve como consequência alguns lançamentos longos a apelar ao jogo aéreo dos homens mais adiantados do Braga (sobretudo Éder) – e que foram quase sempre bem travados pela retaguarda portista (Marcano esteve imperial!). Nesta fase, com outro discernimento, os dragões poderiam ter aproveitado o espaço concedido pelo Braga para matar a partida, aproveitando o bom entendimento do momento e contexto do jogo por parte, essencialmente, de Herrera e Aboubakar (excelente o pontapé de bicicleta que ensaiou naquele que foi o último remate dos dragões).

2
O domínio portista expresso em números

Mesmo sem a desejada tranquilidade, os dragões preservaram a vantagem mínima e souberam sofrer o indispensável (Fabiano não fez uma única defesa) para levar da Pedreira três preciosos pontos na luta por um campeonato que se adivinha disputado ao milímetro. Mas que se tornará tão mais duro quanto mais tempo esteja Jackson de fora. Segue-se o Basileia, naquela que é a última etapa do ciclo infernal de jogos que os dragões têm tudo para ultrapassar de forma incontestável.

 

A Figura
Tello – Não fez uma exibição brilhante mas esteve em todos os lances de perigo do FC Porto e voltou a ser decisivo, não falhando no momento em que lhe surgiu Matheus pela frente. Tem condições físicas e técnicas para ser um elemento decisivo nos dragões, assim queira (continuar a) evoluir no entendimento do jogo.

O Fora-de-Jogo
Brahimi – Quem o viu e quem o vê! A magia está lá mas agora anda sempre acompanhada de complicação, individualismo e ausência de discernimento. Agarra-se em demasia a bola e prejudica todo o jogo da equipa. Querer resolver sozinho os problemas colectivos nunca será uma boa solução. Nem para um pequeno geniozinho, como já provou ser o argelino.

Foto de capa: fcporto.pt

Taça Davis – 1.º Dia: Não poderia ter sido mais favorável para Portugal

cab reportagem bola na rede

O 1.º dia da eliminatória entre Portugal e Marrocos não poderia ter sido mais favorável às cores nacionais. João Sousa e Rui Machado cumpriram aquilo que lhes era pedido e vencerem sem qualquer contestação os seus adversários. Contando com o forte apoio vindo das bancadas do centro de alto rendimento do Jamor, a seleção Portuguesa deu assim um importante passo rumo à vitória.

O primeiro a entrar em ação foi João Sousa; Tendo pela frente um adversário muito menos cotado, Yassine Idmbarek (759º do ranking ATP), o vimaranense rubricou uma excelente exibição.

Sousa quis tomar as rédeas do encontro logo desde o seu início; Atuando em cima da linha de fundo, o Português dominou a grande maioria dos pontos e Yassine Idmbarek parecia conformado. Foi por isso, sem grande surpresa, que venceu os dois primeiros sets por 6-0. No terceiro parcial o marroquino ainda tentou esboçar uma pequena reação, mas João Sousa mostrou-se imperturbável e, mesmo apesar de ter sentido algumas dificuldades para fechar o encontro, foi com a maior naturalidade que o fez.

Portugal colocava-se assim na liderança da eliminatória; Era agora a vez de Rui Machado entrar em campo para tentar ampliar a vantagem. O adversário, Lamine Quahab (330.º do ranking ATP), era, pelo menos em teoria, mais complicado, como de resto se veio a demonstrar em campo.

Rui Machado entrou forte e arrecadou o primeiro set com o parcial de 6-2. O marroquino reagiu e a segunda e terceira partida foram bastante equilibradas. No entanto, em ambas as situações, e contando com um forte impulso do público presente no Jamor, o português conseguiu fazer o break nos momentos decisivos. De realçar ainda alguns momentos de tensão entre a equipa de arbitragem e a seleção marroquina, talvez tentando perturbar a clara superioridade da seleção portuguesa.

Em conferência de imprensa, Nuno Marques realçou a importância dos resultados conseguidos no dia de hoje: “Estou muito contente com a forma como o dia correu”. João Sousa afirmou estar contente com o nível a que se exibiu reforçou a importância que o apoio do público teve no desenrolar do encontro: “Em casa é mais fácil, o público provoca isso”.

Portugal dava assim um passo de gigante em direção à vitória nesta eliminatória. João Sousa e Rui Machado estiveram à altura dos acontecimentos! Amanha, Frederico Silva e João Sousa jogam o par frente a Lamine Quahab e Younes Rachidi que pode decidir a eliminatória. O Bola na Rede vai lá estar, venha ao Jamor apoiar a seleção nacional!

Agradecimentos à Federação Portuguesa de ténis pela atribuição da credencial.

Jogadores que Admiro #33 – Dirk Nowitzki

jogadoresqueadmiro

O ano de 2002 marca a minha entrada no mundo do basquetebol; até aí, pouco ou nada sabia sobre a modalidade. Quando comprei o meu primeiro equipamento de treino, era azul escuro e azul claro. A minha curiosidade fez-me ir procurar se havia alguma equipa na NBA com estas cores e foi assim que fiquei a conhecer os Dallas Mavericks. Nesta equipa, jogava – e joga – um alemão que me marcou. Falo, claro, de Dirk Nowitzki, provavelmente o melhor jogador europeu da História. O gigante alemão é neste momento o sétimo melhor marcador da história da NBA (joga desde 1998 na competição, sempre por Dallas) e o melhor marcador estrangeiro. Levou os Mavs ao seu único título da competição, e aos seus dois únicos títulos de conferência.

Passado uns anos, enquanto jogadores, começamo-nos a focar numa ou duas posições de campo. Nessa altura, Nowitzki começou a ser uma referência para mim: um jogador de posição 4 (Extremo/Poste), que consegue fazer 5 (Poste), tal como eu era nos iniciados e cadetes.

Numa competição tão dominada pelos americanos, ver um europeu vingar é sempre positivo – pelo menos para nós europeus. Portanto, ver um europeu ser considerado o melhor jogador do campeonato é algo inédito até agora na história desta competição, e foi algo que já aconteceu por duas vezes – uma delas das finais da competição quando guiou Dallas ao seu único título.

Dirk Nowitzky em acção Fonte: Facebook Oficial de Dirk Nowitzky
Dirk Nowitzki em acção
Fonte: Facebook Oficial de Dirk Nowitzki

Nowitzki é talvez a maior razão de serem os Mavs a minha equipa favorita no maior espetáculo de basket do mundo.  Ansiava ser como ele enquanto jogador de basket, apesar de nunca ter chegado a sequer poder comparar-me, ou não estaria aqui a escrever. O lançamento é a sua imagem de marca, e todos a reconhecem através do característico salto, no qual, em vez de se aproximar, se afasta do cesto, tendo já sido considerado, por alguns especialistas, o melhor lançamento da NBA.

Para além de tudo isto, Nowitzki é um dos únicos sete jogadores que já acabaram uma época (06-07) com mais de 50% de eficácia de lançamento de campo, 40% de eficácia de lançamento de 3 pontos e 90% da linha de lance livre. Este feito foi ainda alcançado o ano passado, embora não tenha sido contabilizado, uma vez que para tal acontecer seria preciso arredondar as percentagens – esteve há beira de o conseguir em 10-11, quando acabou com 39% e 89%, sem possível arredondamento, nos triplos e nos lances livres. O jogador alemão foi ainda vencedor do concurso de triplos do All Star em 2006, tendo participado no jogo principal do fim de semana por 13 vezes, e ocupando o 9º lugar na lista que contemplava os jogadores com mais participações no jogo, na qual apareceu pela primeira vez em 2002 e apenas falhou em 2013.

Estamos certamente perante um futuro Hall of Fame da NBA, que apesar dos seus 36 anos continua a ser uma referência na modalidade, e o meu jogador preferido da liga, mesmo com os Lebrons e Durants desta vida.

Foto de capa: Facebook Oficial de Dirk Nowitzki