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Marítimo 1-0 FC Porto: Um tiro, um melro e o título entregue

eternamocidade

80 minutos de jogo, Marítimo com menos um homem em campo. FC Porto parte para mais um ataque. Com mais um homem no terreno, não há ninguém que pegue no jogo portista. No meio-campo, é Jackson Martinez quem tem que vir atrás para “pedir jogo”.

85 minutos de jogo, Danilo faz um passe errado. Bola fora, lançamento para o Marítimo. Câmara focada no jogador brasileiro. Reação? Um sorriso de Danilo.

90 minutos de jogo, Alex Sandro faz uma falta ridícula junto à bandeirola de canto. Livre para o Marítimo. Câmara focada no jogador brasileiro. Reação? Um sorriso de Alex Sandro.

Escolhi estes três momentos para ilustrar, a todos os que não viram o jogo desta noite, no Estádio dos Barreiros, aquilo que foi a exibição portista. Não vou pelos inúmeros golos falhados pelos avançados portistas; não vou pela eficácia de 100% do Marítimo (1 remate no alvo, 1 golo), nem sequer vou pela excelente exibição de Salin.

Poderia, claro, pegar por cada uma destas premissas e vir para aqui falar de falta de sorte, de falta de eficácia ou do contrário em relação ao Marítimo. Optei pelos três momentos acima enunciados por, na minha opinião, demonstrarem aquilo que foi o FC Porto esta noite: uma equipa sem garra, sem atitude, sem intensidade, sem velocidade e, sobretudo, sem inteligência. Já em diversas ocasiões esta temporada referi duas ideias-chave relativamente ao campeonato português: em primeiro lugar, que o título se ganha contra os pequenos, e depois que nos jogos contra estas equipas de menor dimensão, por vezes não basta ter os melhores jogadores ou ter uma camisola com mais peso histórico.

É preciso correr mais do que os outros, ser mais agressivo e intenso do que os outros, ser eficaz e aproveitar as oportunidades, ser inteligente a gerir o jogo e sobretudo não deixar que o jogo caia naquilo que o adversário quer. Mais uma vez, e tal como tinha acontecido contra o Boavista, V. Guimarães e Estoril, os jogadores do FC Porto não perceberam nenhuma destas ideias. Entraram no jogo com o pensamento de que ele se resolveria mais tarde ou mais cedo. Deixaram o jogo entrar naquela sonolência que só interessa aos mais fracos. E sobretudo voltaram a falhar oportunidades inacreditáveis quando nos referimos a jogadores de classe inquestionável.

Mais uma vez, o FC Porto não entrou como devia. O esquema tático era o mesmo mas a atitude e o “orgulho” que mereceram tanto destaque, na última quarta feira, ficaram à porta do Estádio dos Barreiros. Nada disso se viu no jogo de hoje frente ao Marítimo. Relativamente a essa batalha de Braga, Lopetegui mudou dez peças e deixou ficar apenas Quintero de início, colocando Tello –  que tanto tinha corrido na segunda parte em Braga – no banco de suplentes. Do lado dos madeirenses, Leonel Pontes estreou o central Raúl Silva e optou por colocar três homens na frente (Xavier, Diego Costa e Maazou), deixando no banco o médio habitualmente titular Alex Soares. Com apenas um extremo de início, cedo se percebeu que o FC Porto iria ter, mais uma vez, imensas dificuldades no reduto maritimista.

Alex Sandro (esq.) foi um dos piores em campo Fonte: Facebook Oficial do CS Marítimo
Alex Sandro (dir.) foi um dos piores em campo
Fonte: Facebook Oficial do CS Marítimo

Com Quintero no onze, o jogo portista tornou-se lento, pouco intenso, previsível e sobretudo muito canalizado no centro do terreno. E foi no meio campo que o Marítimo começou a ganhar o jogo: com Fernando Ferreira e Danilo Pereira colocados de perfil em frente ao quarteto defensivo, o Marítimo conseguiu “secar” Oliver, Herrera e Quintero, que raramente conseguiram libertar-se da teia defensiva madeirense. Por isso, o futebol do FC Porto tornou-se profundamente insuficiente e o jogo demasiado canalizado para Ricardo Quaresma levou a que, na primeira parte, os portistas tenham tido apenas uma oportunidade de golo, aos 41 minutos, num remate do extremo português que Salin defendeu com qualidade. O principal problema é que, até esse momento, o ataque portista era uma miragem e o Marítimo, no único lance de perigo em todo o encontro, acabou por chegar à vantagem. Cruzamento da direita de Diego Costa e depois de um corte da defensiva portista, a bola chegou aos pés de Bruno Gallo que, com um excelente remate de pé esquerdo, desfeiteou o guarda redes Fabiano.

Em 45 minutos de jogo no Estádio dos Barreiros, tudo se resumia àqueles dois lances de perigo: um para cada lado, com o Marítimo a ser eficaz e o FC Porto não. Tudo o resto havia sido um jogo inconsequente, sem ideias, com a bola a circular de forma lenta pelos jogadores portistas sem que houvesse uma jogada com princípio, meio e fim.

Na segunda parte, e já com Tello no lugar de Quintero, a toada de domínio portista manteve-se. O Marítimo continuava a jogar recuado e fechado nas suas linhas e o FC Porto, com posse de bola, procurava finalmente encontrar o caminho para a baliza de Salin. O que é facto, e como seria previsível, é que a equipa de Lopetegui acabou por começar a criar oportunidades de verdadeiro perigo, com Casemiro e Martins Indi a desperdiçarem, logo no início do segundo tempo, as primeiras duas enormes oportunidades para a equipa azul e branca.

Com meia hora para jogar, Lopetegui decidiu arriscar, colocando Gonçalo Paciência junto a Jackson Martinez. O treinador espanhol abdicou de Herrera (exibição paupérrima) e Bruno Martins Indi e colocou em campo o avançado português e Rúben Neves. Num 4x4x2 bem definido, o que é facto é que Oliver Torres acabou por recuar no terreno, sendo Jackson Martinez em mais do que uma ocasião o responsável pelo início dos ataques portistas.

Depois das alterações táticas, chegou mais uma dupla oportunidade, neste caso por Tello, que rematou ao poste, e por Quaresma que, na recarga, defendeu para defesa de Salin. O guarda redes francês acabou mesmo por se revelar intransponível, tornando-se o principal responsável pelo facto de os visitantes não terem conseguido chegar ao empate. No último quarto de hora, Raúl Silva, na estreia como titular, ainda viu o segundo cartão amarelo mas isso não foi suficiente para que o FC Porto chegasse ao golo que impedisse o segundo desaire no campeonato. Até ao final da partida, por entre passes errados, um jogo sem qualidade e intensidade e uma eficácia miserável, destacaram-se os “sorrisos” de Danilo  e Alex Sandro, a exibição deplorável de Casemiro e Herrera, o jogo apagadíssimo de Oliver, o individualismo de Quaresma, a intermitência de Tello e o desaparecimento de Jackson do jogo na Madeira.

Por tudo isto e pelos três momentos que acima mencionei, julgo que é razoável dizer que esta noite o título ficou entregue. E mais uma vez, como aconteceu contra Boavista, V. Guimarães e Estoril, porque o FC Porto não soube ser inteligente, agressivo e eficaz. Não falo de sorte porque acredito que ela também se constrói. Nesta noite, na Madeira, mais uma vez se provou que Lopetegui e os seus jogadores ainda estão muito longe de saber como se joga em Portugal. E assim se perdem jogos. E assim se perdem títulos. Acabou… em agosto há mais.

 

A Figura

Salin – O guarda redes francês voltou a fazer uma exibição memorável contra o FC Porto. Parou tudo quanto podia (tirando o remate ao poste de Tello) e foi o principal responsável pela vitória maritimista.

O Fora-de-Jogo

Danilo, Alex Sandro e Herrera – Esta noite decidi dar uma nomeação tripla para o prémio de pior em campo. Poderia também colocar Quintero ou Casemiro, mas acabei por me decidir por estes três. Relativamente aos laterais, pela displicência com que jogaram durante os 90 minutos. Gozaram com o símbolo que tinham ao peito fazendo uma exibição deplorável e que envergonhou todos os adeptos. Relativamente ao médio mexicano, o jogo de hoje foi uma recordação de algumas exibições da época passada de Herrera. Se calhar a melhor opção seria enviá-lo mais um mês para o Brasil a ver se voltava um jogador diferente.

Foto de Capa: Facebook Oficial do Club Sport Marítimo

Sporting 1-0 Académica: Leão mole em Briosa dura, tanto bate até que fura

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Com este provérbio português se explica a tarde de hoje em Alvalade. Jogo de um só sentido – a equipa de Paulo Sérgio não teve uma única oportunidade de golo! -, marcado pela paciência leonina que acabou por gerar frutos. Nunca com muito encanto, o Sporting teve o mérito de não conceder à equipa visitante qualquer chance de contra-atacar. Assim, o jogo tornou-se menos espectacular mas também menos arriscado para a baliza de Rui Patrício. E o resto foi repetição e insistência e repetição e insistência.

Com o onze esperado, a equipa de Marco Silva começou de forma dominadora, com ritmo e com intensidade que quase valeram um golo cedo. Carrillo cruzou muito bem mas Montero pecou na finalização, de cabeça, atirando a bola para cima. A partir dos 15′ o ritmo começou a descer e, perante uma Académica muito fechada e agressiva, o Sporting não soube encontrar o caminho para o golo. Muita insistência nos corredores laterais – sempre à espera que Nani e Carrillo desequilibrassem -, muitos remates de longe (alguns perigosos) e pouca diversidade foi o que se viu na primeira parte. A equipa de Coimbra mostrou a sua estratégia desde cedo, perdendo tempo em cada reposição praticamente desde o primeiro minuto.

No segundo tempo o encontro não mudou muito. Com um Nani abaixo do que já mostrou e um Montero menos em jogo do que o habitual, o Sporting sentia dificuldades em romper com as linhas adversárias. Adrien esteve perto de um golaço, Jefferson e Nani quase marcaram de livre, mas só quando Marco Silva colocou Tanaka e Mané nos lugares de Adrien e Carrillo é que a equipa conseguiu chegar ao golo. William Carvalho, possivelmente o melhor em campo, desbloqueou o adversário com um excelente cruzamento para Tanaka que rematou e proporcionou a recarga a João Mário, autor do único golo da partida. Depois, Nani desperdiçou ainda uma excelente oportunidade que poderia ter oferecido o golo a William e a Académica nunca foi capaz de sequer criar alguma incerteza no resultado. Tobias Figueiredo, apesar de um ou outro lance menos esclarecido, cumpriu com as expectativas e parece difícil que Ewerton entre na equipa a curto prazo.

A Figura 

William Carvalho – O trinco leonino já dá sinais de regresso à sua melhor forma há já algum tempo e hoje foi um dos principais responsáveis pela seca ofensiva da Académica. Excelente na ocupação dos espaços na transição defensiva, foi quase sempre assertivo no passe e acabou por ser dele o lance que origina o golo da vitória. A equipa e a selecção precisam deste William!

O Fora de Jogo

Paulo Sérgio – A Académica, mais do que os (muito) maus resultados que tem apresentado, parece não ter qualquer ideia de jogo assente e que permita à equipa solucionar colectivamente os problemas do jogo. Para além disso, a atitude negativa demonstrada não abona em nada a favor do treinador português… que outrora esteve no Sporting.

Foto de Capa: FPF

 

O renascer do ABC

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Desde que foi inaugurado, em 2009, o Dragão Caixa tem sido uma verdadeira fortaleza para o Porto, seja em que modalidade for.

Esta semana, o Porto perdeu apenas pela quarta vez para o campeonato, ao perder com o ABC por 25-30. Esta foi a primeira derrota desta temporada dos dragões, e o ABC cada vez mais faz por merecer o seu estatuto de grande no mundo do andebol português. A equipa de Braga neste momento está no segundo lugar e está a mostrar que o dinheiro não é tudo, fazendo frente a equipas com investimentos muito maiores, como os três grandes do desporto nacional.

Os bracarenses são a única equipa portuguesa a ter estado numa final de uma Liga dos Campeões, na já longínqua temporada de 1993/1994, em que perderam na final com a equipa espanhola do Teka Santander, perdendo por 45-43 no total das duas mãos.

O ABC, com 12 títulos de campeão nacional, é uma das melhores equipas nacionais na modalidade – sendo que é o terceiro clube com mais títulos de Portugal, apenas atrás de Porto e Sporting, com 19 e 17 títulos, respectivamente.

Afastada dos títulos desde 2006/2007, a equipa bracarense tem estado a melhorar o seu nível e está cada vez mais capaz de lutar de igual para igual com as principais equipas nacionais de andebol. Depois do terceiro lugar da temporada passada, este ano vai ocupando o segundo lugar, a três pontos do Porto. Num campeonato que este ano é discutido no sistema de playoff e não em duas fases, como até agora, a equipa de Braga pode contar com um pavilhão Flávio Sá Leite transformado numa autêntica fortaleza – algo já habitual -, o que faz deste pavilhão um dos mais difíceis para os adversários.

Não vou mentir e dizer que tenho um especial interesse em equipas cuja modalidade principal não seja o futebol – isto se o tiverem, como é o caso do ABC. Mas equipas como o Sporting de Espinho em Voleibol, a Ovarense em Basquetebol, ou o Óquei de Barcelos no Hóquei em Patins merecem todo o meu respeito e, se o meu Sporting não puder ser campeão nestas modalidades, então que seja este tipo de equipas que faz do desporto muito mais do que o futebol que a imprensa gosta de passar cá para fora.

Mas voltando ao Andebol: a luta pelos seis primeiros lugares está bem lançada, com Madeira SAD, Águas Santas, Sporting da Horta, Passos Manuel e Belenenses a lutar pelos quintos e sextos lugares, isto a cinco jornadas do final da fase regular da competição. Muita luta pelo segundo lugar e pelo quinto lugar é o que podemos esperar nestes jogos.

Foto de capa: Wikipédia

Longos anos a Jesus

benficaabenfica

Importará parar um pouco para reflectir sobre o sublime trabalho de Jorge Jesus, antes de amanhã, em Paços de Ferreira, o Benfica dar início à volta de regresso na estrada do bicampeonato. Feito que o Benfica não conhece há três décadas e que, há meses atrás, parecia apenas um sonho limitado pelo brutal investimento do rival e pela ruína em que Vieira tornou a melhor equipa que o meu benfiquismo já conheceu. Oblak, Garay, Siqueira, André Gomes, Markovic, Rodrigo, Cardozo e, meses mais tarde, Enzo Pérez. Não se preocupando minimamente com a política mercantil com que Luís Filipe Vieira conduz o clube, o segundo melhor treinador português volta, uma vez mais, a dar provas da sua inexcedível competência e qualidade.

Apesar do aproveitamento pontual a roçar a perfeição, é natural, óbvio e consequência das premissas acima escritas que Jorge Jesus e o Benfica tenham, também, tido alguns acidentes de percurso até aqui. A eliminação das competições europeias é o expoente máximo de uma época em que o bicampeonato é a meta final. Sendo um enormíssimo treinador, impossível seria que Jorge Jesus reconstruísse (mais) uma equipa como LEGO a tempo de se conseguir bater na Liga dos Campeões. Não haverá a mais pequena dúvida de que o Benfica de hoje teria fortíssimas possibilidades de ter seguido na prova. Adiante. Nem sequer a saída de Enzo Pérez, coração da equipa na última época e meia, abalou minimamente os alicerces de cinco anos de trabalho de Jesus. Bem pelo contrário. Paradoxal e estranhamente, foi desde a transferência do argentino que surgiu o melhor Benfica da temporada. É este um dos grandes feitos do treinador encarnado e a evidência de que os títulos estarão sempre mais perto se houver Jorge Jesus no banco.

É no Seixal que Jorge Jesus vem (re)construindo equipas atrás de equipas; Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
É no Seixal que Jorge Jesus vem (re)construindo equipas atrás de equipas
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Neste momento, parece ser o Benfica que depende mais de Jorge Jesus do que o contrário. Há seis ou sete anos, a saída de UM(!) jogador nuclear da equipa era motivo suficiente para deixar em pó toda uma época. Jogos houve esta temporada em que o Benfica apresentou 4 jogadores (Luisão, Maxi, Lima e Gaitán) que faziam parte da equipa-base do triplete. É certo e indesmentível que a qualidade de jogo faltou, e muito, em alguns momentos da época. No entanto, é neste ponto que vale ao clube o pragmatismo que Jorge Jesus veio ganhando desde que chegou e que se traduz, por exemplo, na melhor defesa do campeonato com apenas 7 golos sofridos em 17 partidas. Nem sequer a menor qualidade de jogadores como André Almeida, César, Jardel ou Lisandro afecta os processos de jogo mais do que conhecidos e consolidados pela equipa.

Os 45 pontos em 51 possíveis são o melhor score de há 30 anos para cá e o avanço de seis pontos para o Porto, principal rival, e dez para o Sporting mostram um Benfica fortíssimo, confiante e já capaz de nota artística. Para os mais limitados de pensamento, não faltarão os chavões da ajuda dos árbitros e dos golos em fora-de-jogo como justificação para o mérito do trabalho do treinador encarnado. Até se compreende. Afinal, para uns, esse é como que um exercício de preparação para mais um ano a ver navios no campeonato. Para outros, o medo do bicampeonato encarnado leva ao desnorte em conferências de imprensa, espectáculo de circo no relvado e a “orgulho, muito orgulho” em modo disco riscado.

 Foto de Capa: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

A posição chave: número 8

rugir do leao duarte

Hoje tenciono escrever sobre aquela que penso ser a posição chave, pelo menos tendo em conta a perspetiva ofensiva, no sistema tático de Marco Silva – a posição 8. Quase sempre desempenhada por Adrien Silva, de forma mais ou menos competente, esta posição assume uma importância ímpar na equipa verde e branca.

O sistema tático do treinador português exige bastante do jogador que desempenha tais funções, quer a nível defensivo, mas também e sobretudo a nível ofensivo. Se olharmos para a classificação da época de 2013/2014, podemos constatar que a equipa do Estoril, orientada por Marco Silva, apresentava bastantes melhores resultados a jogar fora de casa do que em terreno caseiro. Em 15 jogos disputados fora de portas venceu nove, empatou quatro e perdeu apenas dois. Nos jogos que disputou no António Coimbra da Mota venceu seis, empatou cinco e perdeu quatro. Desde que assumiu o cargo de treinador do Sporting Clube de Portugal a situação é bastante semelhante – 63% de vitórias fora de casa contra apenas 56% em jogos disputados em Alvalade. Se tivermos em conta que a equipa do Sporting já jogou fora contra equipas como o Benfica, Guimarães e Nacional, esta estatística ganha ainda mais força. Na minha opinião, uma das razões para tal insucesso a jogar em casa prende-se com a posição número 8.

Marco Silva entende que o jogador que atuar na posição 8 deve ser o patrão do meio campo leonino; pretende que este seja capaz de executar constantemente passes de rotura, aquilo a que na gíria futebolística se costuma apelidar de Maestro. Não querendo, de todo, diminuir Adrien Silva, penso que não possui tais características. Vejo o internacional português muito mais como um médio de transição, o chamado box-to-box.

Como consequência, a equipa de Alvalade, principalmente em casa, torna-se, por vezes, bastante previsível no seu processo ofensivo. O treinador do Sporting, numa tentativa de resolver o problema, apresentou algumas soluções que, na minha opinião, nem sempre foram as melhores. A solução não passa por retirar jogador A para colocar jogador B, mas sim pela envolvência, sobretudo na fase de construção inicial, dos três jogadores do meio campo leonino. Quando tal acontece, a produtividade do setor intermédio do Sporting sobe significativamente.

Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

Soma de notas

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coraçãoencarnado

Caros benfiquistas, sejam muito bem-vindos a mais um Coração Encarnado. Antes de partir para a acção, não poderia deixar de enviar um forte abraço ao Bernardo Silva, benfiquista como nós. É com pena que vejo este miúdo partir; era um jogador que fazia falta ao futebol português. Mas, mais que isso, era um apaixonado pelo Sport Lisboa e Benfica e, como tal, fazia mais falta no Estádio da Luz que um oásis no deserto. Primeiro, porque os oásis trazem felicidade a poucos seres-vivos; já o Bernardo, traria felicidade a mais de seis milhões de pupilas saltitantes. Segundo, porque a água “só” nos tira a sede; golos e jogadas alimentam-nos a alma. E por fim, porque era benfiquista. E um benfiquista se estiver num deserto só precisa duma televisão e do Gaitán a jogar para viver. Concluindo este parágrafo vago, digo apenas que os meus olhos brilham mais quando vejo um benfiquista a jogar de águia ao peito – os olhos dele também brilham muito mais do que os outros jogadores todos juntos. Ele, Bernardo, estaria em casa. Eu, tal como ele, estaria feliz. Realizado. E sorridente. Tudo isso porque “um dos meus” estaria a cumprir o meu sonho de criança. Não, o meu sonho não era ser jogador de futebol como os outros. O meu sonho era jogar no Estádio da Luz. Sim, esse era o meu sonho. Águia no peito, coração quente, alma alegre e sonho de uma vida realizado (este ainda é o meu sonho quando me perguntam o que quero ser quando for grande).

Bernardo, boa sorte nessa aventura e espero que um dia voltes. Mas espero mesmo. Porque estes não saem passados dois anos, não fazem birras por isto e aquilo, não jogam em clubes rivais, não dizem parvoíces na imprensa e, quando se trata do Sport Lisboa e Benfica, é a cabeça deles que decide o que dizer (e não a dos empresários). Estava aqui horas a escrever sobre este miúdo, mas parece-me que já disse o principal. E agora vocês dizem: ”ah e tal, mas quando o Enzo saiu disseste para não pensarmos mais nele, que o Benfica continuava…” – pois é, mas o Enzo não é dos meus…

Um abraço carregado de sorte. Que um dia te veja a festejar assim na Catedral. Fonte: Facebook de Bernardo Silva
Um abraço carregado de sorte. Que um dia te veja a festejar assim na Catedral.
Fonte: Facebook de Bernardo Silva

Bem, vamos lá mudar de assunto: a primeira volta acabou. Não me vou alongar muito sobre a estrondosa primeira volta do nosso Benfica, até porque o fiz na semana passada. Desde o último Sábado até hoje, apenas duas notas: incrível a forma como o Benfica tornou o jogo da Madeira uma partida fácil (fantástico Salvio, Ola John e jogada do quarto golo); exibição satisfatória frente ao Moreirense, carimbada com a passagem às meias-finais da Taça da Liga. Foi mais uma semana à Benfica, apenas manchada pela venda do Bernardo. Janeiro… até sorrio só de dizer esta palavra. Às vezes palavras são muito mais do que letras somadas. É este o caso – Janeiro é sinónimo de Benfica a cilindrar, líder e ganhador. Não, não se preocupem porque Fevereiro também será assim. Janeiro e Jorge começam com a mesma letra. Janeiro e Jesus também. E Janeiro é, por isso, o mês onde tudo começa a aquecer…

Na próxima Segunda-Feira lá vamos à Capital do Móvel para o penúltimo jogo deste mês. Pelo que parece, o estádio estará cheiro (que novidade…), carregado de cachecóis encarnados. É também o início da segunda volta, num campo tradicionalmente difícil (tal como a Madeira o era…). Que os três pontos viajem do Norte até ao Centro, e que esta segunda volta comece com o pé direito (do Jonas!). A primeira volta já foi; pois bem, que a festa da segunda comece!

Nota de boas-vindas para o Jonathan e Álvarez. Beijem o emblema antes de provarem o manto sagrado. Depois parem, respirem fundo. Pensem nos seis milhões que vivem para esse emblema que acabaram de beijar. Voltem a respirar fundo. Entendam que estão no maior de Portugal. Da Europa. Do Mundo. Voltem a respirar fundo. Vistam o manto. Beijem o emblema outra vez, mas com mais força. Sintam. Sintam até os vossos pêlos se esticarem. Até a garganta ficar seca. Vão até ao Estádio da Luz. Entrem e sentem-se no meio da relva. Pensem naqueles que aí jogaram. Aqueles que aí gritaram. E os imortais, que apenas mudaram de estádio, lá para cima. Se nesta altura a vossa alma não estiver mais cheia, esqueçam. Metam-se na Portela e voltem para o Peñarol, isto aqui não é para o vosso estofo. Mas se decidirem ficar, pois bem, que essas pernas não parem de correr. Com ou sem dor. Com cansaço ou sem ele. Não, não vão estar a correr por mim. Mas sim por esse símbolo que levam ao peito. Sim, isso mesmo. São mais de cem anos, sabem? É bom que saibam. Estão a ver-vos lá em cima, sabem? É bom que saibam. Quando deixarem de ter vontade vão ser esquecidos, sabem? É bom que saibam. O Sport Lisboa e Benfica é o maior clube do Mundo, sabem? Pois… Agora que já sabem isto tudo, não há que ter pressão. Nem receio. Só têm de fazer o que sabem, a única diferença agora é que já não o fazem por vocês…

Despeço-me com um abraço ibérico, carregado de saudades deste nosso Sport Lisboa e Benfica. Prometo uma visita para breve, não à família mas ao Estádio da Luz. Até para a semana, não deixem que o vosso “Coração Encarnado” arrefeça.

                                                                                                                                                                                                                                   Foto de Capa: Flickr

O Passado Também Chuta: António Sousa

o passado tambem chuta

O seu nome ficou registado nas entranhas do FC Porto. A década dos 80 abriu, definitivamente, os cenários da universalidade para o clube das Antas e, como todos os grandes times, tinha um centrocampista de eleição; chamava-se António Sousa. Diziam que era tardio à hora de entrar em forma, mas, assim que apanhava o ponto de excelência, tornava-se mágico e imparável. O passe à distância pertencia ao seu reportório habitual; o remate de larga distancia ajustado aos postes era um selo particular e a sua técnica estava beijada pelos favores dos deuses. Titular indiscutível durante anos na seleção nacional, é um dos jogadores portugueses que foi campeão de tudo ou quase tudo. Dizia-se que era um centrocampista com alma e vicio de avançado; muitos guarda-redes tropeçaram com os postes na tentativa baldia de barrar os seus remates mortíferos.

Cometeu o pecado de ser profissional e abandonou o FCP para alinhar pelo Sporting porque – como se costuma dizer – se trabalha por dinheiro. No entanto, Pinto da Costa já começara a lecionar a Cadeira que rezava: como se transforma o terceiro clube português num clube conquistador? Recuperou-o novamente para o mundo dos dragões. Sentou no banco um treinador que fora júnior do FC Porto e se notabilizara, pela sua classe, ao serviço da velha Académica e do Benfica; chamava-se Artur Jorge. O FCP foi fazendo um puzzle triunfador onde a herança deixada por Pedroto tinha muito trigo crescido. Eduardo Luís, Inácio, João Pinto; Jaime Magalhães; Futre; o grande Madjer e uma despensa de craques preparados para entrar em campo, capazes de aportar valor ao valor. António Sousa, no meio deste jardim, era a flor que abria e expandia beleza e um cheiro enternecedor.

Golão ao Ajax Fonte: fcporto.pt
Golão ao Ajax
Fonte: fcporto.pt

O resultado teve nome: o FCP conquistou a sua primeira Taça de Europa e foi, nada mais e nada menos, o primeiro clube português a ganhar a Taça Intercontinental, e o seu treinador o primeiro português a ser Campeão de Europa. O FC Porto defrontou o Bayern de Munique e nesse banco estava Udo Latteck e no campo estavam craques da dimensão do Rummenigge; do Höeness ou do Matthaus. O Dragão venceu um Bayern que era uma super equipa.

António Sousa começou no Sanjoanense. Cumpriu apenas seis meses nos juniores; o treinador da equipa principal reclamou-o. Mais tarde, o Beira-mar levou-o para Aveiro. Foi o grande salto; depois de 1975 não fugiu à cobiça dos grandes; pela época de 1979/80, o FC Porto dá-lhe a oportunidade de crescer juntamente com o clube e estabelecer-se na alta competição. Sousa jamais deixaria de ser uma das estrelas que pisou os relvados de Portugal e do Mundo. Sentiu-se e talvez fosse atraiçoado pelo mister Artur Jorge e viu-se despedido. Regressou ao Beira-Mar, onde conseguiu disputar uma final da Taça de Portugal contra, precisamente, o FCP; perdeu por 3-1.

Ainda poisou o seu saber no Gil Vicente e Ovarense. Finalmente, retirou-se e passou para a faceta de treinador. António Sousa foi – utilizando um vocabulário que anda na moda por outros acontecimentos – o verdadeiro chairman daquele FCP triunfador e um craque do tamanho da Torre dos Clérigos.

Foto de Capa: UEFA

Adeus, Xerife!

porta

Falando sem rodeios, muitas vezes te critiquei, insultei a tua dureza de rins ou a tua falta de finesse; no entanto sei que deste sempre o máximo, que te orgulhas de cada vez que vestiste o manto sagrado e que apesar do pouco tempo em Alvalade aprendeste a gostar deste clube, deste nosso amor.

Apesar do início de sonho, com o golo frente ao Arouca, sempre foram visíveis as tuas falhas, algumas delas escondidas e ofuscadas pelo teu parceiro Rojo. Claramente não és – e lamento, mas não serás – um central de topo, o central ideal para as ambições do “nosso” Sporting. Mas tenho que te gabar a dedicação que punhas em cada lance, a coragem  em cada um dos golpes que te punha a sangrar mas que, ainda assim, continuavas em campo e a dar tudo para receberes um aplauso da “torcida”.

Este ano tudo mudou, o teu parceiro rumou a Inglaterra e de repente ficaste como o patrão da defesa, a referência e a voz de comando e tudo mudou. Não tens culpa das estranhas apostas no Naby Sarr’s desta vida, mas nunca foste o pilar que te era exigido. Antes pelo contrário, cada vez mais ficavam a nu as tuas carências fisícas e técnicas.

Fonte: Facebook Oficial do Sporting Clube de Portugal.
Fonte: Facebook Oficial do Sporting Clube de Portugal.

No fundo, durante este ano e meio de leão ao peito viveste se calhar a tua melhor época até ao momento, mas de seguida talvez tenhas vivido a pior, até ao ponto de ser uma questão de tempo até perderes o teu lugar para o talentoso e jovem Tobias. E assim chegou a hora de dizer “Adeus”. Quem me conhece sabe o quanto odeio esta palavra, a palavra mais injusta, bruta e triste que existe; mas creio que neste caso se aplica à situação. Fico agradecido com tudo o que deste, batalhaste e viveste em 18 meses de Sporting, mas estava na altura de a nossa relação terminar, de cada um procurar um novo amor.

Desejo-te toda a sorte do mundo em Roma, tudo o que mereces em troca da enormidade do que dás e que nos leves sempre no coração. Somos Sporting.

Foto de Capa: Facebook Oficial do Sporting Clube de Portugal

Falta ainda um “grande Danoninho” a João Sousa!

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cab ténis O melhor tenista português da actualidade, João Sousa, perdeu esta madrugada frente a Andy Murray na 3ª ronda do Australian Open frente ao n.º6 mundial, Andy Murray. por 6/1 6/1 e 7/5. Ao tenista português ainda falta muito para poder chegar ao nível dos top 10, mas João Sousa tem de olhar para o topo e não para o lado. Quando digo que falta um “grande Danoninho” a João Sousa não é como forma de critica. É porque Portugal tem um tenista que está entre os melhores do mundo e que para crescer tem de olhar é para cima e não para o lado. João Sousa está no top50 por mérito próprio, fruto do seu sacrificio e dedicação, e é até onde ele tiver capacidade de trabalho que ele conseguirá chegar. Quanto ao jogo em si, o tenista português até foi o primeiro a ter um ponto para quebrar o serviço de Murray, mas não conseguiu levar a sua avante e Andy Murray, quiçá desperto pela possibilidade de correr atrás do prejuízo, aplicou um contundente 6/1 no set inaugural desta 3.ª ronda. No segundo set, domínio ainda mais avassalador para Andy Murray, com o campeão olímpico a não permitir sequer a Sousa sonhar com a quebra do serviço. Novamente 6/1 e vantagem enorme para um tenista da tarimba de Murray, que com uma vantagem de dois set’s não a iria certamente deixar escapar. No terceiro e aquele que viria a ser o último set, João Sousa mostrou outra garra e vendeu cara a derrota, conseguindo levar o parcial a um 7/5. E apesar da maior igualdade nesta última partida, a verdade é que a vitória de Murray nunca esteve em causa. No final do encontro João Sousa disse à Lusa que não se exibiu a um nível tão elevado como seria necessário para dificultar a tarefa a Andy Murray e a verdade é que ao português faltam ainda uma série de predicados para poder aproximar-se ainda mais do top dos tops. Veja-se por exemplo que Andy Murray somou nove ases. Foram mais de dois jogos conquistados sem esforço, enquanto João Sousa não somou nenhum. São estes detalhes que a este nível fazem toda a diferença, e é muito bom ter João Sousa a “este nível”. Agora o foco tem de ser só um: olhar cada vez mais para o topo. Não posso terminar sem deixar de lamentar a derrota de Roger Federer na 3.ª ronda do primeiro Grand Slam da temporada frente a Andreas Seppi. Esta é uma derrota imperdoável para o suíço, que tem responsabilidades, especialmente nos quatro torneios mais importantes da temporada, que é onde concentra a sua temporada. Há 12 anos que Federer não perdia antes das meias-finais no Austrália Open. Tendo em conta a forma como Federer se tinha vindo a mostrar no início desta temporada, pedia-se mais ao campeonissímo suíço. João Sousa está ainda em prova em pares ao lado de Santiago Giraldo.

Foto de Capa: ausopen.com

Ainda não foi desta

cab desportos motorizadosSábado acabou mais um Dakar, e mais uma vez Portugal ficou à beira da vitória. Desta vez foi Paulo Gonçalves quem terminou em segundo, tendo ficado a 16 minutos e 53 segundos do triunfo nas motos. A vitória foi para Marc Coma em KTM, que assim revalidou o título. A conquista do espanhol pode ter um sabor algo amargo para os portugueses, visto o Speedy ter sofrido uma penalização de 17 minutos por troca do motor da sua Honda, a dois dias do fim e quando estava a apenas cinco minutos da liderança. Paulo Gonçalves fez uma prova muito consistente, tendo estado sempre entre o segundo e o terceiro lugares da prova. Conseguiu uma vitória em etapa, três segundos lugares e dois terceiros lugares, sendo que a sua pior classificação em etapa foi um 22.º lugar.

Numa prova como esta ter uma boa mota é fundamental, e vê-se que a Honda, apesar de a ter, ainda não a tem no seu topo de rentabilidade, como se prova, por exemplo, pela necessidade da troca do motor de Paulo Gonçalves. A rapidez da moto está mais que provada e a fiabilidade da mesma também está muito melhor do que quando foi estreada há duas edições, mas ainda é preciso mais testes e conseguir dar mais vida ao motor, para que consiga aguentar o total desta prova, como aconteceu com a KTM de Coma.

Por outro lado, a possibilidade de vitória para os motards portugueses pode estar a ficar cada vez maior. Coma, depois de mais esta vitória, veio dizer que pretendia dar o salto para os carros, tal como já fizeram Peterhansel e Despres. Com isto, não só Paulo Gonçalves e Hélder Rodrigues na Honda podem ter mais hipóteses de vitória, como Rúben Faria pode passar a ter um papel mais importante dentro da KTM.

Fonte: Fanáticos do Rally Porta
Fonte: Fanáticos do Rally Portal

Falando agora da prestação dos restantes três motards portugueses, Rúben Faria terminou em sexto e fez uma prova muito regular, tendo estado sempre dentro do top’10 da prova, terminando uma vez em segundo lugar e duas vezes em terceiro em etapas. Hélder Rodrigues teve azar na oitava etapa e perdeu muito tempo, passando de sexto para 18.º, conseguindo recuperar até ao 12.º lugar; pelo meio venceu por duas vezes. Mário Patrão desistiu na 10.ª etapa, quando estava no 41.º posto, e esteve sempre longe do top’20, que desejava.

Nos carros, Carlos Sousa, à partida, dizia que queria ficar nos sete primeiros lugares e não o conseguiu por pouco, visto ter terminado em oitavo. Se fizermos o jogo de tirar os 40 minutos de penalização que recebeu, então Carlos Sousa teria ficado no quinto lugar na estreia do novo Mitshubishi. Já Ricardo Leal dos Santos conseguiu terminar em 25º na estreia do Nissan Navara, carro que o projecto BAMP está a desenvolver. Aqui nesta categoria o vencedor foi Nasser Al-Attiyah, com a Mini a mostrar que ainda é a marca mais forte, tendo a Peugeot tido muitos problemas com os seus 2008, que precisam de muito mais rodagem para se tornarem mais fiáveis.

Os restantes portugueses nos carros participaram como navegadores. Filipe Palmeiro terminou em 12.º, e Vítor Jesus ficou em 48.º.

Nas duas categorias com menos história para os portugueses tivemos como vencedores Rafael Sonik, nos Quads, e Airat Mardeev, nos camiões. Nesta categoria tivemos três portugueses na ajuda aos seus pilotos. Pedro Velosa ficou em 24.º; Armando Loureiro e José Morais não conseguiram terminar, tendo ambos desistido na terceira etapa, quando estavam nas 55.º e 56.º posições.

Foto de Capa: Facebook Oficial da Página “Dakar Rally”