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João Sousa entra com o pé direito no Australian Open

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cab ténis

O tenista português João Sousa venceu hoje a ronda inaugural do Austrália Open por 6/4, 7/6 e 6/4 frente a Jordan Thompson, tenista australiano. Esta é a segunda vez que João Sousa atinge a segunda ronda em Melbourne e, apesar de não ter rubricado grande exibição, conseguiu triunfar em apenas três sets. O tenista de Guimarães nunca se exibiu a grande nível, com um ritmo próprio de primeira ronda de um Grand Slam. Cometendo alguns erros de palmatória e nunca conseguindo pegar definitivamente na partida, deu assim esperanças a um tenista que claramente não tinha jogo para igualar o nível habitual do português.

João Sousa não entrou da melhor forma na partida. Não que não tivesse ganho o primeiro parcial, que ganhou, mas porque foi pouco assertivo e porque podia ter resolvido “as coisas” mais cedo. O vimaranense teve nove pontos para quebrar o serviço de Jordan Thompson e apenas conseguiu converter um, o que prova que o português realmente podia ter “despachado” o primeiro parcial. Sem impressionar, Sousa conquistou assim o set inaugural frente a um tenista que cedo mostrou não ter capacidades para bater o português.

No segundo set as diferenças esbateram-se ainda mais, tendo em conta que João Sousa apenas conseguiu selar a vitória num tie-break. Até se podia elogiar a quebra de serviço importante que o português conquistou no 6/5, mas depois deixou-se quebrar e teve mesmo de ir “a grandes penalidades”. Também no tie-break, João Sousa esteve novamente na liderança e a servir para fechar o set, mas falhou um “penalty de baliza aberta”, ao mandar para a rede um vólei relativamente simples de executar. Thompson acabou por falhar o seu ponto seguinte e entregou assim a vitória ao português, que foi para o terceiro parcial com uma vantagem de 2-0 em sets.

João Sousa venceu com os parciais de 6/4, 7/6 e 6/4  Fonte: Facebook Oficial de João Sousa
João Sousa venceu com os parciais de 6/4, 7/6 e 6/4
Fonte: Facebook Oficial de João Sousa

No terceiro – e aquele que viria a ser o último – set da partida, o português até começou bem ao conseguir quebrar o serviço de Jordan Thompson ao 3/1, mas o australiano acabou por conseguir repor a igualdade na partida. No 5/4, Sousa conseguiu quebrar novamente o serviço de Thompson, para ao terceiro match point fechar então o encontro da ronda inaugural do Austrália Open 2015.

Na ronda seguinte, João Sousa vai defrontar Martin Klizan, 32º cabeça-de-série, que derrotou Tatsuma Ito por 7/6, 6/2 e 6/4. Klizan é actualmente o nº32 do ranking mundial e já defrontou o português por três vezes. Em duas ocasiões os tenistas defrontaram-se para a Taça Davis, com uma vitória para cada lado, embora a de Sousa tenha sido conquistada após desistência de Klizan. Em São Marino, num torneio challenger (2ª divisão), Klizan venceu por 6/2 e 6/4. No entanto, desde 2012 que os jogadores não jogam um contra o outro. João Sousa vai ainda disputar o torneio de pares ao lado de Santiago Giraldo.

 

 Foto de Capa: Carine06

Perdem TODOS

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cab basquetebol nacional

A equipa basquetebol feminina de Arroyo Valley (high school ) foi notícia esta semana, nos Estados Unidos, por ter derrotado Bloomington High por 161-2. Naturalmente que o seu desportivismo está a ser fortemente questionado. “Não tenham pena da minha equipa. Eles é que deviam sentir pena da sua própria equipa, que não está a aprender o jogo da maneira correcta”, disse o técnico de Bloomington, Dale Chung. “Pressionaram sempre em todo o campo e ao intervalo já ganhavam por 104-1”.

Em contraponto o treinador Michael Anderson, de Arroyo Valley, disse: “Não tinha a intenção de melindrar ninguém ou ganhar por uma margem tão significativa. Só não contava é que elas fossem tão fracas e que as minhas suplentes conseguissem marcar tantos pontos; uma delas marcou 8 triplos em 9 lançamentos. A prova de que não estava de má fé está no facto de nem ter dito o resultado aos jornais locais”.

Contudo, fotografias do marcador com o resultado apareceram no Facebook da equipa e a história deu rapidamente a volta ao Mundo. Como se poderia esperar, essa pontuação levantou algumas questões em redor da comunidade de basquetebol da região e criou alguma revolta contra o treinador Michael Anderson (Arroyo Valley). “Tive uma conversa com o meu treinador sobre o jogo e tal resultado não volta a acontecer”, disse o diretor Desportivo de Arroyo Valley, Matt Howell. Anderson defende-se: “Cheguei mesmo a falar com os árbitros a meio do terceiro período pedindo-lhes que dessem ordem à mesa para não parar o cronómetro, mas, de acordo com as regras do high school, tal só é permitido no último período”. Nada disto é novo. Recentemente, em Dallas, uma outra equipa escolar ganhou por 100-0.

São também conhecidas algumas histórias de treinadores que abandonam o jogo quando a diferença pontual é muito significativa. Na semana seguinte, a direcção de Arroyo Valley suspendeu o treinador por dois jogos. A situação fica ainda mais complicada quando nestes jogos estão envolvidas jogadoras de grande qualidade, o que leva a pontuações individuais anedóticas: Cheryl Miller marcou 105 pontos em 1981, quando Poly (Riverside, Calif.) ganhou a Notre Vista (Riverside) por 179-15. Lisa Leslie em 1990, jogando por Morningside (Inglewood, Calif.) conseguiu 101 pontos só numa parte de jogo (o treinador de South Torrance retirou a sua equipa ao intervalo). Mais recentemente, em 2006, Epiphanny Prince marcou 113 pontos por Murry Bergtraum (New York) numa vitória por 137-32 contra Brandeis (New York).

Estes resultados levantam algumas questões aos treinadores: Quando é que a competição deve dar lugar à compaixão? Quando é que um jogo está ganho? Deve um treinador impedir a sua equipa de marcar mais pontos? O debate não é novo e em alguns estados norte americanos a “National Federation of High School Athletic Associations” recomenda mesmo que os jogos femininos com grandes diferenças pontuais (quando o desnível chega a 30/35 pontos) passem a ser jogados a tempo corrido, independentemente do período de jogo (aplicam a mercy rule).

Quem tem dúvidas sobre esta regra é o mítico treinador de Connecticut e da selecção norte-americana Geno Auriemma, que afirmou não ter a certeza de “conseguir o equilíbrio entre o desportivismo e o espírito competitivo. Quando temos uma grande vantagem como vou dizer aos jogadores «não tentem marcar»? Eu nunca tinha ouvido falar de resultados de 100-0. Não faço a mínima ideia do que teria feito nessa situação”.

São muitas as questões que ocorrem aos treinadores sobre a verdadeira formação que recebem os jovens atletas durante a competição. Encontrar um modelo que garanta a formação integral dos jovens não é fácil. A formação do jogador de basquetebol deve passar por etapas onde estão necessariamente os treinos e os jogos. As experiências adquiridas nos jogos não podem contudo ser substituídas por treinos. Para que a competição seja um meio formativo é necessário que a mesma se adapte às necessidades, capacidades, prioridades e preferências dos jovens praticantes. O regulamento das provas é um elemento-chave para o concretizar de tal objectivo, já que, muitas vezes, impede mesmo que a competição seja um meio formativo.

No basquetebol português o tema é recorrente. Uma análise sumária aos resultados do Campeonato Sub-14 Feminino da A. B. Lisboa dá bem a ideia de que o assunto está longe de ser resolvido, apesar das várias tentativas já encetadas para evitar tais discrepâncias:

Basket Queluz 204-1 ESA
Quinta Lombos 173-0 ESA
Basket Queluz 167-7 Sporting
Alberta Menéres 157-10 ESA
Quinta Lombos 133-17 Estoril Basket
Quinta Lombos 124-3 Sporting
Q. Lombos “B” 117-8 Carnide ” B”
Benfica 116-14 F. T. Vedras
Benfica 114-16 SIMECQ
Alberta Menéres 113-2 Sporting
Benfica 112-18 Paço Arcos
Algés 109-11 ESA
Estoril Basket 107-14 ESA

 

Foto de capa: The Viking Press (Flickr)

Sporting 4-2 Rio Ave: Vitória mas justíssima

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O Sporting entrava em campo para defrontar o Rio Ave pressionado pelas vitórias dos seus adversários diretos. A equipa leonina tinha a obrigação de ganhar, se tal não acontecesse, corria o risco de ficar ainda mais afastada de Benfica e Porto e seriam ultrapassados pelo Vitória de Guimarães e o Braga aproximar-se-ia.

Marco Silva fez alinhar um 11 com algumas surpresas: Tobias Figueiredo entrou para o lugar, habitualmente, de Maurício e André Martins foi o escolhido para substituir Adrien Silva, que se encontrava a cumprir castigo. O Sporting, como de habitual, tardou a entrar no jogo. Se excluirmos o remate perigoso de Cédric Soares, logo aos 3 minutos, a equipa de Alvalade pouco produziu.

Num lance que pode suscitar as mais variadas interpretações, Nuno Almeida não hesitou e assinalou grande penalidade após falta de Prince sobre Montero. Pessoalmente, penso que não havia razão para a marcação do castigo máximo. Apenas realçar pela negativa a reação totalmente desproporcionada dos responsáveis do Rio Ave, membros da equipa técnica e jogadores incluídos. Quando tudo fazia prever uma vitória fácil do Sporting Clube de Portugal, eis que, após um corte defeituoso de Cédric, Del Valle atirou para o fundo das redes leoninas. Pode-se dizer que o resultado ao intervalo era justo.

Após uma primeira parte menos bem conseguida, Marco Silva retirou André Carrillo e lançou Carlos Mané para o jogo. O Sporting entrou bastante forte e as ocasiões sucediam-se: Nani com um remate perigoso aos 50 minutos, Montero na sequência de um canto, Paulo Oliveira também na sequencia de uma bola parada, entre outras. Eis que, com toda a justiça, e quando Tanaka já se preparava para entrar na partida, Montero respondeu da melhor forma a um excelente cruzamento de Jefferson e colocou justiça no marcador. A avalanche ofensiva continuava e aos 65 minutos o Sporting, por intermedio de João Mário, o Sporting ampliou a vantagem para 2 golos. A equipa Leonina relaxou um pouco e acabou por ver a equipa Vila-condense reduzir a vantagem através de um grande golo de Hassan.

Apesar de ainda ter sofrido alguns calafrios, o Sporting viria mesmo a fechar a contagem com um excelente golo do recém-entrado, Tanaka. De realçar as boas exibições de Jefferson, William Carvalho (parece estar a subir de forma) e João Mário. Ryan Gauld apresentou pormenores muito interessantes e mostrou que pode vir a ser um jogador a ter em conta. Tanaka voltou a marcar e continua o seu excelente momento de forma.

Uma vitória muito importante para o Sporting, desta forma não se distancia de Porto e Benfica e mantem as equipas de Guimarães e Braga à distância. Apesar de alguns momentos menos bem conseguidos, a equipa de Marco Silva realizou uma boa exibição.

A Figura

Paulo Oliveira – Num jogo que não se antevia nada fácil, o central português começa-se a assumir como o patrão da equipa de Alvalade. Não complica e é sobretudo isso que se pede a um central.

Fora de Jogo

Equipa técnica do Rio-Ave – A prestação da equipa Vila-Condense dentro das quatro linhas foi bastante positiva, apesar da derrota. Contudo, as reações à grande penalidade assinalada por Nuno Almeida foram completamente despropositadas.

Australian Open’2015: O regresso das emoções

cab ténis

No momento em que escrevo este artigo estamos a apenas umas horas do começo do Australian Open 2015. O evento australiano ganha especial importância nesta sua centésima terceira edição pelos mais variados motivos: Rafael Nadal está de volta aos grandes palcos, após mais uma ausência no US Open 2014; Novak Djokovic tem na mira o seu quinto título em solo australiano; Stan Wawrinka tem a defender o título conquistado o ano passado, entre muitos outros. Concluindo, podemos esperar um grande espetáculo.

Façamos agora uma análise do quadro masculino. Se me perguntassem qual dos crónicos favoritos à conquista do título (Novak Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal) terá a tarefa mais difícil, a minha resposta seria, sem dúvida alguma, Novak Djokovic. De acordo com as hierarquias pré-estabelecidas, o sérvio terá pela frente adversários como Fernando Verdasco, na terceira ronda, Bautista Agut ou John Isner, nos oitavos de final, Milos Raonic, nos quartos-de-final, e Stan Wawrinka ou Nishikori, nas meias-finais. Djokovic é favorito contra qualquer um dos jogadores que mencionei; contudo, terá de estar ao seu melhor nível durante as duas semanas para alcançar o tão desejado quinto triunfo no grand slam Australiano.

Por sua vez, Rafael Nadal, se estiver ao seu nível habitual, chegará aos quartos-de-final com relativa facilidade. Mikhail Youzhny, logo na estreia, Lukas Rosol, na terceira ronda, e Kevin Anderson ou Richard Gasquet, nos oitavos de final, não deverão conseguir apresentar grandes dificuldades ao espanhol. Porém, a antiga besta negra de Rafael Nadal, Tomas Berdych – que se encontra em grande forma após conquistar o Qatar ExxonMobil Open -, será um teste de fogo para o eneacampeão (nove vezes) de Roland Garros.

Roger Federer será, possivelmente, a maior incógnita do torneio. Se o suíço apresentar o ténis da época passada, estará nos oito melhores do torneio sem grandes percalços. Chegado a esta fase, o tetracampeão do Australia Open terá, hipoteticamente, encontro marcado com Andy Murray. O mano-a-mano é bastante equilibrado: 12-11 favorável ao suíço. Se olharmos apenas para os jogos realizados no torneio australiano, temos uma vitória para cada lado. Posto isto, é bastante difícil prever o vencedor de tal, e reforço, hipotético encontro.

Roger Federer é uma incógnita para este torneio Fonte: Carine06 (Flickr)
Roger Federer é uma incógnita para este torneio
Fonte: Carine06 (Flickr)

Se a normalidade imperar – o que, muito sinceramente, duvido que venha a prevalecer -, teremos nas meias-finais os seguintes encontros: Novak Djokovic vs Stan Wawrinka e Rafael Nadal vs Roger Federer. A acontecer, e tendo em conta o h2h, teríamos mais uma final entre o sérvio e o espanhol. Contudo, existem muitos jogadores capazes de derrotar os chamados Big4, entre os quais destaco Kei Nishikori, Tomas Berdych, Stan Wawrinka e Milos Raonic.

Uma nota para o sorteio bastante simpático para João Sousa. O português terá pela frente o australiano Jordan Thompson, atual 274º classificado do ranking ATP. Mesmo tendo em conta que Thompson terá o fator casa a seu favor, o vimaranense deverá ser capaz de ultrapassar a primeira ronda e marcará assim lugar na segunda ronda, onde poderá defrontar o 32º cabeça de série, Martin Klizan, ou Tatsuma Ito, atual 89º do ranking.

Concluindo, esperam-nos duas semanas carregadas de emoção e espetáculo. Correndo o risco de errar em todas elas, deixo-vos com algumas das minhas previsões para o Australian Open 2015.

  • Vencedor – Rafael Nadal
  • Surpresa pela negativa – Novak Djokovic (não alcança a final)
  • Surpresa pela positiva – Kei Nishikori (meias finais ou final)
  • Melhor australiano – Lleyton Hewitt/Kyrgios

Foto de Capa: Richard Fisher

Marítimo 0-4 Benfica: Uma pérola no meio do Atlântico

Terceiro Anel

Desde que Jorge Jesus orienta o Benfica que o mês de Janeiro tem sido a altura nas temporadas em que a equipa rende mais, marca mais golos, dá mais espectáculo. E de facto, neste ano de 2015 isso parece confirmar-se. Depois do espectáculo proporcionado frente ao Vitória de Guimarães, no fim-de-semana passado, eis que o campeão nacional se banqueteou em pleno Estádio dos Barreiros, com as bancadas praticamente lotadas. Um autêntico arrastão vermelho que contagiou todos os seus adeptos, que mais uma vez fizeram com que o Benfica quase que jogasse em casa.

A equipa lisboeta entrou para esta partida com o onze inicial que se esperava, preparada para defrontar um Marítimo longe do fulgor de outros tempos, mas que no seu reduto é sempre um conjunto muito difícil de ultrapassar. E olhando para os primeiros minutos de jogo, até se ficou com a ideia de que o desafio seria bastante equilibrado. A formação madeirense entrou aguerrida e com vontade de quebrar a inviolabilidade das redes benfiquistas em jogos a contar para o campeonato, que já dura desde a 11ª jornada (o último golo sofrido pelo Benfica foi na Choupana, no já longínquo dia 9 de Novembro), e a situação até pareceu piorar para as “águias”, com a saída do artista Nico Gaitán por lesão, entrando para o seu lugar um Ola John que voltou a provar estar a atravessar um bom momento de forma. Contudo, com o primeiro golo dos campeões nacionais, obtido aos 18 minutos por intermédio de Salvio, depressa se percebeu que o Benfica teria tudo para regressar ao continente com os 3 pontos no bolso.

A partir daí, a tal equipa que costuma dar espectáculo no primeiro mês do ano começou realmente a divertir-se em campo. Trocas de bola de elevada qualidade, pressão tremenda sobre os jogadores do Marítimo, uma notável capacidade para colocar em posição irregular os dianteiros da equipa da casa, uma marcação incólume a Maazou, ponta-de-lança do Marítimo que nem um remate fez à baliza de Júlio César.

Pela segunda jornada consecutiva, Ola John voltou a fazer o gosto ao pé Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
Pela segunda jornada consecutiva, Ola John voltou a fazer o gosto ao pé
Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

O Benfica saía para o intervalo com um golo de vantagem plenamente justificado. Na etapa complementar, um autêntico fartar de vilanagem. O melhor Benfica desta temporada voltou a carrega, quase de uma forma impiedosa, não dando a mínima chance ao conjunto insular. Júlio César só por uma vez teve que agir (que defesa assombrosa), Maxi Pereira fazia do flanco direito uma autêntica pista de atletismo, Luisão e Jardel iam fazendo de muro, Eliseu ia gerindo a situação, Samaris ia convencendo cada vez mais, Talisca assistia os companheiros e ia jogando com comodidade já com uma expulsão forçada em vista, Ola John polvilhava a boa exibição com um golo, Salvio marcava mais um tento, Lima corria que se fartava e também facturava, Jonas enchia o campo com doses industriais de requinte.

Aliás, esta bela exibição do líder do campeonato fica resumida no lance do quarto golo da equipa, uma jogada simplesmente sensacional, em que técnica, classe, frieza e engenho a ajudaram a tornar num dos grandes momentos da era Jorge Jesus. Ainda deu para Pizzi alinhar mais uns minutos no meio-campo e para Derley regressar a uma casa em que foi bem feliz. Em relação ao Marítimo, mesmo se tendo a noção de que esta equipa já não tem as armas que muitos outros Marítimos tiveram durante anos, fica a sensação de que pouco poderia ter feito mais contra este grande Benfica, apesar de não se poder escamotear a gritante falta de capacidade defensiva deste conjunto.

No cômputo geral, vitória muito moralizadora do Benfica. Venceu com total tranquilidade, animou ainda mais os seus adeptos, mantém o avanço na tabela sobre o FC Porto, continua sem sofrer golos, acaba a 1ª volta com um registo pontual assombroso (o melhor de há 30 anos para cá), deu-se ao luxo de Talisca “cavar” uma expulsão para poder alinhar em Paços de Ferreira, na próxima ronda. É verdade que ainda faltam 17 jornadas, é verdade que ainda estarão em disputa 51 pontos, mas também há uma certeza: este Benfica encontra-se num momento fortíssimo, vendo como cada vez mais real a possibilidade de vir a sagrar-se bicampeão, algo que não acontece desde 1984, uma eternidade para todo o universo benfiquista.

A Figura:
Jogada do quarto golo – Autêntica obra de arte, autêntico sinónimo de como se jogar em equipa, autêntico grande momento de grandes craques. Este tento foi o símbolo do grande final de tarde “encarnado”. Um golo digno de tela, digno de festival, digno de uma grande equipa.

O Fora de Jogo:
Lesão de Nico Gaitán – Logo aos 15 minutos o astro argentino teve que ser substituído devido a um problema muscular. Jorge Jesus já referiu que não há-de ser nada de grave, mas é sempre uma pena quando uma qualquer partida de futebol se vê privada de ter um futebolista desta categoria no relvado. Qual teria sido o resultado final com Nico em campo?

CAN’2015: Grupo C, o grupo da morte

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Recorda a antevisão do Grupo A

Recorda a antevisão do Grupo B

Grupo C – O grupo da morte. A Argélia, provavelmente a selecção africana em melhor forma, e o Gana, sempre um candidato ao título, terão de enfrentar a oposição do Senegal, equipa com um poder ofensivo temível, e de uma África do Sul em processo de renovação.

Gana – Black Stars

André Ayew, uma das figuras do Gana
André Ayew, uma das figuras do Gana
Fonte: Facebook de André Ayew

O Gana aparece nesta CAN sem o favoritismo das últimas edições. Sem KP Boateng, Michael Essien, Sulley Muntari, Kwadwo Asamoah, Abdul Waris Majeed, Samuel Inkoom, Anthony Annan e outros habituais, a equipa comandada por Avram Grant apresenta-se sem o mediatismo de anos anteriores.

Contudo, os seguidores desta competição não se poderão deixar enganar pelos nomes não tão conhecidos. A equipa é suficientemente competitiva para ambicionar a vitória na competição, surgindo o extremo esquerdo André Ayew como um dos jogadores com mais hipóteses de ganhar o prémio de melhor jogador do torneio. Formado na Alemanha, Gana e França, André Ayew, de 25 anos, tem sido apontado nos últimos anos como potencial reforço de equipas como o Bayern Munique e o Arsenal. Tecnicamente muito evoluído, bastante criativo e bom finalizador, Ayew tem qualidades para marcar uma geração no Gana.

Mas como ele existem outros jogadores que merecem ser observados com intensidade. Baba Rahman (lateral esquerdo) e Emmanuel Agyemang-Badu (médio-centro), têm, seguramente, capacidade para se registarem no XI da competição, e fazem parte de uma bela geração em ascensão vinda do Gana.

Com tantas boas individualidades, tanto na convocatória como fora dela, a grande pressão surge sobre o treinador Avram Grant. O israelita de 59 anos é olhado com alguma desconfiança no Gana, já que o contacto com o futebol africano não é muito e a sua experiência para grandes palcos resume-se, basicamente, aos 3 anos de Premier League.

1. Brimah Razak (Mirandés) – GR
2. Kwesi Appiah (Cambridge United) – Ava
3. Asamoah Gyan (Al-Ain) – Ava
4. Edwin Gyimah (Mpumalanga Black Aces) – Def
5. Mohamed Awal (Martizburg United) – Def
6. Afriyie Acqua (Parma) – Méd
7. Christian Atsu (Everton) – Méd
8. Emmanuel Agyemang-Badu (Udinese) – Méd
9. Jordan Ayew (Lorient) – Ava
10. André Ayew (Olympique Marseille) – Méd
11. Wakaso Mubarak (Celtic) – Méd
12. Ernest Sowah (Don Bosco) – GR
13. Mohammed Rabiu (Kuban Krasnodar) – Méd
14. Solomon Asante (TP Mazembe) – Méd
15. Mahatma Otoo (Sogndal) – Ava
16. Fatau Dauda (Ashanti Gold) – GR
17. Baba Rahman (Augsburg) – Def
18. Daniel Amartey (FC Copenhagen) – Def
19. Jonathan Mensah (Évian TG) – Def
20. David Accam (Chicago Fire) – Ava
21. John Boye (Kayseri Erciyesspor) – Def
22. Frank Acheampong (Anderlecht) – Méd
23. Harrison Afful (Espérance) – Def

Argélia – Les Fennecs

Brahimi, um dos melhores jogadores africanos da actualidade Fonte: Facebook FC Porto
Brahimi, um dos melhores jogadores africanos da actualidade
Fonte: Facebook Oficial do FC Porto

A Argélia aparece como uma das principais equipas da CAN’2015, sendo mesmo considerada, por alguns analistas, como a favorita para vencer o torneio. Se tal acontecer, não será surpresa nenhuma, já que Les Fennecs contam na equipa com a magia de Brahimi, Djabou, Feghouli e Mahrez, aliada a uma solidez defensiva experiente, rigorosa e disciplinada, como é apanágio das selecções norte-africanas.

O facto de ter escolhido Christian Gourcuff para seleccionador contribui positivamente para se considerar esta equipa tão forte. O seleccionador francês deixou o “seu” Lorient – onde passou mais de 25 anos – para dar continuidade ao belo projecto de Vahid Halilhodzic, dando-lhe um cunho pessoal, baseado no detalhe.

De todos os jogadores que Gourcuff terá à disposição, será Brahimi aquele que mais expectativas cria aos amantes do futebol. Apontado recentemente a equipas como o Real Madrid e o PSG, Yacine Brahimi é um dos melhores jogadores africanos da actualidade. Nascido e formado em França, em escolas como o IN Clairefontaine e o PSG, Brahimi é um dos melhores dribladores do mundo, capaz de desfazer uma linha defensiva sozinho. Também ele é apontado como um dos grandes favoritos a vencer o prémio de Melhor Jogador da CAN’2015.

1. Azzedine Doukha (JS Kabylie) – GR
2. Madjid Bougherra (Al-Fujairah) – Def
3. Faouzi Ghoulam (Napoli) – Def
4. Liassine Cadamuro-Bentaïba (Osasuna) – Def
5. Rafik Halliche (Qatar SC) – Def
6. Djamel Mesbah (Sampdoria) – Def
7. Riyad Mahrez (Leicester City) – Méd
8. Medhi Lacen (Getafe) – Méd
9. Ishak Belfodil (Parma) – Ava
10. Sofiane Feghouli (Valencia) – Méd
11. Yacine Brahimi (Porto) – Méd
12. Carl Medjani (Trabzonspor) – Def
13. Islam Slimani (Sporting CP) – Ava
14. Nabil Bentaleb (Tottenham Hotspur) – Méd
15. El Arbi Soudani (Dinamo Zagreb) – Ava
16. Mohamed Zemmamouche (USM Alger) – GR
17. Foued Kadir (Real Betis) – Méd
18. Abdelmoumene Djabou (Club Africain) – Méd
19. Saphir Taïder (Sassuolo) – Méd
20. Aïssa Mandi (Stade de Reims) – Def
21. Ahmed Kashi (Metz) – Méd
22. Mehdi Zeffane (Olympique Lyonnais) – Def
23. Raïs M’Bolhi (Philadelphia Union) – GR

África do Sul – Bafana Bafana

Anele Ngcongca, figura da selecção sul africana Fonte: kickoff.com
Anele Ngcongca, figura da selecção sul africana
Fonte: kickoff.com

A África do Sul surge na CAN’2015 como a selecção menos “europeizada” da competição. Com apenas 5 escolhas a jogar na Europa, existe muita interrogação sobre esta selecção. Os resultados em edições anteriores não têm sido muito interessantes, e o facto de estar classificada no grupo da morte ajuda a que não se criem muitas expectativas sobre esta equipa.

Além da inexperiência de grande parte dos jogadores, o próprio seleccionador não cria muita unanimidade na África do Sul. Ephraim Mashaba, de 64 anos, é um completo desconhecido no panorama internacional. No entanto, a sua forte ligação à SAFA, nomeadamente às selecções jovens nacionais, fazem dele um profundo conhecedor do futebol local, permitindo-lhe criar um leque de jogadores analisado ao detalhe.

Da selecção de jogadores destacam-se dois defesas, em especial o mais experiente: Anele Ngcongca, lateral direito de valor confirmado; e Rivaldo Coetzee, defesa central de valor promissor. Anele Ngcongca, de 27 anos, é considerado um dos melhores laterais direitos africanos e joga há várias épocas nos belgas do Genk, onde ganhou o estatuto de um dos melhores laterais a actuar naquele país. Para os adeptos do futebol africano, é de lamentar a ausência da convocatória de jogadores como Steven Pienaar, Thulani Serero e Tshabalala, que seriam seguramente valias criativas na estratégia ofensiva da equipa.

1. Darren Keet (Kortrijk) – GR
2. Rivaldo Coetzee (Ajax CT) – Def
3. Eric Mathoho (Kaizer Chiefs) – Def
4. Siyabonga Nhlapo (Bidvest Wits) – Def
5. Andile Jali (Oostende) – Méd
6. Anele Ngconga (Genk) – Def
7. Mandla Masango (Kaizer Chiefs) – Méd
8. Bongani Zungu (Mamelodi Sundowns) – Méd
9. Bongani Ndulula (AmaZulu) – Ava
10. Sibusiso Vilakazi (Bidvest Wits) – Ava
11. Thabo Matlaba (Orlando Pirates) – Def
12. Reneilwe Letsholonyane (Kaizer Chiefs) – Méd
13. Thamsanqa Sangweini (Chippa United) – Méd
14. Thulani Hlatshwayo (Bidvest Wits) – Def
15. Dean Furman (Doncaster Rovers) – Méd
16. Nhlanhla Khuzwayo (Kaizer Chiefs) – GR
17. Bernard Parker (Kaizer Chiefs) – Ava
18. Thuso Phala (SuperSport United) – Méd
19. Themba Zwane (Mamelodi Sundowns) – Méd
20. Oupa Manyisa (Orlando Pirates) – Méd
21. Patrick Phungwayo (Orlando Pirates) Def
22. Jackson Mabokgwane (Mpumalanga Black Aces) – GR
23. Tokelo Rantie (AFC Bournemouth) – Ava

Senegal – Les Lions de la Teranga

Sadio Mané, um dos destaques do Southampton Foto: Facebook Sadio Mané
Sadio Mané, um dos destaques do Southampton
Foto: Facebook Sadio Mané

O Senegal parece não fazer parte dos principais candidatos à conquista do título, segundo algumas opiniões. Mas a sua qualidade não se poderá descurar. Contando com um dos lotes de jogadores mais competitivos, com uma avincada ligação ao futebol francês, tanto ao nível da formação como no futebol sénior, o Senegal apresenta-se no torneio cheio de vontade de mostrar que o seu futebol de selecções está preparado para voltar à ribalta.

A escolha sobre o seleccionador Alain Giresse, francês de 62 anos, que irá comandar a terceira selecção diferente numa competição CAN, e que ficou em 3º lugar com o “outsider” Mali na última edição, mostra a ambição que os senegaleses têm em recuperar os resultados de outros tempos. Tem havido bons jogadores senegaleses no futebol mundial, mas os seleccionadores não têm conseguido fazer boas equipas, esperando-se que Giresse o faça.

A verdade é que sem Demba Ba, Khouma Babacar, Boukary Dramé, Ibrahima Mbaye e Mohamed Diamé a tarefa pode ser mais complicada. Mas outros nomes surgem para acrescentar qualidade à equipa senegalesa. Da lista de 23, o destaque principal vai para Sadio Mané, extremo esquerdo de 22 anos do Southampton que representa toda a esperança do futebol local para os próximos anos. O jovem, que começou a dar nas vistas no Metz, e que na época transacta foi campeão austríaco pelo Red Bull Salzburg, é dos mais promissores e excitantes jogadores africanos da actualidade, e tem sido uma bela surpresa na sua adaptação a Inglaterra.

Mas não será o único a brilhar num plantel composto por muitos jogadores provenientes do chamado Big-5 – cinco principais campeonatos europeus de clubes: Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália.

1. Bouna Coundoul (Ethnikos Achna) – GR
2. Kara Mbodj (Genk) – Def
3. Papy Djilobodji (Nantes) – Def
4. Alfred N’Diaye (Real Betis) – Méd
5. Papakouli Diop (Levante) – Méd
6. Lamine Sané (Girondins Bordeaux) – Def
7. Moussa Sow (Fenerbahçe) – Ava
8. Cheikhou Kouyaté (West Ham United) – Méd
9. Mame Biram Diouf (Stoke City) – Ava
10. Sadio Mané (Southampton) – Ava
11. Dame N’Doye (Lokomotiv Moscow) – Ava
12. Stéphane Badji (Brann) – Méd
13. Cheikh M’Bengue (Stade Rennais) – Def
14. Zargo Touré (Le Havre) – Def
15. Papiss Demba Cissé (Newcastle United) – Ava
16. Lys Gomis (Trapani) – GR
17. Idrissa Gueye (Lille) – Méd
18. Pape Souaré (Lille) – Def
19. Moussa Konaté (Sion) – For
20. Salif Sané (Hannover 96) – Méd
21. Lamine Gassama (Lorient) – Def
22. Henri Saivet (Girondins Bordeaux) – Méd
23. Papa Camara (Sochaux) – GR

Foto de Capa: Matthew Kenyon

Penafiel 1-3 FC Porto: A “Evolução dos Cravos”

a minha eternidade

No estádio 25 de Abril, o Futebol Clube do Porto venceu o visitado Penafiel por 1-3. Os portuenses reduziram, à condição, a desvantagem para o primeiro classificado Benfica, que joga fora, frente ao Marítimo, no estádio dos Barreiros. Os azuis e brancos iniciaram a partida com a sua estrutura mais usual – o 4x3x3 –, actuando Fabiano na baliza, com Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro a compor o quarteto defensivo, sendo que, no meio-campo, Casemiro esteve mais recuado como pivot, Óliver e Herrera mais à frente como médios interiores, jogando no tridente ofensivo Quaresma, Tello e Jackson.

Numa noite excessivamente fria, em que a chuva não cessou, o relvado ressentiu-se, ficando empapado e pouco praticável, e, com isso, dificultando a beleza e qualidade do jogo. O Penafiel entrou acutilante, com boas envolvências ofensivas e conseguiu dividir o encontro. Os portistas sentiram algumas dificuldades nos primeiros trinta minutos, sem conseguirem articulações perigosas, que constituíssem perigo para a baliza penafidelense, defendida pelo estreante Tiago Rocha. Debelados esses perros 30 minutos, o Porto foi capaz de desbloquear o nulo no marcador, adiantando-se por intermédio de Herrera. É relevante dissecar a jogada desse golo inaugural, onde o Porto empreendeu uma nuance posicional que confundiu a equipa da casa. Com nove jogadores no seu meio campo ofensivo, tendo os laterais recuados e abertos, o recuo de Óliver para o seu meio-campo permitiu a subida de Casemiro para uma troca de posição inesperada. Os dois extremos encontravam-se junto à linha e dividiam a atenção dos defesas contrários. Jackson baixou, recebendo o passe de Danilo, e viu a entrada do médio brasileiro que rematou para Herrera encostar junto às redes. Uma jogada brilhante, com o ponta-de-lança a criar o espaço vazio, para os médios entrarem de rompante nessa zona abandonada, ferindo, em forma de “pinça”, a baliza adversária. De ressalvar aqui a troca posicional do médio espanhol com o brasileiro, que prejudicou os posicionamentos contrários.

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O Porto tem estado a evoluir positivamente, melhorando o seu jogo interior
Fonte: Página de Facebook do FC Porto

O Penafiel sentiu muito o golpe, tendo sofrido o segundo golo minutos depois, com Jackson a aparecer sem qualquer marcação para finalizar uma assistência de Óliver. De salientar a agressividade destes últimos 15 minutos na procura do golo pelo Porto, que introduziu muitos homens no interior da área na procura do golo. Inúmeras vezes se viram quatro, cinco e, às vezes, mais jogadores em zona perigosa para os oponentes, procurando tentos.

O Penafiel entrou melhor depois do intervalo, subindo linhas, pressionando o Porto mais alto, tendo ganho muitos ressaltos e segundas bolas, conseguindo dividir então a partida com os Dragões. Os da casa reentraram na discussão do jogo quando Rabiola reduziu para 1-2, num lance em que a defesa portista não consegue aliviar o perigo com um chuto longo.

O golo galvanizou o Penafiel, que jogou com mais confiança, instalando-se durante dez minutos no meio-campo portista, forçando o empate. Foi o capitão Jackson a “criar do nada” uma jogada que inverteu novamente o estado mental das equipas em campo. Conseguiu libertar-se de dois oponentes com um movimento técnico primoroso e cruzar para Casemiro ao segundo poste, que, à segunda tentativa, conseguiu desviar a bola do caminho de Tiago Rocha, assistindo Óliver, que, junto da linha de golo, só teve de tocar para dentro.

Olhando para as substituições, pouco depois do intervalo, e logo a seguir ao golo, saiu Ricardo Quaresma para entrar o defesa central Marcano – uma substituição que alterou a estrutura táctica de 4x3x3 para 5x3x2. Foi uma má cartada do treinador espanhol do Porto, dado que a equipa recuou algo e a defesa não melhorou. Por outro lado, foi dada nova oportunidade a Evandro, que rendeu Casemiro (já amarelado), sendo que Jackson saiu para a coroação, dando o seu lugar ao espanhol Adrián, nos minutos finais.

 

A Figura

Jackson Martínez: Prestação sublime do capitão portista. Baixou para jogar brilhantemente em apoios, ora temporizando, ora assistindo os colegas que entravam no espaço vazio nas suas costas. Finalizou dentro de área, rematou fora dela. Procurou algumas vezes a linha para cruzar, como vimos no terceiro golo. Este mago colombiano não se queixou das condições da relva – para ele, estavam excelentes.

O Fora-de-Jogo

Ricardo Quaresma: Foi colocado literalmente fora de jogo na segunda parte. Não fez um primeiro tempo exuberante mas também não destoou. Não tem sido inferior ao seu concorrente espanhol Tello, mas é notório que ainda não conquistou totalmente o treinador Lopetegui. A sua saída de campo foi despropositada e o Porto demorou a ajustar posicionamentos.

Foto de capa: Página de Facebook do FC Porto

Defeso

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brasileirao

Não há muito a dizer quando um campeonato entra num período em que as coisas ficam mornas. É o que a palavra presente no título quer dizer: tempo de adaptação; época em que é proibido caçar, no sentido literal. Apenas se podem caçar jogadores. De resto, as competições estão fechadas. O que agora rola (ainda antes dos Estaduais) é a famosa Copinha, isto é, uma competição entre os melhores clubes do Brasil, mas nas camadas jovens.

De resto, não há muito mais para contar. O Cruzeiro acabou por se tornar bicampeão, e veremos se conseguirá manter as pérolas do assédio europeu ou mesmo interno. Foi mais um ano de Minas Gerais: sendo que não houve vitórias brasileiras (depois de um tetra) na Libertadores, as duas maiores competições foram ganhas por equipas mineiras. O campeonato, como já foi referido, e a Copa do Brasil, pelo Atlético Mineiro. Veremos como se comportarão no próximo campeonato.

Times de nomeada, como são o Internacional e o Grêmio, o Santos e o Palmeiras, ou o Flamengo, que não são campeões há já algum tempo (exceção feita aos cariocas), também terão uma palavra a dizer. De saudar o regresso do histórico Vasco da Gama. Mas infelizmente o Botafogo, também do Rio de Janeiro, quis substituir os vascaínos na Série B. Criciúma, Bahía e Vitória também desceram, sendo substituídos por Avaí, Ponte Preta e Figueirense.

É ainda muito precoce dizer o que poderá ser o Brasileirão 2015. Só o tempo dirá. Primeiro ainda vêm os Campeonatos Estaduais… e aí até já vi treinadores serem despedidos.

Foto de capa: Facebook do Cruzeiro

CAN’2015 – Grupo B, o mais imprevisível

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internacional cabeçalho

Recorda a antevisão do Grupo A

Grupo B – Será, porventura, o mais imprevisível da prova. A Tunísia, com o seu futebol conservador mas eficaz, leva ligeiro favoritismo na luta pelo apuramento, mas Cabo Verde, que tem tido uma evolução notável nos últimos tempos, a Zâmbia, vencedora em 2012, e a sempre extravagante RD Congo prometem uma luta acesa pela outra vaga.

Zâmbia – Chipolopolo

Kalaba é um jogador entusiasmante Fonte: supersport.com
Kalaba é um jogador entusiasmante
Fonte: supersport.com

Surpreenderam tudo e todos na edição do campeonato de 2012, ao baterem a Costa do Marfim na final. Contudo, a equipa ainda não conseguiu dar continuidade a essa bela conquista, contando com bastantes dificuldades na edição de 2013, onde nem sequer passou da fase de grupos.Do principal onze dessa altura alguns jogadores já não constam nas convocatórias, aparecendo um número interessante de jovens locais: Ronald Kampamba, Bruce Musakanya (atuam ainda na Zâmbia) e Mukuka Mulenga (joga na África do Sul).

No entanto, serão outros os jogadores que mais esperança oferecem aos adeptos zambianos: Stophira Sunzu, Nathan Sinkala, Emanuel Mayuka e Rainford Kalaba deverão espalhar magia pela Guiné-Equatorial, em especial o último. Rainford Kalaba é um eléctrico médio criativo de 28 anos que alia a técnica à velocidade, faltando-lhe apenas maior capacidade atlética para ter aguentado a intensidade europeia (um paradoxo, tratando-se de um africano). O jogador não se adaptou muito bem a França e a Portugal, fazendo, contudo, furor na RD Congo, ao serviço do TP Mazembe.

Em relação ao treinador, o seu nome poderá ter pouca expressão a nível internacional, em especial na Europa. Chama-se Honour Janza, é zambiano, tem 48 anos, e foi o director técnico da Federação Zambiana de Futebol nos últimos anos. O treinador foi apontado por Kalusha Bwalya – antiga estrela do futebol local e actual presidente da federação – para substituir Beaumelle no cargo, no passado mês de Agosto.

1. Danny Munyao (Red Arrows) – GR
2. Donashano Malama (Nkana) – Def
3. Chisamba Lungu (Ural Sverdlovsk Oblast) – Méd
4. Christopher Munthali (Nkana) – Def
5. Roderick Kabwe (Zanaco) – Def
6. Davies Nkausu (Bloemfontein Celtic) – Def
7. Spencer Sautu (Green Eagles) – Méd
8. Bruce Musakanya (Red Arrows) – Méd
9. Ronald Kampamba (Nkana) – Ava
10. Mukuka Mulenga (Bloemfontein Celtic) – Méd
11. Lubambo Musonda (Ulisses) – Méd
12. Evans Kangwa (Hapoel Ra’anana) – Ava
13. Stoppila Sunzu (Shanghai Shenhua) – Def
14. Kondwani Mtonga (Shillong Lajong) – Méd
15. Given Singuluma (TP Mazembe) – Ava
16. Kennedy Mweene (Mamelodi Sundowns) – GE
17. Rainford Kalaba (TP Mazembe) – Méd
18. Emmanuel Mbola (Hapoel Ra’anana) – Def
19. Nathan Sinkala (Grasshopper) – Méd
20. Emmanuel Mayuka (Southampton) – Ava
21. Jackson Mwanza (ZESCO United) – Ava
22. Joshua Titima (Power Dynamos) – GR
23. Patrick Ngoma (Red Arrows) – Ava

Tunísia – Les Aigles du Carthage

Khazri é uma das figuras do Bordéus e da Tunísia Fonte: Facebook do Girondins Bordeaux
Khazri é uma das figuras do Bordéus e da Tunísia
Fonte: Facebook do Girondins Bordeaux

A Tunísia apresenta-se em competição como de costume, com uma selecção baseada no seu forte campeonato local, que este ano viu o CS Sfaxien qualificar-se para as meias-finais da Liga do Campeões Africanos. Curiosamente, a escolha desses jogadores é muito diferente em relação à última CAN, não deixando de surpreender para quem não acompanha com tanto afinco os campeonatos locais.

Mas não será um dos “locais” a atrair mais holofotes. De todos os seleccionados será Wahbi Khazri o jogador a despertar mais interesse. Nascido na Córsega, em Ajaccio, mas formado em Bastia, Khazri é um médio ofensivo de 23 anos que joga (e muito bem) no Bordéus. O antigo internacional jovem francês tem-se revelado uma peça fundamental no miolo da sua equipa, esperando-se que tenha o mesmo desempenho ao serviço da sua selecção.

Com um papel importante para encaixar as peças da equipa, o experiente treinador belga George Leekens terá a responsabilidade de acrescentar alguma qualidade a uma selecção que conta normalmente com muitos bons jogadores mas que nem sempre funcionam como equipa. No futebol da Tunísia, os resultados estão normalmente à frente das exibições, e nos últimos anos estas têm sido de qualidade muito duvidosa. No entanto, não será isso que mais preocupa o treinador belga, nem os tunisinos, não se esperando muita magia por parte desta selecção, antes pragmatismo resultadista.

1. Farouk Ben Mustapha (Club Africain) – GR
2. Syam Ben Youssef (Astra Giurgiu) – Def
3. Aymen Abdennour (Monaco) – Def
4. Bilel Mohsni (Rangers) – Def
5. Rami Bedoui (Étoile du Sahel) – Def
6. Hocine Ragued (Espérance) – Méd
7. Youssef Msakni (Lekhwiya) – Méd
8. Edem Rjaibi (CA Bizertin) – Ava
9. Yassine Chikhaoui (FC Zürich) – Méd
10. Hamza Younés (Ludogorets Razgrad) – Ava
11. Amine Chermiti (FC Zürich) – Ava
12. Ali Maâloul (CS Sfaxien) – Def
13. Ferjani Sassi (Metz) – Méd
14. Stéphane Nater (Club Africain) – Méd
15. Mohamed Ali Manser (CS Sfaxien) – Méd
16. Aymen Mathlouthi (Étoile du Sahel) – GR
17. Hamza Mathlouthi (CA Bizertin) – Def
18. Wahbi Khazri (Girondins Bordeaux) – Méd
19. Ahmed Akaichi (Espérance) – Ava
20. Mohamed Ali Yacoubi (Espérance) – Def
21. Jamel Saihi (Montpellier) – Méd
22. Moez Ben Cherifia (Espérance) – GR
23. Selim Ben Djemia (Stade Lavallois) – Def

Cabo Verde – Tubarões Azuis

Ryan Mendes continua a ser uma referência nos Tubarões Azuis Fonte: Facebook do LOSC
Ryan Mendes continua a ser uma referência nos Tubarões Azuis
Fonte: Facebook do LOSC

A única representante dos PALOP na CAN’2015 foi uma das mais belas selecções da edição de 2013, surpreendendo tudo e todos com o seu futebol atractivo e com a coesão do seu grupo de jogadores. Lúcio Antunes, treinador de então, foi considerado um herói nacional, não apenas pelo apuramento histórico, mas também por ter conseguido chegar tão longe.

Assim, se por um lado os jogadores cabo-verdianos estão mais experientes, muitos deles a jogar em equipas mais competitivas, por outro os seus adversários olharão agora para os Tubarões Azuis de uma forma mais séria e criteriosa, deixando o arquipélago de ser uma bela surpresa. O facto de ter ficado em primeiro no seu grupo da fase de qualificação mostra a qualidade que a sua equipa tem. Depois de alguma indefinição após a saída de Lúcio Antunes do comando da equipa, o treinador português Rui Águas, de 54 anos, assumiu o cargo, seguindo uma linha de continuidade em relação ao seu antecessor.

Também numa linha de continuidade, Ryan Mendes deverá ser o “jogador-chave” desta equipa. O jogador nunca se conseguiu afirmar verdadeiramente no Lille, mas o facto de ter um papel importante numa equipa que disputa os lugares cimeiros num dos principais campeonatos europeus revela um pouco a sua qualidade. Aos 25 anos, Ryan Mendes poderá ter o seu torneio de consagração. Numa equipa que se destaca fundamentalmente pelo colectivo, não é fácil nomear outros jogadores, já que o seu nível de competência é elevado, mas Platini, Kuca e Garry Rodrigues deverão ser, também, tidos em consideração…

1. Vozinha (Progresso) – GR
2. Stopira (Videoton) – Def
3. Fernando Varela (Steaua Bucharest) – Def
4. Kay (CSU Craiova) – Def
5. Babanco (Estoril) – Méd
6. Sérgio Semedo (Olhanense) – Méd
7. Odaïr Fortes (Stade de Reims) – Ava
8. Toni Varela (Excelsior) – Méd
9. Kuca (Karabükspor) – Ava
10. Héldon (Sporting CP) – Ava
11. Garry Rodrigues (Elche) – Ava
12. Ken (Nacional) – GR
13. Platini (CSKA Sofia) – Méd
14. Gegé (Marítimo) – Def
15. Nuno Rocha (CSU Craiova) – Méd
16. Ivan Cruz (Gil Vicente) – GR
17. Calú (Progresso) – Méd
18. Nivaldo (Teplice) – Def
19. Júlio Tavares (Dijon) – Ava
20. Ryan Mendes (Lille) – Ava
21. Djaniny (Santos Laguna) – Ava
22. Jeffrey Fortes (FC Dordrecht) – Def
23. Carlitos (AEL Limassol) – Def

República Democrática do Congo – Les Léopards

Mubele foi um dos destaques da Liga dos Campeões africana Fonte: FIFA
Mubele foi um dos destaques da Liga dos Campeões africana
Fonte: FIFA

A RD Congo aparece nesta competição apurando-se como a melhor terceira classificada num grupo constituído por Costa do Marfim, Camarões e Serra Leoa. Dessa forma, mesmo tendo um grupo de jogadores interessante, não são muitas as expectativas criadas à volta dos Leopards.

Muitos dos jogadores convocados para as últimas edições já não constam neste elenco. Nomes como Herita Ilunga, Zola Matumona, Tresor Mputu e Lomana LuaLua já não fazem parte das contas de Florent Ibengé, optando o treinador por chamar muitos jogadores a actuar em África. E não é de admirar, já que o TP Mazembe e o AS Vita Club chegaram, respectivamente, à meia-final e à final da Champions League africana.

Outro ponto negativo apontado pelos analistas é a inexperiência do seu seleccionador. Com 57 anos, Florent Ibengé apenas tem no currículo o comando do Shanghai Shenhua e do AS Vita Club, clube que ainda lidera enquanto assume o papel de seleccionador congolês. E, mesmo tendo levado a sua equipa à final da Champions, continua a ser olhado com alguma interrogação.

De todos os jogadores escolhidos, aquele que poderá chegar à CAN mais motivado – tem boas razões para isso – é o avançado Firmin Ndombe Mubele. Este jovem de 20 anos foi o vencedor do prémio de Melhor Jogador Africano a actuar em África. Só por isso, mostra todo o potencial deste avançado, que foi também dos Melhores Marcadores da CAF Champions League, com 6 golos.

1. Robert Kidiaba (TP Mazembe) – GR
2. Issama Mpeko (Kabuscorp) – Def
3. Jean Kasusula (TP Mazembe) – Def
4. Christopher Oualembo (Académica) – Def
5. Nelson Munganga (AS Vita) – Méd
6. Cédric Makiadi (Werder Bremen) – Méd
7. Youssouf Mulumbu (West Bromwich Albion) – Méd
8. Hervé Kage (Genk) – Méd
9. Dieumerci Mbokani (Dynamo Kiev) – Ava
10. Neeskens Kebano (Charleroi) – Méd
11. Yannick Bolasie (Crystal Palace) – Ava
12. Bawaka Mabele (AS Vita) – Def
13. Junior Kabananga (Cercle Brugge) – Ava
14. Gabriel Zakuani (Peterborough United) – Def
15. Joël Kimwaki (TP Mazembe) – Def
16. Mulopo Kudimbana (Anderlecht) – GR
17. Cédric Mongongu (Évian TG) – Def
18. Cedrick Mabwati (Osasuna) – Ava
19. Jeremy Bokila (Terek Grozny) – Ava
20. Lema Mabidi (AS Vita) – Méd
21. Firmin Ndombe Mubele (AS Vita) – Ava
22. Chancel Mbemba Mangulu (Anderlecht) – Def
23. Parfait Mandanda (Charleroi) – GR

Foto de Capa: Matthew Kenyon

Passo a passo

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coraçãoencarnado

Lá veio mais um Sábado, quente e aconchegado, apesar do frio que se faz sentir. Assim é o nosso “Coração Encarnado”. Sejam bem-vindos!

Amanhã lá se vai a primeira volta do campeonato. Um Benfica líder promete continuar isolado, com cada vez mais golos marcados e menos sofridos. É isso que esperamos, nada mais. Todos sabemos já de cor e salteado que as equipas do Jesus só começam a “carburar” a partir de Janeiro. Pois olhem, que comece a festa! Não havia melhor maneira de começar o ano: 10 golos marcados e zero sofridos. Jogo aceitável em Penafiel, melhor primeira parte da época com o Vitória de Guimarães e exibição interessante com o Arouca. Estas três partidas só nos dão razões para acreditarmos que este plantel nos vai dar um sorriso largo em Maio, aquele sorriso de que eu tanto gosto, o sorriso de líder.

Não posso deixar de voltar a frisar (desta vez só vos ocupo os olhos durante um parágrafo) que este Benfica está mais saudável que nunca. O Enzo já lá vai, o Pizzi está doido para jogar cada minuto. O Cristante só quer é fazer passes magistrais e o Talisca já não tem unhas só de pensar que quer ser o melhor marcador da época. Benfiquistas, esta vai mesmo para vocês: acreditem ainda mais neles agora. Façam-no por mim. Neste momento é que eles precisam dos nossos cânticos, abraços e festejos. Não é quando as coisas estão simples que nós temos de aparecer, é agora! Não usem saídas de jogadores para desculpar isto ou aquilo. Temos de estar juntos para a caminhada que aí vem, e prometo-vos que vai ser longa e dura.

Amanhã é dia de deslocação à Madeira, para visitar um Marítimo que ocupa o décimo lugar. É preciso relembrar que em sete jogos caseiros (para o campeonato) o Marítimo apenas perdeu um. Este vai ser um jogo difícil, onde me parece que é essencial entrar forte. Luisão vai estar de volta e penso que Eliseu manterá o lugar no lado esquerdo da defesa. Espero acabar este fim-de-semana ainda mais sorridente, trazendo estes três pontos pelo Atlântico. De resto, para além da vitória, só peço que o Imperador Jonas jogue. Ainda ontem fui ao dicionário confirmar o inevitável: Jonas é sinónimo de golo.

Analisando o calendário do Sport Lisboa e Benfica, deparamo-nos com duas deslocações difíceis neste mês. Para além do jogo de amanhã, teremos também que ir à “Capital do Móvel”, para defrontar uma das equipas sensação deste campeonato, o Paços de Ferreira. Assim sendo, para o restante deste mês peço os tais obrigatórios seis pontos (adorava continuar com zero golos sofridos!) e que esta equipa consiga convencer os restante benfiquistas de que estamos mais saudáveis que nunca (pelo menos no decurso desta época).

Diz a história que as equipas de Jesus só começam a correr a partir de Janeiro. Pois bem, venha daí essa história!  Fonte: Facebook do SL Benfica
Diz a história que as equipas de Jesus só começam a correr a partir de Janeiro. Pois bem, venha daí essa história!
Fonte: Facebook do SL Benfica

Antes de terminar esta soma de palavras benfiquistas, não podia deixar de fazer uma vénia ao Capitão Luisão. Obrigado. Na aproximação aos 440 jogos pelo Sport Lisboa e Benfica, este brasileiro apaixonou-me ao longo de onze longos anos. Sim, mais de uma década de águia ao peito. Volto a agradecer: obrigado. A verdade é que no mesmo dicionário que referi anteriormente Luisão era sinónimo de capitão. E eu confirmo – sempre que entramos em campo e a braçadeira está no braço esquerdo daquele Homem (sim, homem com H grande), o meu coração palpita mais devagar e as unhas acabam por ser poupadas (pelo menos até a bola rolar). Resumindo, este gigante deu-nos onze anos de tranquilidade em campo, de segurança defensiva e a certeza de que há muitos por aí que sentem o mesmo que nós por este clube. Ele optou por se tornar lenda em vez de ser mais um. De se tornar adorado, em vez de apenas provocar saudades. De se tornar um símbolo, em vez de se tornar rico (com isto estou apenas a comparar o possível ordenado do Luisão noutros clubes que o terão convidado nestes anos). Estes são gestos que só os grandes demonstram. Nós, benfiquistas, estaremos para sempre gratos a Homens como este.

Despeço-me de todos vocês com um forte abraço, desejando-vos um restante mês de Janeiro à Benfica. Que este início de 2015 seja também o regresso do “encarnado mecânico” de outras épocas. Ah, e que no fim eu tenha de voar novamente para Lisboa “só” para ajudar a povoar o Marquês. Os títulos começam por algum lado e o caminho até lá percorre-se passo a passo – este bi-campeonato começou no dia 4 de Janeiro.

Foto de Capa: Facebook do SL Benfica