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Mudanças a todos os níveis

cab desportos motorizados

O WTTC (Mundial de Carros de Turismo) sofreu grandes transformações este ano. Mesmo quem não acompanha de perto a modalidade o consegue perceber ao ver os carros.

As principais mudanças podem ser vistas neste vídeo:

Como o vídeo está em inglês, e eu próprio não percebo grande coisa da língua inglesa, vou escrever aqui o mais importante. Os carros passam a ter cerca de 80 cavalos (cv) a mais, ficando agora com 380 cv. O restritor da admissão do turbo também aumenta, ficando com 36 mm no total, um aumento de três mm e as jantes foram aumentadas em uma polegada (17’’ para 18’’). Com este aumento de potência, e como forma de melhor ‘segurar’ os carros, surge agora um enorme aileron traseiro.

As diferenças entre os carros de 2013 e 2014 vistas no carro de Tiago Monteiro. Fonte:
As diferenças entre os carros de 2013 e 2014 vistas no carro de Tiago Monteiro.
Fonte: lusomotores.com / supermotores.net

A outra grande novidade da temporada de 2014 do WTCC é a chegada da Citroën ao campeonato. Com ela veio Sébastien Loeb, que assim passa das estradas para as pistas e aumenta a procura pela competição, que está longe de ser a mais visionada entre os desportos motorizados.
A temporada de 2014 já contou com dois grandes prémios (GP), em Marrocos e França, e volta a ter em Tiago Monteiro o único português na competição. Portugal viu ainda perder o seu GP esta temporada, mas deve de voltar em 2015 com o Circuito da Boavista.

A marca francesa tem tido um início de época memorável e leva por vitórias todas as quatro corridas disputadas (cada GP tem duas corridas): duas pelo argentino José Maria Lopez, que comanda o campeonato com 85 pontos, uma por Loeb, e a outra pelo campeão mundial Yvan Muller. Os três pilotos estão nas três primeiras posições da classificação, pela ordem aqui escrita. Por marcas, o líder também é a Citroën, que tem 186 pontos contra 103 da Honda, a equipa de Monteiro, que conseguiu ficar em terceiro na segunda corrida de França e que está em sexto do mundial, com 30 pontos.
Dias 3 e 4 de maio regressa a competição, com o GP da Hungria no circuito de Hungaroring.

O eterno capitão

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Desde o longínquo ano de 1996 que o Atlético de Madrid não sabia o que era ir até à famosa Praça Neptuno festejar um título. E que enorme ano foi esse de 96, onde conseguiram a dobradinha. Treinado pelo jugoslavo Radomir Antic, que contava nas suas fileiras com Jose Luis Caminero, Milinko Pantic, Lyubolslav Penev, Kiko e o capitão Diego Simeone.

Parecia surgir uma nova era no futebol espanhol, em que o Atlético ressurgia depois de 19 anos sem vencer e poderia deixar uma marca. A verdade é que nos dois anos seguintes não conseguiram ir além de um quinto lugar, com um plantel que era um verdadeiro luxo e onde militava o Português Paulo Futre.

Em 1999/2000 surgiu o descalabro e acabou relegado para a segunda divisão. Os anos passaram e o clube foi procurando de novo o seu espaço. Construiu novos plantéis, abraçou novos projectos com diferentes treinadores, mas a verdade é que a dificuldade em chegar às decisões era clara. Parecia um clube habituado a falhar.

Paulo Futre foi capitão e uma das estrelas do Atlético Fonte: Getty Images
Paulo Futre foi capitão e uma das estrelas do Atlético
Fonte: Getty Images

Desde esse período, inúmeras estrelas rechearam o clube. De Torres a Vieri, nenhum destes jogadores e nenhum das dezenas de treinadores que por lá passaram foram capazes de celebrar um título com o Atlético. Mas eis que surge o ano de 2010, onde Kun Aguero, Diego Forlan e David de Gea, entre outros, sob o comando de Quique Flores, conseguem vencer a Liga Europa e devolver um título ao clube – por sinal o seu primeiro na Europa.

Dois anos passados e, já sem as suas estrelas entretanto vendidas a outros tubarões Europeus, o clube parecia entrar novamente numa dinâmica de “fome de títulos”, mal conseguindo qualificar-se para as provas europeias. Ao ritmo de um treinador por época, saiu Quique Flores e entrou Gregorio Manzano para a época de 2011/2012, que só chegou a Dezembro.
Voltavam as caras de preocupação no estádio, voltava o desânimo entre os adeptos. Até que chega, quase 20 anos depois, o eterno capitão, Diego Simeone.

El Cholo, como é conhecido, pega na equipa a meio da época – uma equipa amorfa, sem dinâmica de futebol, desorganizada e que vivia do seu enorme goleador Falcao – e transforma por completo o panorama dos colchoneros. Desde que Simeone entrou, não é só o futebol que está de volta, são também os títulos. Vence a Liga Europa nesse mesmo ano, ao futebol fantástico e total do Athletic de Bilbau do extravagante Marcelo Bielsa, vence a Taça do Rei no ano seguinte (2012/2013) e a Supertaça Europeia com uma goleada ao Chelsea. Hoje estamos a falar de uma equipa que é primeira classificada no campeonato espanhol a 4 jornadas do fim e está nas meias-finais da prova rainha da UEFA, a Champions League.

Simeone não tardou a levar o Atlético à conquista de títulos Fonte: Getty Images
Simeone não tardou a levar o Atlético à conquista de títulos
Fonte: Getty Images

Simeone trasnformou o clube à sua imagem, muito à semelhança do que fizeram e fazem os grandes treinadores, de Guardiola a Sacchi, de Lippi a Capello. El Cholo transformou o futebol do Atlético num futebol de luta, de crença, de garra, de suor. Como o próprio definia o seu jogo, “como um homem com uma faca entre os dentes”

Os grandes treinadores são assim: têm uma influência de tal forma importante que conseguem moldar o futebol da sua equipa à sua própria imagem e personalidade. Com uma clara opção táctica pelo 4-4-2, Simeone exige agressividade e compromisso e os jogadores demonstram-no em campo. Consegue extrair o melhor de cada um seja em situação que for e seja contra que adversário for. Mais do que um futebol moldado pela posse ou pela acutilância ofensiva, o seu futebol é único, é guerreiro. É a coesão o seu segredo, a sua imagem. Ali todos são um e um não é nada. Como disse uma vez Juanfran: “treinamos de diferentes maneiras, dependendo do adversário, mas treinamos sempre como se fosse uma final”.

O eterno capitão voltou e com ele voltou a alegria no Vicente Calderón. Uma equipa à imagem de Simeone, um estádio à imagem de um Coliseo de Gladiadores.

A afirmação dos jovens valores

cab hoquei

Portugal teve este fim-de-semana mais uma demonstração da qualidade que existe na formação. Em Viana do Castelo, os jovens comandados por Luís Sénica fizeram o pleno, ao vencerem os três jogos da Taça Latina.

Mas primeiro vamos falar do troféu em si. A Taça Latina é uma prova disputada entre Portugal, Espanha, Itália e França, as quatro melhores selecções de hóquei na Europa. É um torneio que ocorre de dois em dois anos (intervala com o Torneio de Montreux) e o escalão que participa é o sub-23.

Para este ano, as quatro selecções poderiam ser divididas em dois grupos. Itália e França vinham com o objectivo de ambientar os seus jogadores aos grandes palcos. A pretensão destas selecções era fazer com que os jogadores ganhassem experiência para provas futuras. A Itália trouxe uma selecção mais jovem e sem os habituais titulares, pois a Taça Latina ocorre ao mesmo tempo que a fase decisiva do campeonato italiano.

Portugal e Espanha partiam mais à frente. Os dois conjuntos tinham o objectivo real de ganhar a Taça. Tanto portugueses como espanhóis têm planteis recheados de grandes valores que já se afirmaram nas suas equipas. Em Portugal, a formação é cada vez mais uma aposta dos clubes, quer seja por causa da crise ou por vontade dos clubes, o que faz com que cada vez mais jovens tenham as portas abertas para as equipas principais. E esses mesmos jovens têm agarrado a oportunidade. Hélder Nunes (FC Porto) André Pimenta (Sporting) Gustavo Lima (Juventude de Viana) ou Rodolfo Sobral (HC Braga) são exemplos de jovens que neste momento são peças fundamentais nas suas equipas. Em Espanha o cenário é o mesmo.

No primeiro dia, Espanha e Portugal começaram com o pé direito. Os espanhóis venceram a França por 4-1, com destaque para Joan Salvat, que fez um hat-trick. Logo a seguir Portugal venceu a Itália por 3-1. Não foi um jogo fácil, pois os italianos demonstraram uma boa organização defensiva e conseguiram empatar o jogo. Portugal não tremeu e no minuto a seguir voltou para a frente do marcador. A Itália apostou na meia distância e tinha em Giulio Cocco o homem que carregava a selecção transalpina às costas. Mesmo assim, os portugueses foram sempre mais perigosos e João Souto acabou com as dúvidas ao fazer o 3-1.

No segundo, Portugal e Espanha voltaram a vencer. Os espanhóis derrotaram a Itália por 6-1, mas ainda sofreram, ao verem os transalpinos falharem dois penalties e um livre directo. A Espanha acabaria por tomar conta da partida e vencer.

Portugal não teve dificuldades para vencer a França. Hélder Nunes deu o mote e Portugal goleou os franceses por 11-3. Ao intervalo venciam por 3-0 e 5 minutos depois do inicio da segunda parte já vencia por 6-1. O guarda-redes Pedro Costa foi também figura no jogo, travando as ofensivas francesas, mas Portugal foi mais organizado e eficaz e chegou aos 11 golos.

Portugal festeja a conquista Fonte: Facebook de CERH - Comité Européen de Rink-Hockey
Portugal festeja a conquista
Fonte: Facebook de CERH – Comité Européen de Rink-Hockey

Para o último dia estava reservado o melhor. Portugal e Espanha, ambas só com vitórias, disputavam a Taça entre si. Aos portugueses bastava um empate, pois tinham mais golos marcados. E, tal como esperado, as duas equipas deram um bom espectáculo. Numa primeira parte sem golos, os jogadores lusitanos mostraram uma boa organização defensiva e acabaram por cima, mas na baliza espanhola estava um jovem de grande valor chamado Elagi Deitg, que defendeu tudo. Elahi Deitg voltaria a ser a figura na segunda parte, ao defender vários livres directos. A Espanha entraria a ganhar na segunda parte, mas isso apenas serviu para os jovens portugueses se galvanizarem e conseguirem dar a volta ao marcador. Em vantagem numérica, fruto da expulsão de Pau Bargalló, Portugal tinha tudo para sair vencedor. Aproveitando o tudo por tudo da Espanha, os portugueses souberam aproveitar as suas saídas para o ataque e fizeram o 3-1, por João Souto. Os nuestros hermanos arriscaram tudo mas tiveram na baliza outro grande valor português. Pedro Costa parou quase tudo, menos um tiro de Àlex Rodriguez, e foi importante na manutenção do resultado, tendo mesmo defendido um livre directo que daria o empate. No outro jogo, a França venceu a Itália por 7-2 e acabou em 3º lugar.

Uma vitória justa para Portugal e, mais do que isso, uma demonstração de qualidade por parte destes jovens. O futuro da selecção está assegurado e o presente dos clubes também. Há grandes valores na formação e é hora dos clubes apostarem cada vez mais nela.

Benfica 2-1 Juventus: Lima alimenta o sonho

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O Benfica teve de suar para ganhar a uma Juventus que demonstrou ser uma equipa de primeira linha da Europa. O golo de Lima perto do final da partida dá esperança a uma presença na final de Turim.

Foi um Benfica incisivo, dominante e aguerrido que entrou no relvado da Luz. Com Sulejmani e Cardozo nos lugares de Gaítan e Lima, o Benfica chegou ao golo logo aos 3 minutos: Sulejmani marcou um canto e Garay cabeceou para o fundo da baliza de Buffon. Foi chegar, ver e marcar.

De facto, os encarnados entraram muito fortes e pressionantes em todo o campo, utilizando a habitual dinâmica ofensiva que surpreendeu a Juventus nos primeiros 20 minutos. Porém, esse fulgor das águias depressa se esfumou e o 3-5-2 que carateriza a equipa de Turim rapidamente se impôs na Luz, empurrando para trás todo o bloco benfiquista. O meio-campo de gala Juve, composto por Asamoah, Marchisio, Pirlo, Pogba e Lichsteiner, pressionou (e dominou) as duas linhas mais recuadas das águias, ganhando todas as segundas bolas. Do outro lado da barricada, o Benfica tentou sair em contra-ataques através de Markovic, Sulejmani e Rodrigo, que, à exceção de dois ou três lances, foram constantemente bloqueados pelos homens de Antonio Conte.

Esta batalha tática entre Jesus e Conte não mexeu no marcador e o Benfica foi para o intervalo com uma vantagem mínima, além de muitas questões táticas por resolver devido ao domínio dos italianos.

A segunda parte trouxe uma Juventus ainda mais dominadora. Os italianos tentaram claramente marcar um golo que pudesse anular a vantagem do Benfica e assim levar para Turim o conforto que um golo fora sempre aufere.

A equipa portuguesa mostrou-se inconsequente, fruto da fadiga e, claro, da qualidade dos jogadores da Juventus. A ausência de Gaítan e o apagado jogo de Cardozo (mais um) foram, também, fatores decisivos para o declínio encarnado.

Siqueira fez um jogo de grande qualidade Fonte: Zerozero.pt/  Carlos Alberto Costa
Siqueira fez um jogo de grande qualidade
Fonte: Zerozero.pt/ Carlos Alberto Costa

Face a tamanha soberania, a Vecchia Signora chegou ao golo aos 73 minutos: Tevez recebeu a bola de Asamoah e, dentro da grande área encarnada, tirou com alguma sorte Luisão e Maxi Pereira do caminho, rematando, por fim, para o fundo da baliza de Artur.

O empate assinava alguma justiça no marcador e o Benfica foi obrigado a procurar um novo golo. Já com Lima em campo (substituiu Cardozo), a equipa da Luz conseguiu finalmente equilibrar a partida. As diagonais e o espírito coletivo do avançado brasileiro foram essenciais para que o Benfica se recompusesse, tanto a nível tático como a nível emocional.

Na verdade, foi o próprio Lima que, ao minuto 84, sentenciou a partida com um remate fortíssimo, não dando qualquer hipótese a Buffon.

O herói da partida frente ao Olhanense enviou um “bilhete” ao guarda-redes italiano. Bilhete esse que pode perfeitamente valer a passagem à final da Liga Europa.

Com o jogo partido, nos minutos finais, ambas as formações dispuseram de ocasiões de golo, mas a ineficácia imperou até ao apito final.

O Benfica vai para Turim com uma vantagem mínima e com a certeza de que terá de sofrer muito para ultrapassar esta fortíssima Juventus. O cliché “a eliminatória está completamente em aberto” nunca fez tanto sentido.

 

A figura:

Siqueira – com três palavras se carateriza a atuação do defesa do Benfica: raça, empenho e qualidade. Que grande jogo do lateral brasileiro. Atacou, defendeu, jogou e fez jogar.

O Fora-de-jogo:

Cardozo – mais um jogo de péssima qualidade do avançado benfiquista. Não me lembro de um único remate e isso diz tudo sobre a sua atuação.

Com vista para o Marquês

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dosaliadosaodragao

Mais do que um elementar princípio de fair-play, dar os parabéns ao Benfica e aos seus adeptos pela conquista do Campeonato é um exercício de justiça e de verdade. Porque, mesmo descontando a enorme incapacidade que o seu principal rival – FC Porto – demonstrou, o mérito dos encarnados foi sendo provado e comprovado jornada após jornada, desafio trás desafio, com uma equipa a carburar e com talentos a evidenciarem-se. Não poderia, talvez, ser de outra maneira, dado estarmos diante do melhor plantel dos últimos 30 anos.

De todo em todo, olhar o Campeonato que o Benfica fez e a forma como o conquistou pode ser um exercício traiçoeiro. Ora, de facto, a perspectiva do copo meio cheio ou do copo meio vazio está aqui bem evidente: o Benfica vitorioso deste ano não fez (nem, provavelmente, irá fazer) melhor do que o Benfica amargurado e deprimido da época passada. O mesmo Benfica que é hoje elogiado aos quatro ventos, com um treinador superlativo e com uma presidência firme e assertiva, irá, no máximo, amealhar 79 pontos (se vencer Vitória de Setúbal e, finalmente, no Dragão), apenas mais 2 do que o Benfica destruído por Kelvin, mais 10 do que o Benfica versão 2011/2012 e menos 5 do que o FC Porto campeão de Villas-Boas. Mais, 84, 75 e 78 foram, respectivamente, os pontos contabilizados pelo FC Porto no final das últimas três edições do campeonato – ou seja, numa época ‘normal’, o FC Porto estaria, a esta hora, a lutar taco-a-taco pelo ceptro com a equipa que é, hoje, vista como “a última Coca-Cola do deserto”.

Muito longe de querer retirar o mérito à conquista do conjunto de Jorge Jesus, a verdadeira novidade desta época foi a falta de comparência do FC Porto. Foram os equívocos na construção do plantel, foi o tremendo erro de casting em que se tornou Paulo Fonseca, foi, enfim, a banalidade na qualidade de jogo do Dragão que tornou o campeonato, a partir de um dado momento, num calmo e tranquilo passeio para o Benfica. Mas uma viagem que fora absolutamente bem estruturada e planeada, com a rota e a velocidade certas e com as paragens imprescindíveis – tal e qual como o actual modo de jogar do Benfica de Jorge Jesus.

Em 2013/2014, os papéis inverteram-se e é Salvio e o Benfica que festejam  Fonte: Sapo
Em 2013/2014, os papéis inverteram-se e é Salvio e o Benfica que festejam
Fonte: Sapo

Ainda e sempre Jorge Jesus. O mesmo que viu os seus fiéis seguidores em 2010 tornarem-se, depois, em impositivos detractores e agora, de novo, em indefectíveis fãs. Tudo ao sabor da corrente dos resultados com o patrocínio das capas dos maiores jornais e nas colunas de opinião vaidosamente assinadas por tantos. Na espuma das ondas, porém, algo indesmentível – foi graças a Jesus (e a um brutal investimento financeiro) que o ciclo do futebol português mudou. Aquilo que era uma hegemonia do FC Porto tornou-se, de há cinco anos a esta parte e com a excepção da época de André Villas-Boas, numa luta intensa (quase sempre) a dois entre Dragões e Águias. Para mal de alguns, creio que foi apenas esse ciclo que terminou. Todo e qualquer outro que se pretenda propagandear dependerá sempre de uma sequência: de campeonatos, de Taças, de Supertaças…

Da última noite de Domingo sobra um imenso fundo vermelho. De conquista, de explosão, de felicidade, de comunhão entre uma equipa e os seus adeptos – tal e qual como o futebol deve ser, sempre. Observar o Marquês de Pombal e contabilizar as dezenas de milhares de benfiquistas que, efusivos, comemoravam a conquista do campeonato (e, tenho para mim, a desejosa vingança do remate de Kelvin) não foi um suplício, um desgosto ou, como se diz tão comummente, um acumular de ‘azia’. Para o FC Porto, olhar para aquela imponente noite vermelha só pode ser um acto de contrição. Mas, muito mais do que isso, deve ser o maior e renovado desafio, a suprema motivação, o cerrar de fileiras, o apelo ao coração, à competência, à garra e à paixão. A cada very light encarnado deve recordar-se esta Liga e os inauditos 15 pontos de distância, a derrota na Luz para a Taça e corar de vergonha, sentir o impulso e relembrar que há uma nova guerra dos tronos à espreita …

A imensa festa benfiquista no Marquês de Pombal, em Lisboa  Fonte: A Bola
A imensa festa benfiquista no Marquês de Pombal, em Lisboa
Fonte: A Bola

Com uma nova mentalidade – a mesma que fez o FC Porto vencer tudo depois das duas últimas vezes em que terminou um campeonato em 3º –, com um novo treinador carismático, competente e cheio de fibra, com um plantel construído de forma estruturada e que saiba voltar a honrar as cores azuis e brancas, em suma, colocando no lugar do descomprometimento a exigência que a tanto e tanto sucesso levou o Dragão na última década – aquela de que nem todos podem ter orgulho –, o FC Porto, logo logo, estará na luta.

Ainda manda quem pode e por isso (e para isso) vão, se preciso for, ao baú e redescubram Viena, Tóquio ou Sevilha – mostrem aos meninos colombianos, brasileiros, mexicanos e de todas as outras nacionalidades possíveis e imaginárias que aterrarão no Sá Carneiro e seguirão para o Dragão que jogar no Porto terá sempre de ser um privilégio. Exibam-lhes o BI deste clube e dêem-lhes a beber o ‘Ser Porto’ – falo de “luz, realidade e sonho que na luta amadurece”. Se, ainda assim, não chegar, forrem o balneário do Dragão com posters e imagens da cor que o Marquês testemunhou. Então, terá mesmo de ser suficiente.

 

Terramoto Vermelho

internacional cabeçalho

Um terramoto vermelho está a assolar a Europa. Parece que este ano o vermelho decidiu emancipar-se e elevar-se ao topo. E se assim continuar, as principais praças europeias vão encher-se de vermelho, à semelhança do que aconteceu no Marquês. Do que é que estou a falar? Do topo da tabela de algumas ligas europeias, com algumas lideranças improváveis. Falo-vos da liga portuguesa com o Benfica, da Bundesliga com o Bayern, da La Liga com o Atlético e da Premier League com o Liverpool. Dois destes já pintaram as ruas de vermelho. Será que a capital espanhola e a cidade portuária inglesa também vão fumegar vermelho?

Benfica
Os benfiquistas estão a viver uma época de sonho. Depois de terem afastado as amarguras do passado, ergueram-se e voltam a estar próximos de marcar presença em todas as finais. O campeonato já está. Pode não ter sido conseguido com a nota artística praticada o ano passado, mas a estratégia de Jesus resultou e a verdade é que pintou o Marquês de Pombal de vermelho (uma imagem que não se via há quatro anos). Quanto às restantes competições, o Benfica está em todas as frentes, umas mais possíveis do que outras, mas com possibilidades de se vingar da época transacta. Vamos esperar e ver se os pupilos de Jorge Jesus vão lutar por todos os títulos ou se vão deixar que a festa do campeonato lhes suba à cabeça e que deixem cair tudo por terra.

Bayern
O Bayern voltou a conquistar o campeonato, num ano em que se esperava uma maior capacidade de luta por parte do Borussia de Dortmund. No entanto, Lewandowski e companhia não conseguiram acompanhar nem parar a equipa de Pep Guardiola, que seguiu sempre isolada na frente do campeonato. A festa já se fez, mas os bávaros querem mais. Querem ser bicampeões europeus. Terão estofo para isso? Pep Guardiola já mostrou, por mais do que uma vez, ter a receita para vencer a Liga dos Campeões, e o Real Madrid é uma equipa bem conhecida do técnico espanhol. Esperemos para ver se o vermelho voltará a sair às ruas alemãs.

Liverpool, Benfica, Atlético de Madrid e Bayern de Munique  Fontes: www.thisisanfield.com / www.serbenfiquista.com / www.ilovelookinggood.com / www.follwr.com
Liverpool, Benfica, Atlético de Madrid e Bayern de Munique
Fontes: www.thisisanfield.com / www.serbenfiquista.com / www.ilovelookinggood.com / www.follwr.com

Liverpool
O histórico clube inglês parece estar de volta e com fortes argumentos para conquistar a presente edição da Premier League. Brendan Rodgers revolucionou o futebol do Liverpool e pode levar o clube a conquistar a taça que mais persegue e que não vence há 24 anos. O Liverpool segue com cinco pontos de avanço sobre o Chelsea e seis sobre o Manchester City (que conta com um jogo a menos). Caso venha a vencer, a festa vermelha promete ser épica, uma vez que o Liverpool conta com uma legião de fãs bem fiel e extremamente presente. De realçar que caso o Liverpool vença será o primeiro título da Premier League conquistado pelo médio de classe mundial Steven Gerrard.

Atlético de Madrid
Esta é provavelmente a maior surpresa da época. Na liga espanhola entre Real Madrid e Barcelona não se mete a colher; bem se enganaram. Ninguém esperava que o Atlético Madrid estivesse por esta altura a discutir o título do campeonato espanhol. Muito menos depois de perder Falcão. Mas o Atlético sempre nos habituou a grandes atacantes e desta vez não foi excepção e desencantou Diego Costa. O ponta de lança é a cara principal da revolução da equipa da capital espanhola. Espero que tudo corra pelo melhor e que a festa vermelha se faça, na esperança de acabar com a dicotomia irritante de Barcelona/Real Madrid que torna o palmarés da liga espanhola, provavelmente, o palmarés mais aborrecido da última década. Que Madrid se pinte de vermelho!

A pergunta final impõe-se: será este terramoto vermelho apenas um terramoto, ou vai, na próxima época, o “abanão” trazer-nos ainda muitos tsunamis por parte das mesmas equipas que vestem vermelho?

Mick Fanning, o verdadeiro campeão

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cab Surf

Mais uma etapa acabada e o campeão está de volta. Exatamente! O atual campeão mundial, Mick Fanning, foi o grande vencedor da terceira etapa do WCT. Depois de ter vencido Matt Wilkinson, Owen Wright e Julian Wilson durante toda a etapa, o campeão do mundo encontrou pela final outro australiano, Taj Burrow.

As condições estavam épicas, e, com ondas perfeitas a rondar o metro e meio de altura, Mick Fanning e Taj Burrow proporcionaram uns espetaculares 30 minutos de surf na grande final. Mick Fanning começou da melhor maneira o heat, com um 8.83. Taj, pelo contrário, respondeu da pior maneira, com um 3.83. Fanning voltou a ripostar, com um 8.00, e nessa altura Taj teve uma reação explosiva. Apanhou uma das melhores ondas do set e conseguiu fazer uma das melhores notas de toda a competição, um 9.63 em 10 pontos possíveis. Deste modo, Mick Fanning tocou o sino e sagrou-se campeão de Bells Beach.

Micj Fanning toca o sino. Fonte: fotospublicas.com
Mick Fanning toca o sino.
Fonte: fotospublicas.com

Um aparte que quero acrescentar neste texto foi a excelente prestação de Jordy Smith no round cinco. Apesar de ser o meu surfista preferido, Jordy merece ser reconhecido pela sua onda magistral. Faltava pouco mais de um minuto para o fim do heat que reunia Jordy Smith, com licra vermelha, e Julian Wilson, de amarelo. Smith encontrava-se em segundo lugar. Deste modo, precisava de uma onda que lhe fosse pontuada com um 9.97. Recordo que o máximo que se pode fazer numa onda são 10 pontos. Com manobras bem explosivas e radicais e um aereo reverse no fim da onda, e a faltar um minuto para o fim da bateria, toda a praia ficou incrédula e esperançosa para que a nota fosse um 9.97 ou mais, claro. Infelizmente, a onda valeu-lhe apenas um 9.93, ficando a quatro centésimas de passar aos quartos de final.

Jordy Smith a rasgar forte Fonte: aspworldtour.com
Jordy Smith a rasgar forte
Fonte: aspworldtour.com

Alguns jurados pontuaram com 10 pontos, mas outros não, e a nota final é a média das notas dos jurados. Será que que houve justiça? A meu ver, aquela onda era um perfeito 10, mas eu também sou apenas mais um mero espectador daquele que, para mim, é o melhor desporto do mundo. Ainda assim, queria frisar que são atitudes destas que diferenciam os bons dos melhores.

Eu estive lá…e tu?

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Terceiro Anel

E pronto! As minhas preces foram ouvidas, e, assim sendo, o Sport Lisboa e Benfica sagrou-se campeão nacional pela 33ª vez no seu historial. De Norte a Sul de Portugal, nas ilhas, em toda a nação onde se fala português ou onde o contingente luso é grande, gritou-se bem alto pelo nome do maior de Portugal!

Sim, eu sei que sou useiro e vezeiro nestas dissertações sobre a grandeza do Benfica, mas não me peçam para fugir a isso nesta altura do ano em que o meu ego benfiquista já atingiu as dimensões da Austrália. E ainda para mais depois de ter estado presente naquelas celebrações de dimensões bíblicas, no Marquês de Pombal. Meus amigos, aquilo foi transcendente! Cheguei a sentir-me como um miúdo de cinco anos que se perde dos pais na Costa de Caparica, numa qualquer tarde de Agosto. Não se via asfalto, só se viam seres humanos, completamente transbordantes de alegria, esquecendo muitas dessas pessoas as agruras que têm durante todo o ano, em termos pessoais ou profissionais. Dei por mim emocionado, embevecido, olhando para o céu, para os lados, para a estátua, para todo o jogo de luzes, para toda a parafernália de coisas preparadas para os festejos. E só pensava em como aquilo não podia ser real! Mal terminou o Benfica vs Olhanense, foram aos milhares e milhares de pessoas que acorreram àquele salão de festas lisboeta, que depressa se transformou num imenso mar vermelho.

Não escondo. Durante toda a noite mais pareci uma criança na Disneyland, completamente irrequieto, sem me conseguir conter. Mas voltaria a fazer exactamente o mesmo! Olhava para um lado e via casais felicíssimos; olhava para outro lado e via idosos imparáveis, totalmente sorridentes; olhava mais em diante, e deparava-me com pais a mostrarem aos seus filhotes como o Benfica consegue unir tanta e tanta gente; olhava  mais acolá e via gente que, sem se conhecer de lado nenhum, interagia como se já conhecessem há décadas.

Estátua do Marquês equipada com o manto sagrado, dois “alpinistas” a trepar o ex-libris alfacinha, restaurantes e barracas de venda de cerveja a facturarem como nunca, crise nacional esquecida, DJ a passar uma série de músicas para alegrar toda aquela massa humana, um enorme burburinho, cada vez maior à medida que o tempo passava, enquanto se aguardava pela chegada da comitiva benfiquista.

Isto é uma montagem, não é? Simplesmente incrível! Fonte: Antena Lusa
Isto é uma montagem, não é? Simplesmente incrível!
Fonte: Antena Lusa

E depois… o  tal momento que não me sai da cabeça. O tal clímax que proporcionaria algumas das imagens mais espantosas que já vi em toda a minha vida.  Ia eu todo contente da vida, em busca de mais uma cervejinha, quando do nada vejo o autocarro panorâmico com a equipa que eu mais amo. A compra da bebida alcoólica foi completamente esquecida! Só me importava estar junto dos meus ídolos, dos homens que me fizeram vibrar, rir, chorar, gritar, saltar, desesperar, ao longo de todos estes últimos meses. O veículo engalanado para a festa ia andando, e o céu iluminava-se com fogo de artificio, enquanto todo o espaço em volta do Marquês de Pombal ficou debaixo de uma monumental névoa, fruto de um espectáculo de tochas digno de uma qualquer manifestação nas ruas de Atenas. Aquilo era incrível, inexplicável, soberbo, inquietante! Ninguém parava, o ambiente era infernal! Jogadores como Siqueira, Garay, Markovic, Sulejmani, entre outros, completamente estarrecidos com toda aquela apoteose. E eu, ao constatar isso, fiquei deslumbrado, orgulhoso, ciente de como o Sport Lisboa e Benfica é importante para tantas, mas mesmo para tantas pessoas.

Festa encerrada, venha a Liga Europa! A Juventus é uma equipa fortíssima, mas não imbatível! E este Benfica também já mostrou ser capaz de derrubar obstáculos bem complicados, pelo que eu me apresento com confiança para estas meias-finais. De certeza que o plantel trabalhou com total afinco desde segunda-feira, independentemente das naturais ressacas que tenham apoquentado os jogadores, depois da noite dominical de folia. O que eu sei é que, se fosse treinador do Sport Lisboa e Benfica, nos tempos de palestra, teria abdicado de muita conversa e teria, isso sim, investido na visualização de imagens. E que imagens seriam essas? Pois bem, imagens que se reportam à festa do título nas ruas de Bragança, de Viseu, de Coimbra, de Évora, do Funchal, de Paris, de Bruxelas, do Luxemburgo, de Luanda, do Mindelo, de onde quiserem. Pelo menos eu, se fosse jogador do Benfica, e se não estivesse tão identificado com o clube, pensaria de certeza: “bem, eu não sou empregado de um simples clube, sou empregado de uma instituição que mexe com o íntimo de milhões de pessoas”.

Obrigado, Sport Lisboa e Benfica. Agradeço, do fundo do meu coração, a todos os que compõem a estrutura do clube, por me terem dado esta enorme felicidade.

E depois, a sensação mais fantástica: deitar-me todas as noites sabendo que Eusébio da Silva Ferreira e Mário Coluna, onde quer que estejam, estão felizes e orgulhosos, por tudo aquilo que o clube do seu coração tem feito.

Real Madrid 1-0 Bayern: Benzema mostrou o caminho para Lisboa

O Real Madrid deu um passo importante rumo à final da Liga dos Campeões ao vencer esta noite no Santiago Bernabéu o Bayern de Munique por 1-0 na primeira mão das meias-finais.

Carlo Ancelotti apostou em Fábio Coentrão para o lado esquerdo da defesa, lançando Isco no meio-campo juntamente com Xabi Alonso e Modric. No ataque, destaque para o regresso de Cristiano Ronaldo ao onze e para a ausência de Gareth Bale da equipa titular. Do lado bávaro, Guardiola voltou a colocar Rafinha no lado direito da defesa, jogando com Lahm no meio-campo e deixando Mandzukic na frente do ataque apoiado por Ribéry e Robben. De realçar, por isso, na equipa do Bayern para as ausências de Muller e Gotze do onze inicial.

Os primeiros minutos do jogo mostraram um Bayern de Munique mais forte, incisivo e com mais posse de bola no meio-campo dos merengues. O Real Madrid foi uma equipa expectante no meio-campo, ao formar um quarteto no meio campo onde Dí Maria e Isco procuravam impedir as subidas dos laterais Rafinha e Alaba. A estratégia defensiva do Real veio a dar frutos aos 18′, pois, no primeiro lance de perigo da equipa espanhola, Fábio Coentrão fez uma assistência primorosa para Benzema, que não teve problemas em bater Neuer. O golo veio trazer uma nova dinâmica à equipa de Carlo Ancelotti, que passou a ser mais pressionante e incisiva no ataque, sendo que até ao final do primeiro tempo couberam ao Real Madrid as duas melhores oportunidades de toda a partida, por Cristiano Ronaldo e Dí Maria.

Modric rubricou uma exibição assombrosa  Fonte: UEFA
Modric rubricou uma exibição assombrosa
Fonte: UEFA

Na segunda parte, o ritmo de jogo abrandou e só em raras ocasiões Real Madrid e Bayern iam criando perigo para as balizas de Neuer e Casillas, respetivamente. No segundo tempo, destaque para a saída de Cristiano Ronaldo, que regressou de lesão, para a entrada de Gareth Bale, que teve algumas arrancadas nos últimos 15 minutos que puseram em sentido a defesa alemã. Até ao apito final de Howard Webb, destaque para um forte remate de Mario Götze para uma belíssima defesa de Iker Casillas.

Com um jogo disputado, onde o Bayern teve a bola mas o Real criou mais perigo, o golo de Benzema dá aos madrilenos uma importante vantagem para o jogo da segunda mão, a disputar-se na próxima terça-feira na Allianz Arena, em Munique.

A Figura
Modric – O médio croata encheu completamente o relvado do Bernabéu, anulando o jogo interior dos bávaros e sendo sempre o dinamizador do ataque merengue.

O Fora-de-Jogo
Mandzukic – O avançado croata esteve sempre longe do jogo e nunca conseguiu fugir à marcação de Pepe e Sergio Ramos.

Tiro no Escuro

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brasileirao

Começou oficialmente o Brasileirão de 2014. As emoções estão ao rubro numa das Ligas mais competitivas do mundo; se não a mais. Vejamos: 17 clubes campeões nacionais. Só na última década foram 6 (!) campeões diferentes. É muita competitividade. Por isso, é sempre um risco dar palpites sobre os possíveis vencedores, as surpresas e as certas deceções.

O jornal Record lançou como grande favorito para este ano o Cruzeiro. Em parte, concordo, porque é o campeão em título. Mas o Fluminense também o era e o ano passado só não desceu de divisão por milagre. Um milagre chamado secretaria, que fez com que a Portuguesa de Desportos descesse. O Flamengo também era o campeão de 2009 e logo a seguir fez uma época pífia. Nada é certo no Brasileirão, onde o campeonato é longo. Há muitos pontos para ganhar… mas também bastantes para perder. As quedas livres são constantes e nunca se está seguro no primeiro lugar.

Apontando um dedo neste mapa para um emblema, talvez se descubra o próximo vencedor  Fonte: blogdocazumba.com.br
Apontando um dedo para um emblema neste mapa, talvez se descubra o próximo vencedor
Fonte: blogdocazumba.com.br

Esta promete ser – como sempre – uma Liga renhida. Disputadíssima até final. Em todas as questões: título, Libertadores, Copa do Brasil e fuga à despromoção. Se pensarmos que históricos como Fluminense e Corinthians já estiveram na Série C (!), equivalente à Terceira Divisão, bem podemos pensar no quão difícil e exigente é manter-se no topo do futebol em Terras de Vera Cruz.

Por isso digo e repito: façam essa aposta convosco próprios. Tentem adivinhar o campeão deste ano. E até podem nem perceber nada de futebol brasileiro. Talvez até ajude, porque eu escrevo sobre ele e nunca acertei num campeão quando apostei. Mas uma coisa é certa: tentar adivinhar o próximo Rei do Brasil é como o Euromilhões – é mais fácil marcar um número de telefone ao acaso e sair uma pessoa que nós conheçamos do que vencer o prémio. O mesmo se passa com a Série A brasileira. A não ser que conheçam um bom adivinhão, ou então possuam um qualquer objeto supersticioso que ajude…