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Um ataque de luxo

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Numa altura em que o mercado aproxima-se do final, parece cada vez mais claro que Rui Vitóia vai contar com um ataque cheio de qualidade e soluções. Com 4 homens na frente do terreno, o mister pode optar por fazer imensas duplas de ataque todas com características diferentes umas para as outras.

Com Jonas “obrigado” a estar no 11 por ser o melhor jogador a ligar o meio campo com o ataque, o Benfica dispõe de mais 3 unidades com faro para a finalização:

– Seferovic, o reforço de verão que chegou a custo 0 mas já mostrou que vale bastante mais que esse preço. Muita calma na hora de decidir o momento do remate o suíço parece estar a convencer Rui Vitória e a conquistar o espaço que até ao momento pertencia a Mitroglou e Jimenez. O novo camisola 14 traz consigo algumas mais valias em comparação com o camisola 11. Este mostra-se ser mais móvel com a possibilidade de auxiliar as outras posições enquanto que o grego tem características que limitam-no ao papel de finalizador.

Terá Mitro perdido o lugar para Seferovic Fonte: Metro.uk
Terá Mitro perdido o lugar para Seferovic
Fonte: Metro.uk

– Mitroglou é um jogador que tenho um especial carinho porque dá-me uma satisfação imensa ver o jogador frio a transbordar-se em emoções quando marcar de águia ao peito. Pé esquerdo com mira acertada e bom jogo de cabeça mostrou até ao momento ser um jogador que cumpre com as exigências do clube. Precisava agora de lutar ainda mais por um lugar no 11 encarnado.

Jiménez tem sido um dos jogadores mais fundamentais nos momentos de decisão das temporadas. Na época passada marcou em duelos com os grandes, abriu o marcador da vitória no Jamor e este ano marcou o terceiro e mais importante golo da super-Taça. Na época passada esteve em grande ao ser importante nas horas difíceis e foi assim que na reta final ganhou o lugar a Mitroglou. Esta época, tal como para os restantes 2 já falados, o trabalho vai ser árduo e a concorrência de luxo para atacar o 37.

Não podemos esquecer um quinto avançado e jovem da formação: José Gomes. O menino que se estreou na temporada passada numa partida frente ao Arouca vai continuar às ordens da equipa B continuando assim o trabalho de formação no Seixal. Vitória tem muito por onde escolher e não se pode queixar de falta de qualidade individual e coletiva na frente de ataque do Sport Lisboa e Benfica.

Os 10 melhores momentos do WWE SummerSlam

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Cabeçalho modalidadesO SummerSlam celebra 30 anos e é, para muitos, considerado a Wrestlemania do Verão. É neste evento que as grandes rivalidades planeadas para esta altura têm lugar e grandes nomes se defrontam. Para homenagear a história do evento, apresentamos os 10 momentos mais marcantes dos últimos anos.

Início da Authority (SummerSlam 2013)

Fonte: WWE
Fonte: WWE

Numa era em que a WWE parecia demasiado “neutra” e cheia de storylines bastante básicas e aborrecidas, Triple H decidiu dizer chega e instituiu um clima de opressão no Raw e Smackdown. Tudo isto começou após o combate de Daniel Bryan e John Cena, no qual o American Dragon se tornou campeão da WWE. Enquanto Triple H, árbitro do combate, declarava o vencedor, aplicou um Pedigree em Bryan e chamou o Mr. Money in the Bank Randy Orton, que fez o cash-in com sucesso.

Isto iniciou uma brilhante história entre Bryan e a Authority, que culminou com a conquista de Daniel Bryan na Wrestlemania 30.

João Filipe Coelho

Sporting CP 0–0 FC Steaua Bucuresti: Nulo justificado pela falta de assertividade leonina

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O Estádio de Alvalade recebia na noite desta terça-feira o encontro referente à 1.ª mão do Play-Off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões: o Sporting tentava aproveitar o “fator casa” para construir um resultado positivo frente ao Steaua, de modo a poder viajar confortavelmente até a Bucareste na próxima semana.

Relativamente aos onzes iniciais, Jorge Jesus apenas trocou Fábio Coentrão por Jonathan Silva, que foi titular na última jornada frente ao Vitória de Setúbal. Do lado visitante, Nicolae Dica fez bastantes alterações em relação ao último jogo (empate 1-1 frente ao Astra Giurgiu para o campeonato), e apenas manteve de início Florin Nita, Ovidiu Popescu e Filipe Teixeira, o único português da formação romena.

Perante uma boa moldura humana, o jogo começou a um bom ritmo e com o Sporting a querer desde logo assumir o controlo, perante um Steaua que ia certamente passar os 90’ bastante recuado no terreno e a tentar aproveitar as recuperações de bola a meio-campo para lançar contra-ataques rápidos e perigosos para a defesa leonina. O primeiro remate do encontro pertenceu a Daniel Podence aos 5’, mas passou longe da baliza de Nita. Pouco tempo depois, foi Bas Dost que podia ter feito o 1-0, num lance de insistência, mas a bola não levou o destino desejado. Os primeiros 15 minutos do encontro foram de total domínio do Sporting, embora o golo não tenha aparecido. O primeiro remate dos romenos surgiu aos 22’ por Alibec, contudo Rui Patrício defendeu bem. Na resposta, Acuña enviou a bola ao poste da baliza do Steaua. Os romenos voltaram a ameaçar a baliza de Rui Patrício aos 28’ pelo seu capitão, mas o guardião português voltou a resolver bem a ofensiva adversária. Aos 34’, Acuña teve um livre direto frontal à baliza para inaugurar o marcador, mas a bola embateu na barreira e não causou grande perigo ao guarda-redes do Steaua. Os últimos minutos da 1.ª parte não trouxeram nada de importante a registar, e o intervalo chegou com um nulo no marcador.

O jogo chegou ao intervalo empatado 0-0, mas com o Sporting por cima no encontro Fonte: EPA
O jogo chegou ao intervalo empatado 0-0, mas com o Sporting por cima no encontro
Fonte: EPA

A 2.ª parte começou sem alterações táticas nos dois lados. A entrada do Sporting nos segundos 45 minutos não foi tão forte como se observou na 1.ª parte, o que foi benéfico para o Steaua, que assim aproveitou para estabilizar o seu jogo e até podia ter feito o primeiro golo da partida aos 56’ por Filipe Teixeira, após um livre batido para a área leonina. Seydou Doumbia entrou para o lugar de Daniel Podence aos 60’, com o objetivo de auxiliar Bas Dost na tentativa de quebrar a resistência defensiva romena. Na sequência de um pontapé de canto, aos 61’, Jérémy Mathieu cabeceou ao lado da baliza de Florin Nita. Nesta altura do encontro, o Sporting voltou a estar por cima do Steaua, contudo o marcador mantinha-se inalterado, o que fazia aumentar a impaciência dos adeptos sportinguistas. O Steaua ia aproveitando as desconcentrações ofensivas do Sporting para tentar visar a baliza de Rui Patrício, e aos 76’ podia ter gelado as bancadas de Alvalade, mas o remate fez a bola passar ao lado do poste. Na resposta, Bruno Fernandes obrigou o guardião romeno a aplicar-se para manter o 0-0. A 5 minutos do fim, Jorge Jesus colocou em campo Iuri Medeiros, com vista a ter mais elementos na frente de ataque do Sporting. Bruno Fernandes voltou a querer fazer o 1-0, embora o seu remate tenha saído bastante ao lado. Os Leões tentaram o tudo por tudo no tempo de compensação, mas sem o efeito desejado. O árbitro alemão apitaria para o final, e 0-0 foi o resultado final, que castiga a falta de assertividade da frente de ataque leonina e premeia os romenos, que assim levam a discussão da eliminatória para Bucareste.

Recordar é Viver: Manchester United FC 2-1 FC Bayern Munique (1999)

recordar é viverO futebol está recheado de momentos que, seguramente, nunca abandonarão a memória do mais aficionado dos adeptos. A Liga dos Campeões, em particular, tem sido palco de diversas batalhas com contornos épicos sendo que, provavelmente, aquela que todos recordarão melhor (por ser a mais recente) é a da final que opôs o AC Milan ao Liverpool FC, em 2005, com vitória dos britânicos após a marcação de grandes penalidades.

Contudo, há um outro jogo que fica para a história por diversas razões: pelo estádio em que foi disputado, pelo árbitro que dirigiu o encontro, pelas qualidade dos futebolistas que pisaram o relvado e, acima de tudo, pela incerteza no resultado e pela verdadeira loucura dos adeptos nas bancadas. Foi em 1999, no mítico Camp Nou, que Pierluigi Collina dirigiu uma final relativamente à qual acabaria por descrever o ruído dos adeptos no fim do encontro como “o rugido de um leão”. Frente a frente, duas das melhores equipas do mundo, Manchester United FC e FC Bayern Munchen, comandadas por dois grandes treinadores (Sir Alex Ferguson e Ottmar Hitzfeld, respetivamente).

Os onzes iniciais eram verdadeiros desfiles de estrelas. O Manchester United FC apresentou-se em campo com Peter Schmeichel na baliza, uma defesa a quatro composta por Gary Neville, Ronny Johnsen, Jaap Stam e Denis Irwin, um meio-campo composto por Nicky Butt, David Beckham, Jesper Blomqvist e Ryan Giggs, e a frente de ataque entregue à temível dupla formada por Andy Cole e Dwight Yorke. Na equipa britânica destacavam-se as ausências, por castigo, de duas peças influentes no meio-campo: Roy Keane e Paul Scholes. Já o FC Bayern Munchen entrou em campo com Oliver Khan na baliza, Lothar Matthaus como líbero, Markus Babbel, Samuel Kuffour, Thomas Linke e Michael Tarnat na linha defensiva, Jens Jeremies e Stefan Effenberg no meio-campo, e uma frente de ataque entregue ao trio formado por Mario Basler, Alexander Zickler e Carsten Jancker. Também a equipa alemã partia para a final com duas ausências, nesse caso por lesão, do avançado brasileiro Élber e do lateral esquerdo francês Bixente Lizarazu.

Início do jogo e, logo aos seis minutos, num livre apontado junto à área, do lado esquerdo, Mario Basler colocou a formação alemã em vantagem. Após um madrugador balde de água fria para os britânicos, o Manchester United FC começou a mandar no jogo mas, pese embora o esforço de David Beckham (a alinhar numa posição central), faltou sempre criatividade à equipa, que se ressentiu significativamente da ausência de Paul Scholes. Beckham foi sempre bem marcado por Jeremies e a linha defensiva do Bayern foi também sempre competente nas suas funções, anulando quase por completo Andy Cole. Assim, acabaria por ser Ryan Giggs, colocado a jogar na ala direita (contrariamente ao esperado), a causar alguns dos principais desequilíbrios face às dificuldades sempre sentidas por Michael Tarnat. Contudo, o FC Bayern Munchen era cada vez mais perigoso no contra-ataque e Carsten Jancker ia colocando a defesa do Manchester United FC em constante sobressalto.

Festejo efusivo após o golo da vitória apontado por Solskjaer Fonte: Manchester United FC
Festejo efusivo após o golo da vitória apontado por Solskjaer
Fonte: Manchester United FC

Na segunda parte os alemães regressaram mais fortes e com maior controlo sobre o jogo. Percebendo que a sua equipa necessitava de mais poder de fogo na frente de ataque, Sir Alex Ferguson chamou a jogo Teddy Sheringham para o lugar de Jesper Blomqvist. Porém, foi o Bayern que, por intermédio de Mehmet Scholl (entrado para o lugar de Zickler), mais perto esteve do golo: chapéu (quase) perfeito ao gigante Peter Schmeichel, que apenas parou no poste direito da baliza do Manchester United FC. Sir Alex Ferguson chamava então a jogo, para os 10 minutos finais, Ole Gunnar Solskjaer (para o lugar de Andy Cole) mas, mais uma vez, foi o Bayern que esteve próximo de sentenciar o jogo: após alguns ressaltos na área, Jancker fez um pontapé acrobático que esbarraria na barra da baliza à guarda de Schmeichel.

Nervos à flor da pele em Camp Nou até que, aos 91 minutos de jogo, Teddy Sheringham fez o golo do empate após desviar à boca da baliza uma bola rematada por Ryan Giggs. O Manchester United FC estava então por cima do encontro e, enquanto os adeptos ainda festejavam o golo do empate, o impensável aconteceu: aos 93 minutos, novo canto para a formação britânica apontado por David Beckham, Sheringham “penteia” a bola na grande área e, já na pequena área, Solskjaer desvia a bola para o fundo da baliza à guarda de Oliver Kahn. Festejos efusivos de Peter Schmeichel, loucura nas bancadas de Camp Nou, uma final feita de história e para a história!

Contraste entre a euforia dos britânicos e o desânimo dos jogadores do FC Bayern Munchen  Fonte: FC Bayern Munique
Contraste entre a euforia dos britânicos e o desânimo dos jogadores do FC Bayern Munchen
Fonte: FC Bayern Munique

A partir desse dia o futebol nunca mais seria o mesmo. A ideia de que o jogo apenas termina quando o árbitro apita foi exponenciado ao máximo e, atualmente, a reviravolta épica protagonizada pelo Manchester United FC de Sir Alex Ferguson é frequentemente apontada como exemplo ilustrativo dessa popular expressão. Porém, melhor do que recordar por palavras é assistir às imagens arrepiantes de um daqueles encontros que, mesmo para quem não gosta de futebol, fazem deste um desporto mágico.

Foto de Capa: Manchester United FC

Um italiano contra o mundo

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Estávamos ainda a meio de maio quando o Sporting Clube de Portugal anunciou um reforço para o lado direito do seu setor defensivo. Ezequiel Schelotto e Ricardo Esgaio, que estavam no plantel, viam chegar Cristiano Piccini para concorrer pela titularidade.

Piccini não era um jogador muito conhecido no nosso campeonato, pois vinha dos espanhóis do Betis de Sevilha, onde tinha feito o último jogo em abril. Contudo, tendo em conta os problemas graves e recorrentes que o Sporting teve com os laterais em 2016/17, crescia a expetativa por ver o que Piccini poderia dar à equipa. E os primeiros sinais foram positivos. Piccini foi um dos jogadores que mostrou trabalhar bastante durante o período de férias, disposto a apresentar-se num ritmo elevado no início da pré-época. E assim foi. Piccini foi um dos jogadores muito utilizados durante a fase de preparação. Em primeiro lugar, porque não tinha concorrência à altura. Ricardo Esgaio foi para Braga, Schelotto foi dispensado, André Geraldes e Mama Baldé nunca fizeram sequer cócegas ao italiano. Em segundo lugar, porque Piccini sempre mostrou uma vontade e disponibilidade enormes para se mostrar a Jesus.

Contudo, Piccini viu ser-lhe logo colado, injustamente, o papel de patinho feio da equipa. Piccini não esteve isento de culpas, mas até Coates e Mathieu estiveram muito periclitantes na pré-temporada. O guarda redes, Azbe Jug, teve desempenhos miseráveis, e tudo isto ajudou a que fosse colocado o tal rótulo em Piccini, que ainda estava a adaptar-se também aos novos companheiros e à exigentes tarefas pedidas pelo treinador. Com o início dos jogos mais a sério, viu-se outro Piccini. E aqui englobo os dois jogos de campeonato já disputados e também os encontros de preparação disputados em Alvalade, frente a Mónaco e Fiorentina.

Piccini tem feito muitos minutos desde julho na equipa do Sporting Fonte: Sporting CP
Piccini tem feito muitos minutos desde julho na equipa do Sporting
Fonte: Sporting CP

As comparações com os seus antecessores são inevitáveis e aí Piccini ganha aos pontos. Schelotto tinha como ponto forte a sua disponibilidade física, que lhe permitia colmatar as falhas que ia tendo. Ora, Piccini tem também essa característica, acrescentando os upgrades de ter maior capacidade técnica e defender melhor que o ítalo-argentino dispensado por Jorge Jesus. É um jogador que trata melhor a bola, sem ser brilhante. Contudo, tem mais noção dos seus pontos fortes e fracos, algo que faltava também a Schelotto. Piccini sabe que não é nenhum Daniel Alves ou Carvajal, ou sequer um Cédric Soares, para falar de um jogador que já passou pela lateral direita leonina. Porém, sabe proteger-se disso mesmo, não arriscando demasiado, nem que para isso seja preciso jogar feio.

O que se pede, em primeiro lugar, a um defesa é segurança. E nesse ponto estamos melhor servidos que nas últimas temporadas. Piccini parece-me melhor que Schelotto, Esgaio ou João Pereira. Aventura-se pouco no ataque e o cruzamento não é, claramente, um dos seus pontos mais fortes. Contudo, vai estando mais afoito a nível ofensivo à medida que os jogos vão decorrendo e isso é positivo. É sinal que se está a adaptar cada vez mais rápido às rotinas pedidas pela equipa técnica e que está a ganhar confiança.

A chegada de Stefan Ristovski pode ser também positiva para o italiano. Significa concorrência mas ambos os jogadores podem crescer juntos. A concorrência pode ser bastante saudável e Piccini não ia fazer todos os jogos da época, com toda a certeza. Também não conhecemos bem Ristovski e a forma como se vai adaptar ao futebol português. Contudo, penso que os sportinguistas podem estar contentes com Piccini. Penso que o italiano pode ser uma pedra importane na estruturação de sucessos futuros para os leões.

Foto de Capa: Facebook oficial de Cristiano Piccini

Brasil 27-26 Portugal (Sub 19): Pouco faltou para ser perfeito

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Cabeçalho modalidadesPortugal defrontou esta tarde o Brasil na última jornada da fase de grupos do 7º Campeonato Mundial de Sub-19 Masculinos. A seleção nacional já se encontrava qualificada para os oitavos de final da competição, o que explicará alguma displicência em algumas fases da partida.

O jogo foi marcado pela incerteza do marcador e, consequentemente, pela alternância na liderança da partida até aos instantes finais. O primeiro golo da partida foi marcado por Oleksandr Nekrushets, lateral-esquerdo do ABC, mas foram os brasileiros a colocarem-se em vantagem pela primeira vez (2-1). Como tem acontecido ultimamente, a resposta portuguesa não tardou e os jovens lusos deram a voltar ao marcador e chegaram a ter uma vantagem de três golos por volta dos 14 minutos de jogo (5-8), quando o central do SL Benfica, Francisco Pereira, marcou o seu quarto golo da partida.

Os brasileiros chegaram ao empate (10-10) quando faltava pouco mais de dez minutos para o final da primeira parte, através de um golo de Allefer Bellan, ponta direito do ACEU UNIVALI ITAJAI. Nos últimos dez minutos a seleção brasileira conseguiu um parcial de 4-2 e saiu para o intervalo a vencer 14-12.

Fonte: Handballgeo2017
Hoje foi dada a oportunidade a jogadores com menos tempo de jogo, como por exemplo Valter Soares, pivot do SL Benfica
Fonte: Handballgeo2017

No início da segunda parte os lusos conseguiram novamente alcançar a liderança (14-15) e o jogo continuou com empates constantes, mas com algum pendor para o lado brasileiro. Quando faltam apenas 35 segundos para o final da partida Portugal empatava 26-26, não conseguindo impedir o golo brasileiro nem voltar a empatar, sendo o resultado final 27-26.

Esta derrota não deve abalar a confiança da equipa, já que foi apenas um jogo menos conseguido e com menos caráter do que aquele a que estamos habituados, devido, talvez ao facto, que o apuramento para os oitavos-de-final já estava confirmado.

Francisco Pereira e Diogo Silva, do SL Benfica e do ISMAI, respetivamente, foram os melhores marcadores da Seleção com cinco golos cada.

Portugal faz parte dos 16 finalistas da competição e vai defrontar a Tunísia (2ª classificada do grupo D) na quarta-feira pelas 11 horas.

 

Foto de Capa: Handballgeo2017

Moeda ao Ar: Kareem Abdul-Jabbar

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Cabeçalho modalidadesO draft da NBA é a grande representação das pretensões de competitividade que esta liga promove praticamente desde a sua génese. Privilegiando as equipas com piores resultados na escolha dos novos atletas aproxima o fundo do topo da tabela. Uma meritocracia inversa que sempre tentou encurtar distâncias e, tanto quanto possível, promover a rotatividade de sucessos. O modelo de hoje é complexo e muito afinado, aperfeiçoado nas últimas quatro décadas, mas nem sempre foi assim. Desde 1966 instaurou-se um sistema que duraria 19 épocas: as duas piores equipas de cada conferência disputavam entre si uma “moeda ao ar” para decidir quem levaria a primeira escolha. Simples.

Em 1969 deu-se um dos mais curiosos casos deste modelo, conhecido como First Pick Coin Flip. A 19 de março em Nova Iorque o futuro da liga estava prestes a ser alterado por uma moeda de 50 centavos. Milwaukee Bucks e Phoenix Suns partilhavam ligação com o comissário Walter Kennedy. Rodou no ar, caiu no chão, e o comissário exclamou o resultado: COROA! Festa em Milwaukee, os veados ganharam, tinham a primeira escolha do draft daquele ano.

O indefensável Skyhook de Kareem impunha-se sobre qualquer defesa Fonte: Religio Magazine
O indefensável Skyhook de Kareem impunha-se sobre qualquer defesa
Fonte: Religio Magazine

Este não era um draft normal, era o draft que trazia para a NBA o jogador mais impressionante e mais dominante alguma vez visto no basquetebol universitário. Lewis Alcindor  como foi conhecido até 1971, vinha de uma carreira impressionante na UCLA, ganhando por três vezes consecutivas a NCAA, entre 67 e 69, sendo em todas elas considerado o melhor jogador da competição e o melhor jogador da final-four. Os Bucks tinham ganho o melhor jogador da sua história.

Foi em 1971 que ganhou o seu primeiro anel, e primeiro e único campeonato para o franchise de Milwaukee. MVP e Finals MVP desse ano, na sua terceira época como profissional, dominava a liga a seu belo prazer. Esse ano marcou também a sua mudança de nome, seria como Kareem-Abdul Jabbar que o mundo inteiro o conheceria como um dos melhores jogadores da história do basquetebol. O seu lançamento característico eternizado como skyhook, é ainda hoje visto como um dos movimentos mais eficazes e difíceis de defender de sempre.

Fonte: The Sports Bank
Fonte: The Sports Bank

Quatro anos volvidos uma troca levou-o para Los Angeles, onde sempre desejou jogar, para ao serviço dos Lakers formar uma das equipas mais espectaculares e bem sucedidas de sempre. Mais tarde chegou Magic Johnson e os Show-Time Lakers estavam prontos para abalar o mundo do desporto.  Kareem despediu-se com 6 títulos, 6 MVP’s, o melhor marcador da história da competição, maior numero de lançamentos concretizados, atleta com mais minutos jogados, e muito mais. Um jogador que marcou mais que uma época, marcou uma modalidade. Naquela noite, em 69, uma moeda ditou mais que uma escolha. Ditou o destino de um fora de série, um atleta especial.

Foto de Capa: NBA

GD Chaves 0-1 SL Benfica: Começa a escrever-se o penta

À segunda jornada da 1ª Liga, defrontaram-se no Estádio Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira, o Grupo Desportivo de Chaves e o Sport Lisboa e Benfica. Ambas as equipas terminaram a época passada com um saldo muito positivo.

Por regra, o tetracampeão tem sido mais competente, tendo a última vitória dos transmontanos sobre os lisboetas acontecido há vinte anos atrás, em 1997. Contudo, o Chaves, mesmo vindo da 2º liga, fez um excelente campeonato, o que permitiu ao clube a manutenção no principal escalão nacional e que, certamente, tudo fará para manter.

A equipa de Luís Castro, que não contou com alguns lesionados como Platiny e Perdigão, e apresentou-se com algumas mudanças frente a um Benfica também desfalcado, sem Júlio César, Grimaldo, Zivkovic, André Horta e Mitroglou, ausentes por lesão.

Rui Vitória repetiu o onze do último jogo, mantendo Jonas e Seferovic como dupla atacante. Este último, dada a magnifica pré época que fez e aos bons resultados que tem apresentado, creio que seria titular mesmo com Mitroglou em condições de ir a jogo. O grego que se cuide, a sério!

O Desportivo de Chaves foi um adversário bem organizado defensivamente, pressionou muito e bem e as dificuldades começaram a sentir-se logo nos primeiros minutos. O Benfica teve muito trabalho mas lá conseguia ir chegando com perigo à baliza de Ricardo.

A melhor oportunidade foi de Sálvio, aos 7 minutos, para defesa do guarda-redes. O Chaves reagiu sempre, foi aproveitando as falhas defensivas dos encarnados e conseguiu criar algum perigo, principalmente pelos pés de Tiba, Jorginho e William.

Passado o primeiro quarto de hora, Mateus Pereira, de livre, obrigou a defesa de punhos de Varela. Inconformado, Sálvio, responde com uma bola ao ferro da baliza transmontana.

Galvão, aos 22minutos, quase adianta o Chaves no marcador mas Varela não vacilou. O encontro estava a ser bem disputado e o Chaves não descurou nunca a defesa, sempre muito compacta.

Capitão, André Coelho, evitou, aos 24 minutos, o primeiro do Benfica, depois de uma bola dividida entre o Sálvio e o guarda-redes. O mesmo Sálvio, aos 31 minutos, imparável, quase que faz um chapéu ao guarda redes, depois de desvio mágico de cabeça de Franco Cervi. O número 18, voltou a insistir, aos 34 minutos, mas a bola esbarrava sempre no guardião do Chaves.

Destaque para Mateus Pereira, jogador ágil e rápido, a conseguir encontrar espaços na defesa do clube da Luz várias vezes. Jonas, por seu lado, deu menos nas vistas, estando algo apagado em toda a primeira parte.

Aos 39 minutos, André Coelho trava jogada perigosa, o Benfica ainda conseguiu o canto mas Jardel cabeceou para as mãos de Ricardo. Na resposta, o Chaves ganhou dois cantos de seguida mas sem problemas de maior para a defesa encarnada.

Em cima do intervalo, Seferovic entra em cena com uma jogada que começa em Sálvio, que passa ao helvético mas saiu-lhe mal o remate. Nota para William, que apesar de bem marcado por Jardel, foi conseguindo fazer movimentos desequilibradores. E assim o jogo chegou a meio sem golos mas bem disputado.

Na segunda parte, as equipas apresentaram-se sem alterações nos respectivos onzes e Jonas, acordou, fazendo um remate perigoso mas saiu por cima da baliza adversária. Logo de seguida, grande defesa de Varela travou remate de Jorginho, quando a defesa benfiquista estava batida. Jonas, de novo, rematou mas ao poste. O Benfica estava decidido a ganhar e Seferovic centrou para mais uma grande intervenção de André Coelho, o melhor em campo do Chaves na minha opinião.

O tetracampeão aumentou a carga ofensiva mas o Chaves não deu tréguas, montou, literalmente, um muro no seu lado do campo e foi praticamente impenetrável. Aos 59 minutos, Cervi faz remate traiçoeiro que acabou nas mãos de Ricardo e, novamente, o argentino remata para mais uma grande defesa.

Aos 61 minutos, lance de perigo do Chaves, pelos pés de Mateus Pereira, também este realizou uma grande exibição.

As substituições começaram pelo lado do Chaves, Galvão saiu para entrada de Filipe Melo e ainda, troca de Tiba por Bressan. O treinador do Chaves quis refrescar o seu meio campo.

Até Luisão meteu uma bola na quina do poste mas ela não queria entrar e Rui Vitória tomou medidas, fazendo sair Cervi para entrar Rafa.

Aos 71 minutos, o capitão encarnado cabeceia por cima da baliza de Ricardo. Eu já só chamava por Raúl e Rui Vitória ouviu-me, aos 77 minutos, tirando Sálvio. Três avançados em campo foi a estratégia escolhida pelo treinador, o foco era o golo e ele acabaria por acontecer.

Aos 81minutos, Furlan saiu, numa pausa demorada, para entrar Queiros. Os encarnados sempre a insistirem e a construir jogo até ao fim, pelo lado direito, principalmente, mas nada resultava.

Aos 88 minutos, houve outro lance perigoso de André Almeida, que merece a nota pelo bom jogo que fez, dando bastante apoio ofensivo à equipa.

Decretados foram 6 minutos de compensação, num jogo já desesperado, e Seferovic, o homem, apoiado por Rafa, mostra o faro de golo num toque já sem ângulo e muita habilidade.

Ainda houve tempo para meter o tampão de serviço, Filipe Augusto, para entrar para o lado de Fejsa.

Finda a segunda jornada, mantém-se a tendência de um Benfica que, apesar da pré-época, não joga a feijões e mostra a raça de tetracampeão. E começa assim, a escrever-se o penta!

GD Estoril-Praia 3–0 Vitória SC: Descalabro em Desvantagem

Cabeçalho Futebol NacionalO Estoril-Praia defrontou esta segunda-feira o Vitória SC, num jogo fervoroso, onde nenhuma equipa conseguiu acabar com os onze jogadores em campo, a contar para a segunda jornada do campeonato nacional. As equipas apresentaram-se com uma atitude prometedora de uma boa partida de futebol. Os vimaranenses apostaram numa construção sólida de jogo, ao contrário da equipa da casa que, com a sua defensiva bem organizada, começou desde cedo a jogar em contra-ataque, criando até mais perigo que a visitante. O primeiro remate de verdadeiro perigo surgiu aos treze minutos, por parte da equipa do Estoril, que acabou por chegar ao golo sete minutos depois, por parte de Pedro Monteiro.

Depois do golo, os homens de Pedro Emanuel baixaram o bloco e houve muito mais Vitória. Aos 40 minutos, Wesley, amarelado desde a primeira parte do segundo tempo, foi expulso após uma entrada feia sobre Hurtado, o que não facilitou a vida aos canarinhos. Apesar da pressão muito mais elevada e do constante perigo levado à baliza de José Moreira, a equipa de Guimarães não foi capaz de chegar ao golo do empate.

Fonte: GD Estoril-Praia SAD
Fonte: GD Estoril-Praia SAD

Perto dos 60 minutos, com ambas as equipas a jogar apenas com 10 jogadores (Vigário viu o segundo amarelo aos 53’), Josué faz falta sobre o homem do Estoril dentro da área. Após marcar grande penalidade e mostrar cartão ao capitão do Vitória, o árbitro Carlos Xistra recorreu ao Vídeo Árbitro e o vimaranense acaba por ver o vermelho direto. Kléber não perdoou e atirou a bola para o fundo das redes de Miguel. Com vantagem numérica e a vencer por dois, os canarinhos viram a sua vida facilitada.

O Estoril-Praia acabou por chegar ao terceiro golo, mais uma vez por parte do sub capitão. Os vimaranenses não conseguiram ultrapassar a desvantagem numérica e a equipa da casa acabou por vencer tranquilamente a partida.

Londres 2017: Uma montanha russa de emoções

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Cabeçalho modalidadesChegaram ao fim os Mundiais de Londres. Chegou ao fim a carreira de Usain Bolt. Chega ao fim também a carreira de Mo Farah em pista. São muitas despedidas num só dia e ainda é difícil de acreditar que não mais veremos Usain Bolt ou Mo Farah pisar uma pista. Mas sobre isso falaremos em artigos futuros. Hoje iremos falar de como decorreram os Campeonatos de Londres, quais os aspectos positivos e negativos e como o Atletismo sai reforçado desta jornada.

A IAAF sabia que jogava pelo seguro no dia em que escolheu Londres para ser a sede dos Mundiais de 2017. Todos sabemos da admiração que os britânicos têm pelo desporto e pelo Atletismo em particular, todos sabemos que este poderia ser um fim de um ciclo para alguns dos principais atletas e assim o foi para duas grandes lendas, o que apenas reforçou a importância destes Campeonatos. Recorde-se que estes foram os primeiros Mundiais após o escândalo de doping russo (existiram os Jogos Olímpicos, mas aí não é um evento unicamente de Atletismo) e a resposta do público não poderia ser mais positiva. Foram os Campeonatos Mundiais com mais espectadores da história no estádio, tendo ultrapassado os mais de 700.000 bilhetes vendidos nos 10 dias de evento. Acresce-se que a Organização nunca teve receio de falhar e eram também os Mundiais com os preços mais picantes. Mas nada falhou nesse aspecto, o público que compareceu em massa criou em todas as sessões uma atmosfera impressionante e o Atletismo consegue sair destes mundiais por cima depois das dúvidas criadas pelo “caso russo”.

Não que o doping tenha estado totalmente ausente das conversas durante os Mundiais. Os russos autorizados a participar, apenas o fizeram representando uma “equipa neutral” e qualquer adereço russo foi proibido no estádio. Numa das provas mais aguardadas do campeonato, a final dos 100 metros, Usain Bolt perdeu para Justin Gatlin, que foi suspenso por doping no passado e, portanto, o fantasma andou sempre presente. No entanto, o desporto tem que saber conviver com isso. “Cheaters” sempre existiram e continuarão a existir, restando ao desporto trabalhar no sentido de ser cada vez mais limpo e de punir quem infringe as regras.

Uma das imagens deste mundial Fonte: IAAF
Uma das imagens deste mundial
Fonte: IAAF

Em termos de marcas não foram os Mundiais mais espectaculares de sempre. Não houve recordes mundiais batidos e os recordes de campeonatos e nacionais não chegaram aos números de outras edições. Já se esperava isso. Em Campeonatos após os Jogos Olímpicos, os resultados tendem a sofrer alguma quebra por vários motivos – esqueçam Bolt em Berlim, Bolt é à parte. Seja por alguma descompressão e descarga emocional pós Olímpicos, seja por ser um final de ciclo de 3 anos (Mundiais-Olímpicos-Mundiais), seja porque existem excessos após os Olímpicos. Mas em 2019, depois de um 2018 sem eventos globais ao ar livre, já deveremos ter outro tipo de marcas em Doha. No entanto, em termos de espectacularidade e emoção foi do mais fantástico que alguma vez se viu. As surpresas foram tantas que fazer um top-10 revela-se uma tarefa muito complicada (vamos tentar!). Todos os dias revelaram-se verdadeiras caixinhas de surpresas. Ninguém, à partida, esperaria ver nomes como Bolt, Elaine Thompson, Shaunae Miller, Ryan Crouser, Mo Farah (nos 5.000) ou Kendra Harrison derrotados. Mas vimos. Assim como vimos surpresas enormes nos Ouros de Guliyev, Emma Coburn, Francis Phyllis, Kori Carter ou Warholm. Esta é a magia do desporto e o Atletismo, mais uma vez, provou que magia é coisa que não lhe falta.

Em termos nacionais, conseguimos o Ouro que aqui tínhamos previsto com Inês Henriques nos 50 Km Marcha. Conseguimos mais um Bronze, com Nelson Évora no Triplo Salto. Um guerreiro nunca desiste e quando o pensam ter derrotado é quando ele volta mais forte ainda. Está velho? Não. A nossa aposta é que ainda volta em Doha e em Tóquio e com a competitividade de sempre. Os restantes atletas portaram-se dentro do esperado, alguns abaixo, outros um pouco acima do esperado.

No quadro geral, os Estados Unidos da América fizeram uns extraordinários campeonatos. Mesmo que alguns dos seus favoritos não tenham alcançado o Ouro, existiram outros resultados surpreendentes que acabaram por compensar na hora de pesarmos na balança. O Quénia voltou aos seus melhores momentos e esteve a um grande nível, assim como nações como a África do Sul e a Polónia mostraram a sua força actual. Os Britânicos fizeram uns excelentes campeonatos nas estafetas (conquistaram medalhas em todas as estafetas), mas a nível individual tiveram apenas um medalhado e que aqui se despede – Mo Farah.

Omar McLeod deu o único ouro à Jamaica ao vencer os 110 barreiras Fonte: Sabreakingnews
Omar McLeod deu o único ouro à Jamaica ao vencer os 110 barreiras
Fonte: Sabreakingnews

A grande decepção foi mesmo a Jamaica. Uma das piores prestações de sempre. Apenas 4 medalhas (1 Ouro e 3 Bronzes). Em todas as edições de Campeonatos Mundiais, apenas por duas vezes os jamaicanos não conseguiram mais de 4 medalhas: foram as mesmas 4 em 1987 em Roma e apenas 3 em Helsínquia em 1983. Portanto, há 30 anos que os jamaicanos não viam tão poucos atletas do seu país a subir ao pódio. Muito abaixo das expectativas e logo numa cidade onde tantos jamaicanos fizeram questão de marcar presença e apoiar em todos os dias do evento.

O balanço é claramente positivo. Dizemos adeus a Londres com um sorriso na cara pelo sucesso dos Mundiais. A época, no entanto, não termina ainda aqui, há 3 etapas da Diamond League para disputar, incluindo as finais que prometem. Em termos de eventos globais ao ar livre, os próximos serão os Mundiais de Doha em 2019. Em Pista Coberta, teremos os Mundiais de Pista Coberta em Birmingham já em Março do próximo ano.

Foto de Capa: IAAF