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Inteligência e Vontade

Esta é uma análise racional e não emocional do momento da época do Sporting, e desde já peço desculpa aos Sportinguistas por não falar com o coração e falar só com o cérebro. Posto isto, reitero que quero que o Sporting ganhe todo e qualquer jogo, em qualquer modalidade.

Este é o momento de viragem da época do Sporting. Aqueles jogos que o Sporting, teoricamente, iria perder, já passaram: Real Madrid e Borussia Dortmund (e em nenhum dos jogos fomos inferiores). A partir de agora, não nos podemos desculpar com faltas de descanso, nem de cabeça noutras competições, nem dos jogadores estarem preocupados em mostrarem-se na montra europeia.

Este é o momento em que não se pode falhar, seja uma Equipa A, B ou C. Não há desculpas para perder pontos ou eliminatórias, agora é para ganhar sempre e em qualquer campo. E o cansaço de muitas competições não pode ser desculpa para os jogadores do Sporting Clube de Portugal; o Campeonato, a Taça de Portugal e a Taça da Liga são para ganhar, sem desculpas, sem medos, sem faltas de vontade. Quando todos desejavam que o nosso Sporting fosse cilindrado pelos “tubarões europeus”, nós deixámos a sensação de que deveríamos ir mais longe. O “jogámos como nunca, perdemos como sempre”, frente a estas equipas estrangeiras tem de acabar, mas esta época, na Liga dos Campeões já não dá. Venha a Liga Europa, onde temos de mostrar a nossa vontade.

Elias, tem sido um "patinho feio" em Alvalade, mas tem que ter mais vontade, garra e querer! Fonte: Globoesporte.com
Elias, tem sido um “patinho feio” em Alvalade, mas tem que ter mais vontade, garra e querer!
Fonte: Globoesporte.com

Temos de ter jogos de inteligência e vontade, e o jogo com o Boavista foi a prova disso. Temos de ser inteligentes no jogo, saber quando devemos pressionar e quando devemos guardar a bola, quando devemos acelerar a partida e quando devemos abrandá-la. Mas isso, sem vontade, não chega. Quero que o Elias tenha mais vontade de correr, quero que o Matheus tenha mais vontade de ser titular, quero que o Gelson tenha vontade de renovar, quero que o Beto queira mostrar-se nos jogos das Taças, quero que o Paulo Oliveira mostre que é um Central de Selecção, quero que o André ouça Jesus e se torne um “mini-Liedson”, quero que o “Mini-Messi” brilhe em Setúbal e faça o mesmo percurso que João Mário e Rúben Semedo, quero que o Markovic volte a mostrar atributos que já teve em Portugal, e que todos os outros jogadores queiram ser mais e melhores.

Sporting, está na hora da “Inteligência e Vontade!”

Foto de capa: Sporting Clube de Portugal

Palmeiras: A Ene(id)a do título

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Cabeçalho Liga Brasileira

O Palmeiras sagrou-se eneacampeão (nove títulos) brasileiro. O nome tem paralelismo com a grande obra do famosíssimo autor romano, Virgílio. A Eneida narra a fantástica aventura de Eneias e dos seus companheiros, num sentido profético de missão civilizadora do Estado Romano.

Este título do Palmeiras também teve algo de profético. É certo que o campeonato ainda não acabou, mas é o segundo melhor ataque (só atrás do Atlético Mineiro) e a melhor defesa. Defesa, essa, que foi a arma de conquista de um título que escapava desde 1994. Cuca, que tinha sido campeão da Taça dos Libertadores da América pelo Galo Mineiro – mas que nunca tinha ganho um Brasileiro – foi o timoneiro desta proeza.

A Sociedade Esportiva Palmeiras teve apenas seis derrotas: muito pouco para o Brasileirão. Mais vitórias em casa e mais vitórias fora do que qualquer outra equipa. Este título é inteiramente merecido para o Porco – a mascote do Verdão. Um clube que conheceu as profundezas do inferno ao cair para a segunda divisão há alguns anos atrás e que se vê agora reerguido com um novo e bonito estádio e coroado com o título mais importante do Brasil; tornando-se, assim, o maior campeão brasileiro. Aquele que mais títulos nacionais conquistou até hoje.

Futebol de ataque, personalidade e união foram imagens de marca deste Plameiras 2016 Fonte: ESPN
Futebol de ataque, personalidade e união foram imagens de marca deste Plameiras 2016
Fonte: ESPN

Os jogadores foram muito competentes e os palmeirenses podem estar felizes, pois a equipe mostrou maturidade e não cedeu à pressão dos adversários, ficando na liderança desde muito cedo e nunca mais largando o primeiro lugar.

Falta uma jornada para terminar o Brasileirão 2016. Já há campeão. O Palmeiras. Verde é a cor da esperança. Para os palmeirenses e para Eneias. Ambos tiveram uma missão. E ambos concluíram-na com sucesso. Os milhões de corações alviverdes já podem bater mais forte. E que comece o foguetório: não só em São Paulo, mas por todo o Brasil!

 

Imagem de capa: SE Palmeiras

SL Benfica 3-0 Moreirense FC: Um cérebro que transforma superioridade em vitória(s)

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Foi incontestável, clara e indiscutível a vitória do Benfica, que permitiu a equipa de Rui Vitória solidificar-se na liderança. A superioridade esteve sempre lá – Moreirense pagou caro a instabilidade interna – e, mesmo com um Benfica relaxado, a principal figura do Moreirense foi o seu guardião, que evitou mais uma mão cheia de golos. Neste tipo de jogos, contra equipas fechadas, uma equipa grande tem de ter argumentos criativos para ludibriar a organização defensiva dos adversários. E o Benfica teve. Créditos para Pizzi, decisivo na marcação dos dois golos. Até aí, o futebol do transmontano é cerebral.

Não houve muita história para contar neste jogo, o que prejudica qualquer rescaldo/crónica. Os pontos essenciais são fáceis de explicar. O Benfica, desde cedo, impôs a sua natural superioridade e foi empurrando o Moreirense para a sua zona defensiva. Os comandados de Rui vitória, mesmo com algum relaxamento/cansaço, foram colecionando algumas ocasiões e o golo acabou por surgir de forma natural. Não dava pelo futebol apoiado; deu pelas transições. Pizzi, com classe, marcou. O intervalo chegava e só uma equipa parecia estar em campo.

No segundo tempo, quando se esperava uma reacção do Moreirense… Continuou tudo na mesma. A equipa de Moreira de Cónegos só com os esticões de Podence é que conseguia retirar a bola do seu meio-campo. O Benfica, mesmo sem a objectividade de outros jogos, chegou com naturalidade ao golo da tranquilidade. Pizzi, mais uma vez, a ter a inteligência que faltou aos seus colegas, e a bisar no encontro.

Até ao fim, Rui vitória tentou gerir a equipa e o resultado. O terceiro golo chegou com a assinatura de Jiménez e, sobretudo, a velocidade de Rafa.Não era noite para grande futebol. O Moreirense tem de recuperar deste autêntico tiro nos pés. Quanto ao Benfica, alargou a vantagem para o Porto e cumpriu o seu objectivo. É mesmo verdade: no futebol moderno, o facto de se ter um cérebro pode fazer toda a diferença.

Foto de Capa: SL Benfica

UEFA Futsal Cup – Dia 3: Empate que sabe a ouro para o Sporting

Cabeçalho modalidadesOdivelas vestiu-se de verde e branco para o grande jogo entre Dínamo e Sporting da última jornada do Grupo D da Ronda de Elite.

O Dínamo entrou mais esclarecido em campo, enquanto que o Sporting estava algo mais nervoso; mas foram os leões, aos seis minutos, que abriram o marcador num grande remate de João Matos após reposição de bola de Deo. 1-0 em Odivelas e um apoio ainda mais forte do que aquele que já havia.

Três minutos depois Cirilo, numa boa jogada individual, empatou o jogo, num resultado que não se podia considerar injusto. As boas jogadas de lado a lado continuaram mas com algum ascendente do Dínamo, que chegou com alguma naturalidade à vantagem, após golo de Fukin. 

Foi com naturalidade que Nuno Dias pediu time out para definir a tática para o que restava da primeira parte e tentar acalmar os seus jogadores, aparentemente nervosos, talvez devido à excelente casa.

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Nuno Dias foi o maior obreiro da passagem
Fonte: Nuno Raimundo

O jogo depois do tempo técnico ficou sujo e feio, principalmente devido a Cirilo, capitão dos russos, que abusou das faltas e até do uso dos cotovelos, passando impune aos olhos dos árbitros só com conversas. Quanto ao jogo jogado, o Sporting passou a ter mais bola, como não podia deixar de ser, mas o Dínamo passou a ser mais efetivo nos seus processos ofensivos, com Marcão a evitar quatro golos e Gustavo, guarda-redes do Dínamo, apenas um.

 Ao intervalo, 2-1 para os russos, num resultado que se podia considerar justo e que estava longe de ser positivo para o Sporting.

Na segunda parte o Sporting entrou mais calmo e concentrado e isto refletia-se no jogo, nomeadamente com o golo do empate por Diogo após um canto, em mais uma demonstração do brilhantismo do trabalho feito nas bolas paradas por Nuno Dias e os seus pupilos.

A calma dos jogadores dos leões notava-se a toda a linha e o jogo era praticamente controlado pelo Sporting. O 2-3 chegou com toda a naturalidade do mundo, através de Cavinato, e o jogo prometia não ficar por aqui.

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O golo que deu a passagem ao Sporting
Fonte: Nuno Raimundo

Muito fortes defensivamente e com um jogo ofensivo muito mais pensado, foi com alguma surpresa que Fernandinho fez o 3-3, num lance em que Marcão parece ter sido mal batido. Com o golo o Dínamo subiu a defesa e criou mais problemas ao Sporting na saída do meio-campo.

Com o Sporting com cinco faltas e a faltar três minutos para o jogo terminar, Alekberov pediu time out para preparar o guarda-redes avançado e procurar o golo que faltava para a qualificação para a final four.

O Sporting foi exímio na defesa 5-4 e não permitiu um único lance de perigo aos russos, que de cabeça totalmente perdida desataram à pancadaria a tudo e todos, numa cena muito lamentável e que tira todo o mérito que os russos pudessem ter no jogo.

GP de Abu Dhabi: Nico Rosberg é campeão do mundo de F1

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Cabeçalho modalidadesPassou mais um ano. Passou mais um Mundial. Mais vitórias, derrotas, safety-cars e acidentes de arrepiar. Mas, desta vez, o campeão não é o do costume.

Nico Rosberg sagrou-se hoje Campeão do Mundo de F1.

O GP de Abu Dhabi, 21.º e último da temporada, foi o palco de todas as decisões. O alemão da Mercedes não deixou escapar a grande oportunidade que tinha nas mãos e leva mesmo o título para casa.

Rosberg levava a vantagem na classificação; Hamilton tinha a pole-position a deixá-lo ligeiramente à frente. Ainda assim, o alemão estava mesmo ao seu lado, na primeira fila da grelha. O último lugar do top3 ficou para Ricciardo, que foi mais rápido que os dois Ferrari nos últimos momentos da qualificação. Verstappen acabou por ficar atrás dos cavalos rampantes, na sexta posição.

Hamilton precisava de ganhar e esperar que Rosberg ficasse fora do pódio. A Rosberg bastava assegurar um dos três primeiros lugares para ser campeão do mundo.

E, para manter a tradição do resto do campeonato, animação logo na primeira volta. Max Verstappen fez um pião e caiu para o último lugar; o Red Bull tocou no Force India de Hulkenberg a seguir à primeira curva. Depois da autêntica escalada de há duas semanas, o holandês voltava a ter um grande desafio pela frente.

Lewis Hamilton, por sua vez, assegurou a liderança, com Nico Rosberg a segui-lo de perto. As entradas e saídas das boxes, para trocar os pneus para macios, levaram Verstappen a um salto para a segunda posição, à frente de Rosberg. Depois de uma tentativa de ultrapassagem por parte do alemão, a Mercedes pediu prudência; naquela altura, Nico era campeão. Não valia a pena correr riscos. Principalmente com Verstappen.

Nico Rosberg sagrou-se campeão do mundo de F1 34 anos depois de o pai ter alcançado o mesmo feito Fonte: F1
Nico Rosberg sagrou-se campeão do mundo de F1 34 anos depois de o pai ter alcançado o mesmo feito
Fonte: F1

O Yas Marina foi também o cenário da derradeira batalha pelo quarto lugar da geral. Vettel e Verstappen disputavam a posição – o alemão acabou por sair vitorioso. Apesar de ter sido o protagonista de mais uma incrível recuperação, o jovem holandês não foi mais rápido do que o Ferrari e contentou-se assim com o quinto lugar da classificação geral. A Red Bull conseguiu roubar o estatuto de “melhor dos outros” à Ferrari, com o pódio de Ricciardo, e ainda conquistou uma posição a Raikkonen. A scuderia termina o ano com um balanço muito positivo, no que toca tanto ao entendimento dos dois pilotos como ao seu aproveitamento individual. Daniel Ricciardo provou que é um piloto a seguir; Max Verstappen foi a revelação do ano e tem os holofotes da F1 sobre si. A luta deixou de ser entre a Mercedes e a Ferrari – a Red Bull chegou para ficar.

Aleksandr Erokhin: o maestro do meio-campo do FC Rostov

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Cabeçalho Futebol Internacional

Numa semana em que muito se falou do FC Rostov, da sua incrível vitória diante do todo poderoso FC Bayern München e do talentoso avançado iraniano Sardar Azmoun, é fácil por vezes esquecermo-nos daqueles que, com uma mestria que, por vezes, passa despercebida, fazem a engrenagem de uma equipa funcionar na perfeição.

Aleksandr Erokhin, médio russo de 27 anos, é o maestro da orquestra liderada na sombra por Kurban Berdyev e é porventura um dos melhores futebolistas a actuar na Liga Russa.  Na partida da passada quarta-feira diante do gigante alemão, Erokhin, que partilhou o centro do terreno com o capitão de equipa, Alexandru Gatskan, e com o talentoso médio equatoriano Christian Noboa, foi um dos jogadores do FC Rostov que mais contribuiu para a surpreendente vitória da formação russa. Para além de ter realizado um total de 18 passes, Erokhin esteve também muito perto de marcar quando, na primeira metade do jogo, o experiente defesa central espanhol César Navas lhe colocou uma bola em profundidade e ele, com um toque subtil de cabeça, a desviou do guarda-redes do conjunto alemão, Sven Ulreich, lance que só não acabou em golo porque o defesa da formação germânica Juan Bernat conseguiu desviar a bola para canto no último momento.

Erokhin é um médio extremamente versátil. A sua técnica apurada e visão de jogo refinada permitem-lhe actuar quer como médio centro organizador ou um pouco mais à frente como municiador de jogo para os avançados. É precisamente esta função que Erokhin desempenha no 3-5-2 arquitetado por Kurban Berdyev, actuando como elemento de ligação entre o meio-campo e o duo da frente de ataque, formado habitualmente por Sardar Azmoun e Dmitry Poloz.

Erokhin num treino da selecção russa Fonte: Sovsport
Erokhin num treino da selecção russa
Fonte: Sovsport

No início deste mês, em jogo frente ao FC Arsenal Tula a contar para a Liga Russa, Aleksandr Erokhin fez provavelmente uma das suas melhores exibições desta temporada, contribuindo com dois golos na vitória da sua equipa por 4-1. O médio de 27 anos é o homem de pendor mais ofensivo no meio-campo do FC Rostov e tem formado, em conjunto com Gatskan, Noboa, Kalachev e Kudryashov, uma verdadeira muralha de aço, que causa inúmeros problemas às equipas adversárias.

Erokhin é natural de Barnaul, na Sibéria, e cresceu para o futebol no Dynamo local, clube que, entre outros, serviu de rampa de lançamento para o antigo internacional russo Alexey  Smertin. A ligação de Erokhin com o clã Smertin é de toda a forma interessante, uma vez que foi o pai de Alexey, Gennady, que treinou o agora médio do FC Rostov durante a sua passagem pelo FC Dynamo Barnaul. Gennady foi mais que um mero treinador para Erokhin, já que dedicou muito do seu tempo a desenvolver individualmente as capacidades técnicas e tácticas do actual internacional russo. Erokhin não se cansa, ainda hoje, de realçar a importância que Gennady teve na sua carreira e a influência que o mesmo teve na sua decisão de deixar Barnaul em busca de conseguir um futuro como futebolista profissional na capital da Federação Russa.

O regresso de Yaya Touré

Cabeçalho Liga Inglesa

Tal qual filho pródigo, os adeptos do City assistiram no passado fim de semana ao regresso de um dos seus mais queridos jogadores dos últimos anos do clube milionário: depois de um conflito com Pep Guardiola que ocupou páginas de imprensa um pouco de todo o mundo, Yaya Touré regressou às escolhas do seu treinador e logo com uma presença no 11 inicial escalado pelo catalão para o duelo frente ao Crystal Palace. E dificilmente o impacto do regresso do costa-marfinense poderia ser mais estrondoso: triunfo dos citizens por 2-1 e o homem do jogo? Yaya.

Com a chegada de Guardiola a Manchester, muitos dos jogadores do City exaltaram a forma como o catalão os ajudará individualmente a atingir o seu potencial, e colectivamente no que diz respeito à conquista de troféus, tendo absorvido rapidamente as ideias do seu treinador. Mas com Yaya, a relação claramente azedou, à imagem do que já tinha sucedido nos tempos do Barcelona, muito por culpa do agente do costa-marfinense.

A disputa manteve Touré afastado dos relvados até que houvesse um pedido formal de desculpas, tanto do centrocampista como do seu representante. O que acabou por acontecer, regressando aos relvados com a camisola 42 do Man City frente ao Palace.

O destino por vezes tem destes detalhes, sobretudo no futebol: seja porque um jogador escorraçado regressa com a camisola adversária e acaba por sentenciar a partida, ou por uma vedeta que sai de um clube “pela porta pequena” e acaba por nunca conseguir tornar a render ao mesmo nível. E na jornada frente ao Palace, os adeptos do City saborearam isso mesmo, com um jogador desavindo a resolver um jogo que tudo indicava caminhar para o empate.

Yaya Touré voltou a sorrer ao serviço dos citizens Fonte: Manchester City FC
Yaya Touré voltou a sorrer ao serviço dos citizens
Fonte: Manchester City FC

Na actual jornada da Premier League, tornámos a assistir a nova aposta em Yaya Touré, o que parece indicar que todas as divergências se encontram sanadas e que o jogador é um dos homens de confiança de Guardiola, que pela sua capacidade técnica e física poderá muito bem ter uma forte palavra a dizer no que diz respeito à campanha do City pela conquista do título de campeão inglês.

Para bem do futebol, e sobretudo para adeptos e simpatizantes dos azuis de Manchester (nos quais, desde já, não me incluo), esperemos que as suas (in)capacidades psicológicas não interfiram, e que Touré consiga tornar a abrilhantar os relvados como fez, por exemplo na temporada 2013/2014.

Aos 33 anos de idade, esperar por um regresso à forma que exibiu durante a maior parte da sua carreira enquanto jogador dos citizens, mas pela experiência e características que possui, claramente vem acrescentar ao elenco de Guardiola, tanto na posição de médio, como na posição de defesa-central, na qual poderá dar o seu contributo tendo em conta a filosofia de jogo do técnico do City, que passa por uma construção a partir do sector defensivo, o que exige uma qualidade técnica a cima da média em praticamente todas as posições do terreno.

Só o futuro dirá se a utilização de Yaya será para dar continuidade, e se continuarão os Sky Blues a tirar dividendos dessa utilização, mas é certo que, por agora, a utilização será uma constante, visto que, nos dois jogos em que foi utlizado o médio-centro dos citizens não só cumpriu, como excedeu a expectativas.

Foto de capa: Manchester City FC

Comunicação e Arbitragens

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Olhando para o título deste artigo e tendo em conta que este texto diz respeito ao FC Porto é fácil concluir que esta semana vou focar-me nos Dragões Diários. A newsletter diária que faz parte da “espécie” de estratégia de comunicação que o FC Porto tem apresentado é uma inimiga para os árbitros que vão cometendo erros contra os Dragões.

Antes de mais e na minha opinião, os Dragões Diários são nada mais do que um fracasso. A direção do FC Porto apontou a sua estratégia de comunicação na direção errada e a verdade é que merecemos mesmo ser alvo de chacota pelos nossos rivais por causa dessa decisão. Confesso que até os comunicados de Bruno de Carvalho me parecem mais eficazes e mais lúcidos do que a estratégia de comunicação que a equipa da invicta tem apresentado.

É triste notar que Jorge Nuno Pinto da Costa ainda é o máximo representante dos Dragões e ter a consciência de que o presidente mais vitorioso da história de futebol perdeu aquela “manha e arrogância” que o caracterizava. Invés disso preferiu abdicar do seu forte poder de influência e comunicação e decidiu transmiti-los para certos fulanos sem poder de influência. O que se vê são farpas (muitas vezes com razão) totalmente ineficazes.

Uma vez que nos deparamos com erros cada vez mais sucessivos e com a óbvia falta de eficácia desta estratégia de comunicação, é mais importante do que nunca sentir a presença diária de pessoas ligadas à direção que desse voz a este desagrado. Já que o próprio presidente, até a falar de transferências tem parecido confuso, era importante que alguém da SAD viesse reforçar a posição do FC Porto contra os sucessivos erros. Afinal, pertencer a um clube com o estatuto dos Dragões não serve só para aparecer nas galas, posar para as fotografias e dar a cara nos bons momentos da equipa.

Com isto, não pretendo afirmar que é por causa da arbitragem que a equipa azul e branca se apresenta no 2.º lugar do campeonato, em maus lençóis na liga dos campeões e eliminada da prova rainha do futebol português. Muito pelo contrário. Apenas quero reforçar que o FC Porto tem sido o clube mais prejudicado dos três grandes muito devido à inércia da direção. Citando José Maria Pedro: “Enquanto fomos bons rapazes sempre fomos comidos”.

É tempo de abolir com Dragões Diários que nada representam a identidade do clube e reaparecer nos momentos menos bons da equipa para denunciar certas situações escandalosas que vão penalizando sempre o mesmo. É lamentável que em menos de cinco anos, ter perdido aquela que era a estrutura mais forte do campeonato e reparar que até uma estrutura composta por Octávio Machado e Bruno de Carvalho parece mais forte e ter uma comunicação mais eficaz.

Já é altura de deixarem de ser bons rapazes…

Foto de capa: FC Porto

CF ‘Os Belenenses’ 0-0 FC Porto: Quando se perde o meio-campo, perdem-se pontos!

fc porto cabeçalho

O FCP veio a Belém pressionado para vencer, para quebrar a onda de empates e dar um pontapé na crise. O Belenenses empurrou todo o favoritismo e pressão para os dragões nas palavras do seu treinador, Quim Machado, que é como quem diz vamos sobretudo defender e contar com a irreverência e velocidade de Gerso e Sturgeon. Nuno está decidido em cimentar processos e repete o onze de Copenhaga, apesar da fraca prestação de Diogo Jota no último jogo. Mas, nem tudo é mau, Herrera ficou de fora do onze e Óliver Torres está em crescendo. Destaque ainda para a presença da jovem promessa lusa Joel Pereira, emprestado pelo Manchester United de Mourinho ao Belenenses e para Rosell, espanhol cedido pelo SCP.

Contrariamente ao que esperava os homens de Quim Machado apresentaram-se bastante subidos em campo e foram mesmo a primeira equipa a criar perigo por volta dos 4 minutos por Gerso. Grande inspiração e confiança de Florent nos minutos iniciais de jogo. Por volta dos 9 minutos, grande momento ofensivo dos homens do FCP e não fosse a finalização desacertada de André Silva teríamos um grande golo em Belém. Jogo partido nos primeiros 15 minutos e muito rápido. Aos 12 minutos, André Sousa disferiu um pontapé portentoso e a bola só parou no poste de Casillas. A sorte sorriu a NES e deixou Sousa a pensar que golaço teria sido. Destaque ainda para a qualidade de passe de Rosell, que qual “armador” ia instigando a velocidade do tridente ofensivo do Belenenses. Aos 21 minutos, grande passe de Corona para Óliver que recebeu a bola em excelente posição de finalização, mas o ADN de “construtor de jogo” falou mais alto, tentou o passe e com isso perdeu um golo o FCP. Aos 31 minutos, uma perdida colossal de Sturgeon, que remata por cima e não consegue aproveitar a falha e desposicionamento de Casillas. O internacional espanhol, experiente, não se rendeu ao erro e em vez de recuar, avançou sobre Sturgeon condicionando-o no remate. Aos 40 minutos houve espaço para novela brasileira e troca de arrufos entre Felipe e Camará, amarelo para os dois. Felipe mereceu-o pela fita e Camará pelo arrufo. O jogo após isso e até ao intervalo foi essencialmente fitas, dramas e palhaçada combinados com precipitação do árbitro ao nível dos amarelos. Deixem-se disso!

No fim dos primeiros 45 minutos uma coisa estava muito clara, a superioridade do Belenenses estava a condicionar seriamente o FCP, que se via, na esmagadora maioria das vezes, impedido de construir o circular jogo nos primeiros 10 metros do seu meio-campo ofensivo. Quim Machado ganhava na batalha tática a NES, que viu 45 minutos em que a sua equipa usava e abusava do passe longo e esbarrava no bloco baixo do Belenenses.

No inicio da segunda parte alteração tática no FCP que se passou a apresentar em 4-3-3, além disso aqueciam Neves e André André. NES percebeu e o FCP melhorou, passando a controlar o jogo. Aos 54 minutos, Florent salvou o Belenenses e impediu que o cabeceamento de Marcano desse golo. Aos 60 minutos mexeu NES, Depoitre entrou para o lugar de Jota. Aos 67 nova mexida com a entrada de André André para o lugar de um Óliver Torres muito abaixo do usual. Aos 68 minutos Depoitre desmarcou-se bem, mas finalizou com assustadora aselhice.  Passavam 15 minutos do intervalo e apesar de o FCP ter melhorado continuava longe de causar perigo necessário para justificar um golo. Faltavam 17 minutos para os 90 e NES já tinha esgotado as substituições. Quem te viu, quem te vê… Aos 76 minutos reage Quim Machado e coloca Yebda no lugar de Sturgeon. A intenção era dar frescura e músculo a um meio-campo que lhe estava a dar 1 ponto.  Aos 84, já com Mica Pinto em campo e com Miguel Rosa prestes a entrar, arrancada de Gerso, toque para Camará e um remate potente para defesa de Casillas. As grandes oportunidades de golo da partida até agora foram do Belenenses. Aos 88 minutos o FCP perdeu um golo cantado, a pressão de ser o matador começa a fazer mossa em André Silva. O FCP estava tão desinspirado que até Danilo cometia erros.

O FCP teve 95 minutos para marcar um golo e não conseguiu. NES não cumpre a promessa e perde claramente o duelo tático com Quim Machado. O controlo do meio-campo por parte do Belenenses fez com que o FCP estivesse longe do seu melhor. Machado provou que se trava os grandes no meio-campo e não nos últimos 25 metros. Não tivesse o treinador da equipa de Belém chegado a tal posto por meio de um ato de deslealdade e falta de respeito pelo Santa Clara e eu até lhe concedia mais elogios. Muitos dirão que Camará devia ter sido expulso e que o árbitro isso ou aquilo mas a verdade é uma: o Belenenses controlou o FCP e teve as melhores oportunidades de golo.

Foto de capa: CF Belenenses

Boavista FC 0-1 Sporting CP: Competência e Inteligência, o leão soube vencer e sofrer!

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A Liga portuguesa voltou e as vitórias do Sporting fora de casa também. Os verdes e brancos arrancaram uma sofrida mas merecida vitória no mítico estádio do Bessa, colocando desta forma alguma pressão nos rivais directos que realizam as suas partidas depois dos leões.

Jorge Jesus operou duas alterações em relação ao jogo da passada terça-feira frente ao Real Madrid. Schelotto entrou para o lugar de João Pereira e Campbell substituiu Bryan Ruiz. O Sporting entrou bem na partida, com velocidade e uma boa dinâmica ofensiva.
Joel Campbell ocupou uma posição mais central, fazendo dessa forma parelha com Bas Dost, dupla essa que esteve muito perto de inaugurar o marcador aos oito minutos de jogo, numa jogada em que Campbell se posiciona bem entre linhas, entrega a Bas Dost, que desmarca o costa-riquenho e onde este por sua vez devolve ao holandês, que atira contra o poste da baliza dos axadrezados.

Gelson voltou a provar nesta partida que é de facto uma enorme promessa do futebol português e do Sporting… Muito dinâmico e activo, como é seu costume, Gelson mais uma vez demonstrou toda a sua técnica e “ginga” quando, aos 23 minutos da partida, deixou o defesa esquerdo adversário para trás e atirou rasteiro e cruzado, fazendo a bola passar a metros da baliza dos boavisteiros.

Bas Dost apontou o único golo do clássico Fonte: Sporting CP
Bas Dost apontou o único golo do clássico
Fonte: Sporting CP

O jogo seguiu com ascendente dos leões e aos 25 minutos Bas Dost, com um cabeceamento à matador, atira a contar, depois de centro teleguiado de Gelson Martins após deixar um adversário pelo caminho. Os leões marcaram desta forma o primeiro e único tento da partida.

O Boavista de Miguel Leal esboçou uma tímida reacção ao golo do Sporting, sendo que os leões continuavam na busca pelo segundo golo e os axadrezados tentavam contrariar o sentido do jogo com rápidas transições ofensivas.
Até ao fim da primeira parte, há a registar um cartão amarelo para Bruno César, após entrada algo imprudente, mas com a mesma a ser a primeira falta cometida pelo brasileiro, e também uma situação na área do Sporting, inofensiva à partida, que levou a bola ao poste e posteriormente ao pés de Carlos Santos, que atirou por cima, sem perigo para as redes de Rui Patrício.

A segunda parte recomeçou com os mesmos onzes iniciais e com a mesma toada: o Sporting à procura de fazer o segundo golo, que pudesse eventualmente trazer mais estabilidade mental à equipa.

Mas aos 47’ minutos surgiu o primeiro revés para os leões… O Italo-Argentino Schelotto lesionou-se sozinho e obrigou JJ a executar a primeira substituição do encontro, colocando João Pereira no lugar do lateral-direito.

O Boavista continuava a tentar, por meio de contra-ataques, surpreender o Sporting e recolocar o empate no marcador, sem sucesso e sem jogadas de grande perigo ou relevância.

Gelson, Bruno César e Campbell continuavam a trabalhar muito bem, e o jovem extremo português voltou, como é seu hábito, a criar jogadas individuais, servindo posteriormente os colegas, que não conseguiram dar o melhor seguimento aos lances.

Até aos últimos dez minutos, o jogo não conta grande história, tirando duas perdidas do Sporting, uma por “chuta-chuta”, que atirou à barra em remate cruzado, e a segunda por Bas Dost, que não conseguiu dar o melhor seguimento a mais uma perigosa jogada de Gelson Martins.

É então que aos 83 minutos o árbitro decide expulsar Rúben Semedo por acumulação de amarelos, por suposta falta sobre Schembri, em que o jogador leonino salta com o pé no ar, baixando-o a tempo, e procurando claramente evitar o contacto com o colega e, mais importante, evitando a todo o custo colocar a integridade física do colega em causa. Expulsão muito duvidosa, pelo segundo amarelo, que poderia ter colocado esta importante vitória do Sporting em xeque. Foi pé em riste, falta, mas na minha opinião não justificou o amarelo para o jovem leão.

A partir deste momento, o Sporting Clube de Portugal realizou um jogo muito inteligente, segurando a bola junto às bandeirolas de canto adversárias, e procurando quebrar constantemente o ritmo de jogo… Algo que faltou claramente à equipa nos jogos com o Real Madrid, ou mesmo com o Guimarães.
Destaco desta forma Marvin Zeegelaar, que esteve muito bem ao congelar a bola em posse do Sporting, ganhando cantos e lançamentos sucessivos! O holandês efectuou de facto, a meu ver, o melhor jogo de leão ao peito. Concentrado, seguro e incisivo. Belo jogo do ex-jogador do Rio Ave.

O Sporting conseguiu desta forma uma excelente e importante vitória (novamente), fora de portas, abrindo um ciclo extremamente exigente, de forma bastante positiva.