Início Site Página 8737

Zé, o Homem do Golo

0

sl benfica cabeçalho 1

Se fizéssemos um vox-pop na rua onde perguntávamos a garotos de 17 anos o que é fazem da vida, a grande maioria iria dizer “Estudo”, alguns até diriam “Trabalho”, mas poucos diriam “Jogo na equipa principal de futebol do Benfica”. Isso é um privilégio a que poucos têm direito, mas ao qual José Gomes, também conhecido por Zé do Golo, se pode gabar. Mas afinal de contas, quem é Zé Gomes? Trata-se de um rapaz nascido na Guiné-Bissau, que tinha jeito para a coisa e chamou à atenção do empresário Vital Sauane que fez com que os encarnados garantissem do jogador quando este ainda tinha 13 anos de idade.

Regra geral o período de adaptação em casos destes é sempre complicado, miúdo novo que sai de casa cedo, mas até nisso o jovem guineense esteve acima da média. Passou a viver na academia do Seixal e passou a fazer aquilo que hoje lhe vale a alcunha que tem, marcar golos. Na primeira época ao serviço dos iniciados apontou 25 golos, na segunda fez 22, e tudo isto são os resultados de apenas 17 jogos oficiais. Nada mau! Melhor ainda se tivermos em conta que quando foi promovido aos juvenis, apontou 21 golos em 26 jogos e ajudou o Benfica a conquistar o título da categoria.

O talento era tanto que não houve como não promovê-lo aos juniores para, mais uma vez, dar nas vistas, e fazer 9 golos em 8 jogos. Quem também não estava a dormir era a Federação Portuguesa de Futebol, que viram estes números com bons olhos, e trataram de naturalizar o rapaz o mais depressa possível, logo assim que ele chegou a Lisboa. Estreou-se nas camadas jovens com 14 anos e pelos sub-15 marcou 3 golos em 3 jogos. Rapidamente passou a jogar pelos sub-17 onde até à data tem 9 golos feitos em 15 jogos.

O novo "menino" da formação do Seixal Fonte: SL Benfica
O novo “menino” da formação do Seixal
Fonte: SL Benfica 

Pela idade, pelos golos, pela história, não será descabido pensar que este pode ser um caso de sucesso como o de Ronaldo. Afinal de contas estamos perante um jogador com uma boa componente física, técnica, e boas qualidades de remate, seja com o pé ou com a cabeça e pelo qual o futuro do ataque do Benfica e da Seleção pode muito bem passar.

Em 2015 e em conjunto com João Carvalho e Diogo Gonçalves e, na presença de Luís Filipe Vieira, assinou o seu primeiro contrato oficial pelo Benfica e presenteou os adeptos com um hat-trick numa goleada histórica por 11-1 frente ao Galatasaray. Se por um lado talentos desta dimensão acabam por se perder com o tempo, seja por falta de acompanhamento ou por não terem cabeça, e aqui podemos citar o exemplo de Fábio Paim. Por outro lado, já são muitos os casos em que jovens destes acabaram por ser dos melhores do mundo, como Ronaldo, ou mais recentemente os casos de Neymar, Pogba ou Renato Sanches.

Esperemos que o Zé do Golo seja um destes últimos exemplos e que traga muitas alegrias aos benfiquistas e a Portugal.

Adeus, Mundial. Olá, competições de clubes!

0

Cabeçalho modalidadesO Campeonato do Mundo já acabou e agora é hora de “mudar o chip” e voltar às competições nacionais, com a realização da primeira jornada do principal escalão do futsal português e também com a realização da Supertaça, com mais um dos sempre escaldantes encontros entre o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal, que obviamente não jogam o seu compromisso neste fim-de-semana.

Apesar disso, há uma série de bons jogos em perspetiva entre os cinco que restam. Para abrir o apetite da época que se avizinha, nada melhor que começar com um derby lisboeta, discutido entre a Quinta dos Lombos e os Vinhais, ao mesmo tempo que na capital portuguesa se disputa um encontro entre dois históricos do desporto nacional, o Clube de Futebol “Os Belenenses” e a Associação Desportiva do Fundão. No dia seguinte discutem-se mais três jogos, alguns deles bastante interessantes, com especial enfoque para o duelo entre a Burinhosa, agora órfã do seu treinador Kitó Ferreira, que foi sem sombra de dúvidas a equipa revelação da temporada anterior, conseguindo chegar às meias-finais do play-off de apuramento de campeão, e uma equipa que mostrou uma enorme qualidade no segundo escalão e conseguiu chegar com todo o mérito à Liga Sport Zone, o Unidos Pinheirense.

Teremos um campeão do mundo a jogar em Portugal, Fernando Wilhelm em representação do Benfica Fonte: SL Benfica
Teremos um campeão do mundo a jogar em Portugal, Fernando Wilhelm em representação do Benfica
Fonte: SL Benfica

De resto, ainda há tempo para falar no encontro entre o Centro Social de São João e os Leões de Porto Salvo, a disputar na cidade de Coimbra, e finalmente na partida entre o Rio Ave e o Modicus, que partem de patamares e com objetivos diferentes mas que prometem um bom espetáculo e um jogo equilibrado. Nota de destaque também para o SL Benfica, que a meio da semana acerta calendário com o Futsal Azeméis, campeão da Zona Norte da II Divisão, e também para o jogo grande da jornada, entre Sporting CP e SC Braga, que somente se joga em meados de Dezembro na capital do Minho.

Vou aproveitar para falar um pouco sobre o jogo grande do fim-de-semana, discutido em Loulé, a contar para a Supertaça. Obviamente que é um jogo de “tripla”, onde tudo pode acontecer, mas mais importante que saber quem ganha é tão ou porventura mais importante que ambas as equipas se demonstrem já em boa forma para poder atacar com toda a força os troféus que se avizinham nesta temporada.

Itália 1–1 Espanha: Vitória foge aos espanhóis perto do fim

Itália e Espanha têm protagonizado alguns confrontos marcantes nos últimos tempo. Na final do Euro 2012, Espanha bateu a Itália por claros 4-0, mas, há apenas três meses, no Europeu de França, foi a vez de a Itália sorrir, enviando a seleção espanhola mais cedo para casa com um banho tático e futebolístico. A isso ainda se juntava a curiosidade de ver como os seus novos selecionadores Julen Lopetegui e Giampiero Ventura se sairiam no seu primeiro grande teste. Acabaram empatados, embora Espanha tenha sido melhor durante a maior parte do tempo.

Os comandados de Lopetegui fizeram uma primeira parte de grande nível, em que encostaram os italianos lá atrás e controlaram por completo a partida. Não criaram nenhuma ocasião flagrante nesse período, mas aproximaram-se da baliza de Buffon com perigo nalgumas ocasiões, especialmente quando David Silva e Iniesta combinavam entre si. O jogador do Manchester City começou o jogo na ala esquerda, mas isso era só no papel. Na prática, quando Espanha tinha a bola (que era quase sempre) deambulava livre pelo campo, jogando e fazendo jogar.

Mas o que mais impressionou não foi o facto de a seleção espanhola ter (muito!) mais posse de bola que a seleção italiana (77% – 33% era a repartição ao intervalo). Afinal, se há equipa que se sente confortável tendo onze homens a defender no seu próprio meio campo é a squadra azzurra. O que não estaria nos planos de Giampiero Ventura era a total incapacidade de a Itália sair em contra-ataque quando recuperava a bola. A pressão espanhola era tão intensa que as perdas de bola de Itália se sucediam ainda em zona defensiva. Os italianos tentavam sair a jogar, mas não o conseguiam nem usando Pellè como pivô ofensivo, nem explorando a velocidade de Éder.

No regresso para a segunda metade, a seleção italiana parecia querer disputar mais a posse de bola e, talvez por isso, Vitolo tenha conseguido encontrar espaço para se desmarcar nas costas da defesa aos 55 minutos. Buffon saiu da baliza, mas falhou de forma incrível a interceção, oferecendo a Vitolo um dos golos mais fáceis da sua carreira.

Depois do golo sofrido, Itália teve uma boa reação para a qual muito contribuiu a entrada de Immobile. No entanto, Espanha parecia ter o jogo controlado dentro do possível até Sergio Ramos deitar tudo a perder. Primeiro aliviou mal a bola de cabeça e, logo de seguida, cometeu grande penalidade (mais uma!) sobre Éder, que foi rápido na antecipação. De Rossi enganou De Gea com classe e empatou a partida.

Até final, ainda houve dez minutos de sofrimento para uma Espanha atordoada perante o empolgamento transalpino, mas o resultado não sofreu mais alterações. O empate acaba por saber quase a derrota para a seleção espanhola pela forma como aconteceu, mas empatar em casa do principal adversário do grupo não pode ser considerado um mau resultado.

O ataque é a melhor defesa

0

Esta época futebolística que corre está a tornar-se bastante complicada e ameaça não melhorar.

O facto de vermos os nossos adversários a cerrar fileiras contra o Sporting é um sinal evidente de que finalmente estamos fortes, e fazemos frente a qualquer um que se apresente como adversário.

E é fácil comprovar este argumento, senão vejamos: há algumas épocas atrás, o Sporting não podia ambicionar a mais que o terceiro lugar, tendo mesmo ficado em sétimo. E, em muitas épocas, em Novembro já estávamos arredados da luta pelos primeiros lugares. Tudo encarado com normalidade, não se levantavam ondas, éramos o clube mais simpático da liga e já quase éramos tratados como a Académica (muito eu respeito essa instituição, e não é o que está em causa) que sempre recebeu simpatia de todos e era reconhecido como o segundo clube de qualquer adepto de futebol.

Sobre nós, nesses anos de “paz” do futebol português, só faltava aos adeptos dos nossos rivais dizerem que depois do seu clube do coração, o Sporting era o seu segundo amor. Não acho que tenha sido mau ter tanta simpatia do nosso lado, mas não nos trouxe grande coisa em termos de títulos, ou da simples alegria das grandes vitórias.

O que eu me fartei de ouvir de adeptos rivais, “Se não pudermos ser nós a ganhar, que ganhem vocês”. Isto confortava-me, mas era como um medicamento que atenua a dor mas não a elimina, porque no fim era o clube simpático que perdia.

Podem dizer que nestes últimos anos também não tivemos títulos, o que reconheço, mas estivemos muito mais perto, e não fossem algumas “penas” que pousaram no lado contrário da balança, e já poderíamos ter mais uns quantos troféus no nosso museu.

Para que essas “penas” façam a diferença a nosso favor, no dia que nos calhar a nós (porque tenho a certeza que não são ali colocadas de propósito, certo?), temos de estar perto dos primeiros para que faça a diferença. Se estivermos a 20 pontos do primeiro ou do segundo, bem podem cair “penas” no nosso lado da balança… (porque caem, apesar de não caírem tanto como para outros).

E porque o futebol é jogado e dirigido por humanos, que erram, temos de estar sempre em boa posição para podermos aproveitar o erro alheio. O erro vai aparecer para nós e para eles, só temos de errar menos que os outros.

Já quando o erro surgir por parte de quem dirige o jogo, temos de tornar que, na dúvida, seja muito mais difícil decidir contra nós. Porque se continuarmos a ser o clube simpático que não levanta ondas, nem mesmo quando prejudicado a olhos vistos, qual acham que será a decisão em lances de dúvida e difícil julgamento? De certeza que será contra o clube que se cala, ou que não tem força de mobilização por parte de adeptos, sócios e direcção.

13 Anos do imperial Estádio da Luz

0

sl benfica cabeçalho 2

Foi a 25 de outubro de 2003 que se ergueu e inaugurou esta bela, monumental e magnífica estrutura de betão e metal. Em São Domingos de Benfica, o novo Estádio do Sport Lisboa e Benfica (nome oficial) ocupou o lugar do seu antecessor com a mesma denominação. Esta mítica obra de arquitetura faz este mês 13 anos de vida e vamos reviver os momentos com o popularmente chamado de Estádio da Luz.

Foi em 2002 que se iniciou a demolição do antigo estádio. Apesar de já não poder contar com algumas bancadas e de ter visto a sua capacidade diminuir dos 120.000 para os 50.000 o Benfica jogou em casa até à 26ª jornada do campeonato nacional de 2002/03. O último jogo frente ao Santa Clara dos Açores deu a vitória para os encarnados com golo de Simão Sabrosa, tendo assim uma honrada despedida. O estádio encheu pela última vez antes de dar lugar ao seu descendente.

Mas eis que surge a “Nova Catedral”. Um estádio mais moderno, mais pequeno, com melhores condições, mas sem nunca perder a identidade. As camadas de betão vistas por fora do estádio ganham ainda mais beleza quando se sabe o seu propósito: a lembrança do antigo palco do Benfica. O clube da Luz nunca quis perder as recordações do primeiro grande estádio da equipa e eternizou-as no novo.

A imperialidade do Estádio da Luz em pleno fim de tarde Fonte: SL Benfica
A imperialidade do Estádio da Luz em pleno fim de tarde
Fonte: SL Benfica 

À sua volta foi construída a Megastore do Clube e o museu Cosme Damião. Além disso, conta ainda com pavilhões para as modalidades e ainda um sintético para os escalões mais baixos do clube. Considerado um dos mais belos estádios de futebol do mundo, o Estádio da Luz tem grande renome pela Europa. O Estádio do Sport Lisboa e Benfica entrou logo na história europeia quando, antes de fazer um ano de existência, foi um dos palcos do campeonato europeu de futebol em 2004. Recebeu 3 jogos da fase de grupos, um dos quartos de final e ainda a trágica final que os gregos levaram a melhor contra o anfitrião Portugal.

Em 2007, a cerimónia das “Novas Sete Maravilhas do Mundo” deu-se no Estádio da Luz. Em 2010, viu e festejou quatro golos portugueses contra zero dos campeões do mundo (Espanha) num jogo amigável a celebrar a candidatura ibérica para o mundial de 2018-2022. A abertura do torneio iria ser feita nesse preciso estádio. Contudo, a candidatura não venceu. Dez anos após a final do Euro 2004, o Estádio da Luz volta a ser palco de uma final europeia. Desta feita, recebeu a primeira final da Liga dos Campeões em Portugal. Duas equipas espanholas, vindas da capital Madrid, disputaram o auge das equipas da Europa. No fim, história foi feita no estádio do Benfica. Um jogo até ao último dos 90 minutos. Já na compensação foi feito o empate que levou o jogo para prolongamento. Após 120 minutos o Real Madrid levantou o troféu pela décima vez.

Jogadores que Admiro #56 – Rui Patrício

jogadoresqueadmiro

Às vezes, os guarda-redes não são os jogadores mais favoritos de uma equipa. Quando o são, das duas uma: ou se gosta muito da posição, ou é porque esse jogador fica na memória durante muito tempo, e por bons motivos. Sabe-se que são os primeiros a levar com as culpas quando se perde um jogo. A culpa é deles porque são o último obstáculo entre o adversário e o golo, e a obrigação deles é parar todas as bolas, por muito indefensáveis que sejam. Se a equipa ganha, é o último a quem se dá mérito, porque por muito que tenha feito defesas espetaculares, que tenha parado penáltis ou que tenha começado a jogada que daria golo, foi um outro a concretizar, a marcar o seu nome na história da partida e, quem sabe, do campeonato.

Assim, admiro profundamente a capacidade que um guarda-redes tem para aguentar com todas as críticas, boas ou más, e a força que tem de ter para superar tudo, entrar em campo e, mesmo que tenha sido um erro seu a dar vantagem à outra equipa (como o recente caso de Ter Stegen no Celta de Vigo-Barcelona), recuperar o pensamento vencedor e tentar dar a volta à questão.

Assim, pus-me a pensar há quanto tempo ouvia falar de Patrício na baliza do Sporting. Tentei recordar-me, mas não consegui e, afinal fazia sentido. Rui Patrício apenas teve dois clubes na sua vida: O Leiria e Marrazes e o Sporting Clube de Portugal. A sua transição dos escalões jovens para a equipa sénior foi muito suave, e esteve na sombra por uma razão bastante específica: era substituto de outro grande guarda-redes que marcou a história tanto leonina como também nacional.

Nunca me esquecerei daquele penálti defendido sem luvas e de outro, logo a seguir, convertido por ele, no Euro 2004. Falo, obviamente, de Ricardo. Rui Patrício realizou a sua estreia pelos leões em 2006/2007, mais exatamente no dia 19 de Novembro de 2006, frente ao Marítimo. Esse jogo, que acabou por ser mais favorável ao Sporting, com uma vitória por 1-0, foi o começo da era São Patrício. A partir da época seguinte, o testemunho foi-lhe passado por Ricardo e nunca mais o largou. Desde aí, raramente saiu da baliza e, quando esteve, raramente deixou o Sporting mal. Não é fácil ser guarda-redes, mas São Patrício sempre aguentou a pressão.

Rui Patrício vai ter uma estátua a imortalizar esta defesa na final de Paris Fonte: UEFA
Rui Patrício vai ter uma estátua a imortalizar esta defesa na final de Paris
Fonte: UEFA

O leão de Marrazes veio para ficar e para se afirmar também na seleção nacional. São ainda seis anos de quinas ao peito, na seleção A, a representar Portugal pelo Mundo fora. Assumiu a titularidade no Euro 2012 e começou ainda como titular no Mundial 2014, que lhe ficou na memória por sofrer uma lesão grave e não poder jogar mais esse torneio. Desde aí, conseguiu a proeza de se tornar campeão europeu este ano, para se afirmar como elemento fundamental do plantel nacional.

São dez anos de Rui Patrício na baliza dos leões. Veio para se afirmar e, como leão que é, não lhe deixa que lhe roubem o lugar. É dono e senhor da sua posição, e assume-o como poucos fazem. É de admirar a determinação de Patrício e, se há coisa que se pode afirmar, é que vai ficar na história, quer muitos queiram ou não. Dez anos de Patrício no Sporting e, sabem que mais? Que sejam muitos mais.

Foto de capa: Sporting Clube de Portugal

Texto revisto por: Carlos Valente

Top 5: Os meus ciclistas favoritos

0

Cabeçalho modalidades 5. Caleb Ewan

Fonte: CyclingNews
Fonte: CyclingNews

De todos os cinco nomes, este será aquele que, provavelmente, os menos atentos ao ciclismo pouco ou nada conhecerão. O mais recente prodígio dos sprints, com apenas 22 anos, já apresenta um palmarés interessante para um ciclista da sua idade – até acumulou algumas vitórias quando era júnior e sub-23 – e muitas mais vitórias virão. Em termos de Grandes Voltas, conquistou a sua primeira e única, até ao momento, grande vitória em etapa na Vuelta de 2015, sendo que no Giro deste ano também esteve perto de alcançar o primeiro lugar.

Ainda quando o australiano era um ciclista pouco conhecido, como alguns bem sabem, eu já acompanhava o seu percurso e algumas provas suas. Havia ali algo que “dizia” que, um dia, aquele iria ser um dos melhores sprinters do mundo. Felizmente, não me enganei e, apesar de ainda não o considerar da elite dos sprinters, está logo no patamar abaixo e pronto, a qualquer momento, para “subir um nível”, o tal que o deixará mais ao alcance dos veteranos e experientes corredores mais rápidos.

Este ano, por exemplo, venceu a Cyclassics Hamburg, uma prova de 1 dia com prestígio e reconhecimento, tendo batido, ao sprint, nomes como Degenkolb, Nizzolo, Kristoff ou Greipel. No início do ano, apresentou-se em grande forma, tendo começado a temporada a vencer 2 etapas no Santos Tour Down Under e feito, igualmente, uma boa prova no Tirreno Adriático (sendo que, numa das etapas, ficou em segundo, atrás de outra grande jovem promessa dos sprints, neste caso, o colombiano Fernando Gaviria, também com 22 anos).

É preciso considerar que o ciclista da Orica não é um puro sprinter, como, por exemplo, Marcel Kittel ou Mark Cavendish (curiosamente, em termos físicos, é similar ao britânico). É um ciclista que consegue sprintar ainda em rampas pouco inclinadas ou estar bem em média montanha.

Apesar de ser um ciclista explosivo nos metros finais, apresenta uma boa capacidade aerodinâmica. Estas (e outras) são caraterísticas que irão ser mais potenciadas ao longo do tempo e, apesar de complicado, poderemos ter aqui uma versão aproximada de um Peter Sagan, daqui a uns largos anos, quem sabe…

Para mim, será sempre aquele ciclista de quem eu falava que um dia iria ser grande, mas que ainda poucos conheciam, e hoje é considerado um futuro “rei dos sprints”. É verdade que já devo ter falhado mais do que acertado em termos de “previsões” assim. Mas não é menos verdade que, se é para acertar, que seja em grande! É exatamente isso que Caleb Ewan, um ciclista bastante humilde, tem conseguido: ser grande e intrometer-se entre os maiores!

Agronomia finta Direito e arrecada a Supertaça

0

Cabeçalho modalidades

O bicampeão nacional GD Direito partia com claro favoritismo na disputa da Supertaça Nacional, depois de uma época de sonho em que conquistaram todos os troféus nacionais disputados (e um ibérico). Mas os homens da Tapada mostraram-se consistentes e ansiosos por voltar a saborear um título e repetiram o feito de 2011, arrecadando o primeiro troféu em jogo na época que agora se inicia. Assim, enquanto que os Agrónomos se mostraram sempre mais esclarecidos, os Advogados nunca se encontraram a nível ofensivo e arrancaram a presente temporada com algo que não é muito habitual – a derrota num jogo decisivo para a conquista de um troféu.

Depois de uma (fácil) penalidade desperdiçada logo aos oito minutos de jogo por José Rodrigues, seria o próprio a dar o pontapé de saída no marcador com uma penalidade exemplarmente convertida aos vinte seis minutos. A equipa da Agronomia ia dominando nos alinhamentos, o Direito mostrava-se desastroso no jogo ao pé, numa exibição que ficava muito aquém do que seria de esperar. Em cima do intervalo um pontapé de Nuno Sousa Guedes restabelecia a igualdade no marcador.

Na segunda metade da partida os Advogados entravam melhor e, após mais uma penalidade falhada por José Rodrigues, Nuno Sousa Guedes marcaria mais duas e fixava o resultado num 9-3 injustamente favorável aos bicampeões. Essa vantagem durou pouco, uma vez que uma bela jogada entre Manuel Murteira e Phillipus Van Zyl permitiu ao número quinze Agrónomo voar para o primeiro ensaio do jogo. 10-9, a Agronomia voltava a estar na frente do marcador!

Os Agrónomos mostraram-se sempre mais esclarecidos Fonte:
Os Agrónomos mostraram-se sempre mais esclarecidos
Fonte: Miguel Rodrigues

Se todos esperavam uma reacção do Direito, a verdade é que a Agronomia, com uma táctica implacável, não se deixou iludir com a (parca) margem de vantagem e foi sempre à luta, pressionando alto a formação comandada por Frederico Aguiar e, mesmo em cima do final do encontro, após um ruck, o jovem número nove Gonçalo Prazeres selou o resultado com novo ensaio para os homens de Frederico Sousa, fixando o resultado final em 17-9. A Agronomia acabava de conquistar a quarta Supertaça do seu palmarés!

Foto de capa: João Peleteiro

Época nova mesmo resultado: Sportiva vencedor

Cabeçalho modalidadesA União Sportiva começou a época como acabou, a ganhar. As açorianas venceram a sua segunda Supertaça em outras tantas presenças.

As açorianas tiveram sempre na frente num jogo muito equilibrado, em que chegamos aos últimos 10 minutos com seis pontos de diferença, os mesmos com que já tínhamos chegado ao intervalo. O Sportiva só fugiu no marcador já nos últimos quatro minutos de jogo quando os Olivais estavam a apenas quatro pontos.

Aí a mais valia das bicampeãs nacionais veio ao de cima e mostraram nos momentos decisivos porque são uma das mais fortes candidatas ao campeonato, isto apesar de ser uma equipa com muitas mudanças, depois da grande maioria da equipa vencedora ter ido para equipas mais fortes um pouco por toda a Europa.

Mariana Silva foi a MVP da Supertaça Fonte: FPB
Mariana Silva foi a MVP da Supertaça
Fonte: FPB

Os Olivais aproveitaram também isto para conseguir equilibrar o jogo, aproveitando ser uma equipa que já joga à mais tempo junta. Mostrando que podem ser uma equipa a causar muitas dificuldades às duas maiores candidatas ao título, União Sportiva e CAB Madeira, mas com outras equipas a reforçarem-se bem.

O resultado final de 69-56 dá o vencedor certo, mas não mostra o equilíbrio que existiu em campo, mas a eficácia nos momentos decisivos foi determinante. Destaques para Mariana Silva e Michelle Brandão pelos Olivais e de Sara Djassi, Jasmine Crew e Inês Faustino pelo União Sportiva

Foto de capa: FPB

Os primeiros testes da NBA

0

Cabeçalho modalidades

No passado sábado, 1 de Outubro, iníciou-se a pré-época de NBA, tendo como jogo de abertura um Golden State Warriors – Toronto Raptors realizado em Vancouver, Canadá.

No primeiro teste, os Warriors não passaram e deixaram a equipa de DeRozan levar a melhor, perdendo, assim, o jogo por 93-97. No entanto, nem tudo foi mau. O rookie Patrick McCaw, escolhido pela equipa de Steve Kurr no draft, após estes oferecerem 2,4 milhões de dólares aos Milwaukee Bucks de forma a garantirem o extremo, estreou-se no grande palco com um total de 11 pontos, ficando apenas atrás de Klay Thompson (que marcou 16 pontos). Podemos dizer que foi uma estreia em grande e, com certeza, os Warriors não se vão arrepender da decisão que tomaram em Junho. Kevin Durant também teve a sua oportunidade.

No primeiro jogo com a camisola dos Golden State e em campo neutro, foi recebido com mais assobios que aplausos. Ainda assim, o jogador não cedeu e marcou 9 pontos na partida, tendo ficado à frente de Curry. Podemos, sem dúvida, afirmar que não será uma época fácil para Durant, que conta apenas com a Dub Nation do seu lado.

Já os Raptors, começaram relativamente bem a sua preparação. Carroll, DeRozan e Ross foram os destaques e, em conjunto, marcaram 36 pontos.

Grande jogo na abertura da pré-época Fonte: NBA
Grande jogo na abertura da pré-época
Fonte: NBA

Dia 2 de Outubro, foi a vez dos Houston Rockets entrarem em campo, contra a equipa chinesa Shangai Sharks. A tarefa pareceu fácil para a equipa do carismático James Harden, que venceu o jogo por 131-94.