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Desperdício de luxo

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dosaliadosaodragao

Quando Janeiro chegou e, com ele, o mercado de transferências reabriu, era já evidente que o plantel do FC Porto era desequilibrado. Nesse momento, vislumbrou-se em Quaresma uma solução e em Otamendi um problema a resolver. Com mais alguns retoques cirúrgicos pelo meio, hoje, fazendo um balanço quase aritmético, é fácil de concluir que o plantel do Dragão acabou por não ficar melhor do que o que estava – mesmo sabendo que os truques e magias de Quaresma vieram servir de curto paliativo aos adeptos portistas, a equipa, no geral, não ficou mais forte.

Mais do que a equipa, foi o FC Porto que não ficou melhor. E falando não apenas dentro das quatro linhas… Dois anos e dois campeonatos conquistados depois de ter regressado, Lucho González partiu para o Al-Rayyan, do Qatar. Discutir a opção de carreira do médio argentino é inócuo, mas perceber o que o FC Porto perdeu com a sua saída já não o será, parece-me.

Nesses dias de Janeiro, uma franja de adeptos azuis-e-brancos considerava que Lucho já pouco acrescentava à equipa, que não tinha capacidade para ser sempre titular e que os seus melhores anos estavam já para trás. E que, por tudo isso, a equipa acabaria por responder de forma positiva, pois havia sangue novo à espreita – grosso modo, era este o entendimento geral.

Mesmo deslocado, Lucho teve boas prestações esta temporada, como na Rússia, diante do Zenit  Fonte: Daily Mail
Mesmo deslocado, Lucho teve boas prestações esta temporada, como na Rússia, diante do Zenit
Fonte: Daily Mail

Fui daqueles que, mais do que surpreendido, não percebeu a partida de El Comandante. Mesmo ignorando as notícias (ou boatos e meras conjecturas?) que sempre surgiram de que havia algum mal-estar no balneário ou a confissão do próprio Lucho de que não se sentia tão cómodo e feliz como anteriormente, parece-me inegável que a saída do capitão de equipa (relembre-se) foi contraproducente. E foi-o por dois motivos.

Primeiro porque, sendo evidente que, aos 33 anos, Lucho não apresentava já a intensidade e frescura física de outros tempos, a verdade é que o esquema pensado por Paulo Fonseca para o FC Porto o prejudicou de forma gritante. Lucho passou seis meses a jogar colado a Jackson Martinez, numa função que nunca desempenhara e para a qual, claramente, não estava talhado. Mais, esteve sempre muito mais perto da baliza adversária do que da restante equipa, equipa essa que durante toda a época demonstrou uma incapacidade gritante no processo de construção de jogo. Quiçá porque Lucho esteve longe do papel central que sempre desempenhara; e talvez, por isso, o seu rendimento tanto tenha decrescido, com as naturais críticas de alguns adeptos – principalmente daqueles que nunca perceberam que o argentino era muito mais vítima do que réu.

Por outro lado, numa equipa claramente órfã de líderes e de jogadores que encarnem o ‘ser Porto’, Lucho era uma imensa mais-valia. Um dos jogadores estrangeiros que mais facilmente se identificaram e apreenderam a mística do Dragão, um dos grandes ídolos da massa associativa e alguém a quem se reconhecia singulares qualidades humanas que o projectavam como o líder da equipa e do balneário. Quando alguém deu o aval à partida de Lucho, saberia que o FC Porto, mais do que ficar menos forte dentro das quatro linhas, perdia uma referência fora delas.

A fibra de El Comandante. Poucos foram os estrangeiros que sentiram o clube como Lucho  Fonte: direttanews.it
A fibra de El Comandante. Poucos foram os estrangeiros que sentiram o clube como Lucho
Fonte: direttanews.it

Neste fim de época tão negro para o anterior tri-campeão nacional, é inevitável pensar como não poderia ter sido a época do FC Porto com El Comandante até ao fim. Não que Lucho fosse catapultar, per si, a equipa e o jogo desta para outros patamares; mas a entrada de Luís Castro e o redimensionar táctico deste FC Porto para um esquema (4-3-3) muito mais favorável ao argentino (e no qual este sempre se habituara a jogar de Dragão ao peito) poderia ter dado a Lucho uns últimos meses de época a outro nível, e, com a sua classe, visão de jogo, capacidade de passe e racionalidade, ter impulsionado as performances do conjunto azul-e-branco. E tal é ainda mais gritante se pensarmos que as discussões sobre o rendimento da equipa sempre foram muito em torno dos elementos que incluíam o meio-campo e que, à excepção de Fernando, nunca se conseguiram impor de forma consistente e apresentar um rendimento nivelado por cima.

Por outro lado, o que penso é ainda corroborado por aquilo que sucedeu nestas últimas semanas, de desaire em desaire, alguns deles com contornos, inclusivamente, de humilhação. Sendo impossível o contra factual, jogos como o de Sevilha ou os das Taças diante do Benfica, à cabeça, poderiam ter tido outro desfecho com alguém dentro de campo que soubesse segurar e agarrar em equipa em momentos de aperto, dando um berro de alerta e motivação e com capacidade para a organizar e orientar. Em suma, sem a deixar perdida em si mesmo, descontrolada, e caindo com estrondo. Ou, como dizia Jesualdo Ferreira, sendo o seu treinador em campo.

De todo em todo, tenho por certo que Lucho perdurará como um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos do FC Porto e respeitado (quase de forma unânime) por todos aqueles que gostam do desporto-rei. Pelo perfume do seu futebol, pelo trato da bola, pela classe do seu jogo e pelas suas inúmeras assistências e golos, alguns deles de grandiosa importância. Para o adepto portista – ou, pelo menos, para este – fica o amargo de boca de uma despedida sem as honras que El Comandante merecia. Mas, mais do que isso, de uma despedida demasiado antecipada – o FC Porto, às vezes, dá-se a estes luxos.

Barça vence armada lusitana

cab hoquei

A armada portuguesa chegou a Barcelona com expectativas de vencer a Liga Europeia. O Campeão Europeu, Benfica, e FC Porto lutavam num duelo ibérico frente a Vendrell e à equipa da casa. Um duelo ibérico é sempre escaldante.

O primeiro a entrar em campo foi o Porto. Contra o Vendrell, os dragões entraram determinados e não foi com surpresa que chegaram ao 5-1 na segunda parte. Caio, Jorge Silva (2x), Hélder Nunes e Vítor Hugo mostraram o poderio do Porto. Mas, quando tudo parecia decidido, o Vendrell chegou a assustar, ao reduzir para 5-3. Algo que não passou de um susto, pois Hélder Nunes marcou o sexto golo e levou o Porto à final. Era agora tempo de o Benfica mostrar o seu valor.

O jogo de cartaz opunha a melhor equipa do mundo, o Barcelona, e o campeão europeu, o Benfica. O Benfica até começou a ganhar, graças a João Rodrigues, mas o Barcelona conseguiu dar a volta. Na segunda parte, ambas as equipas tiveram oportunidade de marcar, desperdiçando vários livres directos. Os catalães aumentaram a vantagem, mas o Benfica acabou por cima, ao reduzir por João Rodrigues para 3-2 e ao desperdiçar uma oportunidade flagrante mesmo nos instantes finais. Uma derrota frustrante, pois o Benfica teve oportunidades para conseguir empatar.

 Eitor Egurrola foi uma das figuras do encontro Fonte: Fcbarcelona.es
Eitor Egurrola foi uma das figuras do encontro
Fonte: Fcbarcelona.es

A grande final tinha chegado, e era o Porto que carregava às costas o orgulho lusitano. O pavilhão estava cheio, com um público maioritariamente do Barcelona. Numa primeira parte onde ambas as equipas foram calculistas, os catalães marcaram já perto do final. Mas o Porto chegou ao empate já na segunda parte, com Hélder Nunes a converter um livre directo. Os dragões teriam aí o seu melhor momento no jogo, dispondo de várias oportunidades, todas elas desperdiçadas. Como quem não marca sofre, o Barcelona embalou e conseguiu marcar mais dois golos.

No final, o Barcelona vencia a Liga Europeia, em casa. A equipa catalã afirma-se cada vez mais como a melhor equipa do mundo, mas a jogar em casa teve alguns lances nos dois jogos nos quais foram beneficiados. Algo que já não surpreende quando do outro lado está um adversário português. Porto e Benfica deram a luta possível e, com um pouco de sorte, o caneco poderia estar no nosso país.

Autêntico conto de fadas

Terceiro Anel

Quem me conhece sabe bem que eu sou um tremendo lamechas em relação ao Sport Lisboa e Benfica. Consigo estar durante dias a fio a visualizar pequenas nuances, para muitos imperceptíveis, referentes a situações que envolvam um dos grandes amores da minha vida, como é este apaixonante clube português. Assumo sem rodeios: ando completamente nas nuvens! Perdoem-me, colegas sportinguistas, perdoem-me, queridos pais, perdoem-me, queridos conterrâneos gaeirenses, mas não dá mesmo para estar dez minutos sem falar do Benfica. Depois do devastador final de temporada, no ano passado, penso que aquilo que se está a passar é mais do que merecido. Depois das lágrimas de raiva que milhões de benfiquistas verteram, eis que a apoteose chegou em força, e espero mesmo que ela tenha vindo para ficar.

Mas, voltando às tais nuances, para mim foi uma delícia toda aquela cerimónia de entrega da Taça da Liga, em Leiria, começando na espectacular atitude das duas equipas, ao prestarem homenagem uma à outra, aquando da subida ao palanque (excelente Rio Ave aquele que tivemos na cidade do Lis). Porém, e como benfiquista de gema que sou, o que mais me sobressaiu, e que já me vinha a chamar a atenção há algum tempo, foi a alegria contagiante entre todo o grupo de trabalho do Benfica. Ok, muita gente diz, e é verdade, que quando se ganha parece que tudo está bem, mas nem sempre quando se ganha existe este companheirismo, esta notória alegria, esta evidente cumplicidade entre colegas de equipa.

Em Agosto de 2013, o nosso balneário estava desfeito em cacos. A temporada adivinhava-se negra, o ambiente em redor da equipa era péssimo, eu próprio não acreditava em nada. Tudo parecia estar a desmoronar-se, tudo era posto em causa, Jorge Jesus estava na corda bamba, Luisão envolvia-se em troca de insultos com os adeptos no Estádio da Luz, aos 20 minutos de jogo já havia assobios, portistas e sportinguistas, no geral, davam-nos como condenados.

Mas com um plantel destes tudo é possível, e, sendo assim, paulatinamente, o Benfica chegou ao lugar em que merecia estar! E agora, chegados aqui, estamos a viver um autêntico conto de fadas. Sinto necessidade de me beliscar todos os dias, para perceber se isto é mesmo real. E, voltando à noite de consagração em Leiria, após mais um título conquistado, deu-me um gozo tremendo ver Sílvio a levantar a taça, ver todo o staff encarnado aos saltos, em total sintonia com os adeptos, poder constatar mais uma vez como os atletas que há menos tempo estão no clube vão ficando atónitos com a grandeza do Sport Lisboa e Benfica.

Mais uma Taça da Liga para o Benfica, num percurso imaculado, sem golos sofridos Fonte: Reuters
Mais uma Taça da Liga para o Benfica, num percurso imaculado, sem golos sofridos
Fonte: Reuters

Nós metemos filas de quilómetros nas bilheteiras, os jogos do Benfica são os mais vistos do ano nas estações de televisão nacionais, aeroportos e praças enchem-se, os cafés paralisam, as pessoas não falam doutra coisa, a crise é esquecida por instantes, Rúben Amorim parece um jornalista consagrado (Rúben, isto está complicado para se arranjar emprego, portanto… não me lixes a vida), ao dar espectáculo com sensacionais entrevistas no voo de regresso para Lisboa, depois daquela jornada heróica de Turim.

Sim, o Benfica está a ganhar, os jogadores estão felizes, é natural. Mas nota-se a léguas que não se trata de simples festejos, mas sim de um exteriorizar de emoções por tudo aquilo que foi sendo dito e escrito sobre a equipa (volto a fazer um mea culpa, já que fui um feroz crítico do meu lindo clube nos primeiros meses da temporada). Estou a escrever este artigo com um enorme sorriso nos lábios,  porque pareço um puto quando tem o seu primeiro amor.

Sport Lisboa e Benfica, já ganhaste dois títulos. Espero que ganhes mais dois! Mas quero que saibas que, independentemente daquilo que aconteça daqui a dias, esta tua época já me preencheu completamente. É impagável poder sentir como somos respeitados, cá em Portugal e no estrangeiro, como voltámos a ser um clube temido, como voltámos a ser esmagadores.

Ainda há algum trabalho pela frente, mas a tempestade já se foi embora, definitivamente, e agora estamos em período de bonança. Que não se repitam os erros do Verão 2010, é o que eu desejo, porque se houver frieza e mentalidade acertada, temos todas as condições para pegar de estaca no futebol português.

És apaixonante, maior clube português.

Como roubar quatro campeonatos ao Sporting

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Podes ler a resposta a este artigo nesta publicação.

Esta semana, mais do que oferecer a minha visão sobre um determinado tema, quero lançar algumas questões para debate. Qual seria a reacção do leitor se descobrisse que em Portugal não houve apenas 5 campeões nacionais, mas sim 8? Como reagiria se ficasse a saber que as três equipas “esquecidas” são o Carcavelinhos, o Marítimo e o Olhanense? O que diria se se desse conta de que o Belenenses tem 4 campeonatos nacionais no seu currículo e não apenas um? E que o Sporting e o FC Porto têm, respectivamente, 22 e 30 títulos máximos e não os 18 e 27 que lhes são atribuídos oficialmente? As conclusões ficarão ao critério de cada um, mas julgo haver espaço suficiente para que a contagem actualmente em vigor seja posta em causa.

”E que o Sporting e o FC Porto têm, respectivamente, 22 e 30 títulos máximos e não os 18 e 27 que lhes são atribuídos oficialmente?”

Em primeiro lugar, reconheço que, à primeira vista, trazer este assunto numa altura em que um rival acaba de se sagrar campeão pode parecer uma tentativa desesperada de vasculhar a História com o objectivo de engrossar um palmarés que nos últimos anos teima em não aumentar. Mas, numa altura em que o 33º campeonato do Benfica tem sido tema de destaque, penso que esta discussão vem a propósito. Tudo se prende com o facto de haver 17 campeonatos entre os anos 20 e 30 cuja existência é, hoje em dia, pura e simplesmente esquecida e substituída pela inclusão de 4 ligas experimentais. Não sei quem começou a fazer a contagem de maneira incorrecta, nem se o fez de forma consciente ou não. A verdade é que o Sporting é o emblema que sai mais lesado, foi o clube em que roubaram 4 campeonatos. Em todo o caso, o Benfica e os seus adeptos não terão de se sentir atingidos, uma vez que o seu número de títulos não se altera. Ao contrário, o de todos os outros clubes campeões nacionais – à excepção do Boavista – é puxado para baixo. Vejamos:

– Entre 1921 e 1938 disputou-se o Campeonato de Portugal (CP), em regime de eliminatórias. Esta competição decorria a par dos Campeonatos Regionais (de Lisboa, do Porto, etc.), que serviam de apuramento.

O Sporting conquistou o título por quatro vezes: em 1922/23, 1933/34, 1935/36 e 1937/38. O FC Porto também ganhou quatro campeonatos, o Benfica e o Belenenses três. O Carcavelinhos, o Marítimo e o Olhanense arrecadaram um cada um.

– Nas crónicas da época, os vencedores foram sempre referidos como Campeões Nacionais.

– Em 1934/35, contudo, foi criado um campeonato experimental, no regime de todos contra todos. Era o Campeonato da Liga (CL) e teve e uma curta existência – somente quatro épocas, até 1937/38. O vencedor era denominado Campeão da Liga; o título de Campeão de Portugal continuou a ser atribuído.

– Em 1938/39 decidiu-se o fim do CP e do CL e começou o Campeonato da I Divisão, em regime de todos contra todos e reconhecido oficialmente. Foi também criada a Taça de Portugal. Foi somente aqui que ficaram definidos os moldes que ainda hoje se verificam: o Campeão Nacional passou a decidir-se através do campeonato, servindo a Taça de competição complementar.

– Nos 4 anos em que coincidiu com o CL (ou liga experimental), o CP foi sempre o que fechou a época – era o mais importante e o mais aguardado. O vencedor do CL (disputado entre Janeiro e Abril/Maio) era, como já se disse, o Campeão da Liga, ao passo que o vencedor do CP (entre Maio e Julho) era o Campeão de Portugal. Actualmente ainda há quem lute contra o esquecimento e, contra a corrente, cultive essa memória, como exemplifica este cachecol do Belenenses:

Este recente cachecol do Belenenses assinala o primeiro campeonato conquistado pelo clube. Outros três se seguiriam, mas só o último é contabilizado oficialmente
Cachecol recente que assinala o primeiro campeonato
conquistado pelo Belenenses. Outros três se seguiriam, mas só o último é contabilizado oficialmente

– No entanto, contra toda a lógica, actualmente são as ligas experimentais (CL) que contam como campeonatos oficiais – e não o CP, como sempre ocorreu entre 1921 e 1938. Em 4 temporadas de CL, o Benfica conquistou 3 títulos da liga e o FC Porto 1. São estes 4 anos que geram toda a controvérsia.

De facto, hoje em dia a versão oficial apresenta a competição experimental como a precursora da Primeira Liga, remetendo o CP para a posição de “antepassado” da Taça de Portugal. No entanto, parece-me evidente que, entre 1921 e 1938, o objectivo do CP era, como o nome indica, apurar o Campeão Nacional e não o simples vencedor de uma “taça” sem qualquer propósito. Se o Campeonato de Lisboa estabelecia qual a melhor equipa da capital, o CP fazia essa distinção ao nível do país inteiro. As pessoas queriam saber quem era a melhor equipa nacional e o CP, ano após ano, dava-lhes essa resposta. A competição experimental serviu para constatar se seria ou não viável a criação de um campeonato em regime de todos contra todos a nível nacional. Quatro anos chegaram para perceber que sim, tendo depois surgido a actual liga. Mas a validade dos campeonatos disputados entre 1921 e 1938 é inquestionável. A História não pode ser apagada.

PSG: o Rei da Gália

ligue 1

O Paris Saint-Germain tornou-se bicampeão pela primeira vez na sua história. Depois do ano passado, com Ancelloti, este ano foi Blanc a conquistar o título, o que já lhe valeu, inclusive, a renovação do contrato. O PSG sagrou-se campeão após o empate do Mónaco: uma conquista importante de uma equipa que tem crescido muito e que tem apresentado argumentos fortes para se impor entre os gigantes do futebol europeu. Apesar de tudo, esta conquista pode ser ensombrada por uma multa aplicada pela UEFA à equipa gaulesa por não ter cumprido o fair-play financeiro.

Esta época da Ligue 1 criou muitas expectativas nos adeptos de todo o mundo. A subida de divisão do Mónaco proporcionou um elevado investimento e as estrelas contratadas fizeram com que os adeptos esperassem uma grande disputa entre o clube monegasco e o da capital francesa. Apesar disso, o Mónaco mostrou-se incapaz de competir sempre lado a lado com o PSG, apenas conseguindo dar-lhes umas “mordidelas nos calcanhares”. A época também ficou marcada pelo desaparecimento do Lyon, que, habituado a disputar lugares cimeiros da tabela classificativa, se viu este ano impotente para competir com as carteiras dos dois primeiros classificados e anda nesta altura por um 5º lugar bastante desanimador. Por outro lado, a queda desamparada do Lyon e do Marselha abriram os lugares europeus ao Lille e ao Saint- Etienne.

As conquistas por parte dos parisienses sucedem-se Fonte: Maisfutebol
As conquistas por parte dos parisienses sucedem-se
Fonte: Maisfutebol

No final de contas, o PSG manteve-se fiel a si mesmo. Com uma filosofia bem enraizada desde a época transacta e contando com reforços de peso, conseguiram dominar por completo e ainda fazer uma boa campanha Liga dos Campeões. Sempre em todas as frentes, a conquista do campeonato mostrou que em França manda uma só equipa. E se assim continuarem não há ninguém que lhe faça frente. Para isso muito têm contribuído as excelentes épocas de Zlatan Ibrahimovic, que só esta época conta com 25 golos na Ligue 1.

A meu ver, o PSG só pode progredir. Com um orçamento quase ilimitado, jogadores de classe mundial e uma filosofia de jogo enraizada, só podemos esperar o salto do topo da Liga Francesa para o topo do futebol francês. Agora, se a UEFA confirmar as sanções que têm sido noticiadas, o projecto pode estar em risco. Com uma restrição a 21 inscritos na Liga dos Campeões, limite de transferências e congelamento de prémios monetários de competições internacionais, o poderoso Paris Saint-Germain, que tanto vive da sua carteira gorda, pode encolher-se.

Agora é altura de festejar. É um marco histórico. Esperemos que na próxima época o Mónaco venha reforçado e pronto a oferecer maior concorrência a Ibrahimovic e companhia.

Saca não desilude…

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cab Surf

As câmaras não funcionavam, e a vontade de ver a estreia de “Saca” no Rio Pro era tanta que eu já estava a entrar em stress. Quer dizer, a competição estava ON, mas a webcam OFF. Grande azar para todos os portugueses que queriam acompanhar o “portuguese tiger” no heat inaugural do Billabong Rio Pro, no Brasil.

Na água encontravam-se, então, o nosso tuga, Adriano de Sousa, que é nada mais nada menos que um dos principais candidatos à vitória, e Sebastian Ziets. Tiago Pires começou a bateria bastante bem, ao conseguir excelentes manobras, resultando-lhe um 6.33 pontos em 10 possíveis. O surfista brasileiro, também conhecido como Mineirinho, respondeu de seguida com um 4.67, enquanto Sebastian Ziets não demonstrava qualquer perigo aos dois surfistas. Saca, perante as condições difíceis, fez outra onda que, desta vez, foi pontuada com um score baixo, 3.37, mas que foi suficiente para vencer o heat. Deste modo, Tiago Pires acabara em primeiro, com um total de 9.70 pontos, e logo de seguida tínhamos Adriano de Sousa, com um score ligeiramente mais baixo, 9.60 pontos. Sebastian Ziets esteve muito apagado nos 30 minutos de competição, acabando com um score de 6.40.

Tiago Pires a bater forte de backside. Fonte: asp.com
Tiago Pires a bater forte de backside.
Fonte: asp.com

As ondas estavam pequenas e não estavam ao nível dos melhores surfistas do mundo, mas, mesmo assim, muito foi o espetáculo dado por eles. Em ondas com pouco potencial como as que rebentaram no dia de hoje, destacam-se os “meninos dos aéreos” relativamente aos outros. E foi mesmo isso que aconteceu. Gabriel Medina, Taj Burrow, Joel Parkinson, Kolohe Andino, Josh Kerr, Jordy Smith, Filipe Toledo, Jadson André e John John Florence foram os surfistas que arrasaram e passaram automaticamente ao round 3. Tudo devido ao seu surf explosivo e aerodinâmico.

Ao contrário dos vencedores do round 1, também houve algumas surpresas negativas. Kelly Slater, Mick Fanning, Owen Wright e Adriano de Sousa foram os surfistas que menos se esperava que perdessem logo na primeira ronda. Ainda assim, estas derrotas precoces não são significativas, uma vez que ainda há as repescagens (round 2).

Amanha preveem-se melhores ondas, e tudo indica que o campeonato começará logo ao início da manhã, com o round 2 dentro de água.

Benfica 2-0 Rio Ave: O primeiro passo rumo ao pleno

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O Benfica venceu a Taça da Liga num jogo com duas caras: uma primeira parte que surpreendeu pela intensidade de jogo do Rio Ave, e um segundo tempo fortíssimo do Benfica.

Foi uma primeira parte de grande intensidade aquela a que se assistiu no Estádio Dr. Magalhães Pessoa. O Rio Ave entrou mais forte na partida e dominou quase por completo os primeiros dez minutos. Pressionando alto e com os blocos mais subidos do que habitual, os vilacondenses surpreenderam por completo os pupilos de Jorge Jesus, que, talvez à espera de encontrar um Rio Ave menos ousado, demoraram a acertar as marcações. Quem usufruiu da fase menos boa do Benfica foi Ukra e Pedro Santos. Na verdade, a profundidade ofensiva que os extremos da equipa comandada por Nuno Espírito Santo ofereceram foram os grandes responsáveis pela excelente primeira parte do Rio Ave.

Após esse início apático, o Benfica organizou-se e assumiu o controlo do jogo. Porém, em diversas ocasiões, o Rio Ave conseguiu sair em contra-ataque causando alguns calafrios aos adeptos benfiquistas.

As duas equipas mantiveram sempre um bom nível, disputando o jogo taco a taco, digno de uma final. De facto, as oportunidades de golo surgiram em ambas as balizas, mas a ineficácia imperou até bem perto do final do primeiro tempo. Ao minuto 41, Rodrigo, um dos melhores em campo, aproveitou uma bola perdida na sequência de um canto marcado por Gaitán e atirou para o fundo da baliza de Ventura. O Benfica quebrou o gelo e foi para o intervalo com o conforto da vantagem.

Luisão fez um jogo enorme Fonte: zerozero.pt (Carlos Alberto Costa)
Luisão fez um jogo enorme
Fonte: zerozero.pt (Carlos Alberto Costa)

A segunda parte trouxe um Rio Ave menos forte, menos intenso e incapaz de se sobrepor à qualidade dos jogadores encarnados. O Benfica, por seu turno, guardou a bola e conseguiu controlar o jogo (e o resultado). Embora o Rio Ave mostrasse vontade de inverter o marcador, o Benfica foi demasiado forte no segundo tempo, demonstrando, mais uma vez, que é uma equipa muito sólida. Os encarnados aniquilaram por completo toda e qualquer jogada ofensiva dos vilacondenses (Luisão fez mais um jogo de grande qualidade), faltando apenas dilatar a vantagem para se poder confirmar o segundo título da época para o Benfica. Ora, coube ao capitão das águias dissipar as dúvidas: ao minuto 78, Enzo, na marcação de um livre, meteu a bola na área do Rio Ave e Luisão cabeceou para o 2-0, com Ventura a ficar muito mal na fotografia.

Descontraído, e com a Taça da Liga no bolso, o Benfica triturou o Rio Ave nos últimos dez minutos, pecando apenas na finalização. Ainda assim, a derrota por números menos avultados parece-me justa para o Rio Ave, que foi um digno vencido.

A formação de Vila do Conde leva para casa a experiência de uma final, sabendo de antemão que no próxima dia 18 irá enfrentar, novamente, os encarnados na final da Taça de Portugal. Quanto ao Benfica, a formação lisboeta dá assim o primeiro de três passos rumo à época de sonho. Está quase, rapaziada!

A Figura
Luisão – Marcou o golo que confirmou o jogo (e o título) mas fez muito mais do que isso: impôs a sua autoridade e limpou todo os lances de perigo na área do Benfica. Que grande época do capitão!

O Fora-de-Jogo
Markovic – Ainda que nenhum jogador do Benfica tenha estado num plano negativo, o jovem talento sérvio perdeu muitas bolas e pecou por complicar.

Loucura (do) Mundial

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Existe um frenesim no ar. Os passarinhos cantam mais alto, os bichinhos de conta pululam e as flores crescem. É um cenário de primavera perfeito. Até o calor está a ajudar a que esta época simpática surja ainda mais cedo.

Não obstante este bonito quadro, é de outra coisa que as pessoas mais querem falar. O maior acontecimento desportivo do planeta: o Campeonato do Mundo de Futebol. Os campeonatos nacionais e internacionais ainda não acabaram, mas mesmo assim já se sente aquela vibração de uma Copa; ou não estivesse uma já aí à porta.

Dei por mim imerso nesta doideira e resolvi voltar aos tempos de menino. Colecionismo! Agora todos querem os seus crominhos e figurinhas do Mundial para mais tarde recordar e mostrar aos amigos, filhos, netos, ao papagaio, sei lá. Falei disto a um amigo e ele também disse que fazia. Só que pelo computador. E eu: “como é que é?”. Agora parece que dá para fazer de um modo mais “amigo do ambiente” (embora um computador ligado possa poluir mais do que um bocadinho de papel). Retorqui que essa forma não tinha piada. A piada de abrir a saqueta. Trocar os repetidos. Colar. Enfim. Um manancial de rituais.

Um dos autocolantes mais raros… Fonte: relvado.sapo.pt
Um dos autocolantes mais raros…
Fonte: relvado.sapo.pt

Quando adquiri a caderneta dos autocolantes da Copa, pensei que nunca mais acabaria a coleção. Enganei-me. Felizmente no meu bairro existem várias papelarias. Mas não foi numa papelaria que engendrei um esquema que por ora vos passo a contar. Então, eu precisava urgentemente de saciar o vício dos cromos. Passei por três jornaleiros e disseram que estavam todos esgotados. Ao chegar a casa, lembrei-me de que havia por ali um quiosquezinho. Um quiosque daqueles que se não estivermos atentos nem percebemos que é um posto de venda de informação e entretenimento, visto ter tamanha publicidade envolta na armadura cinzenta. Quando fui efetuar o ato de compra, o senhor, muito simpático e traquinas, deu-me um molhinho de cromos já abertos e disse para eu tirar aqueles que não tinha, porque assim não havia erro. Paguei o correspondente a 20 figurinhas e fui embora. Pensei cá para mim: “afinal ainda há gente com olho para isto”. Para o sujeito esta coleção está a ser fácil. Ele abre as encomendas todas. Parece-lhe que só faltam uns 10, penso eu. Para mim também vai correr de vento em popa. Agora não me importo de andar mais um pouquinho para a esquina do lado, de modo a obter os tão famigerados autocolantes. Aqueles que conseguir não serão repetidos. Pode é faltar dinheiro, mas isso já é outra questão.

Obrigado, Fundão!

cab futsal

Realizou-se no fim-de-semana passado (dias 3 e 4 de maio) a final-four da Taça de Portugal de futsal, em Oliveira de Azeméis. No sábado realizaram-se dois jogos referentes às meias-finais, e no domingo a grande e esperada final. Queria referir que esta final-four foi relativa aos dois sexos: masculino e feminino. Como o futsal não é apenas um desporto masculino, hoje irei também abordar a vertente feminina. Relativamente às meias-finais, a equipa do Benfica defrontou o Arsenal Parada e o Fundão encontrou o Modicus.

Como era previsível, o jogo entre o Benfica e o Arsenal Parada foi um jogo quase de sentido único, embora o Benfica tenha ido para o intervalo a vencer apenas por 1-0, mostrando a boa primeira parte que o adversário fez. Na segunda, a qualidade encarnada sobressaiu (como era de esperar) e, logo aos 19 segundos da segunda metade, o Benfica aumentou a vantagem para 2-0. A partir daí, a equipa da Terceira Divisão não aguentou física e animicamente a avalanche ofensiva encarnada e sofreu mais três golos, estabelecendo-se o resultado final em 5-0. O Arsenal Parada merecia ter marcado um golo de honra, e ficam na retina os 17 minutos que aguentou sem sofrer golos diante do todo-poderoso Benfica. De referir que o clube da Maia dispôs de algumas oportunidades de golo, incluindo uma bola à barra e que tinha apenas sete jogadores disponíveis devido a problemas físicos.

No outro jogo da meia-final, o Fundão venceu o Modicus por 2-1, num grande jogo de futsal. A equipa do Modicus entrou melhor na partida e, aos 13 minutos, inaugurou o marcador. O Fundão reagiu e a um minuto do final da primeira parte empatou, relançando o encontro.

Para a segunda parte, antevia-se um jogo muito complicado para ambos, visto que as duas equipas queriam alcançar a final. O segundo tempo foi muitíssimo equilibrado e bem disputado; o Modicus diminuiu a intensidade (a expulsão de Tiago Soares não ajudou porque tiveram de mudar de estratégia) e o Fundão melhorou, apresentando um jogo mais organizado e atrativo. Ambas as equipas dispuseram de oportunidades de golo, embora o Fundão tenha estado melhor.

A um segundo de o jogo terminar e a um segundo de ir para prolongamento, a equipa da Beira Baixa fez o golo que resulta na qualificação para a final de domingo. O golo é justo, embora o Modicus não merecesse um golo no último instante. O prolongamento assentava bem a ambas as equipas, mas um encontro de futsal é sempre disputado até ao último segundo, e este jogo foi apenas mais um exemplo disso mesmo.

A grande final disputou-se domingo, com a equipa liderada por João Freitas Pinto a perder no prolongamento por 7-6 diante do surpreendente Fundão. Para mim, esta foi uma justíssima vitória.

Para quem assistiu ao encontro, detém certamente a mesma opinião que eu: devido ao facto de o Fundão ter sido superior quase na totalidade do encontro, ter sido tremendamente competente, apresentando uma qualidade elevadíssima. É certo que uma final é sempre algo motivador, mas a conquista da primeira Taça de Portugal para o clube e a forma como a conquistaram é sem dúvida algo excecional para esta equipa amadora constituída por “profissionais”, dada a elevada categoria apresentada.

Benfica tentou mas não conseguiu evitar a surpresa Fonte: Federação Portuguesa de Futebol
Benfica tentou mas não conseguiu evitar a surpresa
Fonte: Federação Portuguesa de Futebol

A equipa lisboeta entrou bem na partida e foi a primeira a inaugurar o marcador, por intermédio de Ricardo Fernandes. A partir deste golo, e até ao final da partida, o Fundão esteve sempre por cima no jogo e no resultado. Esteve a vencer por 5-3; todavia, a qualidade encarnada impôs-se e conseguiu levar o encontro para prolongamento, empatando o jogo. Certamente ninguém esperaria este desfecho, e ver o Benfica a correr atrás do resultado foi algo muito estranho.

No prolongamento, o Fundão voltou a surpreender e a superiorizar-se. Marcou dois golos, dilatando o resultado em 7-5. Esta vantagem de dois golos foi preponderante para o resultado final, resultado esse que ainda se veio a alterar, graças ao golo apontado por Serginho, para 7-6. O Benfica apostou no 5 para 4, como era de esperar, e teve algumas oportunidades para marcar, porém estas não chegaram para empatar ou até mesmo para vencer o encontro.

Com esta vitória, o Fundão conquistou a sua primeira Taça de Portugal e alcançou um feito histórico e muito importante para a modalidade. Fiquei contente com esta vitória, pois considero-a importante, já que demonstra a toda a gente que mesmo com pouco dinheiro mas com esforço, dedicação e empenho se conseguem alcançar grandes feitos.

Devido a este resultado, no próximo ano o Fundão irá jogar com o campeão nacional na Supertaça, num jogo se adivinha muito intenso. Veremos se não haverá outra surpresa.

Parabéns, Fundão!

Festejos da equipa de futsal feminino do Benfica após conquistar a Taça de Portugal. Fonte: www.fpf.pt
Festejos da equipa de futsal feminino do Benfica após conquistar a Taça de Portugal.
Fonte: Federação Portuguesa de Futebol

Na vertente feminina, o Benfica conquistou a tão desejada Taça de Portugal, ao vencer a equipa da Quinta dos Lombos por 5-0. Foi a primeira Taça de Portugal de futsal feminino disputada, sendo obviamente uma grande conquista tanto para o clube como para a modalidade.

Foi um jogo de sentido único, onde as mulheres encarnadas mostraram toda a sua qualidade e superioridade face ao adversário.

O Benfica foi para o intervalo a vencer por 1-0; todavia, fez uma segunda parte de luxo onde apontou quatro golos e estabeleceu o resultado final em 5-0.

A luta pela fuga à Segunda Liga

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A Liga ZON Sagres está a apenas 90 minutos de terminar. Os cinco primeiros lugares de acesso às provas europeias já estão definidos. É nos últimos dois lugares que ainda tudo está em jogo. Com a alteração dos regulamentos da Federação Portuguesa de Futebol, o último classificado da Liga ZON Sagres irá ser despromovido à Liga Cabovisão, e o penúltimo classificado jogará um play-off frente ao terceiro lugar da Segunda Liga.

Arouca e Gil Vicente garantiram na última jornada a manutenção. Sofrida, mas muito festejada pelos dois clubes do norte.

Com isto restam apenas três clubes para dois lugares. Belenenses, Paços de Ferreira e Olhanense, por esta ordem.

Vejamos:

A salvo: 14º – Belenenses – 25 pontos;

Play-off: 15º – Paços de Ferreira – 24 pontos;

Despromoção: 16º – Olhanense – 24 pontos.

Na próxima e última jornada: Belenenses x Arouca; Paços de Ferreira x Académica; Setúbal x Olhanense.

Ultima jornada Fonte: zerozero.pt
Ultima jornada
Fonte: ZeroZero

 

Analisando, o Belenenses, para além de ter mais um ponto do que os adversários diretos, joga em casa e pode festejar a tão desejada manutenção frente aos seus adeptos.

O Paços também joga em casa contra uma Académica que, apesar de já ter tudo decidido, ainda pensa em dar um “pulinho” na tabela.

O Olhanense tem uma deslocação longa e difícil a Setúbal. Os sadinos são fortes no seu estádio, não perdem há quatro jornadas e não será fácil para a turma algarvia pontuar no Bonfim.

Classificação; números à direita equivalem aos pontos. Fonte: zerozero.pt
Classificação; números à direita equivalem aos pontos
Fonte: ZeroZero

 

Suposições à parte, o que importa são as contas e elas são as seguintes:

Caso as três equipas terminem todas com 25 pontos, a tabela ordenar-se-á da seguinte maneira:

14º: Paços de Ferreira; 15º: Belenenses; 16º Olhanense.

Caso Olhanense e Belém terminem em igualdade pontual e o Paços vença, a tabela final será a seguinte:

14º: Paços de Ferreira; 15º Belenenses; 16º: Olhanense.

Caso o Olhanense vença e Paços e Belenenses terminem em igualdade pontual, a classificação final será:

14º: Olhanense; 15º: Paços de Ferreira; 16º: Belenenses.

Para explicar: em caso de igualdade pontual entre os três clubes, o Paços leva a melhor, porque tem sete pontos conquistados nos jogos entre os três clubes, sendo que o Belenenses tem cinco e Olhanense tem apenas quatro.

Depois, Belenenses tem vantagem no confronto direto com o Olhanense, e o Paços de Ferreira levou a melhor sobre o Belenenses.

A equipa de Olhão não tem vantagem no confronto direto sobre nenhum dos dois adversários diretos.

Posto isto, não podemos adivinhar mas podemos afirmar que no sábado os jogos vão ser emocionantes, e os adeptos destes três clubes vão ter o coração nas mãos durante os 90 minutos mais descontos. Os jogos vão ter início às 16 horas.

Resta acrescentar que já foram promovidos à Liga Zon Sagres o Moreirense e o Penafiel. Lutam pelo lugar de play-off o Aves, Chaves e Portimonense.