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Cores

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brasileirao

Cores são boas. É bom quando podemos distinguir todo um esquema cromático no quotidiano. O Clube do qual vos quero falar tem como bandeira três tons principais: o verde, o branco e o vermelho. Estamos a falar do Fluminense Football Club e os apaixonados pelo tricolor bem podem dizer:

– O meu coração tem três cores e todas elas batem intensamente!

Fundado em 1902, pela aristocracia carioca, cedo o Fluminense foi conquistando as bases populares. Foi o primeiro clube carioca, pelo menos a grande nível, que foi criado com o intuito da prática do futebol. Os outros gigantes cariocas – caso do Flamengo, do Vasco da Gama e do Botafogo – tinham a presença muito forte do remo e das regatas olímpicas.

Torcida tricolor ao rubro no Maracanã Fonte: globoesporte.globo.com
Torcida tricolor ao rubro no Maracanã
Fonte: globoesporte.globo.com

Costuma dizer-se que a torcida do Fluminense é mais elitizada que as restantes. Chico Buarque e Gilberto Gil, entre outros, são adeptos confessos do Fluzão. Mas também de gente humilde é formada a base forte do Flu. Ninguém se pode esquecer dos charmosos Fla-Flu, ou da presença de grandes jogadores nos quadros cariocas. Rivelino, Ricardo Gomes, Thiago Silva ou até Fred formam um variado leque de grandes intérpretes… e com títulos palpáveis.

O Tricolor das Laranjeiras – bairro carioca onde nasceu – é tetracampeão brasileiro: 1970 (o último título antes do modelo atual), 1984, 2010 e 2012. Reparemos nas duas últimas datas. Vemos que o Fluminense conseguiu vencer dois títulos nos últimos três anos. Isto significa uma mudança. Porém, no campeonato passado, o Fluminense quase descia de divisão. O que também já acontecera em 2009, para no ano seguinte, ser campeão com o famoso “Time de Guerreiros”. Ainda em termos nacionais, o Fluminense venceu ainda uma Copa do Brasil. E foi o clube mais vezes campeão estadual carioca do século XX. Há apenas uma pecha neste rico palmarés: uma final perdida da Taça dos Libertadores da América com o Liga de Quito. Mas o sonho americano chegará… um dia.

Por cá, o Fluminense inspirou o equipamento do simpático Estrela da Amadora. As listras verticais verdes, brancas e encarnadas conseguiram uma saborosa vitória na final da Taça de 1990. Um título importantíssimo do futebol português.

Os apaixonados pelo Fluzão decerto marcarão presença nas partidas sempre que possam. Isto é, sempre. O amor pelo clube tudo supera. O sonho tricolor ainda não terminou. Ele está aí já ao virar da esquina. Um coração vermelho é bonito. Mas um coração de três cores é um espetáculo que não deixa ninguém indiferente.

Futebol em Londres

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Ora, caro leitor, cá nos encontramos outra vez não é? Quando comecei a escrever este texto a minha disposição era outra, digamos que é a segunda vez que escrevo o mesmo artigo e provavelmente o meu tom amável e bem-disposto é capaz de se ter desvanecido aquando da paragem cerebral (artificial) do meu word que deitou o artigo às… urtigas. Afinal ainda estou cheio de piadas, cuidado.

A minha ausência dos textos de opinião do Bola na Rede deve-se, em parte, à minha recente visita à capital inglesa. Londres é uma cidade diferente, se há cidade em que uma pessoa se pode perder, em mais do que um sentido, é esta. Na minha viagem, que a espaços se assemelhou a uma epopeia, tive a sorte de me encontrar na cidade no dia do jogo entre o Chelsea e o Tottenham. E um derby londrino era algo que me despertava mais atenção do que visitar um museu, como devem imaginar. Talvez porque sou estúpido, ou talvez porque o futebol me faz ser assim. O jogo começava às 17 se não me engano, e nós ainda andavamos meio perdidos no centro da cidade quando se deu o apito inicial. Não tínhamos tempo para ver o jogo todo, até porque a nossa vida era outra e em Londres a noite começa e acaba mais cedo. Contudo, conseguimos passar por um pub perto do local onde nos encontravamos e ainda tivemos a oportunidade de assistir ao 2º golo, marcado de penalti pelo Hazard. Explosão de alegria no pub, sorrisos, abraços e muita, muita cerveja a circular, cerveja essa que fez com que eu tivesse que reprimir a vontade de me juntar à festa e alegar a minha eterna paixão à equipa de Mourinho. Algo que até seria mentira, mas para a festa vale quase tudo. Não aconteceu, e a nossa noite acabou por ter outro rumo, um bem engraçado até, mas isso fica para outro dia.

Hazard marcou o segundo golo do Chelsea frente ao Tottenham Fonte: zimbio.com
Hazard marcou o segundo golo do Chelsea frente ao Tottenham
Fonte: zimbio.com

O Chelsea acabou por vencer por 4-0 esse derby, o que foi positivo em dois sentidos; por um lado foi bom porque afundou, ainda mais, um Tottenham em espiral descendente que ainda ia receber o Benfica, por outro lado foi positivo para a equipa do Benfica mas a de Londres que veste de azul. Matic, David Luiz, Ramires e companhia ganharam moral para os jogos que se seguiram, e que moral foi. Apenas em Birmingham frente ao Aston Villa a equipa de Mourinho vacilou, depois disso, uma vitória fácil e expressiva frente ao Galatasaray a contar para a liga dos campeões e no passado fim de semana um massacre digno de bolinha vermelha no canto superior direito frente ao Arsenal. Dois derbys no mesmo mês e a contagem foi até aos 10-0 para o Chelsea. Se o jogo frente ao Tottenham foi impressionante em termos de demonstração de caudal ofensivo o jogo contra o Arsenal nem merece comentários.  Extra-futebol, o final da troca de comentários entre Mourinho e Wenger teve a sua piada visto que o resultado veio dar razão ao português. Pode ser que o Mourinho fique um bocadinho mais arrogante que ele está a precisar e eu gosto dele é assim.

PS: Achei piada à diferença de mentalidades entre os Ingleses e os “tugas”, talvez pela maior diversidade, mais depressa se ouvia falar espanhol que inglês, num dia de derby a vida continuava como se nada se passasse. Cá Lisboa pára para ver um Benfica – Sporting, lá parecia que se estavam a borrifar. Só nos pubs, cafés e afins se viam adeptos.

Kikas Imparável

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cab Surf

Passou-se, no passado fim de semana, na Costa da Caparica, a primeira etapa da Liga Moche, que contou com a presença dos melhores atletas masculinos de todo o país. Com ondas a rondar um metro de altura, o round 1 ficou marcado pela passagem de Vasco Ribeiro, Frederico Morais, Francisco Alves, Nicolau Von Rupp, Marlon Lipke, José Ferreira, Filipe Jervis, Justin Mujica, Gony Zubizarreta, Ruben Gonzalez e dos irmãos Guichard à fase seguinte. Uma vez que a Liga Moche não conta com repescagens, os atletas que foram eliminados logo no primeiro round saíram automaticamente da competição.

Com a subida do vento no início do round 2, as condições tornaram-se um pouco mais complicadas para os atletas, mas ainda assim houve muito surf ao mais alto nível, destacando-se nesta fase os surfistas Vasco Ribeiro e Gony Zubizarreta, uma vez que fizeram os scores mais altos da ronda, 16.50 e 15.25, respetivamente.

O round 3 foi o último a ser realizado no sábado. Com condições bem mais difíceis devido ao forte vento e à maré cheia, Gony Zubizarreta voltou a ser o protagonista. Depois de um excelente score no round 2, agora era a vez de totalizar a sua bateria com um score de 18 pontos, em 20 possíveis. Deste modo, Gony passou em primeiro lugar, ficando em seguida Frederico “Kikas” Morais. Esta ronda ficou marcada também pela eliminação precoce de Felipe Jervis e Francisco Alves, atleta local da Costa da Caparica.

Gony Zibizarreta em acção Fonte: Surftotal.com
Gony Zibizarreta em acção
Fonte: Surftotal.com

No domingo, o sol acordou com preguiça de espreitar. Era, então, o tão desejado dia das finais. Começavam os quartos de final, e agora uma grande mudança acontecia: os heats já não eram constituídos por quatro atletas mas sim por dois, de modo a tornar a prova ainda mais competitiva e renhida.

Primeiro heat na água, e o público já estava completamente excitado por ver uma final antecipada, uma vez que Vasco Ribeiro encontrava pela frente o seu grande amigo Frederico Morais. Kikas acabou por vencer por um triz, visto vez que a diferença pontual foi de 0,55. Deste modo, o surfista da Billabong passou às meias finais com um score de 13.80, e Vasco Ribeiro saiu eliminado com 13.25. A segunda bateria do dia era entre Gony Zubizarreta e David Gonzalez. Gony acabou por levar a melhor, vencendo Ruben com um score total de 14.35. Era agora a vez de José Ferreira defrontar Tomás Fernandes. Com condições mais complicadas, devido ao crescimento das ondas, José Ferreira (12.50) venceu Tomas (8.00), usando o seu surf explosivo. Por fim, tínhamos dois luso-germânicos no mesmo heat. Num lado, encontrava-se o vencedor do Moche capítulo Perfeito, Nicolau Von Rupp, e, do outro lado, o experiente Marlon Likpke, que acabou mesmo por vencer facilmente Nic. Deste modo, Marlon acabou o heat com um score de 16 pontos e Nicolau com 11.50. A derradeira final estava cada vez mais perto, mas primeiro ainda faltava as meias finais. Na primeira, Frederico Morais encontrou pela frente o vencedor do segundo heat dos quartos de final, Gony Zubizarreta. Como já tinha acontecido no round 3, os dois altetas voltaram a encontrar-se, mas, desta vez, Fredericos Morais não entrou com cerimónias, acabando por vencer com um score 14.25. Ainda assim, Gony acabou com um score de 13.75, e saiu da prova satisfeito pelo seu alto rendimento em toda a competição. Na segunda meia final, tínhamos José Ferreira e Marlon Likpe. Numa bateria com pouca ação, o luso-germânico acabou por sair vencedor com um score total de 12.40. José Ferreira acabou com um total de 11 pontos.

Finalmente chegava a grande final, que reunia dois grandes surfistas, Frederico Morais e Marlon Lipke. Numa final bastante disputada e cheia de ação, grandes manobras saíram das pranchas dos dois atletas, e ninguém conseguia escolher um vencedor. Contudo, como apenas um pode vencer, Kikas acabou por se sagrar campeão da primeira etapa da da Liga Moche, com um excelente score de 15.75 pontos. Marlon, apesar da derrota, teve também uma excelente prestação, acabando com um score 15.30 pontos.

FC Porto 1-0 Benfica

Esta noite o FC Porto derrotou o Benfica no Dragão por 1-0, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Os azuis e brancos dominaram a primeira parte e acabaram por chegar ao golo por intermédio do cafetero Jackson Martínez. No segundo tempo a partida foi mais equilibrada, mas nenhuma equipa conseguiu marcar. O FC Porto leva, assim, uma vantagem importante mas que deixa tudo em aberto para o jogo da Luz.

atodososdesportistas

Futebol Clube do Porto

Enganei-me. Enganei-me ao pensar que ia entrar um Porto com medo e um Benfica demolidor! Desde cedo se percebeu que o Porto entrou no Dragão para ganhar e para jogar futebol! Mas tudo poderia ter outro começo, caso a “invenção” de Diego Reyes, logo aos 33 segundos, culminasse com o tento do Benfica. Depois… Foi Porto! De salientar que Defour jogou sobre a meia direita do centro do terreno, e a surpresa táctica de Luís Castro, Herrera, sobre a meia esquerda. Mas não nos enganemos: o meio-campo portista foi extremamente móvel e voluntarioso (daí a inclusão de Herrera, jogador com grande capacidade de combate). O Porto tinha mais bola, apesar da tentativa de pressão benfiquista. Só foi preciso esperar três minutos para ver o primeiro sinal de perigo: grande iniciativa de Quaresma, que cruzou para a área, onde Artur “roubou” a bola a Varela, que se preparava para cabecear para o golo. Passados dois minutos, grande passe de Defour para Herrera, com Luisão a fazer grande corte para canto. Na sequência do canto de Quaresma, tirado com conta, peso e medida, enorme cabeceamento de Jackson – o Cha Cha Cha inaugurou o marcador, logo aos cinco minutos!

Por volta do minuto sete, Herrera cruzou de pé esquerdo para Varela, mas sai muito alto. Poderia e deveria ter feito melhor (era uma bolinha mesmo “à Quaresma”!…). Aos 11 minutos, Jackson “sentou” literalmente Luisão, com Maxi a vir fazer a “dobra”. Aos 15 minutos, quase outro golo no Dragão! Jogada fantástica de Jackson, a aguentar sucessivas cargas (faltosas) de Luisão e a deixar para Danilo, que cruzou e, in extremis, permitiu ao mesmo Luisão cortar e evitar o golo. Quinze minutos passados, e claramente mais Porto! Foi preciso decorrerem 21 minutos de jogo para ver perigo na área portista, com Reyes a “oferecer” o corpo à bola e a ceder canto.

Aos 23 minutos, mais um cruzamento perfeito de Quaresma, e Reyes por pouco não desviou a bola, que “morreu” nas mãos de Artur. O Porto continuava com o pé no acelerador e, numa grande jogada colectiva, Jackson tabelou com Herrera e por pouco não foi o segundo golo dos Dragões. Aos 26, Fabiano quase dá o golo ao Benfica, ao largar uma bola no ar mas, por sorte, ninguém estava por perto para fazer o golo. Estavam decorridos 30 minutos de jogo, e o Benfica tentava assumir o jogo, mas sem consequências. Mais Porto até ao momento. A superioridade dos azuis-e-brancos voltou a notar-se quando, aos 35 minutos, houve nova grande defesa de Artur: Fernando recuperou a bola, conduziu o contra-ataque e fez uma excelente assistência para Varela, que, na cara do guardião encarnado, permitiu uma grande intervenção. A terminar o primeiro tempo, remate sem nexo de Varela, com a bola a sair junto à… bandeirola de canto! Estava terminada a primeira parte, claramente com muito mais Porto.

O retorno aos balneários fez mal ao espetáculo, pois dos 45 aos 60 minutos o mais emocionante que se viu no Dragão foi uma (péssima) actuação teatral de Sílvio, que viu o respectivo cartão amarelo. Após esse lance, Benfica começou a apertar o cerco ao Porto e conseguiu dois cantos seguidos, mas sem perigos de maior para o guardião azul-e-branco. Com a subida no terreno do Benfica, Luís Castro fez entrar Ghilas para o lugar de Varela, aos 62 minutos. Aos 69 voltou o perigo na baliza encarnada: Mangala ganhou de cabeça, fez um grande passe para Alex Sandro sobre a esquerda, e este, com todo o tempo do mundo, lançou um passe totalmente disparatado para… ninguém (seria para Jackson). Num contra-ataque rapidíssimo, aos 72 minutos, do Porto, numa situação de 3 para 2, Ghilas definiu mal e permitiu o corte à defesa do Benfica! Um minuto depois, Herrera quase faz um golo de bandeja: remate em arco à entrada da área, com a bola a raspar o ângulo superior esquerdo de Artur. Depois da jogada, Carlos Eduardo entra para o lugar de Herrera. Estavam decorridos 75 minutos e, neste momento, mais Benfica! Aos 76 minutos, bola no poste de Jackson Martinez! Grande trabalho do colombiano, que merecia golo. Na recarga, Quaresma não conseguiu chegar à bola primeiro do que o defesa benfiquista. Aos 79, Fabiano salvou por duas vezes o Porto! Primeiro, na sequência de um “canto de laboratório”, o guardião fez uma brilhante defesa e, depois, num cruzamento, saiu em voo e com uma “sapatada” tirou o golo certo a Garay. Estávamos na presença de um “São Fabiano”. No meio destes dois lances, tempo ainda para Ghilas rematar frouxo à figura de Artur, quando tinha tudo para fazer melhor.

Decorria o minuto 85 quando Luís Castro promoveu a sua última alteração, trocando Defour pelo “miúdo maravilha” Quintero. Mais um lance inacreditável: Quintero, isolado e com Jackson ao lado, tentou deixar a bola no companheiro mas tropeçou no solo… Lance algo caricato, de pura infelicidade e até de distracção por parte do jovem colombiano. Minuto 94: final do jogo! Vitória justa dos Dragões, num jogo em que procuraram sempre estar por cima do adversário. Grande espectáculo no Dragão, com duas grandes equipas, uma excelente arbitragem e adeptos incansáveis.

Quaresma foi dos melhores em campo Fonte: Zerozero.pt
Quaresma foi dos melhores em campo
Fonte: Zerozero.pt

Fabiano (8): Apenas com uma falha num cruzamento, o guardião assinou uma exibição de gala com várias defesas de grande qualidade, só ao alcance dos melhores.

Danilo (7): Voltou aos grandes jogos, com uma exibição de grande consistência e sem os erros infantis que volta e meia o caracterizam.

Diego Reyes (7): O jovem mexicano fez a sua primeira grande exibição no Porto, anulando Cardozo e justificando em pleno a aposta de Luís Castro na sua utilização.

Alex Sandro (7): Este menino não sabe jogar mal! Defendeu e atacou na sua habitual bitola, ou seja, muito bem e sem comprometer.

Fernando (8): O “polvo” deu conta de todos os jogadores que na sua zona passaram e ainda lançou vários contra-ataques nas suas muitas recuperações.

Defour (7): Foi novamente o maior operário dos azuis-e-brancos, fez o “trabalho invisível” de que todas as equipas necessitam: fechava muito os espaços quando os alas subiam, caía na ala quando Quaresma ou Varela vinham para o meio. Mais um bom jogo do renascido Defour.

Herrera (6): Uma boa primeira parte do Mexicano, mas que caiu a pique a partir dos 75 minutos, muito por fruto do pouco ritmo de jogo que tem. O que fez, fez bem. Não inventou.

Varela (6): Continua um paradoxo daquilo que foi em anos anteriores… Começou bem (a espaços) e, na parte final do jogo (onde sempre se demonstrou decisivo), desapareceu totalmente até ser substituído.

Quaresma (8): Diziam, na Luz, aquando a sua estreia, que estava “gordo”, “velho” e “sem velocidade”. Ora aí está a resposta a todos: fez o que quis de quem lhe apareceu pela frente e só era travado em falta. Os defesas benfiquistas ficaram com os rins torcidos.

Jackson Martinez (7): Lutou muito, marcou o golo da vitória e ainda atirou uma bola ao ferro. Exibição sem brilhantismo, mas eficaz.

Ghilas (7): Faz da força a sua arma e usou-a bem! Ajudou muito a defender e a segurar a bola nos minutos finais. Poderia ter feito melhor num remate à figura de Artur.

Carlos Eduardo (5): Não conseguiu pegar no jogo e, por isso, não foi útil à equipa.

A Figura
Mangala (10)
: Sofreu uma lesão muscular no início do jogo, Abdoulaye esteve a aquecer mais de 45 minutos e chegou a pensar-se que entraria no início da segunda parte. Mangala quis jogar e demonstrou-se um verdadeiro capitão! GRANDE!

O Fora-de-Jogo
Quintero (4)
: Pouco tempo em campo e, ainda assim, desperdiçou de forma caricata o segundo tento dos Dragões.

 

José Maria Monteiro

Topo Sul

Sport Lisboa e Benfica

Há coisas que nunca mudam.

Em mais um grande clássico do futebol português, o F.C.Porto levou a melhor sobre o S.L.Benfica e parte em vantagem para o jogo da segunda mão das meias finais da Taça de Portugal. A equipa de Luís Castro mostrou-se mais determinada e confiante na partida e a vitória azul-e-branca pecou apenas pela escassez no resultado.

Num jogo em que Jorge Jesus aproveitou para rodar algumas unidades mais utilizadas durante a temporada, o Benfica entrou em campo com uma equipa  renovada. Regressado após lesão, Artur ocupou a baliza encarnada e Sulejmani, Salvio e Cardozo foram os homens mais avançados da equipa, deixando Lima, Gaitán e Markovic num banco de suplentes de luxo. Apesar de o adversário ser de reconhecida valia, o técnico do Benfica optou por manter-se fiel à sua linha de poupanças em jogos das taças e isso prejudicou a exibição do Benfica.

Os primeiros vinte minutos de jogo (para não dizer toda a primeira parte) foram claramente dominados pelo F.C. Porto que mostrou, mais uma vez, ser uma equipa bem preparada para este tipo de jogos. Pressionantes e destemidos, os dragões entraram no jogo a impor um ritmo diabólico e o Benfica não soube reagir a esse ímpeto ofensivo. Para além de não terem conseguido anular a acutilância dos dragões, os encarnados mostraram-se pouco esclarecidos nas saídas para o ataque e sucediam-se as perdas de bola dos homens mais avançados do Benfica. No outro lado estava um F.C. Porto extremamente motivado e a praticar o melhor futebol da época, produzindo jogadas colectivas de grande nível. Quaresma e Jackson – mas sobretudo os três homens do meio-campo portista -, iam criando perigo para a baliza de Artur através de combinações bem desenhadas e o golo azul-e-branco parecia iminente. Sem surpresas, depois do aviso de Ricardo Quaresma, num lance em que Artur desvia o cruzamento-remate do extremo, o colombiano Jackson Martinez colocou o Porto em vantagem numa cabeçada fantástica, ao seu estilo.

Na frente, os dragões não tiraram o pé do acelerador e o Benfica não activou o seu motor. O jogo manteve a mesma toada e só a equipa da casa praticava futebol no relvado do Dragão. Foi assim, com os dragões sempre a jogar no meio-campo encarnado e a aproveitar as costas da defesa do Benfica, que acabou a primeira parte. Por esta altura, os encarnados não tinham criado qualquer oportunidade de golo e foram raras as vezes em que a bola circulava pelos jogadores de um Benfica irreconhecível.

O segundo tempo foi mais morno e disputado a meio-campo. Esperava-se um Benfica mais crente na vitória e com maior dinamismo ofensivo, mas isso não se verificou. Os encarnados arrumaram-se tacticamente e subiram um pouco as linhas, mas essa mudança revelou-se ineficaz. Nos bancos, Jesus tardou em mexer na equipa, parecendo descredibilizar o maior clássico do futebol português e Luís Castro mostrou querer resolver a eliminatória no seu estádio e por pouco não foi totalmente feliz. Quintero e Ghilas entraram excelentemente no jogo e ajudaram os dragões a estender-se no campo e a assustar o Benfica. O jovem mágico colombiano teve mesmo o golo nos pés, mas deslumbrou-se à frente de Artur. Antes, o seu compatriota Jackson Martinez foi traído pelo poste que lhe negou o bis. Apesar do resultado favorável, era a formação azul-e-branca que se aproximava do segundo golo do jogo.

Do lado encarnado, os minutos passavam e a bola continuava a queimar nos pés dos homens do Benfica. É, de facto, irrisório que a equipa não tenha construído uma jogada digna de registo. A falta de ideias e de atitude de alguns jogadores são também factores incompreensíveis numa equipa que tem vindo a rubricar exibições de grande qualidade nos últimos meses. Não fosse o lance em que Rúben Amorim, perto do fim, quase empatava o jogo e o Benfica saía do Dragão sem ameaçar a baliza do eterno rival – a tal equipa que tem menos doze pontos do que as águias no campeonato.

Olhando para o que passou nas quatros linhas é justo dizer que a eliminatória poderia ter ficado decidida a favor do F.C.Porto. A forma mais séria e empenhada com que os dragões encararam este jogo poderia ter sido coroada com um resultado mais dilatado a seu favor. Por outro lado, este Benfica de Jesus mostrou que continua amedrontado e tímido sempre que pisa o relvado do Dragão, enquanto o F.C.Porto, independentemente da fase da época em que se esteja, faz sempre das tripas coração para levar a melhor sobre o clube encarnado. Há coisas que nunca mudam.

Benfica esteve sempre atrás do Porto na partida Fonte: Reuters
Benfica esteve sempre atrás do Porto na partida
Fonte: Reuters

Artur (7): Sem hipótese no golo que sofreu, o guardião brasileiro não acusou a pressão do clássico e esteve irrepreensível sempre que foi chamado a intervir. Negou o golo a Jackson com uma excelente defesa e não comprometeu com os pés. Dos melhores do Benfica.

Maxi (5): Nos primeiros minutos foi assombrado pela talento de Quaresma, mas depois reapareceu no jogo e foi ganhando confiança no ataque. Continua a cometer faltas desnecessárias e a deixar demasiado espaço nas suas costas. A raça e o crer também são importantes no futebol.

Garay (6): O argentino não consegue jogar mal, mas esta não foi, de todo, uma boa exibição do central encarnado. Batido nas alturas por Jackson no lance do golo do Porto, arriscou vários passes perigosos e não se mostrou tão seguro como o habitual.

Fejsa (6): Tal como toda a equipa, o sérvio entrou apático na partida. Porém, na segunda parte foi importante no melhor período do Benfica no jogo e as suas recuperações de bola poderiam ter sido melhor aproveitadas pelos companheiros.

Rúben Amorim (6): Foi dele a melhor oportunidade de golo dos encarnados em todo o jogo. Para além disso, andou um pouco perdido por entre o triângulo ofensivo do F.C.Porto e só na segunda parte, a espaços, conseguiu demonstrar a sua técnica apurada e cultura táctica.

Salvio (5): Este não é o Salvio que o mundo do futebol conhece. Preso e desligado do jogo, o argentino está longe do seu melhor momento de forma e não conseguiu imprimir a velocidade de que o flanco do Benfica precisava. Alex Sandro meteu-o no bolso.

Sulejmani (5): Na primeira parte era dos poucos que tentava sair para a frente com a bola controlada, mas foi sempre inconsequente.

Rodrigo (6): A par de Luisão, foi o melhor do Benfica na primeira parte. É um jogador que respira confiança e isso notou-se sempre que tinha a bola no pés. O problema é que a teve poucas vezes em seu poder e Jesus não o deixou ter mais influência no jogo, já que foi substituído a meio da segunda parte.

Lima (5): Entrou com vinte e cinco minutos de atraso. Com Cardozo perdido em campo, impunha-se a mobilidade e capacidade de pressão do avançado brasileiro.

Gaitán (6): Mostrou a magia e a classe habituais, mas não teve tempo para mais.

Markovic (6): Dez minutos com relativa intensidade. Também para ele, soube a pouco.

A(s) Figura(s)
Luisão e Sílvio (7): Foram os melhores do Benfica no jogo de hoje. O central provou, com vários cortes cruciais, que está num excelente momento de forma e a sua segurança evitou males maiores para os encarnados. Sílvio, por sua vez, voltou a mostrar que merece lugar no onze do Benfica seja em que lateral for. Seguro defensivamente, procurou sempre estender-se para o ataque e as suas cavalgadas permitiram à equipa subir no terreno. Quaresma, o craque do Porto, não o ultrapassou nenhuma vez.

O Fora-de-Jogo
Cardozo (4): Simplesmente não esteve no relvado do Dragão. O paraguaio perdeu praticamente todos os lances disputados e comprovou o seu péssimo momento de forma. Neste momento, com Tacuara em campo, o Benfica perde mais do que ganha. Muito mais.

 

João Pedro Oca

Revolução, ano zero

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O Sexto Violino

Era uma vez o futebol português. Um espectáculo de alta qualidade, sem guerras nem casos, onde tudo corria às mil maravilhas. Não havia presidentes que geriam um império mafioso ao longo de mais de três décadas, nem clubes apanhados em flagrante em escutas com o objectivo de comprar árbitros, e muito menos uma promiscuidade evidente entre o Presidente do clube hegemónico e os seus homólogos da Liga e do Conselho de Arbitragem. Nunca houve registo de clubes a pagarem viagens a árbitros, nem de casos de perseguição a juízes dentro de campo ou de intimidações tais que os obrigaram a equiparem-se no corredor. Nunca houve mortes nos estádios que tenham sido ignoradas por quem tinha o dever de adiar o jogo, nem árbitros com dentes partidos e tão-pouco fiscais de linha a fazerem gestos obscenos para as bancadas. Os presidentes dos clubes nunca protestaram contra as arbitragens, e é isso que lhes dá toda a legitimidade para falarem caso um dia apareça alguém que, sem dúvida motivado por pérfidas intenções, tenha a ousadia de o fazer. O futebol português é sinónimo de grandes jogos, estádios cheios, concórdia, harmonia e respeito total entre todos os intervenientes. Tudo está no bom caminho desde há largas décadas. Certo? Claro que não, e não é preciso estar-se muito atento ao que se passa para o perceber.

É por isso que não entendo as críticas que têm sido feitas a Bruno de Carvalho. Especialmente porque ele é actualmente, quer se queira quer não, o grande impulsionador da mudança no futebol português, tentando fazer com que os vergonhosos episódios descritos no parágrafo acima acabem de uma vez por todas. Ainda ontem Jaime Pacheco disse que o presidente do Sporting está a “arrastar o futebol para a lama”, como se a realidade deste desporto em Portugal fosse um mar de rosas antes de Bruno de Carvalho. O Apito Dourado foi um dos maiores escândalos do futebol mundial, mas não me lembro de Jaime Pacheco vir falar de lama nessa altura. O ex-treinador, contudo, é um conhecido adepto portista, pelo que percebo que, à semelhança de outros apoiantes do F.C. Porto,  sinta a necessidade de apertar o cerco ao Sporting – o processo movido contra o nosso clube por uma “campanha de condicionamento da arbitragem” mostra uma lata e uma falta de noção do ridículo gritantes. Mas, se entendo o incómodo dos portistas com Bruno de Carvalho, já tenho mais dificuldade em compreender que muitos adeptos benfiquistas adoptem a mesma postura. Se calhar sou eu que tenho uma visão algo ingénua do futebol português e dos seus intervenientes, mas, se o Benfica se sente lesado destas três décadas de Pinto da Costa, não seria mais óbvio os seus adeptos juntarem as suas vozes às críticas de Bruno de Carvalho? Há uns anos, estranhei que a denúncia que Dias da Cunha, numa atitude inédita em Portugal, fez do chamado “sistema” tenha sido ridicularizada por grande parte dos adeptos benfiquistas. Hoje, depois de tantos anos a apelidarem os Sportinguistas de “dragartos”, não deixa de ser curioso que muitos deles adoptem os comportamentos que diziam criticar. Porém, já não é a primeira vez, como este vídeo tão bem demonstra:

Vem isto a propósito do primeiro aniversário do mandato de Bruno de Carvalho enquanto presidente do Sporting Clube de Portugal, que se assinala esta semana. Já poderia ser o terceiro, não tivessem os improváveis acontecimentos de Março de 2011 mostrado até onde pode ir a sede de poder dos bancos e de uma casta de dirigentes que, em muitos casos, ou não eram Sportinguistas ou relegavam essa sua condição para segundo plano. Passado todo este tempo, que balanço se pode fazer? Desde logo, que o presidente do Sporting tem cumprido com o que prometeu e, em certos casos, até tem superado as expectativas: não cedeu a pressões e renegociou acordos com a banca, impulsionou uma auditoria externa que permitirá apurar quais foram os responsáveis pelos péssimos resultados desportivos e financeiros dos últimos anos do clube, vendeu os jogadores com vencimentos excessivos, limitou e planeou os investimentos na equipa de futebol e fez o mesmo nas modalidades (sem, no entanto, retirar poder de fogo às equipas), etc. Tão ou mais importante do que isso, deu o passo que há tanto tempo se exigia a um presidente do Sporting: manteve-se imperturbável perante as pressões do F.C. Porto e cortou com Pinto da Costa, denunciando as práticas corruptas do clube em questão e promovendo o início do isolamento azul-e-branco no panorama desportivo nacional. As relações cordiais com o Benfica são a prova de que Bruno de Carvalho tem pensado em tudo ao pormenor e não começou, ao contrário do que se podia temer no início do seu mandato, a “disparar em todas as direcções”.

A prudência e algumas convicções pessoais impedem-me de pôr as mãos no fogo por Bruno de Carvalho ou por qualquer dirigente desportivo. No entanto, não hesito em dizer que o seu primeiro ano de mandato foi praticamente irrepreensível. Também não caio na tentação de afirmar que os problemas do Sporting já fazem todos parte do passado. Um ano de novas ideias não apaga quase duas décadas de dirigismo trágico, e certamente haverá ainda muitos “notáveis” à espera do primeiro deslize da nova direcção para tentar tomar novamente o Sporting de assalto. No entanto, é inegável que o nosso clube está mais forte – e tudo isto depois da nossa pior época de sempre, no que ao futebol diz respeito. Muitos foram os méritos da direcção de Bruno de Carvalho neste primeiro ano de mandato, e todos apontam num único sentido: o de unir os adeptos em torno de uma só causa, devolvendo-lhes o orgulho e a alegria de serem Sportinguistas. Só assim será possível devolver a glória ao clube e recuperar as quase duas décadas de tempo perdido.

Alemães Europeus

À passagem da 27ª jornada da Bundesliga, e já com um Bayern campeão, resta ainda saber quem desce e quem vai à Europa.

Com o pódio bem definido – Bayern München, Borussia Dortmund e Shalke 04 – há ainda mais um lugar que garante um play-off para a Champions League e dois lugares que dão acesso à Liga Europa.

Actualmente, e com menos uma partida disputada, Bayer Leverkusen é a equipa que ocupa a quarta posição, com 44 pontos. É, portanto, a principal candidata ao lugar. Depois de ter sido eliminada da Liga Milionária pelo PSG, a equipa comandada pelo ex-jogador Sami Hyypiä tem tudo para garantir mais uma presença na elite do futebol europeu.
Tem à sua disposição um plantel com bons nomes para todas as posições do campo, a começar na baliza, com o internacional alemão Bernd Leno e ainda com o veteraníssimo Andrés Palop (ex-Sevilla). A defesa é o ponto mais fraco desta equipa, mas ainda assim Philipp Wollscheid, Emir Spahić, Sebastian Boenisch, Ömer Toprak e Giulio Donati chegaram para a realização de um bom campeonato. O meio campo é composto por nomes consagrados do futebol alemão e já presentes na equipa há vários anos, como Simon Rolfes (2005), Lars Bender (2009), Gonzalo Castro (2004) e ainda outros bons jogadores, como é o caso de Sidney Sam (que já tem contrato com o Schalke 04 para a temporada 2014/2015), Andrés Guardado, que chegou do Valencia por empréstimo a meio da temporada, e ainda Emre Can, uma das maiores promessas do futebol alemão, que passou esta época em Leverkusen por empréstimo do Bayern Leverkusen. No ataque, Stefan Kiessling é o jogador mais perigoso, tendo marcado 16 golos em 37 jogos, mas há ainda Son Heung-Min, um jovem sul-coreano de apenas 21 anos que também já fez o gosto ao pé por 10 vezes esta época. Eren Derdiyok, emprestado pelo Hoffenheim, não sendo um exímio goleador, é um jogador importantíssimo na equipa, por aquilo que batalha na frente e pelas suas assistências fatais para Kiessling.
O calendário do Bayer, ainda assim, não é nada fácil, deslocando-se ao terreno do Augsburg, que ainda está na luta por um lugar na Liga Europa, e ainda ao do Hamburgo e do Nürnberg, duas equipas que lutam pela manutenção. No BayArena, em Leverkusen, ainda vai também disputar-se um sempre interessante encontro entre o Bayer 04 e o Borussia Dortmund.

 

O Bayer Leverkusen parte em vantagem na corrida ao ultimo lugar de acesso à Champions Fonte: Kicker.de
O Bayer Leverkusen parte em vantagem na corrida ao ultimo lugar de acesso à Champions
Fonte: Kicker.de

Com os mesmos 44 pontos, mas com mais um jogo disputado, o Wolfsburg é a equipa que mais se aproxima do Bayer. O excelente plantel de Dieter Hecking é talvez um dos mais jovens e equilibrados da Bundesliga. O ex-Nacional Diego Benaglio atravessa um grande momento de forma, que, aliado à maturidade do alto dos seus 30 anos, fazem do capitão dos ‘wolfs’ um dos melhores guarda-redes da Liga. A segurança não está só na linha de golo, já que a defesa é bastante sólida. O experiente Naldo (ex-Werder Bremen), Patrick Ochs, Marcel Schäfer, Robin Knoche, e o suíço Ricardo Rodriguez são os membros de uma das defesas mais seguras do campeonato. O meio campo, mesmo com a partida da sua maior estrela (Diego) para o Atletico Madrid, recebeu uma das maiores promessas mundiais – Kevin de Bruyne chegou do Chelsea, em Janeiro, por cerca de 25 milhões de euros. Jogadores como o experiente Jan Polák, Luiz Gustavo, Christian Träsch, Slobodan Medojevic, Daniel Caligiuri e Max Arnold compõem um meio campo equilibradíssimo, e, no ataque, o experiente Ivica Olić e Bas Dost são os homens encarregues de fazer golo. Vieirinha pertence a esta equipa, mas sofreu uma grave lesão no início da temporada, que o impede de jogar até esta mesma semana, data em que voltou aos relvados.

Até ao fim da Bundesliga, o Wolfsburg tem deslocações sempre difíceis aos estádios de equipas que se tentam manter no campeonato, como a Hamburgo, Stüttgart, e ainda uma deslocação difícil ao Signal Iduna Park, para defrontar o Borussia Dortmund.

Com menos dois pontos, o Borussia Mönchengladbach aparece na sexta posição. Lucien Favre é um bom treinador, e tem à sua disposição um jovem e bom plantel. Com uma média de idades de 24 anos, o Borussia Mönchengladbach não apresenta grandes vedetas no seu plantel, mas aposta claramente no colectivo.

O guarda-redes Marc-André ter Stegen está já vendido ao Barcelona e irá abandonar a Alemanha no fim da presente época, mas, ainda assim, é talvez o segredo do sucesso desta equipa. Se olharmos para os nomes da defesa, Filip Daems, Roel Brouwers, Álvaro Domínguez, Håvard Nordtveit, Oscar Wendt, Tony Jantschke e Martin Stranzl não parecem transmitir a segurança que transmitem. É um case-study, algo de que só nos apercebemos se assistirmos à partida, e nota-se que são já jogadores experientes e que jogam juntos há vários anos; alguns deles nunca chegaram a sair de lá.

No meio, Raffael apresenta uma média fantástica de golos, com 14 marcados em 27 disputados, mas partilha o estatuto de ‘vedeta da equipa’ com o suíço Xhaka e o venezuelano especialista em bolas paradas Juan Arango.

Luuk de Jong nunca chegou a confirmar as promessas que trouxe do Twente e foi emprestado ao Newcastle, a meio da época. Mas a verdade é que os alemães não estão nada mal servidos no ataque, tendo para a posição de goleador Patrick Herrmann, Max Kruse e Branimir Hrgota.

Até ao fim da Bundesliga, o Borussia M’gladbach não tem jogos com um elevado grau de dificuldade, apesar de uma difícil deslocação a Gelsenkirchen para defrontar o Schalke 04 e ainda uma outra a Wolfsburg na última jornada.

 

Em sétimo lugar aparece o Mainz 05, com menos um ponto do que o Mönchengladbach. A equipa orientada por Thomas Tuchel é uma das surpresas do campeonato e, apesar de entregar as redes ao jovem Christian Mathenia, de apenas 21 anos, aposta claramente na experiência e solidez defensiva de jogadores veteranos, como Bo Svensson (34 anos), Zdeněk Pospěch (35 anos), Nikolče Noveski (34 anos) e Júnior Díaz (30 anos).

No meio campo, aposta também no colectivo, em detrimento das individualidades. Joga com o meio muito cá atrás, e não apresenta jogadores virtuosos e bons tecnicamente, mas sim jogadores equilibrados e de muita raça, como Benedikt Saller, Niki Zimling e Christoph Moritz. O melhor da equipa, na minha opinião, é Johannes Geis, um jovem de 20 anos apenas. No ataque, os avançados Maxim Choupo-Moting, com 10 golos, Shinji Okazaki, com 11, e Nicolai Müller, com 10, fizeram 31 dos 38 golos marcados esta época. São a prova viva de que ainda há típicas equipas da Europa central que privilegiam o contacto, a força física e o ‘bola para a frente’, em vez de tentar jogar um futebol agradável com a bola no chão a ser trocada de pé para pé.
Ainda assim, e mesmo tendo mais golos sofridos do que marcados, é com este tipo de jogo que o Mainz está na luta por um lugar nas competições europeias.
Terá ainda de disputar um jogo importantíssimo em casa contra o Augsburg, e deslocações difíceis a Dortmund e a Mönchengladbach. Não vai ser nada fácil.

 

O Augsburg é, com o Mainz, uma das equipas sensação desta edição da Bundesliga Fonte: Bundesliga.com
O Augsburg é, com o Mainz, uma das equipas sensação desta edição da Bundesliga
Fonte: Bundesliga.com

 

Com 39 pontos, mas com um jogo a menos, aparece o Augsburg na oitava posição da tabela classificativa alemã. Markus Weinzierl é mais um técnico que aposta no futebol longo, com jogadores bem constituídos fisicamente e, à semelhança de Thomas Tuchel, tem obtido resultados excelentes. Na baliza, Marwin Hitz e Alex Manninger dividem o estatuto de titulares e concederam, até agora, 37 golos. Paul Verhaegh, Ragnar Klavan, Jan-Ingwer Callsen-Bracker e Matthias Ostrzolek compõem uma defesa suficientemente segura para garantir uma diferença de golos positiva, e, no meio campo, Holzhauser, Vogt, Baier, Werner e Morávek constituem um bloco sólido, que não gosta de entregar a bola ao adversário, tentando gerir sempre o encontro com a sua posse de bola. A grande estrela está mesmo no ataque: Halil Altıntop voltou à Bundesliga, e marcou nove golos em 29 jogos. Ao Augsburg falta ainda disputar alguns jogos difíceis com o Bayer Leverkusen, com o 1. FSV Mainz 05 e com o Bayern München.

Rio Ave: tranquilidade e qualidade

futebol nacional cabeçalho

Em Vila do Conde respira-se harmonia. O clube da terra, o Rio Ave, está a realizar um campeonato tranquilo, com 10 pontos de avanço sobre a zona de despromoção. Como se não bastasse estar a ir ao encontro do objetivo final, que é a manutenção, o Rio Ave está na final da Taça da Liga e vai jogar hoje a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.

Nuno Espírito Santo é a cara desta equipa. Jovem, ambicioso, trabalhador, o técnico vila-condense tem correspondido às expetativas da direção e dos adeptos. Apesar de ter apenas sete vitórias em 24 jogos no campeonato, os seus 28 pontos (sete vitórias, sete empates) são, até agora, mais do que suficientes para o Rio Ave estar tranquilo na tabela classificativa.

O ataque do Rio Ave é pouco finalizador, apenas 19 golos, mas a sua defesa é, tirando os três grandes, a segunda melhor do campeonato.

Ukra, Hassan e Braga são as três principais setas apontadas às balizadas adversárias; até agora, estes três jogadores somam 17 golos em todas as competições.

Por falar em competições, a Taça da Liga está perto de ser conquistada. Ainda não se jogou, mas os vila-condenses estão na final e esperam ainda o seu adversário. O jogo entre Benfica e Porto ainda não tem data marcada devido ao Caso 4 Minutos, e pode mesmo ser o Sporting a disputar o jogo com as águias. Nesta competição, a equipa de Nuno Espírito Santo venceu o Paços de Ferreira e o Sporting da Covilhã, empatando com o Vitória de Setúbal, isto na fase de grupos. No ‘’mata-mata’’, o Rio Ave venceu por 2-1 o Braga, num jogo marcado pelos erros de arbitragem, em que os bracarenses reclamam de que foram altamente prejudicados. Para a história ficou o 2-1 e a primeira final da Taça da Liga para o Rio Ave.

A Taça de Portugal é outra competição em que o Rio Ave ainda está envolvido. O caminho para o Jamor tem sido tranquilo, mas agora nas meias-finais os vila-condenses voltam a encontrar o Braga. Esta será a duas mãos, e os bracarenses, com novo treinador, quererão a vingança e a presença no Jamor para encontrar Porto ou Benfica.

Pelo caminho, os pupilos de Nuno Espírito Santo já derrotaram o Esperança de Lagos por 3-0, o Sertanense por 4-2 e a detentora do título, Académica, por 1-0. Falta agora derrubar o Braga para garantir a segunda final da época.

Nuno Espírito Santo, treinador do Rio Ave Fonte: Rioave-fc.pt
Nuno Espírito Santo, treinador do Rio Ave
Fonte: Rioave-fc.pt

Voltando ao campeonato, apesar dos 10 pontos de avanço sobre a zona de despromoção, a tarefa do Rio Ave não será nada fácil até conseguir garantir a manutenção.

Entre os adversários estão o Estoril, atual 4º classificado, o Benfica, quase campeão, e o Porto, que ainda ambiciona chegar ao 2º lugar. Depois há dois jogos fundamentais para o objetivo da manutenção: Olhanense e Paços de Ferreira, duas equipas que também lutam por ter um lugar na Liga Zon Sagres na próxima época. Caso o Rio Ave tenha sucesso em alguns destes jogos, pode ainda ambicionar subir uns degraus na classificação e tem um duelo contra o Marítimo para provar isso mesmo.

Concluindo, o Rio Ave tem feito uma época tranquila, recheada de boas surpresas nas Taças internas e ambiciona uma chegada ao Jamor que lhe valerá uma presença na Liga Europa do próximo ano, o que será sinónimo de um significativo encaixe financeiro para um clube humilde de meio da tabela.

Duas Incógnitas

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dragaoaopeito

Afastado da Liga e motivado para a Europa: estas são as duas conclusões que se poderão retirar da actualidade portista. A 12 pontos de Benfica (um absurdo e uma vergonha) no campeonato e nos quartos-de-final da Liga Europa contra um acessível (não fácil) Sevilla, o Porto tem agora duas questões para resolver: o foco na Taça de Portugal como o troféu menos-mau a nível nacional e a questão da Taça da Liga, suspensa pela birra de Bruno de Carvalho (dele, não da equipa ou do treinador, que estão a fazer uma época fantástica).

Com o campeonato entregue ao Benfica, que vai poder ter o seu último jogo no Dragão certamente com a cara pintada e já com algumas semanas de festejos, interessa saber como irão o clube e a equipa posicionar-se relativamente às Taças, que, diga-se o que se disser, são apenas troféus de contentamento em épocas decepcionantes. E se esse mesmo argumento já foi utilizado para atacar os clubes de Lisboa, este ano toca-nos a nós. Em ambas as competições o adversário será o mesmo e, tendo em conta esse facto, a vontade e a garra para vencer e pelo menos garantir alguns sorrisos aos adeptos (porque festejos efusivos como os do minuto 92 só mesmo para o ano) poderá ser maior.

Procura-se motivação para a restante época  Fonte: Yahoo
Procura-se motivação para a restante época
Fonte: Yahoo

A grande mais-valia do Porto é já se ter aceitado no seio do clube que esta época é de transição e que tudo o que vier agora é bom. A motivação para as Taças não é seguramente muita (pelo menos não ao nível da Liga Europa) e é essa a minha maior preocupação, já que, ainda que sendo contra o Benfica, são jogos fora dos holofotes internacionais. Além disso, os índices de rivalidade este ano estão muito mais baixos, não acreditando sequer que o estádio encha minimamente para estes encontros, até porque são a meio da semana.

A grande mais-valia para o Benfica é que, mesmo não estando a fazer uma época excelente com exibições de encher o olho, tem a possibilidade real de ganhar tudo o que há para ganhar; os índices de motivação dentro do plantel estão altíssimos e há uma grande tranquilidade dentro do clube e entre os adeptos.

Se é possível dizer que a conquista de uma Liga Europa salvaria a época (havendo a possibilidade de encontrar novamente o Benfica), então também é necessário ser sincero e admitir que ganhar uma das Taças é um bocado indiferente na cabeça de muitos adeptos e dos jogadores (ninguém vai festejar para a rua devido a uma Taça, pois não?). Ainda assim, é preciso olhar para estas eliminatórias como jogos contra o Benfica e não como jogos da Taça, porque essa é a única forma de encontrar motivação neste momento.

Todos ansiamos por que esta época de pesadelo se torne uma época à Di Matteo (abordarei este tema no meu próximo artigo) e por que títulos se sobreponham à péssima prestação na Liga e aos casos anormais que aconteceram no Porto este ano. Falo por mim, uma Liga Europa e uma Taça de Portugal já me fariam esquecer o Santo António antecipado que vai haver no Marquês…

Uma questão de identidade

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paixaovermelha

Na quarta-feira, dia 26, o Benfica desloca-se ao Estádio do Dragão para defrontar o FC Porto no jogo referente à 1ª mão das meias finais da Taça de Portugal.

É um jogo que apesar da importância da competição tem um peso diferente para ambos os clubes. O FC Porto está afastado do título e foi obrigado a rever as prioridades para a presente época, com a Liga Europa e Taça de Portugal a ganhar grande destaque no horizonte portista. Já o Benfica, depois de uma época em que o “tudo” se transformou em “quase tudo”, tem em Jorge Jesus um treinador preocupado com a manutenção do primeiro lugar na Liga ZON Sagres.

Portanto, face às prioridades, qual é o Benfica que vai ao Dragão? O Benfica do campeonato ou o Benfica da Liga Europa?

No passado domingo, no final do jogo frente à Académica, um jornalista interrogou Jorge Jesus sobre o mesmo tópico, ainda que o tenha feito com outras palavras. “O campeonato é prioridade”. Seria esta a resposta ideal do técnico benfiquista. Não só retiraria toda a pressão sobre a equipa como desvalorizaria uma possível derrota no Dragão e, imagine-se, teria o poder de em caso de vitória do Benfica o FC Porto ficar ainda mais fragilizado. A capacidade das palavras é enorme, não é, Mourinho?!

Mas não. Contrariamente ao bom senso, o nosso treinador já referiu que, no Dragão, o Benfica poderá mostrar todo o seu potencial. O que quer isto afinal dizer? Quer dizer que Jorge Jesus vai atacar com tudo. Quais as consequências? Honestamente, espero que sejam boas. Mas duvido.

O Benfica ganhou por 2-0 o último clássico Fonte: Liga Portugal (Hernani Pereira)
O Benfica ganhou por 2-0 o último clássico
Fonte: Liga Portugal (Hernani Pereira)

Ainda tenho esperança de que Jorge Jesus tome a melhor decisão para o clube. Não peço ao treinador para mudar toda a equipa mas, se imitar aquilo que tem feito na Europa, tem equipa com qualidade para rodar o plantel e ainda assim discutir o jogo. Portanto afirmo: não devíamos entrar com o melhor 11, aquele que é o onze habitual nos jogos do campeonato.

Primeiro porque a prioridade é o campeonato e o Benfica tem no próximo domingo uma deslocação dificílima ao terreno do SC Braga, que pode ser absolutamente decisiva na conquista do título nacional. Logo, queremos os jogadores frescos física e mentalmente para a deslocação ao Axa. Segundo porque, por muito que eu goste da Taça de Portugal, ir ao Jamor ainda não é mais relevante do que ir a Turim. E se Jorge Jesus tem rodado (e muito bem) na Europa, porque não fazê-lo também para a Taça? Só porque é o FC Porto? Só porque é no Dragão?

Deixo as perguntas em aberto e lanço um novo repto: o complexo com o FC Porto por parte de Jorge Jesus.

Porque razão muda a identidade da equipa nos jogos do Dragão? Não quero estar aqui a invocar fantasmas, mas está mais do que provado que mudar nos jogos decisivos, especialmente frente ao FC Porto, dá em erro (leia-se “derrota”). Nunca culpei na totalidade o treinador do Benfica por tudo aquilo que temos perdido, ou não temos ganho, nos últimos anos. Mas se há coisa que eu não compreendo em Jorge Jesus é porque razão transforma o ADN da equipa frente ao rival do norte. Não é lógico. Não é aconselhável. Transmite a sensação de receio para com o rival e, simultaneamente, retira confiança à equipa, que vê as rotinas habituais serem modificadas para um “simples” jogo. O Benfica entra a perder, é um fato.

Então, que peço eu ao Benfica para o jogo de amanhã? Que se mantenha fiel às suas ideias. Que a vitória por 2-0 frente ao FC Porto do passado janeiro seja o exemplo a seguir: autoridade, personalidade e garra.

Vamos para a frente, rapazes. Vamos ao ataque. É essa a nossa identidade. Somos o Benfica!

Rodgers e Suárez: os responsáveis pela máquina de fazer golos

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À partida para esta temporada, perspectivava-se que a edição 2013/2014 da Premier League fosse a mais espectacular de sempre. Tínhamos vários candidatos ao título e diversas equipas com possibilidades de lutar pelos lugares cimeiros. Ainda assim, apesar do estatuto de histórico, ninguém esperava que o Liverpool tivesse, nesta fase, hipóteses de se sagrar campeão. A verdade é que os reds, liderados por um Brendan Rodgers que tem feito um trabalho extraordinário, são uma das grandes surpresas da época e ainda podem chegar ao título, 24 anos depois. Independentemente do que venha a acontecer, já ninguém lhes tira o rótulo de equipa mais entusiasmante do campeonato inglês. O Liverpool é, neste momento, uma máquina de fazer golos.

Há vários responsáveis pela fantástica temporada do Liverpool, a melhor dos últimos anos. O mérito tem de ser repartido essencialmente por dois protagonistas: Brendan Rodgers e Luis Suárez. O técnico galês é um bom exemplo de que a paciência normalmente compensa. Na primeira época em Anfield, o ex-treinador do Swansea não fez melhor do que os seus antecessores, terminando o campeonato num modesto sétimo lugar. Neste ano, para além dos excelentes resultados, conseguiu aquilo que faltava há muito tempo: formar uma equipa. Os reds têm uma base que pode, efectivamente, permitir que recuperem o lugar que merecem no panorama inglês. Rodgers soube recuperar jogadores de quem se pensava que tinham sido apostas erradas – caso de Henderson –, potenciou jovens como Sterling e Coutinho e construiu um colectivo em torno de uma estrela. Para além disso, conseguiu dar uma nova alma a Steven Gerrard. O feito é ainda maior se considerarmos que fez tudo isto num plantel que tem sido afectado por bastantes lesões.

Suarez é a estrela maior neste renascido Liverpool Fonte: The Telegraph
Suárez é a estrela maior neste renascido Liverpool
Fonte: The Telegraph

É impossível falar no Liverpool sem destacar a enorme temporada que Luis Suárez está a fazer. O uruguaio, que se tem exibido ao nível dos melhores do mundo, leva a impressionante marca de 28 golos e 20 assistências (falhou as 5 primeiras jornadas), participando directamente em 48 dos 82 golos apontados pelo conjunto de Brendan Rodgers. Tem sido claramente o melhor jogador do campeonato e vai liderando a corrida para a Bota de Ouro. Suárez forma uma dupla demolidora com Daniel Sturridge, que soma 19 golos (juntos têm 47 golos) e também está a realizar uma época soberba. Coutinho, criativo da equipa, e Sterling, extremo que está a afirmar-se da melhor maneira, são os outros responsáveis pela dinâmica ofensiva dos reds.

Para que o Liverpool possa voltar a lutar pelo título de forma regular, tem de haver maior eficácia na escolha dos reforços. O emblema da cidade dos Beatles falhou a aquisição de Konoplyanka e Salah – que seriam mais-valias – e contratou jogadores que nada acrescentaram ao plantel: Iago Aspas, Kolo Touré, Luis Alberto (é jovem, mas mostrou pouco) e até o próprio Moses, emprestado pelo Chelsea. Estes erros na abordagem ao mercado poderiam ter custado caro, mas Brendan Rodgers fez um excelente aproveitamento dos elementos que tem à disposição. Contudo, para a próxima temporada, com o possível (e previsível) apuramento para a Champions League, é fundamental que os reds consigam reforçar um plantel que é curto e que corre o risco de perder Suárez. Mas o mais importante está feito: o Liverpool tem um treinador competente e uma equipa talentosa. Parecem estar reunidas todas as condições para que tenhamos o histórico emblema inglês a lutar por títulos. Finalmente.