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As Estrelas vão a Nova Orleães

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cab nba

Esta sexta-feira, começam as festividades, todas as celebrações que marcam o início do mais mediático fim de semana da época regular da NBA. Nos três dias que se seguem, preparem-se para dar saltos de entusiasmo, para gritarem, para se rirem e para, basicamente, apreciarem o basquetebol de espetáculo no seu estado mais puro.

Sessenta e três anos depois da sua primeira edição, o fim de semana dos jogos dos All-Stars continua a juntar fãs de todas as equipas para assistirem a coisas que, num jogo normal, nunca seriam experimentadas.

Antes de mais, vamos, rapidamente, distinguir o que acontece em cada dia. Na sexta-feira, há três jogos: um que envolve confronto entre celebridades, que podem estar ligadas, ou não, ao desporto; uma partida entre jogadores de primeiro e segundo ano; e, para acabar, demonstrações de espetáculo por parte da D-League (Development League), onde podemos assistir a concursos de afundanços e triplos. Por norma, sexta-feira serve para “abrir o apetite” dos fãs. Neste dia, já podemos assistir a brilhantes performances ofensivas por parte dos atletas, e até de celebridades que nunca pensámos que pudessem jogar bem, como é o caso de Kevin Hart. O ator, com 1,63 metros, foi considerado o melhor jogador nos últimos dois anos.

Estes foram os cinco jogadores com mais votos na conferência Oeste. Fonte: @NBA
Estes foram os cinco jogadores com mais votos na conferência Oeste
Fonte: @NBA

Sábado é um dia muito virado para jogos de perícia, desde o concurso de triplos ao de afundanços. Basicamente, no sábado, tiram-se as dúvidas sobre quem, teoricamente, afunda com mais força e seria capaz de fazer mais espetáculo, e de quem é o atirador furtivo mais perigoso de trás da linha de três pontos. A D-League faz o seu jogo neste dia, também.

Será no domingo que se realiza “O” jogo. Aqueles minutos que têm sido antecipados desde meados de dezembro. Pessoas que viajam milhares de quilómetros, esperam extremamente ansiosas para ver afundanços absolutamente fenomenais, dignos de fazer frente ao de Michael Jordan no filme “Space Jam”.

Quem for fã de basquetebol defensivo não é aconselhado a ver este jogo. Já lá vão 41 anos desde que uma equipa fez menos de 100 pontos. Mas o que é que isso interessa? Afinal, quem vir o jogo, de certeza não ficará arrependido. Estamos a falar dos melhores jogadores da NBA a jogar uns contra os outros, divididos pelas suas respetivas conferências e fazendo-nos vibrar a cada jogada fenomenal que fazem.

Neste ano, os jogadores com mais votos foram Lebron James, dos Miami Heat, com 1 416 419 votos e, de seguida, Kevin Durant, dos Oklahoma City Thunder, com 1 396 294. Destaque para o facto de haver seis estreantes selecionados para o confronto entre Este e Oeste. Stephen Curry, um desses “caloiros”, é o primeiro jogador dos Warriors desde 1995. Kobe Bryant foi votado para o jogo, mas, como estava lesionado, foi substituído por Anthony Davis, dos New Orleans Pelicans, sendo um dos seis estreantes.

Uma das grandes críticas por parte dos analistas é o formato para os votos das equipas, que divide os jogadores em bases e, depois, o resto das posições, negligenciando, por exemplo, os postes. Tanto na conferência Este como na Oeste, não começará nenhum no cinco inicial, tendo de haver uma adaptação dos jogadores. Enquanto Oeste tem Blake Griffin e Kevin Love, que podem fazer essa posição, o lado Este tem Paul George, Carmelo Anthony e Lebron James; nenhum destes jogadores tem tamanho ou peso para fazer essa posição.

Estas são as estrelas selecionadas do lado Este. Fonte: @NBA
Estas são as estrelas selecionadas do lado Este
Fonte: @NBA

Não quero alargar-me muito nesses assuntos, pois adoro este jogo e, de um modo muito faccioso, não quero, sequer, admitir que tenha falhas. O máximo que posso dizer é que vai ser um fim de semana estupendo, durante o qual espero ficar com dor de pernas de tanto me levantar com as mãos na cabeça, depois de um afundanço em cima de alguém. Sim, bem sei que parece idiota, mas o basquetebol é um desporto espetacular, e os All-Stars celebram isso da forma mais direta possível.

Agora, a título de curiosidade, não tínhamos três jogadores selecionados para o jogo no domingo, no concurso de afundanços, há 26 anos, altura em que Dominique Wilkins, Clyde Drexler e o grande Michael Jordan o fizeram. Damian Lillard participa em cinco competições diferentes, divididas pelos três dias. Kile Korver, jogador dos Atlanta Hawks, que já vai em 120 jogos consecutivos a fazer pelo menos um triplo, é a grande baixa do concurso de triplos.

Mais não posso dizer porque, muito sinceramente, nem consigo imaginar o que vai acontecer, pois isso é o que caracteriza, não só a beleza deste desporto, mas também a deste fim de semana. Adivinhar vencedores nos jogos de perícia é algo complicadíssimo. Não tenho ideia de quem irá vencer, tanto nos triplos, como nos afundanços, como no jogo entre rookies e jogadores de segundo ano. No grande confronto de titãs, aposto numa vitória da equipa de Oeste.

Por fim, os reservas de ambas as equipas. Nota: Anthony Davis foi adicionado posteriormente. Fonte: @NBA
Por fim, os reservas de ambas as equipas. Nota: Anthony Davis foi adicionado posteriormente.
Fonte: @NBA

Vasquinho continua em altas

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cab Surf

Começou o Australian Open of Surfing, evento de 6 estrelas do WQS masculino e feminino. Como não podia faltar,os surfistas lusos Tiago Pires, Frederico Morais, Marlon Lipke, José Ferreira, Vasco Ribeiro e Carina Duarte rumaram à Austrália para honrar a bandeira portuguesa. Infelizmente, dos seis surfistas só Vasco Ribeira continua em prova.

Com o mar super pequeno e com pouca força, José Ferreira não conseguiu chegar ao round 3, sendo assim eliminado no segundo round. Também o campeão nacional e vencedor da memorável bateria com Kelly Slater em Portugal não foi além do 2º round, no qual perdeu com um score de 11.30 pontos em 20 possíveis.

Tiago Pires, um dos melhores surfistas do mundo e surfista que incorpora o “elenco” do WCT, também acabou eliminado no round 2 em último lugar na sua bateria, com um total de 13.80 pontos. Marlon Lipke, tal como Saca, também acabou a sua bateria em 4º lugar, com um score total de 9.07 pontos. Por fim, Carina Duarte saiu-se muito bem no seu primeiro heat, ao ter acabado em 2º lugar. No round seguinte esperava-a a grande Sally Fitzgibbons, uma das melhores surfistas do mundo. Carina, apesar de ter lutado até ao fim, não conseguiu alcançar um lugar que lhe desse apuramento para a fase seguinte.

Vasco Ribeiro é o único surfista português que ainda se mantém em prova. Depois de o surfista da Praia da Poça ter tido uma excelente prestação no primeiro heat, com um score de 14.76 pontos, Vasco passou também o segundo heat, desta vez em segundo lugar. Desta forma eliminou Kai Otton, surfista do WCT. Agora, Vasquinho vai enfrentar no terceiro round Mitch Crews, Connor O’Leary e Hiroto Ohhara.

Vasco Ribeiro Fonte: Redbull.com
Vasco Ribeiro
Fonte: Redbull.com

O evento Capítulo Perfeito está prestes a começar. Com um período de espera entre 13 de Janeiro e 13 de Fevereiro, a organização decidiu que o evento se vai realizar já dia 15 de Fevereiro. Depois de várias tempestades, os organizadores viram que as previsões apontam para condições perfeitas na praia de Carcavelos. Importante frisar que a manobra objectiva é o tubo. Sendo assim, quanto melhores forem os tubos, mais altas serão as notas.

Marlon Lipke, Frederico Morais e Vasco Ribeiro não vão entrar em prova porque se encontram na Austrália. Desta forma serão substituídos por Miguel Blanco, Tomás Fernandes e Pedro Boonman.

Sendo assim, os 16 atletas que irão competir são: Francisco Alves, Filipe Jervis, Ruben Gonzalez, Miguel Blanco, Tomás Fernandes, Pedro Boonman, João Guedes, Alex Botelho, António Silva, Tomás Valente, José Gregório, Rodrigo Herédia, Manuel Cotta, Nicolau Von Rupp, Edgar Nozes e Paulo do Bairro.

Evento - Capitulo Perfeito. Fonte: Surftotal.com
Evento – Capitulo Perfeito.
Fonte: Surftotal.com

Kittel a todo o gás na edição inaugural do Dubai Tour

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ciclistas

A primeira edição do Dubai Tour, que se realizou nos dias 5, 6, 7 e 8 do corrente mês, caracterizou-se pelas suas etapas planas propícias à vitória de sprinters, algum vento, e, como consequência, até alguma areia no ar, em determinados momentos.

Neste contexto, o prólogo veio a tornar-se decisivo para a vitória final na volta, que sorriu ao ciclista americano da BMC, Taylor Phinney. Este venceu a etapa com 9,9km, deixando o seu colega de equipa Steven Cummings a 14 segundos, e Lasse Hansen (Garmin Sharp) a 16. Saliente-se que o pódio não se alterou até ao final da prova.

Taylor Phinney
O vencedor do Dubai Tour, Taylor Phinney
Fonte: Praquempedala.com

No entanto, o outro grande vencedor foi Marcel Kittel, da equipa Giant-Shimano, que venceu três das quatro etapas, todas elas com chegadas ao sprint. O corredor alemão mostrou-se numa forma notável sem dar quaisquer hipóteses a nomes como Peter Sagan ou Mark Cavendish. Kittel, com 25 anos, evidencia-se como um dos melhores sprinters da atualidade, senão mesmo o melhor. Quem não se lembra do último grande Tour de France que ele correu, vencendo quatro etapas… Parece que temos Kittel para continuar a vencer.

Em relação à participação portuguesa, é de realçar que tivemos Rui Costa a pedalar pela primeira vez pela equipa da Lampre e a ficar no 15º lugar. A prova não reunia as condições mais favoráveis para o nosso campeão do mundo de estrada, sendo que este utilizou a prova para dar quilómetros às pernas e começar a encontrar a sua melhor forma para a nova temporada.

A equipa do Banco Bic, só com portugueses, também esteve presente na prova, com uma participação algo discreta mas com o ciclista Diogo Nunes a alcançar o 3º lugar na classificação geral dos sprints intermédios.

Assim, apesar de esta edição inaugural se ter revelado pouco aliciante, comparada com o espetáculo a que o ciclismo mundial nos tem habituado, pareceu-me ter sido uma prova que serviu para os ciclistas se começarem a preparar fisicamente para as grandes voltas da temporada.

Benfica 2-0 Sporting Clube de “Lã de Rocha”

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Terceiro Anel

Noite de terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014, clima surpreendentemente agradável para se jogar futebol. Cobertura do Estádio da Luz a salvo, grande ambiente nas bancadas, duas equipas rivais em campo para discutir o primeiro lugar do campeonato. Benfica de aço, com futebol de grande qualidade; Sporting feito de lã de rocha, a tal substância que foi mais falada em dois dias do que no resto da história da Humanidade.

Para mim, que fui à Catedral, esta partida foi uma delícia. Vi um Benfica, em muitos momentos, de sonho, tal foi o dinamismo e envolvência da equipa. Enzo Pérez foi assombroso, sempre em permanente correria, jogando e fazendo jogar. Por momentos, dei por mim a olhar para aquele homem como que o admirando (não, não tirem daí segundas ideias…), ficando mais uma vez em êxtase por perceber que o meu clube do coração tem nas suas fileiras um atleta deste nível. Na baliza, Oblak bem que podia ter tido junto de si uma cadeirinha e uma bandeja repleta de imperiais, tal foi a tranquilidade que sempre viveu ao longo do jogo. Nas laterais, Siqueira foi bastante competente, enquanto Maxi Pereira ainda deu espectáculo ao assistir para o primeiro golo, num cruzamento que descreveu uma curva digna de um qualquer traçado de Fórmula 1. Depois, no meio-campo, além do já falado Enzo Pérez (jogas tanto, Enzo!), surgiu um Fejsa muito eficaz, em todo o lado, qual Pelé sempre presente nas galas da Fifa. Este internacional sérvio não é um portento de técnica, mas defende muito bem, jogando sempre na antecipação, sendo que já se notam claras melhorias no capítulo do passe. Dará um bom substituto de Matic? Como diria o outro, não sou bruxo, mas cada vez me sinto mais confiante com Fejsa no nosso miolo.

Passando para terrenos mais avançados, Gaitán voltou a provar porque é o mago do Benfica, o mago do campeonato, o homem que leva as bancadas ao rubro. Aqueles pés são poesia, são musicais de sonho, são peças de teatro de classe, são exposições de pintura de encantar. Nico, não deixes esta instituição! Markovic rebelde em campo, algo imaturo nalgumas situações, mas sempre um perigo à solta. Está ali um diamante que ainda pode ser muito lapidado, um miúdo que já faz suspirar muita gente. Na dianteira, Lima e Rodrigo, sempre em movimentações, com Rodrigo a mostrar algumas lacunas no campo da finalização. Mas há que lhes dar mérito, porque se entendem muito bem, porque arrastam defesas nas suas desmarcações, porque são autênticas carraças. Perdoem-me os jogadores do Benfica que entraram neste clássico no decorrer do desafio, mas o texto está a ficar longo, e eu tenho de ir rever jogos do Benfica da época 1993/1994.

Momento de pura classe, o do golo de Enzo PérezFonte: sportalentejo.pt
Momento de pura classe, o do golo de Enzo Pérez
Fonte: sportalentejo.pt

E as duas chapas metálicas que entraram nas redes da baliza do Sporting? A primeira caiu depois de uma excelente jogada entre Fejsa, Maxi e Gaitán, enquanto a segunda saiu do génio de Enzo Pérez (não sei se já disse isto, mas este homem joga que é uma coisa louca). E as outras chapas metálicas que podiam ter batido Rui Patrício? Só à conta de Rodrigo, ficámos a dever um terço da cobertura do estádio. E forma como o Sporting não conseguiu introduzir nenhuma chapa metálica na baliza do Benfica, nem sequer ficando perto de o conseguir? Pois é, pois é, grande Benfica!

Se fiquei preocupado com os acontecimentos do passado domingo? Sim, fiquei. Para já, e enquanto cidadão, fiquei um pouco apavorado quando me apercebi, após ter saído do estádio, de que a situação era complicada. Se fiquei chateado, como adepto do Benfica, por ser a segunda vez que se passou algo do género no Estádio da Luz? Sim, fiquei, porque acho que o Benfica deveria ter tratado prontamente do assunto, aquando dos incidentes em Janeiro de 2013, antes de um Benfica B vs Feirense. Se fiquei preocupado, enquanto adepto do Benfica, com a forma como a Uefa poderia ter reagido, após ter assistido a este imbróglio? Sim, fiquei um pouco, mas depois fiquei contente com o voto de confiança dado pelo organismo máximo do futebol europeu, sendo que assim teremos mesmo a final da Champions na fabulosa catedral; se me deu muito gozo ter ganho ao Sporting? Deu, e muito! Foi fantástico porque sabe sempre bem ganhar a um rival, porque o Benfica jogou muito bem, porque o Sporting foi completamente dominado, e porque me parece que os nossos “amigos” da 2ª Circular ainda não entenderam que o futebol é para ser jogado no relvado, e não com comunicados patetas. Aí, caros leitores, o Sporting Clube de Portugal é imbatível.

Para terminar, umas pequenas notas:
– Espero que o Benfica continue na senda das vitórias, sempre com a consciência de que há muito trabalho pela frente;
– Quero dar os meus parabéns a todos os adeptos do Benfica que, tal como eu, se deslocaram à Luz para assistir ao derby;
– Quero dar, de uma forma sincera, os meus parabéns a Bruno de Carvalho, pela extraordinária análise que fez ao jogo;
– Quero, desde já, disponibilizar-me para doar um rim a Eric Dier, após a maldade de que ele foi acometido;
– Quero referir que é com agrado que escrevo este artigo com muitas referências a materiais de construção civil, após na semana passada ter abordado a engenharia automóvel (tentarei abordar a área da engenharia alimentar, na próxima semana);
– Adoro-te, Enzo Pérez.

E agora, até logo, caros leitores. Tenho de me deitar cedo porque amanhã, logo às 8 horas, tenho de ir a uma loja de materiais de construção, para comprar lã de rocha…

Messi: o rei do slalom

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Numa altura em que se inicia mais uma edição dos Jogos Olímpicos de Inverno,  tendo como anfitriã a Rússia, nada melhor do que usar um termo bastante conhecido do mundo do futebol e que tem origem num desporto de inverno, neste caso, o Esqui Alpino.

Para os menos informados, a palavra Slalom refere-se a uma categoria do Esqui Alpino que consiste em percorrer um determinado percurso (marcado com estacas vermelhas) em zig-zag, no menor tempo possível. O desporto é famoso entre os amantes da modalidade porque, obviamente, permite aos esquiadores, durante a descida acentuada, atingir grandes velocidades, enquanto vão ultrapassando os obstáculos do percurso.

Na passada quarta-feira, em San Sebastián, houve um Slalom merecedor de uma medalha de ouro – e não, não foi feito em esquis.

Lionel Messi recebeu a bola, na linha do meio campo, graças a um corte deficiente do defesa José Ángel, e percorreu, literalmente, todo o meio campo contrário entre cinco defesas da Real Sociedad e, já em cima da linha da grande área, rematou para o fundo da baliza de Zubikarai, fazendo o 1-0 para o Barcelona. O encontro acabaria por terminar empatado (1-1), com o clube catalão a garantir a presença na final da Copa del Rey.

A verdade é que Messi, ao longo da sua curta carreira, já nos presenteou com vários golos em Slalom, capazes de fazer levantar do sofá até o mais fleumático dos apaixonados pelo futebol.

Quem não se recorda daquele golo ao Zaragoza? Ou do outro, com apenas 19 anos, frente ao Getafe? Todos eles têm algum em comum: Messi numa “descida” até à baliza adversária, tirando obstáculos pelo caminho a uma velocidade estonteante.

Apesar de o esqui ser um desporto individual e de o futebol ser praticado em equipa, o Slalom é, de facto, a individualização do futebol. É aquele momento em que percebemos a diferença entre o bom e o genial.

Não tenho qualquer duvida de que Lionel Messi é o rei dos Slaloms. O argentino alia a velocidade à técnica como muito poucos o conseguiram até hoje – o futebol de Diego Armando Maradona talvez tenha sido o exemplo mais idêntico daquilo que o astro do Barcelona consegue atualmente fazer.

Depois da lesão contraída no ano passado, que o deixou vários meses fora de competição, Messi está de volta e dá sinais de ser o mesmo que sempre conhecemos. O Barcelona agradece e o futebol também – ok, os adeptos do Real Madrid talvez não tenham ficado muito agradados com o regresso do argentino.

E, por falar em Real Madrid, tal como esperado, os merengues vão acompanhar o Barcelona na final da Copa del Rey (a sétima entre os dois colossos espanhóis).

Não sei se vamos ter Slalom de Messi na final e também não sei quem teve a arte e o engenho de roubar o termo associado ao Esqui Alpino para o futebol. No entanto, seja ele(a) quem for, deixo aqui o meu sincero elogio, pois não me recordo de uma palavra fazer tanto sentido comparativo entre uma corrida de esqui e uma corrida pelo golo.

Se quiserem ver o slalom de Messi frente à Real Sociedad vejam AQUI

Slalom de Messi frente ao Zaragoza, considerado o melhor golo do argentino:

É uma jornada portuguesa, com certeza

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cab hoquei

O campeonato parou mas nem por isso as emoções pararam. Foi um fim-de-semana de provas europeias e foi uma jornada que trouxe bastantes alegrias ao hóquei português.

Na Liga Europeia, F. C. Porto e Benfica passearam e golearam os seus adversários. Os portistas, já com o apuramento garantido, golearam o Viareggio por 10-2, com Hélder Nunes a marcar quatro golos, e continuam o seu percurso só de vitórias. Na próxima jornada, o Porto discutirá o primeiro lugar com o Barcelona e até pode perder, desde que seja por uma desvantagem de até três golos. Já o campeão europeu foi à Suíça vencer, também por uma grande vantagem, e selar o apuramento. O resultado foi de 11-2 ao Diessbach, sendo que todos os elementos da equipa encarnada marcaram.

André Girão
André Girão tem sido peça fundamental no Valongo
Fonte: Besthoquei.blogspot.com

Mas o sonho também continua vivo para os outros clubes portugueses. O Valongo já deixou de ser surpresa, na Europa, para começar a ser visto com outros olhos. Os homens do Norte foram a França vencer o Saint Omer por 4-2, com golos de João Souto, Nuno Araújo, Hugo Azevedo e Telmo Pinto. Mas o grande destaque vai para André Girão. Depois do jogo frente ao Benfica, o jovem guarda-redes voltou a estar em grande, salvando, por várias vezes, o Valongo e mostrando que é cada vez mais o futuro da baliza portuguesa. Esta vitória deu o apuramento ao Valongo e a possibilidade de continuar a sonhar com o primeiro lugar, que está a um ponto de distância. O líder não poderia ter melhor regresso às provas europeias.

A única equipa portuguesa que não tem o apuramento garantido é a Oliveirense. Contudo, foi dado um passo importante. No jogo decisivo frente ao Valdagno, os homens de Oliveira de Azeméis arregaçaram as mangas e combateram até ao fim para manterem vivo o sonho de se apurarem. O resultado de nunca desistir foi uma vitória por 5-2, frente ao líder do grupo, algo que mantem a esperança viva. O próximo jogo será no Pavilhão do Réus, onde as duas equipas vão lutar pelo segundo lugar.

João Simões
João Simões, o líder do Turquel
Fonte: Desportoleiria.com

Na Taça CERS, o Turquel carrega a esperança portuguesa na prova e não desiludiu. Frente ao Forte dei Marmi, o clube português venceu por 5-3. Não foi uma vitória fácil, visto que os italianos estiveram a ganhar por 3-1. Mas, sem nunca baixar a cabeça, o Turquel conseguiu dar a volta, levando para Itália dois golos de vantagem, que, no entanto, não é de todo segura. Mas para se ter ideia da reviravolta e da frande vitória que foi, o Forte dei Marmi é o líder do campeonato italiano e conta nas suas fileiras com Pedro Gil, um dos melhores jogadores da actualidade.

Foi uma jornada 100% vitoriosa para as cores portuguesas e que abre grandes expectativas para o resto das provas europeias. É possível acreditar noutro sucesso português como o do ano passado.

Derrota por 2, vitória por 3

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nucleosemanal

Como este site se chama “Bola na Rede” e é para isso que cá estou, hoje vou falar de bola. E vou falar tanto e tão bem de bola que vou gastar nesse tema um parágrafo inteiro. Cá vai:

O Sporting perdeu o jogo da Luz em Alvalade, com a Académica. A incapacidade de ganhar – que traria tranquilidade – e o forçado amarelo a William Carvalho – que tirou tudo o resto – fizeram com que o empate contra os estudantes valesse a perda de 5 pontos. O final da história todos vimos: uma estratégia falhada, más opções, nervosismo, jogadores pouco rotinados em posições que mal conhecem e uma vitória justíssima do adversário.

Mas que me desculpe o chefe deste burgo. Que me desculpem todos os comentadores, os entendidos, os treinadores de bancada e os adeptos que colocam o futebol acima de tudo. Desculpem-me, mas não é de bola que eu quero falar. É claro que gosto de ver futebol de várias ligas, gosto de jogar futebol, gosto de vibrar com o jogo. Aprecio a raça individual dos jogadores. Adoro ver uma boa jogada de envolvimento coletivo. Amo gritar golo! Mas o que realmente me apaixona… é o Sporting Clube de Portugal.

E, porra, que esse todos os dias me apaixona mais. Todos os dias me faz crescer como pessoa e me deixa orgulhoso como adepto e sócio. Entre domingo e esta noite o meu clube mostrou três valores que considero fundamentais na vida: compreensão, honestidade e humildade.

Compreensão: fosse uma desculpa ou não, o Sporting tinha todo o direito de vencer o jogo contra o Benfica através da secretaria. O que se passou na Luz, no domingo, poderia ter tido consequências gravíssimas, e visto que não foi a primeira vez que aconteceu, segundo os regulamentos o clube deveria ter sido punido com a derrota. No Sporting decidiu-se ignorar os regulamentos – em detrimento de si próprio – e jogar. Foi uma atitude de compreensão.

Honestidade: que digam que somos uns coitadinhos, uns calimeros que passam a vida a queixar-se. É a verdade. O problema é que nos queixamos com toda a razão e justiça. Já na noite de ontem perdemos sem espinhas. A reação dos Sportinguistas foi unânime: admitir a derrota e dar os parabéns ao adversário pela justa vitória. As redes sociais e a comunicação social não me deixam mentir. Isto é ser honesto.

Humildade: o site do Sporting lançou um texto com uma visão completamente cor-de-rosa do jogo. Ora, nós somos verdes, não cor-de-rosa. Não nos revemos neste tipo de visões surrealistas que só veem um lado. A verdade é para ser dita e é a verdade que queremos ouvir, custe o que custar. O Sporting admitiu o erro… e pediu desculpa, refazendo o texto. Este, para mim, é o valor mais importante dos três, e que hoje tão pouco se vê: a capacidade para admitir os erros e pedir desculpa, o que demonstra humildade.

Na bola perdemos e nessa não há vitórias morais. Ficámos a 5 pontos da liderança e o sonho que nos alimenta está mais difícil. Se eu só olhasse para a bola, especialmente após a má exibição, não teria a mínima vontade de ir a Alvalade no sábado. Mas como disse, não quero falar de bola, porque não é ela que me move. O que me move é o amor ao Sporting. E o meu Sporting acabou de ganhar 3-0, não só ao Benfica, mas a todos os outros. E nunca mais é sábado…

“Se os assobios dos adeptos forem para mim, tudo bem”

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atodososdesportistas

Após algum período de reflexão, no meio de textos começados e apagados e sem ideias que me fizessem construir mais de duas ou três linhas, eis que ouvi, num certo programa desportivo, as declarações de Paulo Fonseca após o jogo com o Paços de Ferreira, jogo esse que, como é sabido, venceu por 3-0, mas cuja pálida exibição da equipa não foi possível disfarçar. Nestas mesmas declarações, o timoneiro azul-e-branco ainda disse mais coisas, como fico preocupado é com os jogadores, que isso lhes retire tranquilidade, sendo que eles mostraram sempre grande personalidade” (esta é a “nota2”, sendo que a “nota1” faz jus ao título do meu texto) ou “a boa organização defensiva do Paços de Ferreira dificultou imenso a nossa entrada no último terço do terreno. Quando o Paços resolveu atacar mais, houve mais espaço, e daí os nossos dois golos, que ainda podiam ter sido mais. A minha mensagem para os jogadores foi que a nossa circulação de bola teria de ser mais rápida, mas feita de forma paciente” (nota3).

E, agora, vou analisar estas três notas individualmente, e perceber o que realmente se passa na cabeça de Paulo Fonseca.

Nota 1: Não terá o nosso homem do leme confundido “não sinto pressão” com “tudo bem”? Parece que dizer que está tudo bem se os adeptos o assobiarem é um tiro nos próprios pés… Ficava-lhe melhor uma resposta ao estilo de José Mourinho: “Pressure? I don’t feel pressure!”, ponto final, parágrafo. Mas não, Paulo Fonseca falou como treinador de equipa pequena (com todo o respeito pelos “não grandes” de Portugal!). E é com base neste “treinador de equipa pequena” que vou continuar a analisar estas declarações e assim expor a minha ideia sobre Paulo Fonseca.

Nota 2: Alguém que, dentro do seu entender muito superior de futebol, me faça o favor de dizer em que parte do jogo os jogadores do Porto pareceram tranquilos e com grande personalidade…? Vi um Porto quase a sofrer golo por um erro defensivo, aos 18 minutos (remate de Seri para grande defesa de Helton); aos 25, novamente o Paços a cheirar o golo (Del Valle, isolado, permite boa intervenção do guardião do templo Portista) e, na sequência desse mesmo canto, Helton falhou clamorosamente e Danilo evitou o 0-1 (que não seria totalmente injusto…), em cima da linha de golo. Tranquilidade? A haver, foi excessiva, dadas as ofertas defensivas… Personalidade? Sim, mas muito negativa.

Nota 3: Completamente descabida. Porquê? Vamos por partes… O Paços não tem uma boa organização defensiva, e vamos a factos: é a pior defesa da principal liga portuguesa (34 tentos encaixados em 18 jornadas) e ainda tem mais golos sofridos que 13 equipas da segunda liga (e aqui a comparação é injusta, pois a segunda liga é muito mais competitiva do que a primeira, basta ver os golos marcados-sofridos e diferenças pontuais). Podemos sempre dizer que o Paços meteu o “autocarro” no Dragão, e provavelmente essa seria a ideia, mas, como dizia um comentador desportivo, “o Paços até poderia querer pôr o autocarro, mas a verdade é que o Porto ainda não saiu dele…” (isto no decorrer da primeira parte). Pura e simplesmente, víamos jogar o Paços a seu bel-prazer, como vimos o Estoril, durante toda a primeira parte… Estamos conversados sobre esta parte. A segunda parte da teoria de Paulo Fonseca prende-se com o facto de o Porto ter conseguido marcar golos porque os visitantes quiseram atacar mais e abriram espaços. Tudo bem até aqui, não? “By the book”, portanto… Com a diferença de que o livro não previa que os pacences chegassem ao fim da partida com esperanças de desfazer o resultado Portista e, sejamos sinceros, os dois golos são fortuitos: dois lances de duas perdas de bola que, não sendo nada parecidas, foram do género das duas que proporcionaram a Helton brilhar na primeira parte, só que aos 88 e 91 minutos.

Por último, e entrando em domínios mais tácticos (do ponto de vista de quem assistiu e não do que o relvado poderia transmitir), afirmar que a circulação de bola teria de ser “mais rápida mas feita de forma paciente”, foi de todo a antítese do jogo Portista: vimos um Porto (mais uma vez) sem ideias, a fazer uma circulação muito lenta e atabalhoada, tentando excessivas vezes “largar” a bola em Quaresma ou em Alex Sandro, quando não era bombeada em Jackson. Carlos Eduardo já se faz sentir? Sim. A entrada de Quintero, aos 58 minutos, para render Josué e a inversão total do triângulo do meio-campo ajudaram a melhorar essa tal circulação de bola? Parece que não existem dúvidas de que sim. Com isto, podemos concluir que Paulo Fonseca, mesmo que tenha tentado, não conseguiu passar a mensagem aos jogadores. Isto é preocupante… Quem é o nosso líder em campo, após a saída de Lucho? Fernando? Talvez. Helton? Joga demasiado atrás para poder usufruir da sua influência durante o jogo. Estamos a precisar de sangue novo, e esse sangue trouxe frutos! Quintero mexeu com o jogo, Licá (sim, até esse!) assistiu Jackson para o segundo golo, e Ricardo, cerca de 30 segundos após entrar, tem a sorte de fazer um golo.

Quintero Fonte: Nação Portista
Quintero não tem sido opção regular no FC Porto
Fonte: Nação Portista

Será este um ponto de viragem no Porto e, mais importante, em Paulo Fonseca? Espero bem que sim! Porque sou totalmente contra chicotadas psicológicas a meio da época, acho que nunca podem trazer nada de bom a uma equipa que ainda lute por algum título, salvo raras excepções. Agora, Villas-Boas está à espreita; Jorge Jesus, caso não seja campeão, já se sabe que tem Marco Silva “à perna” e, mais importante que tudo, sabe-se que existe uma vontade de Pinto da Costa em contratar um treinador experiente internacional para um futuro próximo (Manuel Pellegrini admitiu que recebeu proposta dos azuis-e-brancos, na época passada, e que tudo estava certo, até aparecer um tal de Machester “milhões” City, para muita pena minha).

Manuel Pellegrini esteve perto do Porto no início da temporada Fonte: The Sun
Manuel Pellegrini esteve perto do Porto no início da temporada
Fonte: The Sun

Com tudo isto, o que os Portistas desejam? O bom futebol a que estamos habituados, golos, ver jogadores a jogar com orgulho à camisola e, acima de tudo, TÍTULOS! E títulos não são taças da Liga, ou até só uma taça de Portugal. Sabem a que me refiro.

Aguardo, ansiosamente, que o meu desejo de ver Paulo Fonseca a crescer mentalmente, enquanto treinador do Porto, ainda venha a tempo de festejar mais um dos muitos títulos, que só espero que não seja na Luz, visto que as coisas não andam muito bem a nível de estruturas por lá… Continuo contigo, Paulo Fonseca. És o treinador de todos os Portistas! Mas “bora lá”, precisamos de mais stamina!

Jogadores que Admiro #13 – Diego Maradona

jogadoresqueadmiro

Si yo fuera Maradona

Viviria como el

Si yo fuera Maradona

Frente a cualquier porteria

Si yo fuera Maradona

Nunca m’equivocaria

 

Diego Armando Maradona nasceu na Argentina, em 1960. Nascia, então, um dos maiores génios do futebol, um nome que ficará para sempre na história desta modalidade. Tudo o que este texto referir sobre este jogador será pouco.

Maradona era classe, Maradona era magia. Tratava a bola como se ela fosse a sua melhor amiga. Com aqueles pés, conquistou títulos, fez maravilhas com a bola, fintou muitos jogadores e deixou muitos adeptos admirados.

A história deste astro começa na Bombonera, esse mítico estádio da Argentina. Carregando o Boca Juniors à conquista do título, não tardou que o chamassem para o velho continente. Quem abriu as portas para jogar na Europa foi o Barcelona. O clube catalão via o rival Real Madrid ser a força dominante, mas nem com El Pibe foi capaz de acabar com a hegemonia dos blancos.     Na memória, ficará um grande golo que pôs o Santiago Bernabéu a aplaudir o craque.

Em Itália, Maradona viveu grandes momentos.
Em Itália, Maradona viveu grandes momentos

Seria em Itália que D10s alcançaria um lugar ao pé dos Deuses. O San Paolo vibrava com o argentino, idolatrava-o, e ele levou o Nápoles aos seus anos de glória. Dois campeonatos, uma Taça Uefa e muita magia espalhada pelos relvados. Seria também em Itália que começariam os problemas com as drogas. O dopping começara a tomar conta da carreira do astro e levou-o à saída do clube italiano.

A partir daqui, a sua carreira começou a cair a pique. Passou por Sevilha, Newell´s Old Boys, Boca Juniores. Retirou-se dos relvados e preparou-se para enfrentar o seu maior rival, a droga. No jogo da vida, conseguiu vencer, e voltou ao mundo do futebol como comentador e, mais tarde, como treinador. Célebre ficará a frase que disse quando estava no comando da Argentina: “que la ch*pen e que la sigan ch*pando”.

O ponto alto da carreira de Maradona é o Mundial de 1986. Falar de Maradona e não falar deste Mundial é impossível. Aí, Maradona passeou toda a sua qualidade nos relvados do México, levando a Argentina à conquista do Mundial e marcando dois golos que vão ficar para sempre na história do futebol.

Nos quartos-de-final, a Argentina enfrentava a Inglaterra. Mau alívio por parte da defesa inglesa e Maradona adiantou-se ao guarda-redes e, com a mão, marca. Afirmou ter sido obra de Deus e assim ficou como “la mano de Dios”. O segundo golo seria um momento mágico no futebol. Maradona pegou na bola, a meio-campo, livrou-se de dois jogadores, fintou outro, passou por outro, entrou na pequena área, desviou-se do guarda-redes e, pressionado por um defesa, marcou aquele que seria o melhor golo do século.

Um jogador que alcançou a imortalidade, uma figura controversa. Dos lances de génio às polémicas com o dopping, dos títulos conquistados às frases polémicas. Mas Maradona é assim mesmo, polémico, génio dentro de campo, foi ao céu, desceu ao inferno, mas alcançou um lugar na história.

É uma Copa brasileira, com certeza!

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Já se iniciou a Taça dos Libertadores da América. A mais importante competição das Américas. Do novo mundo. Bonito nome. AMÉRICA! Dizem que foi o antigo navegador Américo Vespúcio o primeiro ser do mundo civilizado a pisar a Terra Nova. E esta, hein? Cristóvão Colombo renegado da história…

Enfim, uma coisa é certa. O Brasil não tem nada a ver com esta história. Isto é, com os feitos da libertação das Américas. Até porque, como se sabe, ficou um país uno e indivisível (mas não nos moldes de Salazar) e de dimensões continentais. Ou seja, o que se passa na América do Sul reflete um pouco o que se passa na Península Ibérica: um Portugal unido, onde se fala a uma só voz, e uma Espanha dividida, onde se falam várias línguas e dialetos e os sentimentos de pertença são, não raras vezes, impostos e não partilhados. Tal e qual como na fulva América Latina. Os países espanhóis possuem muita rivalidade entre si.

Isto para explicar que o processo de independência do Brasil, que se deu em 1822, no mesmo ano da Primeira Carta Constitucional Portuguesa, foi mais ou menos pacífico. Salvo o triste episódio do assassinato de Tiradentes. Joaquim José da Silva mais Xavier. Nome mais português que muitos lusitanos. De facto, a Inconfidência Mineira foi a organização mais “organizada” do Brasil para lidar com a questão da independência. Mas tudo muito pacífico. Até porque o D.Pedro I do Brasil era o nosso… exatamente: D.Pedro IV!

Aquela que todos desejam Fonte: Netplacar.blogspot.com
Aquela que todos desejam
Fonte: Netplacar.blogspot.com

No Brasil existem 26 Estados e um Distrito (Brasília, capital). Cada um deles tem uma bandeira. No estandarte de Minas Gerais pode ler-se em bom latim: Libertas quae sera tamen.[1] É o único indício de alguma rebeldia. De resto… tudo pacífico. Como o oceano.

Nas partes espanholas foi tudo diferente. Guerras com a metrópole, guerras entre os próprios países (Guerrra do Paraguai, por exemplo). Assim, o Brasil saiu reforçado com fronteiras bem delineadas e uma língua extendida a todo o território. Sem dialetos (tirando os dos índios).

Como vêem, o Brasil não é tido nem achado nesta história. O nome foi ficando. Já todos se habituaram. Agora nada a fazer.

São seis as equipes brasileiras inseridas na Libertadores. A saber: O campeão nacional Cruzeiro; o campeão da Libertadores passada, Atlético mineiro – será interessante ver a prestação dos dois gigantes mineiros – a surpresa Atlético Paranaense; os cariocas Botafogo e Flamengo; e ainda o Grêmio, que já começa a ser um habitué nestas andanças, mas sem os resultados desejados.

Eu não sei, Não posso saber, mas cheira-me que este ano será difícil para todos, obviamente. Porém, cheira-me, cheira-me que o Brasil vai fazer o inédito penta na competição – em 2010 venceu o Internacional, em 2011 o Santos, no ano seguinte o Corinthians e agora foi o Atlético de Minas Gerais. Depois de várias alterações aos regulamentos (como no caso de nas meias-finais estarem presentes duas equipas brasileiras elas terem de jogar obrigatoriamente entre si), esta competição começa a sentir a força de um país monstruoso. Que vai tendo cada vez mais poder. E a bolha pode rebentar. O polvo tem força e lança os seus tentáculos. Veremos se ele é morto. Só que se for, devido ao seu poder, todos os outros irão com ele.



[1] “Liberdade ainda que tardia”