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Conor McGregor caiu de pé perante o melhor de sempre

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Foram meses de “trash talk”, muita expectativa e muitas previsões, era chegado o dia que todos esperavam.

O “Combate do Século”, como foi apelidado, estava pronto para começar. De um lado Floyd Mayweather, considerado unanimemente o melhor boxer de todos os tempos a par de Muhammad Ali, invicto com 49 vitórias em outros tantos combates, regressava aos ringues para superar o registo de Rocky Marciano e cimentar-se como o melhor em termos de resultados.

Do outro, Conor McGregor, a estrela do UFC. O “Notorious” fez carreira na MMA, tornando-se, além de lutador, uma celebridade seguida por muitos, aceitou o combate de acordo com as regras de boxe e queria ser o 1 em 49-1, fazendo Mayweather perder pela primeira vez.

Duas personalidades excêntricas que vieram do nada para serem os melhores. Floyd Mayweather, criticado por muitos pelo seu boxe mas com os resultados a falarem por si, contra Conor McGregor, arrogante para alguns, para outros alguém um exemplo a seguir, pois mesmo quando ninguém acredita, se ele diz que vai fazer, ele faz. Las Vegas era o sítio onde tudo se resolvia.

O favoritismo estava, claramente do lado de Mayweather, por ser este um combate de boxe, mas a realidade foi que McGregor entrou a matar. O irlandês sabia que tinha de atacar logos nos minutos iniciais para tentar derrotar Floyd, se não arriscava-se a prolongar o combate por mais tempo do que aquele a que está habituado nos combates da UFC.

O momento da vitória
O momento da vitória
Fonte: MMA Mania

McGregor quis entrar a matar, pois sabia que as suas hipóteses de ganhar eram maiores nos primeiros rounds e não se o combate se fosse arrastando, demorando mais tempo do que aquele a que o irlandês está habituado no UFC. Mayweather sabia disto e “entregou o jogo” a Conor por pura estratégia para perceber como era o seu estilo de luta e os seus tiques, assim como a força dos seus socos. Mal percebeu o seu estilo de combate, Mayweather foi desgastando-o e obrigando-o a errar, começando a crescer no combate. Seria uma questão de tempo até Floyd conseguir a vitória, que aconteceu ao 10º round. O árbitro decidiu atribuir a vitória por KO técnico a Mayweather, uma decisão contestada por alguns mas que se aceita claramente.

Pode-se odiar o estilo de boxe ou a sua vida excêntrica, mas há que admitir. Floyd “Money” Mayweather é o melhor de sempre. O seu legado fala por si e não seria este combate que iria mudar isso. Mesmo já “reformado” dos ringues e com 40 anos, provou o porquê de merecer o seu lugar na história do desporto. Conor McGregor também merece uma enorme ovação. Saiu da sua zona de conforto e sem medos lutou contra o melhor do mundo do boxe com as regras da modalidade. Ele sabia do risco, mas não olhou para trás. Foi Conor McGregor, acreditando que conseguia contra todas as expectativas.  Caiu, mas caiu de pé, dando uma boa réplica e calou todos aqueles que pensavam que iria ser humilhado.

Foto de Capa: MMA Mania

SC Braga 0-1 FC Porto: Vitória justíssima!

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É o primeiro grande teste do FC Porto de Sérgio Conceição. Visitar a Pedreira nunca é fácil prova disso são os resultados das últimas cinco épocas com duas vitórias para os portistas, duas vitórias para os arsenalistas e um empate.

O empate do SL Benfica em Vila do Conde veio apimentar mais este embate, será o FC Porto capaz de aproveitar a escorregadela do rival (na época passada nunca conseguiu)?

O FC Porto alinhou com: Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano, Telles, Danilo, Oliver (André), Brahimi (Herrera), Corona (Otávio) , Marega e Aboubakar.
Era o onze que se esperava com Ricardo a voltar e Margea a fazer companhia a Aboubakar visto que Soares continua lesionado.

O SC Braga alinhou com: Matheus, Goiano, Rosic, Bruno Viana, Sequeira, Vuckevic, Fransergio, Xadas, Fábio Martins, Paulinho e Hassan.

Corona apontou um belo golo Fonte : FC Porto
Corona apontou um belo golo
Fonte : FC Porto

Uma entrada fortíssima do FC Porto que já é a sua imagem de marca. Esta entrada foi coroada ao minuto sete com um golo de Corona depois de um belo trabalho individual. Uma primeira parte de grande nível das duas equipas com diversas oportunidades de golo, mas onde os Dragões foram superiores e chegam ao intervalo em vantagem com inteira justiça.

Na segunda parte o ritmo baixou um pouco o que é normal nesta fase da época. O FC Porto desperdiçou algumas oportunidades que poderiam ter “matado” o jogo e assim manteve-o vivo até ao fim.

Uma vitória justíssima dos azuis e brancos que somam 12 pontos e seguem na frente da Primeira Liga juntamente com o Sporting. Uma palavra para os adeptos do FC Porto que deram um “Show” em Braga com um apoio impressionante desde o primeiro minuto. Não vai ser fácil parar esta onda azul e branca.

Sporting CP 2-1 GD Estoril-Praia: 3 Pontos X 4 Jogos = 12 Pontos e Liderança leonina isolada

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   Sporting e Estoril tinham encontro marcado para o Estádio de Alvalade, para jogar a quarta jornada da Liga NOS. Frente a frente, as duas equipas lisboetas procuravam dar seguimento às vitórias alcançadas na jornada anterior – os Leões venceram categoricamente por 0-5 em Guimarães frente ao Vitória e os Canarinhos bateram fora de portas o Tondela por 2-3.

Quanto às formações iniciais, Jorge Jesus apenas fez duas alterações no onze inicial, em relação ao jogo em Bucareste: Alan Ruiz e Bas Dost entraram de início, para os lugares de Adrien e Doumbia. No que diz respeito aos visitantes, Pedro Emanuel alterou três jogadores, fazendo atuar de início Diakhité, Fernando Fonseca e Tocantins por troca com Gonçalo Brandão, Joel Ferreira e Eduardo.

    Como seria de expectar, o Sporting entrou pressionante no jogo, ainda para mais sabendo que uma vitória lhe valia a chegada à liderança isolada na Liga. E foi logo aos 3’, que o Sporting festejou o primeiro golo do jogo: Gelson Martins bateu Moreira, após bom cruzamento de Acuña. O golo madrugador fez a equipa da casa acalmar a sua forte pressão sobre o Estoril, embora não tenha deixado de visar a baliza adversária. Aos 11’, Bruno Fernandes fez o 2-0, na execução de um excelente livre direto. A vantagem leonina de dois golos alcançada nos primeiros 15 minutos ia sendo justificada pela forte entrada da equipa da casa e inexistência do conjunto de Pedro Emanuel, que certamente não contava sofrer golos tão cedo na partida.

   O Estoril tentava esboçar uma reação, mas as suas tentativas eram facilmente paradas pela defesa do Sporting. Aos 22’, o Estoril podia ter reduzido a diferença num pontapé de canto, mas Pedro Monteiro não conseguiu cabecear a bola como queria. Aos 31’, Coates esteve perto de festejar, num lance de insistência após livre indireto, mas a bola não levou o destino desejado pelo central uruguaio. Pedro Monteiro voltou a ameaçar a baliza de Rui Patrício aos 36’, mas voltou a não conseguir marcar. Até ao final da primeira parte, não houve boas oportunidades de golo e o intervalo chegou com o Sporting confortavelmente na frente do marcador.

A boa entrada leonina valeu uma vantagem confortável de dois golos ao intervalo Fonte: Liga Portugal
A boa entrada leonina valeu uma vantagem confortável de dois golos ao intervalo
Fonte: Liga Portugal

A segunda parte começou com Pedro Emanuel a fazer dupla substituição: Joel Ferreira e Jorman entraram para os lugares de Mano e Tocantins, respetivamente. O Estoril teve uma melhor entrada nos segundos 45 minutos, em comparação com a primeira parte, mas o Sporting manteve o controlo dos acontecimentos, mesmo não acelerando o seu jogo, o que colocaria dificuldades à equipa visitante. Apesar dessa melhor entrada, os Canarinhos não criaram qualquer lance de perigo para a baliza de Rui Patrício nos primeiros minutos da segunda parte. Aos 61’, Jorge Jesus fez a primeira substituição e colocou Bruno César, por troca com Fábio Coentrão. Até ao momento, o jogo não ia tendo grandes oportunidades dignas de registo, mas os adeptos presentes nas bancadas não deixam de apoiar o Sporting, esperando que a sua equipa marcasse mais golos. Aos 71’, Gelson Martins esteve perto de bisar, mas a bola passou por cima da baliza do Estoril. Battaglia, após livre indireto aos 75’, podia ter registado o seu nome na lista de marcadores, mas Moreira defendeu bem o cabeceamento.

A cinco minutos do fim, o Estoril conseguiu reduzir por Evangelista, num belo remate fora de área.  O 2-1 trouxe algumas dúvidas em relação ao resultado final e até houve dois golos anulados para ambos os lados, mas o Sporting conseguiu manter o Estoril longe da sua grande área nos últimos minutos e garantiu assim os três pontos. Com esta vitória, a equipa de Jorge Jesus aproveitou o empate do seu rival Benfica frente ao Rio Ave, em Vila do Conde, e saltou para a liderança isolada da Liga NOS, fruto de quatro vitórias nas quatro primeiras jornadas do campeonato.

Barcelona leva a taça para a Catalunha!

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Este segundo dia de competição começou com um jogo entre Sporting CP e FC Barcelona Lassa, que podia definir o vencedor da competição caso os leões repetissem o brilharete do dia anterior e voltassem a somar uma vitória. Se isso acontecesse, o jogo entre Inter Movistar FS e SL Benfica servia somente para cumprir calendário, num jogo sempre especial por marcar o reencontro entre Ricardinho e o seu último clube em Portugal, onde ganhou uma UEFA Futsal Cup na época de 2009/10. Mas o Barça também tinha em mente uma possível vitória neste troféu, caso derrotasse o Sporting e o resultado no derradeiro jogo lhe fosse favorável. Esta vontade de ganhar um torneio que, embora seja meramente amigável, conduziu-nos a mais um jogo pleno de intensidade e incerteza no marcador até aos segundos finais.

Os campeões Fonte: FC Barcelona Futbol Sala
Os campeões
Fonte: FC Barcelona Futbol Sala

Neste jogo, ao contrário do que sucedeu no sábado, foram os blaugrana a marcar nos segundos finais, quando já se pensava que o jogo terminaria empatado. O jogo terminou com um parcial de 4-3 favorável a equipa catalã, sendo que o golo decisivo foi apontado por Esquerdinha. Os outros golos do conjunto espanhol foram apontados por Dyego(2) e Adolfo, ao passo que para o Sporting marcaram o regressado Cardinal e ainda Dieguinho(2).

GP Bélgica: O truque está em ser perfeito

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Cabeçalho modalidadesO circuito de Spa-Francorchamps é longo. Dá tempo e espaço para recuperar de erros que possam ser cometidos. Contudo, se algo acontece nas primeiras curvas de uma corrida, é preciso percorrer 7 quilómetros para chegar novamente perto das boxes. É preciso cautela para ser bem sucedido em Spa. Ou então fazer o que Lewis Hamilton fez hoje: não cometer erros.

O piloto inglês começou a fazer história logo na qualificação. Foi o mais rápido, ganhou a pole, e igualou Michael Schumacher enquanto recordista de pole-positions na Fórmula 1: 68. Terminou com o tempo canhão de 1m42.553 – o melhor de sempre no circuito belga. Valtteri Bottas ainda andou perto de confirmar a dobradinha da Mercedes na grelha mas Vettel não deixou, acabando a qualificação a dois décimos de Hamilton. O finlandês caiu para a segunda linha do grid, seguido de perto por Raikkonen. A terceira linha foi, sem surpresas, dos dois Red Bull.

A partida foi tranquila e Lewis Hamilton conseguiu segurar a liderança. Alonso tirou do bolso a carta da experiência e ganhou quatro posições, saltando de 11.º para 7.º. Ainda assim, a falta de potência do motor Honda fez com que rapidamente voltasse a cair para décimo. A reacção do espanhol diz tudo: “simplesmente constrangedor. Mas agora já não me importo muito com as diferenças. Isto é só um teste”. Quando um piloto já não se preocupa com os problemas do carro, algo está muito errado na equipa. Acabou por abandonar na vigésima sexta volta.

Na oitava volta, Verstappen volta a ser atraiçoado pela sorte – o jovem piloto teve de abandonar devido a problemas no motor do Red Bull. Lá à frente, Hamilton consegue cavar uma boa distância para Vettel numa primeira ocasião, mas o alemão puxa dos galões e faz a melhor volta da pista, chegando bem perto do Mercedes. Até que o safety-car chegou: para manter a rotina, os dois Force India voltaram a causar o caos. Esteban Ocon e Sergio Perez tocaram-se e o saldo final foi uma asa partida e um pneu furado. Ocon arrasou o colega de equipa via rádio e a Force India já fala em tomar medidas preventivas para que algo assim não volte a acontecer. Durante o safety-car, os dois da frente param mas com estratégias diferentes – o Mercedes monta pneus macios e o Ferrari ultra macios. Vettel, mais confortável, ataca e tenta mesmo a ultrapassagem, mas Hamilton esteve irrepreensível no GP de deste domingo. Tranquilo, sem grandes hesitações, o piloto inglês fechou o ângulo e impediu que o Ferrari passasse.

A Red Bull volta a ter uma corrida agridoce: um pódio e um abandono Fonte: Red Bull Racing
A Red Bull volta a ter uma corrida agridoce: um pódio e um abandono
Fonte: Red Bull Racing

Até ao fim, Vettel nunca desistiu e foi sempre mais rápido nas curvas. Hamilton tinha superioridade na velocidade de ponta nas rectas. O piloto da Mercedes aguentou bem a pressão e soube controlar a corrida e a vantagem até ao fim, confirmando a vitória no seu 200.º Grande Prémio. O último lugar do pódio ficou para Daniel Ricciardo: o australiano soube aproveitar o período de velocidade controlada e mudou de pneus, o que lhe deu uma grande vantagem sobre Bottas e Raikkonen. Passou os dois e beneficiou da penalização do piloto da Ferrari, que não desacelerou com as duas bandeiras amarelas no ar. Mesmo com este castigo, Raikkonen ainda conseguiu ficar à frente de um apagado Valtteri Bottas.

Nota negativa para os abandonos de Fernando Alonso e Max Verstappen. O espanhol resignou-se à falta de potência do McLaren e a falta de competitividade do experiente piloto é uma má notícia para a F1. O holandês tem sofrido inúmeros baldes de água fria devido à inconsistência do Red Bull – apesar de já ter abandonado por erro próprio –, e depois de uma primeira temporada cheia de promessas, esta está a ser uma verdadeira desilusão. Nota positiva para mais um pódio de Daniel Ricciardo. Na Red Bull, se um chora, o outro sorri. Grande destaque para a prestação de Lewis Hamilton, que mostrou o porquê de ser considerado o melhor piloto da última década.

O choque entre Esteban Ocon e Sergio Perez merece notoriedade, no prisma negativo, claro. Os dois pilotos da Force India voltaram a envolver-se num conflito que levou, inclusive, à desistência de Perez. Ocon criticou severamente o colega de equipa pelo rádio e é visível a má relação dos dois. Hamilton e Rosberg davam-se mal, é um facto; mas nunca chegou a este ponto. A Force India tem de agir e proteger-se de danos mais graves.

Lewis Hamilton venceu no regresso da pausa de verão e está apenas a sete pontos de Sebastian Vettel. O inglês só precisa de vencer o próximo GP para saltar para a liderança da classificação geral. A Fórmula 1 volta já no próximo fim-de-semana, de 1 a 3 de Setembro, no Grande Prémio de Monza.

Foto de Capa: Mercedes-AMG

Liverpool FC 4-0 Arsenal FC: ‘Gunners’ sem armas para Liverpool imperial

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Dia 27 de agosto de 2017 foi dia de jogo grande na Premier League, com o Arsenal a deslocar-se ao terreno do Liverpool num encontro alusivo à 3ª jornada do principal escalão do Futebol Inglês.

Tudo fazia antever um duelo renhido entre as equipas do princípio ao fim. Contudo, a analisar pelas estatísticas, a equipa do alemão Jürgen Klopp levava vantagem sobre a equipa do francês Arsène Wenger antes da entrada em campo: de um total de 222 partidas oficiais disputadas, o Liverpool conta com 85 vitórias contra as 78 da equipa londrina. Se levarmos em conta o último embate entre estes dois gigantes ingleses, verificamos que ainda mais se reforça a supremacia da equipa da cidade dos Beatles: em março deste ano, corria já a segunda volta da temporada 2016/2017, a equipa do Liverpool venceu o Arsenal por três bolas a uma. (Fonte: Site Zero Zero).

Encurtando mais ainda a distância temporal, e olhando apenas para o registo das duas equipas na presente temporada na Premier League, verificamos que ambas traziam da 2ª jornada motivações distintas para este jogo: o Liverpool venceu em casa a formação londrina do Crystal Palace por uma bola a zero, enquanto que o Arsenal perdeu em casa do Stoke City pela mesma diferença.

A cidade de Liverpool recebeu, por isso mesmo, os forasteiros londrinos num clima de elevada motivação. Mas o Arsenal certamente que procurava também, a todo o custo, sair do amargo sabor da derrota do último jogo. Tudo convidava para uma excelente partida de futebol.

Todos sabemos que há aqueles jogos em que se pode dizer que as estatísticas valem muito pouco face àquilo que se viu ou vê em campo. Mas, no caso do jogo de hoje, as estatísticas confirmaram aquilo que se viu em campo. A partida foi, no geral, um autêntico domínio imperial do Liverpool em todos os momentos e fases do jogo.

A equipa da casa atuou num sistema de 4x3x3, onde se destacou o tridente ofensivo constituído por Sadio Mané do lado esquerdo do ataque, Mohamed Salah do lado direito e, no centro do ataque, o matador Roberto Firmino. Foi o brasileiro, precisamente, quem abriu o nulo em Anfiel Road: aproveitando um cabeceamento vindo do lado direito do ataque do Liverpool, cabeceou sem qualquer hipótese para Petr Cech. Na manobra ofensiva da equipa da casa, destaque para o excelente envolvimento do médio alemão Emre Can, com passes no último terço do terreno capazes de cortar a respiração – refira-se, logo aos 10 minutos o passe/cruzamento para Salah que culminou numa grande defesa do guardião do Arsenal.

As estatísticas do jogo ao minuto 25 davam conta, se algumas dúvidas ainda restassem, do domínio da equipa da casa face aos Gunners: o Liverpool contava com 6 remates e o Arsenal apenas 1, remate esse protagonizado por Danny Welbeck logo aos 7 minutos. O inglês esteve sempre, aliás, muito sozinho na frente de ataque dos forasteiros.

O Liverpool insistia num futebol direto, rápido, profundo, impunha-se no meio campo do Arsenal e jogava com um bloco bastante subido no terreno. Por seu lado, os Gunners jogaram num sistema tático de 3x4x3 onde Özil e Sánchez (do lado direito e esquerdo do ataque londrino, respetivamente) foram autênticos fantasmas durante todo o jogo. Por exemplo, Welbeck só se fez notar no minuto 7 onde rematou por cima da baliza do alemão Loris Karius. A partir daí, tornou-se invisível na partida.

A desinspiração ofensiva do Arsenal acabou, ao minuto 40, por se traduzir num contra-ataque da equipa do Liverpool que culminou no segundo golo da equipa da casa, desta vez por parte do senegalês Sadio Mané, algo que se justificava por aquilo que o extremo fez durante todo o encontro.

Ozil não guardou as melhores recordações da visita a Anfield  Fonte: EPA
Özil não guardou as melhores recordações da visita a Anfield
Fonte: EPA

Na segunda parte, Wenger sentiu a necessidade de dar maior caudal ofensivo à sua equipa e coloca em campo Francis Coquelin, saindo o suíço Granit Xhaka. Além disso, altera o sistema tático e coloca uma linha de 4 homens na defesa, ficando Nacho Monreal a ocupar o lado esquerdo da mesma. Os primeiros minutos da segunda parte foram mesmo de algum domínio do Arsenal. A equipa londrina assumiu as despesas do jogo, procurando penetrações ofensivas na muralha do Liverpool. Esses primeiros minutos da segunda parte permitiram ver aquilo que a primeira parte não permitiu: um jogo mais equilibrado e disputado entre as duas equipas.

Mas foi verdadeiramente ilusório esse domínio do Arsenal, ditando o Liverpool as regras do que ainda faltava do jogo. Aos 53 minutos, houve um contra-ataque da equipa da casa que culminou num remate de Salah para a defesa de Cech. Mais uma vez, o Arsenal não conseguia equilibrar os seus momentos ofensivos com os momentos defensivos da equipa, permanecendo uma equipa pouco coesa e desorientada. Aos 57 minutos, mais uma vez Mohamed Salah recupera a bola após um pontapé de canto do Arsenal e foi, desta vez, letal: recupera a bola na zona média do campo, sprinta em direção à grande área dos Gunners apanhando em contra-pé a equipa do Arsenal e finalizou com um golo certeiro, levando a melhor no frente-a-frente com Cech.

Aos 69 minutos assistiu-se ainda a nova defesa de Cech, perante as investidas de Sadio Mané. Estava endiabrado este senegalês. Se não fosse o guarda-redes checo, o domínio do Liverpool poderia ter contornos demolidores.

Aos 63 minutos, Wenger lançou os últimos trunfos que lhe restavam: saiu Alexis Sánchez e Alex Oxlade-Chamberlain para as entradas de Olivier Giroud e Alexandre Lacazette. Mas foi impossível pôr termo ao domínio esmagador do Liverpool: aos 77 mintuos, Daniel Sturridge (que entretanto tinha entrado no jogo), aproveitou o cruzamento na esquerda de Mohamed Salah para finalizar de cabeça, batendo o guardião do Arsenal. Era o quarto golo do Liverpool e a sentença final do Arsenal. A equipa londrina desejava, minuto a minuto, o final do jogo, tal era o massacre de que estava a ser vítima.

Em resumo, este Liverpool foi imperioso em Anfiel e isso traduziu-se na vitória categórica sob um Arsenal completamente desorientado e sem ideias. Um Arsenal que de “Gunners” não teve nada ou, pelo menos, se tem hoje não se viram na cidade de Liverpool.

Foto de Capa: Shutterstock

Jogo Simples #2 – Seis perguntas sobre o Campeonato de Portugal

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Jogo Simples

São os heróis anónimos do nosso futebol. Longe das luzes da ribalta, longe dos grandes palcos, são eles que vão mantendo vivo, por esse Portugal fora, o espírito mais puro do desporto-rei, fora do espectro do futebol-negócio. Por ter recomeçado no último sábado, o Jogo Simples desta semana é dedicado ao Campeonato de Portugal, explicando em que consiste e como funciona a mais alta divisão de futebol amadora em Portugal. Apesar de ter cada vez mais visibilidade, ainda há muitas dúvidas no ar sobre este escalão. Assim, pegue no cachecol e na bandeira e apoie o clube da terra, procurando as respostas para estas seis perguntas sobre esta emblemática competição.

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1.     O que é o Campeonato de Portugal?

O Campeonato de Portugal é o terceiro escalão do Futebol Português, sendo o mais importante escalão de competição de clubes amadores – acima deste temos apenas os escalões profissionais, a Ledman Liga Pro e a Liga NOS. Entrou em vigor na temporada 2013/2014, para substituir o extinto Campeonato Nacional de Seniores, do qual faziam parte as antigas II Divisão B e a III Divisão. Por ser o escalão imediatamente abaixo da Segunda Liga (Ledman Liga Pro), os dois finalistas do Campeonato de Portugal sobem a essa competição, tornando-se profissionais.

US Open: As Previsões da Equipa de Ténis do “Bola na Rede”

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Em vésperas de se dar início ao último torneio do Grand Slam da temporada tenística, é chegado o momento de analisar o percurso recente dos jogadores, o seu histórico no Major nova-iorquino, os seus resultados em piso rápido e, reunindo todas essas (e outras) informações, fazer algumas previsões para aquilo que se poderá esperar da edição de 2017 do US Open. Assim, a equipa de ténis do “Bola na Rede” juntou-se para apresentar, relativamente aos quadros feminino e masculino, as suas previsões acerca de quem se sagrará campeão do torneio, quem poderá assumir o papel de darkhorse, e quem irá ficar aquém das expetativas.

Quem poderá sair vencedora do US Open? As apostas dividem-se! Fonte: Website “Firstpost"
Quem poderá sair vencedora do US Open? As apostas dividem-se!
Fonte: Website “Firstpost”

Campeã Feminina

Garbiñe Muguruza: A espanhola venceu em Wimbledon e conquistou igualmente, em Cincinnati, o maior torneio de preparação para o US Open (derrotando categoricamente Simona Halep, por 6-1 e 6-0, na final). Apesar de nunca ter passado da segunda ronda do Major nova-iorquino e de assumir que não se sente confortável com o “barulho” da cidade, caso consiga manter a concentração parece não haver, atualmente, no circuito WTA qualquer tenista capaz de a derrotar. (Francisco Sampaio)

Elina Svitolina: Tem sido a época de ouro para a ucraniana. Cinco títulos oficiais e ainda faltam alguns torneios importantes do circuito feminino. Svitolina venceu de forma categórica o torneio de Toronto tendo derrotado quatro nomes grandes do circuito consecutivamente: Venus Williams, Muguruza, Halep (por 6-1 e 6-1) e Wozniacki (6-4 e 6-0). Está, portanto, em grande forma a número quatro do mundo. (Henrique Carrilho)

Karolina Pliskova: A número dois do ranking mundial está ainda à procura do seu primeiro título do Grand Slam e, depois de perder uma equilibrada final para Kerber, em 2016, no US Open, esta parece ser a sua melhor oportunidade, especialmente considerando a excelente forma que tem apresentado recentemente. (Manuel Traquete)

As norte-americanas podem surpreender no torneio nova-iorquino Fonte: Website “EURweb.com”
As norte-americanas podem surpreender no torneio nova-iorquino
Fonte: Website “EURweb.com”

Darkhorse Feminina

Sloane Stephens: Assumindo o termo darkhorse como “tenistas fora do top 10 mundial que podem surpreender”, a escolha recai na atual número 83 do ranking WTA. Regressada de lesão, Sloane Stephens atingiu a meia-final em Toronto e em Cincinnati. A jogar “em casa”, e tendo (presumivelmente) nas primeiras rondas adversárias que estão longe de estar a realizar uma boa temporada (como Roberta Vinci ou Dominika Cibulkova), não seria de estranhar que a norte-americana conseguisse atingir, no mínimo, a quarta ronda do US Open. (Francisco Sampaio)

Madison Keys: É uma das mais promissoras atletas norte-americanas desde há alguns anos e, na ausência de Serena Williams, muito será o apoio que Keys terá por parte do público. Não terá facilidades no quadro, é certo, mas se há torneios onde os atletas da casa se superam, o US Open é certamente o melhor para isso acontecer. (Henrique Carrilho)

Venus Williams: A norte-americana continua à procura de mais um título do Grand Slam para pôr um ponto de exclamação na sua ilustre carreira, e o US Open é mais uma oportunidade para o fazer após perder a final de Wimbledon. (Manuel Traquete)

Kerber tem tido uma má época; Halep tende a ceder perante a pressão Fonte: Website “Tennis World USA”
Kerber tem tido uma má época; Halep tende a ceder perante a pressão
Fonte: Website “Tennis World USA”

Desilusão Feminina

Angelique Kerber: A tenista alemã está a ter uma época para esquecer e, pese embora as principais dificuldades devam surgir apenas na quarta ronda (com o presumível duelo frente a Jelena Ostapenko), Kerber parece hoje uma tenista capaz de perder contra (quase) qualquer adversária que mantenha alguma consistência. (Francisco Sampaio)

Angelique Kerber: A alemã continua sem mostrar o seu melhor ténis e nas últimas semanas, nos torneios de Toronto e Cincinnati, não conseguiu bons resultados perdendo para Sloane Stephens e Makarova, respetivamente. A atual número seis do ranking WTA terá no seu quarto do quadro atletas como Jelena Ostapenko, Madison Keys, Eugenie Bouchard e Elina Svitolina. Não se antevê vida fácil para a alemã. (Henrique Carrilho)

Simona Halep: Halep tem o infeliz hábito de ceder à pressão quando tem o primeiro lugar do ranking mundial em jogo, e desta vez tem uma prova de fogo logo na primeira ronda contra Sharapova. (Manuel Traquete)

As 50 Sombras de Jorge Jesus

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Já se sabe que “burro velho não aprende línguas”, mas o treinador leonino leva o ditado demasiado à letra. Quando Jorge Jesus veio para o Sporting não veio pelas suas qualidades linguísticas (sejam em que “língua” for), mas sim pelas suas qualidades de treinador.

“O mestre da táctica”, como se autoproclamou, tem uma necessidade quase doentia de não estar sempre tudo bem por onde ele passa. Ou são os resultados que não aparecem, ou é a autovalorização em prol do mérito à equipa, ou são escolhas “estranhas” para provar que ele é que sabe o que a equipa precisa, ou é a aposta em jogadores só porque são “fetiches” do amadorense, ou são acusações que depois não vão avante, ou são comentários desnecessários que faz.

A verdade é que o “cérebro” sente um prazer especial e precisa de picardias para estar no mundo do futebol. Precisa dos “mind games” e precisa da adrenalina que advém das constantes polémicas nas quais está inserido. A mais recente aconteceu no final do jogo com o Steaua de Bucareste para o playoff da Liga dos Campeões.

O Sporting Clube de Portugal faz uma boa exibição, Jorge Jesus elogia e valoriza a equipa, tem um discurso “coerente” e eis que mesmo no final da flash interview, larga a bomba: «…mas queria realçar aqui uma coisa que, para mim, foi muito importante ter visto neste jogo. Vi uma equipa a ser goleada 5-1 e vi os adeptos do Steaua a baterem palmas aos jogadores, a estarem com eles, a mostrarem paixão. Porque a paixão não é só quando se ganha. Isto para mim foi mais uma coisa que aprendi na minha vida».

Que a voz dos adeptos do Sporting Clube de Portugal nunca se cale. E que a ganhar ou a perder os atletas e dirigentes dos leões dêem tudo até “morrer”. Estaremos sempre juntos, semana após semana Fonte: Sporting CP
Que a voz dos adeptos do Sporting Clube de Portugal nunca se cale. E que a ganhar ou a perder os atletas e dirigentes dos leões dêem tudo até “morrer”. Estaremos sempre juntos, semana após semana
Fonte: Sporting CP

E aqui não me posso calar. “Quem não sente não é filho de boa gente!” – Senhor Jorge Fernando Pinheiro de Jesus, sou adepto do Sporting Clube de Portugal desde 26 de Agosto de 1981 e não duvide que a minha paixão pelo clube verde-e-branco não é só quando ele ganha. E peço desculpa aos meus companheiros de paixão pela apropriação, mas creio partilhar com milhões de sportinguistas a mesma opinião que transmiti acima. Os “melhores adeptos” do mundo que convivem semana após semana em Alvalade fazem-no, não pelas constantes vitórias e conquistas, mas pelo amor que nos une ao símbolo do leão.

Não aceito que você me venha dar uma lição de paixão sobre este meu amor. O Sporting é muito mais que um jogador, um treinador ou um presidente. Infelizmente o meu clube há 15 anos não dá aos adeptos aquilo que eles já merecem ao tempo, mas continuamos lá, semana após semana. E sim, por vezes somos críticos… E porque o somos? Já viu em que jogos isso aconteceu?

Grandes jogos em que perdemos e vocês foram aplaudidos como se os tivessem ganho, agora não aceitamos que se desleixem ou que pura e simplesmente não corram. Se os “meus” jogadores passarem os 90 minutos a lutar pela vitória, pode ter a certeza que seremos milhões unidos a si. Agora se outros factores estiverem na cabeça quer dos jogadores, quer do treinador, pode ter a certeza que iremos apupar e pedir mais esforço e dedicação.

“Quando os rapazes de verde-e-branco entram em campo é p´ra ganhar… não tenham medo, joguem à bola e a camisola é p´ra suar!”

Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

 

Caio Japa tomba o gigante espanhol!

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Arrancou este sábado a Record Masters Cup, logo com um embate que prometia bastante entre o FC Barcelona e o SL Benfica, e devo dizer que este embate não defraudou as expetativas. Em termos de golos não foi muito produtivo, pois apenas se marcaram dois, mas ambas as formações mostraram que queriam vencer o encontro. O jogo acabou empatado a uma bola, num jogo emocionante e onde uma das grandes figuras do encontro foi o guarda-redes dos encarnados, Diego Roncaglio na primeira metade e o jovem guardião Cristiano na última parte. Uma grande variedade de defesas para todos os gostos, a travar os perigosos ataques dos catalães.

Bruno Coelho fez neste lance o golo do Benfica no encontro, que permitiu o empate Fonte: SL Benfica
Bruno Coelho fez neste lance o golo do Benfica no encontro, que permitiu o empate
Fonte: SL Benfica

Mesmo assim, foi a equipa blaugrana que se adiantou no marcador, após uma jogada de ataque bem desenhada e finalizada pelo pivô Ferrão. O tento foi apontado ainda na parte inicial do encontro, mas nem por isso o Barça deixou de atacar a baliza defendida pelo antigo guarda-redes do Kairat Almaty, que sempre que foi chamado a intervir o fez com mestria, com exceção do lance anteriormente descrito.  Nos derradeiros 20 minutos os pupilos de Joel Rocha tentaram pressionar o conjunto catalão, que não descurava a oportunidade de criar perigo sempre que possível, esbarrando num inspiradíssimo Cristiano, que logrou manter a sua ficha limpa, mostrando que é uma ótima alternativa ao keeper brasileiro. Nos últimos segundos, Bruno Coelho apontou de forma irrepreensível um livre direto e conseguiu empatar o jogo, numa inequívoca demonstração de que o velho ditado “enquanto há vida há esperança” se adequa perfeitamente ao desporto em geral e ao futsal em concreto.