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Jornada de Sonho

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cab andebol

Depois dos últimos resultados do andebol português, é justo que se fale sobre a modalidade. O último fim-de-semana foi histórico para as equipas portuguesas nas provas europeias.
Na Champions, o Porto fez um grande jogo no Dragão Caixa, onde derrotou o Kolding por 27-24. É um resultado surpreendente, pois falamos de uma equipa que está em segundo no seu grupo e que tem aspirações à final four. O Porto entrou muito concentrado, muito preocupado com o seu trabalho defensivo, tentando anular os ataques dos dinamarqueses. Fruto desse trabalho, o Porto conseguiu chegar à frente no marcador e ir mesmo para intervalo a vencer por 15-11.

Pedro Spínola
Pedro Spínola foi um dos destaques do jogo. / Fonte: record.pt

Na segunda parte, graças a Pedro Spínola e a João Ferraz, o Porto chegou a estar a vencer por 20-13, mas uma forte reacção do Kolding fez com que o resultado ficasse em 21-18. Mas a noite era do Porto, que, graças a Hugo Laurentino, conseguiu aumentar a vantagem no marcador. No final, a segunda vitória do Porto na Champions é justa pela garra, organização e determinação que o Porto apresentou. Os campeões nacionais continuam a alimentar o sonho de se apurarem para a próxima ronda. Para tal, é preciso ganhar frente ao Kielce para conseguir o 4º lugar.

O Sporting também entrou para a história como a primeira equipa portuguesa a apurar-se para a Taça EHF. Depois do empate em casa dos croatas do RK Porec a 24 golos, o Sporting foi superior e venceu por 30-25. O resultado mostra a superioridade dos leões, que estiveram sempre no controlo do jogo. O destaque vai para Fábio Magalhães, com oito golos, e Pedro Portela, com sete golos.

A mesma sorte não teve o Benfica, que foi eliminado da mesma prova ao perder na Hungria, por 31-25, frente ao Pick Szeged, depois de ter perdido na Luz por 24-25. Mas no Dragão Caixa a sorte foi diferente. Num sempre intenso clássico, as duas equipas equilibraram-se, com um Benfica a aproveitar as constantes inferioridades numéricas do Porto para anular a vantagem azul e branca. Ainda assim, era o campeão nacional que ia para o intervalo a vencer por 12-10.

Cláudio Pedroso ajudou o Benfica a quebrar o enguiço. / Fonte: SL Benfica
Cláudio Pedroso ajudou o Benfica a quebrar o enguiço. / Fonte: SL Benfica

Na segunda parte, o Porto entrou adormecido, permitindo ao Benfica dar a volta ao resultado e controlá-lo. Os dragões ainda conseguiram o empate a 20 golos, mas o Benfica foi mais forte e conseguiu voltar a estar na frente do marcador. O Benfica venceu por 25-23 e alcançou uma vitória histórica. Há 23 anos que os encarnados não venciam em casa do Porto. O Benfica volta à liderança do campeonato.

Carta ao Pai Natal

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cab futsal

Ora, aposto que já tinham algumas saudades; parecendo que não, já lá vai um tempinho desde que escrevi a última vez para o Bolanarede. Sem grandes demoras, deixo-vos a minha carta para o Pai Natal.

Boas! Já há uns anos que não te escrevia, pelo que ouvi dizer engordaste uns quilinhos; lembro-me de ti magrinho, a correr a maratona de 76… Desleixaste-te, pá.
Eu não sei se tens acompanhado o futsal português – pela classificação actual dos leões de Porto Salvo, aposto que tens. Quantas cartas é que recebeste do plantel? Pois… Bem me parecia, só o Ré deve ter-te escrito umas três para se certificar de que mantinha o primeiro lugar no pódio de melhores marcadores. Por acaso era uma coisa engraçada de se saber, oh papi (importas-te que te chame papi? Acho que depois daquele filme com a mãe natal e com o Leonardo Jardim tenho o direito de te chamar o que quiser): a quantidade de cartas que recebeste dos jogadores e staff das equipas do campeonato. Quem é que se portou bem e quem é que se portou mal este ano? Quem é que merece o título no final do filme de 2013/2014?

Vá, larga lá as cartas, não vais estar a ler uma a uma à procura de quem é que tem mais razões para ser feliz, lê só esta e deixa as outras para o próximo ano, também não é por aí.
Então é o seguinte: se tu deixares o Benfica em primeiro agora pela altura do Natal, eu prometo que te deixo leite e bolachas no dia 24, prometo que sim, eu sei que é sempre a mesma desculpa e que quando chegas não há bolachas nem leite, mas o problema é teu. Eu esforço-me e não vejo nem carinho nem dedicação da tua parte; o Benfica até pode ficar em primeiro no Natal, mas depois na hora da verdade não deixas, o que é que nós te fizemos? Estás a ser má onda, espero que tenhas noção. Tu até te vestes de vermelho e branco, não sei qual é a tua, o nariz do Rudolfo é de que cor? Pois… Acho que está na altura de nos deixares ser felizes; está bem que tu tens o teu poderio todo agora no Natal, mas faz um esforço e guarda uns pózinhos mágicos para o final da época, o que é que me dizes?

Então o que é que já temos na lista? O Benfica a ser campeão, check. Saúde, check. Agora até dou uma de miss-mundo e peço paz mundial, já que estou a sonhar pode ser… e um pónei, vá, era porreiro ter um pónei como meio de transporte.

Em momentos de pressão… O Porto diz presente

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portosentido

Paulo Fonseca está em risco. Os recentes resultados meteram o treinador do Porto numa situação de espada contra a parede. Pinto da Costa e a direcção do Porto não aceita treinadores que não apresentem resultados. Como tal, Paulo Fonseca partia “em bicos de pés” para o jogo com o Braga. 12ª jornada, Braga. Não é um jogo fácil, embora o Braga de Jesualdo aparente ser muito frágil. O Braga tinha mostrado bons indícios no jogo com o Benfica. Na verdade, foi até injusto não ganhar, pelo menos, um ponto. No entanto, Porto não é Benfica…

À partida, sem Fernando no meio campo qualquer jogo é mais complicado. Já disse mais do que uma vez que o brasileiro é fundamental no jogo do Porto. Paulo Fonseca apostou (novamente) em dois pivôs no meio-campo: Herrera e Defour. À frente, Josué continua a fazer a posição de falso extremo que, como já disse no passado, não dá grande vantagem à táctica do Porto.
Na primeira parte do jogo com o Braga parecia que o Porto se encontrava num estado de inércia desportiva no qual nada corre bem e tudo parece fraco. O início do Porto deu o controlo do jogo ao Braga. Os homens de Jesualdo não conseguiram, porém, aproveitar a fragilidade azul e branca. Uma primeira parte dividida sem grandes oportunidades. Nem uma única ocasião, verdadeira, de golo para os dois lados. Um desperdício de tempo no que toca a um jogo do campeão nacional. Apenas perto do fim da primeira parte é que o Porto pareceu querer jogar futebol.

O intervalo fez maravilhas à equipa do Porto. A segunda parte mostrou, por fim, o que todos os adeptos portistas ansiavam há já alguns jogos: Qualidade!
Mesmo com a saída de Lucho logo nos primeiros minutos o Porto subiu a parada e dominou. O regresso de Jackson aos golos também ajudou no aumento da moral do Porto. O golo do colombiano, após um bom centro de Alex Sandro, foi o tónico que levou o jogo do Porto ao próximo patamar. Após o golo a equipa estava confiante e isso reflectiu-se na forma como os jogadores interagiam entre si. Com o primeiro golo marcado o Porto pude fazer o tipo de jogo que mais gosta, o jogo de posse e controlo.

Sem surpresas, Jackson volta a facturar. Que o colombiano é craque não há dúvida. Esteja num bom, ou mau, momento nunca se pode por de parte um jogador como Jackson. Hoje, voltou a mostrar que é um jogador incrível. Um matador com faro de golo.

O avançado colombiano voltou aos golos contra o Braga Fonte:http://www.jornalacores9.net/
O avançado colombiano voltou aos golos contra o Braga
Fonte:http://www.jornalacores9.net/

No final, dois a zero, quase três, não fosse a brilhante defesa de Eduardo no minuto 88’. No jogo da pressão, após ter perdido a liderança, contra um adversário complicado, o Porto disse “presente”. Ainda é muito cedo para dizer se é o final do mau momento de forma do Porto. A segunda parte do jogo de hoje foi um indício muito bom de retoma. Agora, Atlético de Madrid no último esforço da passagem da fase de grupos. No porto é preciso sempre mais. Porto é pressão, de vitória, de títulos e de domínio. E nos momentos de pressão, o Porto diz, sempre, “presente”.

O Passado Também Chuta: George Best, o feiticeiro da noite

o passado tambem chuta

A década de 1960 foi um prodígio de acontecimentos, novidades, mudanças e ruturas. A música floresceu em Liverpool e Woodstock; a poesia viu como a Geração Beat rasgava comportamentos; o futebol sentiu como um irlandês se apoderava de Manchester. George Best arribou para maravilhar e para despedaçar esquemas. O mítico Manchester United, entre a brusquidão de Stilles e a souplesse de Bobby Charlton, contemplou a aparição de um jogador que, para além de arrasar adversários, arrasava as noites entre o prazer de beber e a sedução. O Benfica sentiu nas suas carnes a forma como Best, na final da Taça de Europa de 1968, fazia o 2-1, entrando pela defesa como quem entra por uma casa aberta. O mergulho de José Henriques na sua própria baliza, depois de ser fintado, foi um grito de desespero. Uma das suas famosas frases é o que melhor o define dentro e fora do campo: “gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros rápidos. O resto esbanjei-o”.

O seu Manchester United era um clube marcado pela tragédia, tal como o Torino. A maior parte dos seus jogadores perecera no desastre aéreo de Munique. Matt Busby começou a reconstrução, paciente. Bobby Charlton era um sobrevivente. Entorno à sua figura e à de Denis Law foi levantando o grupo onde George Best fantasiou sobre os relvados do mundo. Os campeonatos de Inglaterra começaram a cair e, dez anos depois da Tragédia de Munique, a Taça da Europa rendeu-se e entrou na sala de troféus do Manchester United. Best entrara no novo Olimpo. A sua vida penetrara no corredor da fama e a alta boémia sorria quando sentia a presença do mago da bola. George Best refletiu-se nesta frase: ”já cheguei a parar de beber quando estava a dormir”. Teve um prémio de melhor jogador. Teve, ainda, situações únicas, mas a sua vida começara uma aventura bem diferente. Como tantos outros da década de 1960, deixara-se atrapar pelo sonho infinito e apressurado. As curvas perigosas jamais o abandonariam.

Best e os seus castelos / Fonte: doentesporfutebol.com
Best e os seus castelos / Fonte: doentesporfutebol.com

Hoje, seria impensável ver, numa segunda-feira, pela manhã, ao abrir o jornal, uma fotografia de qualquer craque baixando champanhe por uma torre de taças. Há pouco tempo, o jogador português Fábio Coentrão festejou o seu aniversário entre colegas e amigos. Através de uma janela ou porta inimiga, um fotógrafo captou a imagem do jogador a fumar… O eco que tal feito provocou em Espanha condenava, praticamente, o jogador ao patíbulo do enforcado. Hoje, seria inverosímil a lenda do diálogo entre Fernando Cruz e Bella Gutman: “- quantas vezes fazes o amor por semana?/ – Uma, Mister…/ – Não pode ser; um jovem como tu tem que fazer o amor mais vezes!“ Esta lenda aconteceu quando Fernando Cruz subiu para a primeira equipa e o Benfica ganhou a segunda Taça da Europa. Presentemente, as lendas e os mitos nascem de uma espécie de vida monacal cheia de suor e de exigências doutorais como as de Mourinho: comes, dormes, sonhas e recuperas a pensar no próximo jogo ou na próxima taça. Não são pessoas que praticam um desporto; são robots que correm e correm com uma obsessão: a vitória.

A delicadeza / Fonte: tamieadaya.com
A delicadeza / Fonte: tamieadaya.com

George Best, no entanto, era capaz de atrasar a sua incorporação no estágio e primeiros jogos do ano porque o sol de Espanha exercia mais bondades. O seu clube gritava; o seu treinador chamava; o seu clube perdia. Finalmente, Best regressou. Começou a jogar e a marcar, e o Manchester United subiu como a espuma. A magia e a criatividade deste poeta da bola geraram mais músculo e resultado do que o método. Bella Gutman também não queria castos e sem eles derrotou todo um Real Madrid cheio de estrelas. George Best foi um Garrincha, que brincava com a bola; e, se o futebol é jogo, Best teve muita razão: o futebol é bom e bonito quando se brinca.

(Quase) todas as opções

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milnovezeroseis
Caro leitor,

Ser sportinguista é maravilhoso. Proclamar-se um íntegro leão é motivo de regozijo e vanglória, em qualquer que seja a situação ou ocasião. Naturalmente esta condição é, ainda mais, reforçada quando o Sporting Clube de Portugal se encontra no 1º lugar da Liga Portuguesa. Desde Domingo que qualquer sportinguista pode afirmar, taxativamente, ser líder do campeonato. Hoje todos somos um pouco líderes, quer sejamos adeptos, dirigentes ou jogadores.

O Sporting nunca foi (nem é) candidato a nada. O propósito leonino restringe-se, apenas e só, a tentar alcançar a melhor classificação possível. Sem ambições quimeras. O plantel à disposição de Leonardo Jardim é espelho desta política. No seu aglomerado, a equipa leonina custou cerca de 16 milhões de euros, quantia bastante parca. Esta semana, um jornal desportivo de referência lançou uma peça onde abordava o preço dos plantéis dos três grandes. O Sporting detém, como era expectável, o montante mais baixo. A prova de como com pouco se pode fazer imenso está à vista.

O plantel do Sporting apresenta (quase) todas as opções necessárias. / Fonte: forumscp
O plantel do Sporting apresenta (quase) todas as opções necessárias.
/ Fonte: forumscp

Ao alcançar o topo da tabela classificativa é premente redobrar esforços. O plantel oferece (quase) todas as opções. Os quatro sectores da equipa estão (quase) completos. Uma equipa que figura em 1º lugar precisa de ter opções viáveis para todas as posições. Todavia, o Sporting, a meu ver, padece de uma pequena lacuna no plantel – o centro da defesa. Leonardo Jardim tem apostado na dupla Rojo-Maurício, que oferece algumas garantias. Contudo, foi percetível em jogos como o do Dragão, que Maurício, apesar de cumprir o seu papel, tem, por vezes, erros cruciais. Veja-se o jogo no Dragão.

No banco figura Eric Dier que, após um punhado de boas exibições na época passada, tem tido um rendimento aquém das expetativas. E as opções ficam-se por aqui. É, portanto, importante que se encontre uma outra opção para o centro da defesa, seja com a promoção, a tempo inteiro, de Rúben Semedo ou com a compra de um central no mercado de inverno.

Bem sei, e já o referi, que o Sporting não luta para ser campeão nacional mas, alcançado o lugar mais cimeiro da tabela, é legítimo lutar pela defesa deste. Por conseguinte, urge que se faça o possível para que lá para Maio possamos estar no estádio, no café ou em casa a festejar o título do nosso Sporting. Vamos acreditar!

Toyota: finalmente o regresso?

cab desportos motorizados

Há cerca de três semanas, a Toyota anunciou o desenvolvimento do TMG GT86 CS, para a categoria de R3, que, em 2014, passará a chamar-se RC3. Uma notícia recebida com muito agrado por todos os amantes de ralis. Mas uma ainda melhor chegou ontem: a marca japonesa vai construir um Yaris WRC, o que indica que o regresso ao WRC pode estar para breve. Para já, apenas está confirmada a construção do carro e os respetivos testes para o próximo ano, o que garante que apenas em 2015, na melhor das hipóteses, a formação nipónica voltará à elite dos ralis mundiais.

Mas, afinal, qual o porquê de toda esta satisfação com o regresso da Toyota? Basicamente porque foi, muito provavelmente, a equipa mais marcante da década de 1990; os amantes da Subaru e Mitsubishi que me perdoem, pois foram também equipas muito marcantes.

A Toyota, quando, em 1988, apostou no Celica GT-Four, deu um passo que mudou para sempre a sua relação com os ralis. A primeira geração do carro, o ST165, estreou-se nesse mesmo ano no Tour de Corse. Foi preciso esperar mais de um ano para a primeira vitória, que aconteceu em 1989, no Rali da Austrália, por Juha Kankkunen. Depois deste triunfo, a Toyota conseguiu mais 29 vitórias com as três versões do Celica, até 1995. Além destas conquistas em ralis, conseguiu quatro títulos de pilotos por Carlos Sainz (1990 e 1992), Juha Kankkunen (1993) e Didier Auriol (1994), assim como o título de construtores de 1993 e 1994.

Carlos Sainz no Rally de Portugal 1992. A versão ST 185 “deu” três titulos de pilotos e dois de construtores à Toyota. http://rallyazores.blogspot.pt
Carlos Sainz no Rally de Portugal 1992. A versão ST 185 “deu” três titulos de pilotos e dois de construtores à Toyota
Fonte: rallyazores.blogspot.pt

Em 1996, a equipa nipónica foi impedida de correr, por ter sido apanhada com um restritor de ar não permitido no Rali da Catalunha de 1995. Na temporada de 1997, no Rali da Finlândia, a Toyota voltou ao Mundial, entretanto denominado WRC, com o Corolla WRC.

Este carro não teve tanto sucesso como os anteriores mas, ainda assim, venceu mais quatro ralis até à retirada e o título de construtores de 1999, o último ano em que a Toyota correu de forma oficial no WRC, pois abandonou a modalidade nessa altura para apostar na Fórmula 1.

Matos Chaves no Rali de Portugal de 1999 http://ralifoto.blogspot.pt
Matos Chaves no Rali de Portugal de 1999
Fonte: ralifoto.blogspot.pt

Também em Portugal a Toyota esteve presente nos ralis. A marca nipónica foi campeã, e falando apenas nestes dois modelos, em 1992, com Joaquim Santos, e em 1999 e 2000, quando Pedro Matos Chaves venceu já com o Corolla WRC.

Também Rui Madeira correu pela Toyota, em 1996 e 1998, fazendo algumas rondas do WRC.

Que seja um regresso forte da Toyota, e que seja apenas mais uma das muitas equipas cujo regresso seria fantástico. É aquilo que todos os amantes dos ralis desejam.

9 pontos para os BUFA e uma vitória no CFC!

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cab frisbee

Há três semanas, mais precisamente de 15 a 17 de Novembro, realizou-se a 11ª edição do torneio Coman Fruta Canarias (CFC), em Puerto Del Carmen, Lanzarote, Espanha. Trata-se de um torneio de Beach Ultimate do qual fizeram parte 24 equipas com 8 a 15 jogadores. Os jogos foram disputados até aos 13 pontos ou até aos 45 minutos, e em caso de empate jogava-se o universal point, ou seja, quem marcar ganha. Se o tempo acabasse e nenhuma equipa tivesse atingido os 13 pontos, o jogo acabaria um ponto acima da pontuação mais alta, havendo a possibilidade de prolongamento apenas na final.

Neste torneio participaram cerca de 10 jogadores portugueses, distribuídos por duas equipas portuguesas, a PEP – Portuguese Experience Project -, que é uma forma de jogadores portugueses aprovados pela Associação Portuguesa de Ultimate e Desportos de Disco jogarem em torneios. Isto é, se as equipas a que pertencem não puderem participar, os jogadores que ambicionam jogar no torneio podem juntar-se e participar sob o nome desta equipa – PEP. A outra equipa, que se revelou a grande vencedora deste torneio, é a equipa algarvia dos BUFA, da qual fizeram parte cinco jogadores portugueses e seis jogadores de outras nacionalidades. A equipa inglesa Finding William enfrentou os BUFA na final, tendo sido derrotada por nove pontos contra sete. O vídeo da final pode ser encontrado no Youtube sob o nome de Final Game CFC 2013 BUFA vs Finding William.
Neste torneio, para além das duas equipas portuguesas, participaram oito equipas espanholas, uma alemã, uma venezuelana, uma equipa francesa, uma irlandesa e uma equipa dinamarquesa; duas equipas italianas, duas suíças e duas holandesas, e, finalmente, três equipas do Reino Unido.

A equipa com maior Espírito de Jogo foi a inglesa Gert Lush, com 97 pontos, tendo ficado em último lugar as equipas Finding William e Aboriginal Ultimate, com 82 pontos. Os PEP conseguiram um 6º lugar com 88 pontos e os BUFA acabaram com 85 pontos, em 9º.

BUFA, equipa vencedora do torneio CFC 2013. Da esquerda para a direita, em cima: William Martin, Tim Morril, David Pimenta, Laura Malisse, Ricardo Marquez, Ricardo Patrão. Da esquerda para a direita em baixo: Pauline Rigollier, Elwira Piekart, Inês Bringel, Filipa Vargas, Pedro Vargas.  Foto por Tim Morril
BUFA, equipa vencedora do torneio CFC 2013. Da esquerda para a direita, em cima: William Martin, Tim Morril, David Pimenta, Laura Malisse, Ricardo Marquez, Ricardo Patrão. Da esquerda para a direita em baixo: Pauline Rigollier, Elwira Piekart, Inês Bringel, Filipa Vargas, Pedro Vargas.
Foto por Tim Morril

Esta é uma vitória excelente para o Ultimate em Portugal, pois é uma forma de aumentar a visibilidade das equipas portuguesas e de mostrar, dentro e fora do país, que há muito potencial. As participações de equipas portuguesas, bem como as suas vitórias, são ainda muito importantes para a evolução do Ultimate em Portugal, pois demonstram empenho e ambição, o que torna este desporto mais credível junto de várias audiências, como, por exemplo, potenciais jogadores e potenciais patrocinadores e parceiros.

O autocarro acidental

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Topo Sul

Tropeção à Benfica! É isto, somente isto, que me apraz dizer depois daquilo que vi hoje, no Estádio da Luz. Ainda afectado com o resultado, vou tentar ser o mais coerente possível nesta minha análise ao jogo entre o Benfica e o Arouca. Desacertos, oportunidades desperdiçadas, uma imensidão de equívocos e, sobretudo, mais dois pontos que escaparam ao Benfica.

No relvado da Luz entraram duas equipas em condições anímicas completamente opostas. Se de um lado surgia um Arouca em lugar de despromoção, com apenas duas vitórias no campeonato, do outro estava um Benfica altamente motivado pela conquista do primeiro lugar da tabela e que chegava a este jogo com uma série de cinco vitórias no campeonato. São indicadores que assumem sempre a sua relevância e o Benfica, a jogar em casa, entrava em campo como claro favorito, num jogo em que nem o mais fanático adepto do adversário acreditava num bom resultado da sua equipa.

Numa noite que se adivinhava tranquila para o Benfica, os encarnados desde cedo começaram a criar perigo para a baliza de Cássio. Lima, Rodrigo, Gáitan e Markovic, os homens mais adiantados das águias, mostraram alguma mobilidade no início do jogo e com isso foram, aqui e ali, criando situações de relativo perigo para o Arouca. Ainda assim, este “sinal mais” do Benfica não foi suficiente para inaugurar o marcador. Aliás quem o fez foi mesmo o adversário, antes do intervalo. De bola parada, como era de esperar. Quem não esperava o desacerto de Artur eram os benfiquistas que ficaram incrédulos quando o guarda-redes brasileiro deixou passar aquela bola rematada por David Simão. Em desvantagem, o Benfica procurou reduzir o mais rápido possível e Rodrigo, após bela jogada colectiva, animou os adeptos e entusiasmou-os para os segundos quarenta e cinco minutos.

A segunda parte inicia-se com as equipas posicionadas da mesma forma e a adoptarem o mesmo estilo de jogo. O Arouca com o seu autocarro, daqueles com um bom motor, à frente da sua baliza e o Benfica a tentar encontrar espaços por entre aquele mar de gente vestida de amarelo. Mudanças de flanco, tentativa de explorar as laterais, cruzamentos atrás de cruzamentos e a mesma ineficácia dos avançados de encarnado. A falta de agressividade, velocidade e concentração dos atacantes benfiquistas era incompreensível e foi essa mesma apatia que fazia com que o empate perdurasse.

Benfica desperdiça dois pontos contra o Arouca / Fonte: maisfutebol.iol.pt
Benfica desperdiça dois pontos contra o Arouca
Fonte: Maisfutebol

A confiança de Lima desvanecia-se com o passar do tempo e Funes Mori não teve propriamente a estreia mais auspiciosa no campeonato. Até Enzo Perez parecia murcho. De Markovic nem vale a pena falar. Simplesmente não esteve em campo. E de entre este marasmo ofensivo, eram os cruzamentos de Sulejmani e Gáitan que colocavam em sentido a defesa do Arouca. Eram esses lances que agarravam os adeptos e que os faziam acreditar que o golo da vitória acabaria por surgir. Só não contavam é que esse tento surgiria na sua própria baliza. Mais uma bola parada, outra desconcentração defensiva e o balde de água fria na Luz. O Arouca, umas das piores equipas do campeonato, vencia na Luz a quinze minutos do fim do jogo. Seguiu-se uma boa reacção encarnada e o golo do empate num penalty convertido por Lima. Até ao final, Ivan ainda acertou no poste e tudo poderia ter sido diferente se Luisão não se tivesse deixado dormir na área do Arouca desperdiçando o golo da vitória encarnada.

Soube a pouco. A muito pouco. Tudo foi escasso neste noite na Luz. Desde a dinâmica e velocidade impostas no jogo, até ao futebol de unidades com Lima ou Markovic…e ao resultado final. Na primeira dose pressão como primeiros vacilámos e mostrámos que continuamos vulneráveis. Voaram mais dois pontos. A ver vamos se não nos farão falta. Normalmente costumam fazer.

Gosto pelo jogo!

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opinioesnaomarcamgolos

Este Porto não joga futebol, joga à bola. Futebol envolve decisões, ideias, liderança, mas, sobretudo, gosto pelo jogo! O que o Porto neste momento faz é mais parecido com uma cambada de miúdos a jogar ao “sai fora” depois das aulas, apenas mais disciplinados. Claro que é um exagero, mas, se virmos bem, tem uma certa verdade.

Jackson esqueceu-se de como marcar golos? Ou simplesmente a equipa está tão fraca a segurar a bola no meio-campo que é preciso o grandalhão da escola vir buscar jogo à linha central? O Mangala esqueceu-se de como ser um pilar de segurança e controlo? Ou simplesmente a defesa está tão desconcentrada nos momentos chave que só o miúdo que joga a trinco, sempre calmo no recreio, parece manter o controlo absoluto das emoções? E são apenas três jogadores que por acaso são dos mais importantes neste momento, mas todos os outros não deixam de ter a sua quota parte de perdas ao longo desta nova época desportiva.

O que é que aconteceu em Coimbra, afinal? O Quintero é extremo? Parece que não. E essa surpresa de Paulo Fonseca acabou por ser corrigida com uma evidência chamada Licá. No entanto, durante a primeira parte, a maioria dos ataques eram feitos pelo lado direito, exatamente por causa do grande craque com provas dadas, mas apenas no miolo do terreno! E de que serviu? De nada. E também não foi surpresa. O Jackson não anda pelas redondezas da área, como já se sabe, e isso é péssimo. De repente, fez-me lembrar o Pena… Não que a comparação seja a melhor, mas lembrem-se que o Pena vinha buscar muito jogo ao meio campo, e até ajudava na defesa, mas foram muitas as vezes em que as bolas caíam na área sem que o goleador estivesse presente para as empurrar para golo. E o Pena era mais rápido do que o Jackson. Pois… Os ataques pelo centro não funcionavam porque somos lentos e os passes não são precisos, mesmo com Lucho no terreno. E a Académica continuava a ameaçar… Marcou com toda a justiça, e o Porto, mais uma vez, sem saber o que fazer. Esta equipa está baralhada, confusa, tanto nas posições de alguns jogadores como nos titulares. É uma dança das cadeiras. A 10 minutos do fim nem um 3-5-2 nos safou, uma medida que refletiu bem o ponto de interrogação do treinador. E o que fazer quando há um espirro na área? Marca-se penalty e dá-se mais um caso de jogo para todos os adeptos rivais poderem fazer discussão sobre corrupção durante os próximos dias. Nunca desejei tanto falhar um penalty a nosso favor… Nem a Académica nem o Porto mereciam.

O mau momento de forma do Porto manteve-se em Coimbra Fonte:http://www.porta19.com/
O mau momento de forma do Porto manteve-se em Coimbra
Fonte:http://www.porta19.com/

Mais uma derrota (para mim, os últimos empates foram derrotas), mais um péssimo jogo da nossa parte, o Fernando não joga contra o Braga e a Académica não ganhava ao Porto há 43 anos! Paulo Fonseca é ótimo a bater recordes, até para os outros! Vem aí o Quaresma para tentar salpicar alguma magia neste futebol, mas não façam confusões: magia não é milagre! O homem é cheio de ideias e não tem medo de ninguém. O Porto precisa disso. De ideias, de coragem, mas, sobretudo, de ter gosto pelo jogo!

Pogba, o menino de ouro

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Nascido em Langny-sur-Marne, nos arredores de Paris, há vinte anos, Paul Pogba vai vivendo dias de sonho com a sua consagração como vencedor do “European Golden Boy”, galardão atribuído pelo jornal Tuttosport ao melhor jogador jovem a actuar na Europa.

O troféu, que premeia jovens com menos de vinte e um anos de idade, é atribuído desde 2003. O jornal italiano faz uma pré-selecção de cerca de quarenta jogadores, que são depois votados por trinta jornalistas desportivos, que representam vinte diferentes países europeus.

Formado nas escolas do Le Havre, foi transferido para o colosso Manchester United com apenas dezasseis anos, clube onde viria a completar o seu processo de formação. Cedo deu nas vistas, o que o levou a ser chamado por Sir. Alex Ferguson à primeira equipa dos red devils. Quando se esperava que pudesse maturar e apurar as suas qualidades na equipa do norte de Inglaterra, o francês acabou por deixar o clube de Nani e seguir para a Juventus, numa transferência que se revela agora completamente acertada. Pogba começou por ganhar espaço no plantel de Antonio Conte, para depois merecer um lugar no onze, onde já é um dos jogadores mais preponderantes. Possante na forma como joga, faz uma leitura de jogo que impressiona, atendendo a tenra idade. Marca, dá a marcar e, em Turim, os tiffosi já o olham como uma das principais pérolas do balneário.

Pogba erguendo o troféu de melhor jogador jovem da Europa / Fonte: peru.com
Pogba erguendo o troféu de melhor jogador jovem da Europa / Fonte: peru.com

O “Polvo”, como é conhecido Pogba, declarou-se “lisonjeado e orgulhoso por receber tão prestigiado troféu”. O jogador francês apontou como factores para a sua vitória as conquistas do campeonato com a Juve, a chegada aos quartos de final da Liga dos Campeões, a vitória no Mundial Sub-20 e a promoção à equipa principal da selecção gaulesa.

Para o futuro próximo, Pogba espera vir a conseguir conquistar mais um campeonato pela Juventus e não fecha a porta a uma eventual conquista da Liga dos Campeões, estando, ainda assim, consciente das dificuldades extremas que envolvem a conquista do mais prestigiado título europeu de clubes.