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Sevilha 0-0 Benfica (4-2 a.g.p.): Reagir à Benfica

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Atirem-nos mil e uma vezes ao chão, com golos para lá da hora, com grandes penalidades. Não há problema. Choraremos por fora, a dor atingir-nos-á por dentro, mas aceitamos. Vamos levantar-nos sempre, porque é assim a vida de quem é maior do que os maiores. Lamentar a derrota por um dia e a sonhar com as próximas conquistas nos restantes 364 do ano. Dói muito estar tão perto de saborear o sonho europeu e falhar pela segunda vez consecutiva? Dói, sim. Esta Liga Europa era o auge de uma época brilhante depois de nos termos levantados das cinzas de 2013. Mas domingo há uma Taça de Portugal para ganhar e com ela fechar uma época soberba. Não repetir o filme de há um ano atrás impõe-se, porque o Benfica é grande demais para entregar um título por ter perdido outro.

E, já agora, porque não conquistamos uma dobradinha desde 1986/87, sob o comando de John Mortimore. Perdeu-se uma oportunidade de ouro para voltar a escrever Sport Lisboa e Benfica a letras douradas no futebol europeu, sim, mas não será isso a manchar uma época tão boa. Que, diz-nos o passado, seria única no futebol português. Nunca houve um clube a ganhar as três competições na mesma época e mais nenhum clube europeu o poderá fazer em 2013/14.

São já oito derrotas em dez finais europeias. Números avassaladores, com os quais muita gente nem poderá sonhar.  Gente essa que se satisfaz com as derrotas dos rivais, esquecendo-se, dessa forma, de que, lá bem no fundo, está apenas a gozar consigo mesmo. Diz, quem já viu bem mais derrotas em finais europeias do que eu, que a maldição do húngaro existe mesmo. Não acredito nisso – que se lixe o Guttman.

O azar persegue o Benfica nas finais europeias Fonte: ZeroZero
O azar persegue o Benfica nas finais europeias
Fonte: ZeroZero

As maldições e recordes existem para ser quebrados. Sejamos prático e vejamos que a força do Benfica é mesmo essa: reerguer-se SEMPRE, para poder quebrar a malapata. Quem diria, há um ano atrás, que o Benfica voltaria tão rapidamente a outra final? Quando os rivais acham que nos mataram, lá estamos nós outra vez na luta. Como é que se mata algo que não pode ser morto? Eterna questão que muito dá que pensar, num verdadeiro tributo à estupidez humana. Quando a sua maior alegria é a tristeza dos outros, pouco mais há a dizer. Feliz do benfiquista, tão grande na vitória e tão superior na derrota.

Dos Chumbawamba – não será nome estranho para a faixa etária 20-30 –  palavras simples, mas com sentido neste momento:

We’ll be singing
When we’re winning
We’ll be singing

I get knocked down
But I get up again
You’re never going to keep me down
I get knocked down
But I get up again

Motôs àrrebentá*

cab desportos motorizados

Estou apaixonado! É com este sentimento que saio do primeiro dia de rali. O barulho que os Peugeot T16 fazem é muito bom e faz logo começar a ter pele de galinha mal se ouve pela primeira vez; ouvir um som destes é muito bom e dá logo outro ânimo a quem acompanha estas coisas.

Começou ontem o rali e temos muita emoção, tal como era esperado. Breen (Peugeot) lidera ao fim das três especiais disputadas esta quinta feira, mas tem apenas cinco segundos de vantagem para o quarto classificado, Ricardo Moura (Fiesta R5); pelo meio temos Kajetanowicz (Fiesta R5) e Kevin Abbring (Peugeot). Bernardo Sousa (Fiesta RRC) e Bruno Magalhães (207 S2000) são quinto e sexto respectivamente e fecham assim o Top3 português.

Mas na quarta feira já tivemos uma prova espetáculo, que não contava para a classificação da prova. A City Show levou como habitualmente muitas pessoas à Avenida Infante Don Henrique, para assistir ao espetáculo dado pelos participantes no rali. Este ano esta especial citadina ganhou tamanho e tentou-se com isto criar mais espetáculo, mas a rampa colocada com o objetivo de proporcionar saltos era muito curta e os pilotos preferiram não arriscar. Algo a rever para o próximo ano.

Ontem terminou com a especial Grupo Marques. Esta especial disputada numa cratera onde a empresa Marques retira pedra é o espaço perfeito para a realização desta prova.

A especial Grupo Marques foi este ano aumentada Fonte: Rodrigo Fernandes
A especial Grupo Marques foi este ano aumentada
Fonte: Rodrigo Fernandes

Novamente milhares de pessoas foram até esta especial e assistiram a um grande espetáculo, onde saltos como os de Bernardo Sousa, João Barros e Diogo Salvi fizeram as delícias de quem se deslocou até lá. Mas esta classificativa não é só boa para quem assiste, e o melhor exemplo disto são as palavras de Kajetanowicz, que disse no final que não gostava deste tipo de especiais mas que adorou esta.

Dentro do rali mas fora da luta contra o tempo temos também espetáculo garantido. Estar no parque de assistências a assistir ao trabalho feito pelos mecânicos é muito bom, principalmente nas grandes equipas, pois vê-se um verdadeiro trabalho de equipa em que nada falha durante o curto espaço de tempo que existe para rever as máquinas.

Nas Portas do Mar, onde fica o parque de assistência, o secretariado e muitas outras coisas relacionados com o rali, existe também, como já vem a ser hábito, uma exposição de miniaturas de carros de rali. Esta exposição vem alegrar ainda mais a prova, pois existem excelentes trabalhos feitos pelos responsáveis desta exposição, que decoram as miniaturas num trabalho muito bem feito.

Um dos vários dioramas presentes na exposição Fonte: Rodrigo Fernandes
Um dos vários dioramas presentes na exposição
Fonte: Rodrigo Fernandes

*Para quem não perceber o título, o mesmo quer dizer algo como “Motores a arrebentar”, que é como quem diz “a dar o máximo”.

Porquê pelo Mónaco, Leonardo?

Ze Pedro Mozos - Sob o Signo do Leao

É certo que a boa campanha desportiva do Sporting esta época se deve a todos os membros do clube (desde jogadores até à direcção, passando pela equipa técnica). Mas quando tentamos encontrar os principais responsáveis por esta boa temporada é difícil encontrar um nome consensualmente aceite. No entanto, o nome de Leonardo Jardim é um dos que mais aparecem associados ao sucesso leonino.

Talvez por ser tão visível o dedo do técnico madeirense neste novo Sporting, o interesse em contratar Leonardo Jardim surgiu em alguns clubes. O Mónaco foi o primeiro a chegar-se à frente e nos últimos tempos o nome do ainda treinador do clube de Alvalade é dado como certo nos monegascos para as próximas duas temporadas. Creio que nenhum sportinguista recebeu com agrado esta notícia, e eu não sou (de todo!) uma excepção.

Desde o final da época passada (2012-2013), que foi mais ou menos a altura em que Leonardo Jardim começou a ser dado como o novo treinador do Sporting, que acreditei a sério neste Sporting. Sempre considerei o jovem treinador madeirense uma mais-valia para qualquer clube, e quando se oficializou a sua contratação para o clube do meu coração achei que tinha sido a escolha mais acertada, pois tanto o Sporting como o próprio Leonardo Jardim sairiam beneficiados com esta decisão. O projecto, esse, era voltar a colocar o clube leonino na rota dos títulos, sendo que esta época seria apenas “o ano zero” e a próxima poderia ser considerada como a temporada da afirmação. E o técnico madeirense seria um dos protagonistas deste projecto.

Leonardo Jardim teve sempre do seu lado tanto o plantel como os adeptos, não deixando nunca que uns influenciassem os outros em excesso, para bem ou para mal. Foi um treinador muito elogiado ao longo desta temporada, não só pelo trabalho desempenhado mas também pela coerência e calma com que sempre falou, nunca se deixando deslumbrar pelos bons resultados nem deixando que os adeptos o fizessem.

“Marco Silva é o principal candidato para suceder Leonardo Jardim”  Fonte: www.zerozero.pt
“Marco Silva é o principal candidato para suceder Leonardo Jardim”
Fonte: www.zerozero.pt

Ninguém esperava, depois da pior época da história do Sporting, que os leões acabassem em segundo lugar neste “ano zero”, garantindo assim o acesso directo à liga milionária. O trabalho foi notável e Leonardo Jardim foi uma peça fundamental neste processo. A equipa praticou um excelente futebol, alcançou um bom número de vitórias, marcou muitos golos, e, acima de tudo, nunca desiludiu os adeptos, que puderam voltar a acreditar no seu clube. O ambiente que se viveu em Alvalade este ano foi de esperança, de alegria, em alguns momentos até de euforia. Nós, os sportinguistas, tínhamos a certeza de que a mudança estava a acontecer. E, mais uma vez, víamos Leonardo Jardim como um dos motores dessa mudança.

Não tenho reservas em afirmar que Leonardo Jardim é, sem dúvida, o melhor treinador deste campeonato. E, para além disso, é sportinguista. Façamos, então, um simples ponto da situação: Leonardo Jardim é um dos principais rostos deste novo Sporting; faz parte de um projecto a longo prazo e que ainda vai a meio (o próprio o disse); tem do seu lado o apoio e a confiança dos adeptos; o seu trabalho é sobejamente reconhecido; é o melhor treinador a trabalhar em Portugal; e, ainda, é sportinguista.

Posto isto, é relativamente fácil perceber as razões pelas quais não quero que Leonardo Jardim se vá embora. Mas se isto já me deixa triste e incomodado, o facto de o clube que motiva esta perda ser o Mónaco ainda piora mais a situação. Os monegascos têm mais poder económico, mas isso não é tudo. Aliás, não é nada. Os novos-ricos estão a destruir o futebol, banalizando-o e tornando esta competição num negócio, acima de tudo o resto. A meu ver, o Sporting é, a todos os níveis – desde a história até ao número de adeptos e passando pela mística -, melhor e maior que o clube do principado, para além de não ter magnatas a investir desmesuradamente no clube – o que para mim é uma vantagem.

Deixar um projecto ambicioso a meio, no clube do coração, com os adeptos do seu lado e com um reconhecimento ímpar é algo que me custa perceber. Mas aceitá-lo-ia, embora com tristeza, se Leonardo Jardim o fizesse por um projecto maior, mais ambicioso e em que o desafio desportivo fosse, acima de tudo o resto, o principal motivo. Agora, por um projecto como o do Mónaco, peço desculpa, caro míster, mas o sentimento que noutra situação seria apenas de tristeza é acompanhado por indignação, desilusão e incompreensão.

Confio na direcção do Sporting para encontrar o sucessor. Gosto mesmo muito do nome de Marco Silva, que é apontado como principal candidato à sucessão de Leonardo Jardim, e creio que pode vir a fazer um excelente trabalho no Sporting. Acho que é um excelente treinador e que faria muito bem ao Sporting. Até pode resolver problemas que ainda existam, limar algumas arestas que ainda estejam por limar. O problema é que o jovem técnico dos canarinhos não devia resolver nada porque não deveria haver nada para resolver. Mas os milhões falaram mais alto. Se isto tudo se confirmar, sê bem-vindo, Marco!

Lope… Quê?

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atodososdesportistas

Nestas últimas semanas, muito se tem falado sobre o sucessor de Luís Castro: o espanhol Lopetegui. Sempre defendi que para haver um “abanão” no FC Porto era necessário um treinador estrangeiro, mas nunca pensei que seria um “desconhecido” (com trabalho reconhecido!). Esperava mais a vinda do Spalletti do que a deste senhor. Mas, depois de analisar a fundo, a escolha deste treinador perceber-se: sabe trabalhar com jovens, é um motivador, consegue extrair dos “cristais” o seu melhor e, acima de tudo, tem sede de vencer.

Por que é que Lopetegui se enquadra neste esquema? Campeão pelas camadas jovens espanholas (sub-19 e sub-21, onde qualquer um se arriscava a ganhar…), é reconhecidamente um treinador que gosta de futebol bonito (ao estilo tiki-taka) e a sua vontade de ganhar é… Infinita! Se é uma incógnita? É. Se é tão incógnita como Paulo Fonseca? Nunca! Lope já ganhou, e ganhou coisas importantes e inéditas no seu país. A questão que se coloca é: será que um treinador de selecção está preparado para dar o salto do treino tri-mensal para o treino diário? É que me lembro de um certo Scolari… Mas também acredito muito na estrutura portista.

A escolha deste treinador também recai num mercado que actualmente domina o futebol (dois clubes finalistas da Champions League e um da Liga Europa) e é estrategicamente interessante poder vir a contar com jovens jogadores que confiam no treinador depois de terem trabalhado com ele.

No fundo, até estou satisfeito. Porquê? Porque o Porto tem um plantel muito jovem e com muitos cristais por lapidar (com Quintero, Mikel, Ricardo, Tiago Rodrigues e… Iturbe à cabeça), onde o jeito para lidar com jovens é algo fundamental. Já se fala que Lope anda no mercado e quer assegurar, desde já, Illarramendi (Real Madrid), Tello (Barcelona) e Moreno (Sevilla) – o primeiro por empréstimo, os outros dois em definitivo. São jogadores com tudo para entrar directamente no onze (a concretizar-se, finalmente hajam contratações como deve ser!), a juntar ao quase garantido Evandro. Além disso, nomes como Raúl Gimenez,”pinheiro” de 1,90m e de reconhecida qualidade, vão sendo associados ao clube da Invicta, o que deixa antever a saída de Jackson. Se Illarramendi vier, isso “só” significa uma coisa: Fernando sai. O que é péssimo, na minha opinião. Mas, dado o estilo de jogo do treinador, talvez Fernando não seja o jogador ideal, embora eu seja defensor de que “o Polvo” é o melhor dos melhores em Portugal naquela posição.

Em suma, BEM-VINDO, LOPETEGUI!

Lopetegui chega ao Porto com um contrato de três anos  Fonte: UEFA
Lopetegui chega ao Porto com um contrato de três anos
Fonte: UEFA

E agora, o que será do nosso FC Porto? Jogará no habitual 4(1+2)-3? No “habitual desabitual” 4(2+1)-3 de Paulo Fonseca? Não sei. Mas aposto que o “abanão” será tão grande que jogaremos num 4-2-3-1 tipicamente espanhol: dois médios mais defensivos (espero ver Fernando a assumir as despesas defensivas – e é pensando neste esquema táctico que não sei se Fernando será o ideal – e um box-to-box, claramente Herrera); um jogador que assuma o “10” deixado por Deco (Quintero!); dois alas rápidos (que um deles não seja o útil-mas-sem experiência-Licá) e um ponta-de-lança de área. O único problema desta táctica prende-se com facto de existir um grande espaço entre linhas na zona defensiva, o que, se a equipa não jogar toda em bloco, permite a exposição ao contra-ataque básico e puro dos adversários. Entre os centrais e os médios-centro tem de existir uma coordenação brutal, pois basta existirem naquele espaço 20 metros e isso já é suficiente para o adversário criar superioridade numérica. Ainda para mais num esquema em queos laterais dos dragões têm claramente um pendor ofensivo muito acentuado. O núcleo de jogo, que se baseia no 3×3 (portador da bola, apoio e contenção – ofensiva e defensiva -, não utilizando linguagem totalmente técnica), torna-se um pouco complicado quando existe esta indefinição táctica. Quem vai à bola? Quem está mais perto, estilo Benfica? Ou assumidamente temos um jogador que sirva para isso, como Thiago Motta no Inter de Mourinho, em que “varria” tudo? São questões que me coloco, e que espero que o meu treinador, o treinador de todos os Portistas, me responda a curto prazo. Até posso estar errado em relação à táctica, mas do que vi do treinador, faço all in na minha aposta.

O FC Porto está habituado a “criar” treinadores ao longo dos anos, e estou com um feeling que com Paulo Fonseca nunca senti: cheira-me a vitória e bom futebol! Cheira-me… É estranho não ganhar durante um ano, é impensável não ganhar durante dois! Vamos lá, Lope, estamos contigo!

Para finalizar, boa sorte ao Benfica na Liga Europa! Sou português mas vivi em Sevilha, por isso viverei esta final com um misto de emoções que contrastam com o meu princípio: quero que ganhem sempre os portugueses; hoje também quero, mas se for o Sevilha, triste não fico.

Um abraço a todos!

Adeus, Capitão. Obrigado.

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Javier Adelmar Zanetti jogou, no passado fim-de-semana, o seu último jogo no San Siro e o penúltimo jogo da sua fantástica carreira de vinte e dois anos.

Zanetti assinou pelo Talleres da segunda divisão argentina em 1992, após ter sido rejeitado pelas camadas jovens do Independiente. Apenas um ano depois transferiu-se para o Banfield, clube da primeira divisão, onde ficou dois anos, rejeitando propostas dos grandes Boca e River no final da sua primeira época.

Em 1995, já internacional pelo “país das pampas”, Zanetti foi a primeira contratação de Massimo Moratti. E que contratação! O Pupi, como vinha apelidado do seu país-natal, rapidamente conquistou a alcunha de El Tractor em Itália pelas suas habilidades em campo. Estreou-se pelo Inter a 27 de Agosto, na época de 1995/96, contra o Vicenza e o resto é história.

Nos dezanove anos que Zanetti passou em Milão capitaneou o Inter em quinze temporadas e conquistou dezasseis títulos: entre eles, cinco Serie A’s, uma Taça Uefa, quatro Copas de Itália e uma Liga dos Campeões como parte do histórico treble na fantástica época de 2009/2010 com José Mourinho. E tudo isto com o mesmo corte de cabelo.

Zanetti é provavelmente o jogador mais completo e polivalente da história do futebol. Começou a sua carreira a lateral direito mas jogou também a lateral esquerdo, ala direito, ala esquerdo, extremo direito, extremo esquerdo, médio defensivo e médio centro. A sua versatilidade não tem limites: ele joga onde o clube precisa; joga para a equipa e nunca para ele. Faz tudo em campo. Melhor do que isso, faz tudo bem: é um exemplo a defender e ao mesmo tempo um desiquilibrador nato no ataque. Quem não se lembra de ligar a televisão e ver um Zanetti com quase 40 anos a passar por meninos 20 anos mais novos em velocidade?

Il Capitano” acaba a sua carreira como o jogador com mais jogos ao serviço do seu Inter e o segundo jogador com mais jogos na Serie A, apenas ultrapassado por Paolo Maldini. Além disso, é, neste momento, com cento e quarenta e cinco internacionalizações pela selecção argentina, o jogador mais internacional de sempre pelo país.

É sempre dificil dizer adeus a uma lenda como Zanetti. Admito sem problema que é o jogador que mais admiro no futebol actual: um exemplo de profissionalismo, humildade, consistência, dedicação e vontade; um jogador que sempre deu o que tinha e o que não tinha, que nunca arranjou problemas com ninguém e que foi sempre um role model dentro e fora de campo. Jogadores como Zanetti já não se fazem, infelizmente. O futebol é que perde.

Zanetti é o jogador do Inter com mais jogos na Serie A Fonte: futbolizados.com
Zanetti é o jogador com mais jogos ao serviço do Inter de Milão
Fonte: futbolizados.com

Termino então com algumas citações de pessoas que percebem bem mais disto do que eu:

Esteban Cambiasso: “Zanetti? Apenas uma palavra, perfeição.”

Ryan Giggs: “Zanetti é o adversário mais formidável que defrontei.”

Arséne Wenger: “Não conheço a personalidade de Zanetit, mas se tiver em atenção as suas habilidades, atitude e comportamento dentro e fora de campo, 100 milhões não chegam para um jogador como ele.

Roberto Baggio. “Ele nunca disse que queria ser como eu, mas digo-lhe eu que gostava de ser como ele.

Fabio Cannavaro: “Zanetti ensinou-me a ser um capitão.

José Mourinho. “Todos os jogadores querem ser como Zanetti.

Francesco Totti: “Zanetti é uma lenda para todos nós.

Carreiras estagnadas por más opções

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Como acontece todos os anos, houve muitos jogadores que não tomaram as melhores opções de carreira para a temporada 2013/14. Um desses casos é Stevan Jovetic. O montenegrino mudou-se para um Man City com muita qualidade ofensiva e não passou de um suplente regularmente utilizado (foi a quarta opção para o ataque, atrás de Agüero, Dzeko e Negredo). É certo que esteve algum tempo lesionado, mas isso não justifica a falta de protagonismo que teve. O craque, que brilhou durante vários anos na Fiorentina, é indiscutivelmente um avançado muito acima da média e parecia ter todas as condições – técnicas e físicas – para se destacar no futebol inglês. Contudo, isso não aconteceu, e a verdade é que se não sair nenhum jogador do ataque Jovetic vai ter muitas dificuldades para se afirmar nos citizens.

Younès Belhanda foi o melhor jogador da Liga Francesa no ano em que o Montpellier se sagrou campeão (de forma mais do que inesperada). A actuar no papel de criativo, o marroquino mostrou ter uma qualidade técnica soberba e uma enorme facilidade de aparecer em zonas de finalização. O seu talento não passou despercebido aos grandes clubes europeus, mas a opção que tomou não foi propriamente a melhor. A mudança para o Dínamo de Kiev foi um passo atrás na carreira (pelo menos no plano desportivo). Para além de o retirar dos grandes palcos do futebol europeu, não lhe tem dado a possibilidade de continuar a evoluir e de se afirmar como um jogador de topo.

Younès Belhanda brilhou na Ligue 1 Fonte: mirror.co.uk
Younès Belhanda brilhou na Ligue 1
Fonte: mirror.co.uk

Nas últimas épocas, Adam Maher foi um dos melhores jogadores a actuar na Eredivisie. Deu nas vistas no AZ Alkmaar ainda muito jovem e, com todo o mérito, chegou à principal selecção holandesa. Por se esperar que o médio desse o salto para o campeonato inglês (onde havia muitos clubes interessados), foi surpreendente a decisão de continuar no seu país. Depois de uma época, parece claro que a transferência para o PSV não foi benéfica para a sua carreira. Houve, essencialmente, dois aspectos que prejudicaram a adaptação de Maher: o facto de ter ocupado terrenos demasiado recuados, mais longe das zonas onde a sua qualidade de passe e visão de jogo fazem a diferença; e, claro, o facto de o emblema de Eindhoven ter andado longe dos lugares da frente (conseguiu o 4º lugar já nas últimas jornadas). Veremos como será a próxima época, sendo certo que, tendo apenas 20 anos, o médio tem tempo de recuperar a boa forma.

Vitinho foi a grande revelação do último campeonato brasileiro. Ao serviço do Botafogo, o jovem de 20 anos impressionou pela capacidade de desequilíbrio – fortíssimo no 1×1 e muito dotado tecnicamente – e facilidade de remate. Teve uma ascensão muito rápida e, em Agosto (ou seja, a meio do Brasileirão), transferiu-se para o CSKA. Como acontece frequentemente com os brasileiros que se mudam para os campeonatos de leste, Vitinho não teve uma adaptação fácil e esteve longe de justificar os 10 milhões de euros investidos pelos moscovitas. A sua saída da Rússia é um dado praticamente adquirido nesta altura e, com tanto talento, seria uma contratação fantástica para Porto ou Sporting.

A caminho da glória!

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Faltam poucos minutos para o jogo, mas mais parecem dias a passar. Estamos a caminho de fazer história. Depois de todo o sofrimento da época passada, temos uma segunda oportunidade. E este ano merecemos ser felizes. Não iremos jogar sozinhos. Vamos jogar com os milhares no estádio e os milhões por esse mundo fora.

Para esta final não temos algumas peças fundamentais. Enzo, Fesja, Markovic e Salvio estão de fora, mas os guerreiros que entrarem vão estar à altura do desafio. Tal como disse Unai Emery, “os (jogadores do Benfica) que estarão amanhã (quarta-feira) já estiveram, é uma continuidade constante de mudanças, a sua estrutura não muda”. Rúben Amorim, André Gomes e Sulejmani, confiamos em vocês.

Do outro lado estará um Sevilha de grande valor. Cresci a ver o Sevilha a vencer a Taça UEFA e a derrotar o Barcelona na Supertaça Europeia. Ficará para sempre na minha memória esta equipa: dos golos de Kanouté e Luis Fabiano à magia de Jesus Navas, passando pelas defesas de Andrés Palop. Os jogadores mudaram mas a qualidade manteve-se. Agora são Rakitic, Reyes, Beto, Kevin Gameiro, entre outros, que lideram o Sevilha para a conquista da terceira Taça UEFA, agora Liga Europa. No banco, estará um treinador que admiro muito. Unai chamou-me à atenção desde que treinava o Valência. Um treinador de respeito e cujo fantástico trabalho está à vista de todos.

Unai Emery, um treinador de valor  Fonte: Getty Images
Unai Emery, um treinador de valor
Fonte: Getty Images

Mas, mesmo assim, a vitória tem de ser nossa. Hoje não há favoritos, há, sim, duas equipas confiantes. Hoje vamos mostrar ao mundo aquilo de que somos feitos; vamos provar que não chegámos aqui por acaso; vamos provar que o ano passado já passou, que dos fracos não reza a história e que nos vamos reerguer e voltar a conquistar a Europa. Não haverá maldição que nos pare. Esta será por Eusébio e por Coluna, que estarão lá em cima a apoiar-nos. Esta será para todos aqueles que não podem estar em Turim. Esta será para todos os benfiquistas!!!

Vamos fazer desta época uma época de glória, uma época inesquecível. Este ano merecemos ser felizes.

A festa está a começar!

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Existem alturas em que uma região para; o SATA Rallye Açores é uma delas. A edição deste ano conta com uma das melhores listas de inscritos de todos os ralis até agora disputados no ERC (Europeu de ralis), sendo a única ausência de peso a de Esapekka Lappi, atual líder do Europeu, e da sua equipa, a Skoda; apesar disto, o finlandês encontra-se em São Miguel para fazer os reconhecimentos da prova.

O rali tem 54 inscritos, sendo que, destes, 15 são das três categorias máximas permitidas. Assim sendo, temos Bernardo Sousa com o Fiesta RRC com que corre no WRC2. O piloto madeirense já por várias vezes afirmou que a prova açoriana é das suas favoritas e é um dos principais candidatos à vitória. Na nova classe R5 temos, com a equipa oficial da Peugeot, Craig Breen e Kevin Abbring; como equipa oficial e pela qualidade dos seus pilotos tem sempre de estar no topo dos favoritos, mas a “saúde” dos carros ainda não é a melhor, o que pode vir a causar muitas dores de cabeça à marca do leão. Na mesma categoria mas com o Fiesta R5 temos Kajetan Kajetanowicz, Ricardo Moura, João Barros e Diogo Salvi. O polaco tem de ser um candidato à vitória, apesar de não acreditar que tal venha a acontecer; já Ricardo Moura, apesar de ser a sua estreia com o Fiesta R5, acredito que esteja na luta pelo triunfo, pois o conhecimento do rali, assim como a sua facilidade de adaptação a novos carros, podem fazer com que nem se note as mudanças, tal como na edição do ano passado. Os restantes dois pilotos do Fiesta terão uma prova mais discreta, estando na prova principalmente para aprender, como os próprios reconhecem; além disso, só farão a primeira parte da prova, pois só esta conta para o Nacional de Ralis.

Primeiro teste de Moura com o Fiesta, em São Miguel Fonte: Facebook Ricardo Moura
Primeiro teste de Moura com o Fiesta, em São Miguel
Fonte: Facebook Ricardo Moura

Na categoria que falta – S2000 – , das três citadas, a Skoda terá três carros, Jaroslav Orsák, Antonín Tlusták e Pedro Meireles. De nenhum destes três pilotos penso que se pode esperar que lutem pela vitória, apesar de Orsák, pela prova do ano passado, e Meireles, pela temporada que está a fazer, têm de ser levados a sério. Para o português, a luta pelos lugares cimeiros também não vai acontecer, pois, tal como Barros e Salvi, não irá disputar a prova toda. Ainda nos S2000 temos o Fiesta de Vasiliy Gryazin, que faz a sua estreia na prova e pretende fazer o melhor possível. Para terminar esta categoria temos quatro 207, pilotados por Bruno Magalhães, Robert Consani, Giacomo Costenaro e Jean-Michele Raoux. Destes, apenas o português tem reais hipóteses de ganhar a prova, assim o carro o permita; de relembrar que Magalhães tinha previsto trazer o novo Peugeot T16, mas os atrasos nas entregas não o permitiram.

Na produção, os principais candidatos são Vitaly Pushkar (EVO X), Martin Hudec (EVO IX), Luís Miguel Rego (EVO IX), Adruzilo Lopes (Impreza Sti) e Ricardo Teodósio (EVO IX). Estes dois últimos também não deverão disputar o último dia de prova. Nas duas rodas motrizes a luta será animada, sendo talvez os açorianos Henrique Moniz e Paulo Maciel os principais candidatos, mas a armada vinda do continente não pode ser esquecida, tendo Diogo Gago como um dos seus principais candidatos.

Para terminar as várias disputas, falta falar do troféu Junior ERC. Destes, as minhas principais apostas vão para Jan Cerny e Stéphane Lefebvre  – ambos em 208 R2 –, por já terem disputado a prova. Apesar disso, existem vários jovens valores com muita qualidade, e não se pode dizer que a luta será apenas entre estes dois pilotos.

Kopecky não defenderá a sua vitória do ano passado Fonte: LusoMotores
Kopecky não defenderá a sua vitória do ano passado
Fonte: LusoMotores

A prova apenas começa na quinta-feira, mas hoje temos um dos eventos que mais público atraem, o City Show, que pode ser visto em http://www.rtp.pt/play/direto/rtpacores.  Assim como todos os troços em que aparecer a indicação do canal regional.

Termino este artigo com o calendário de transmissões (as horas são as dos Açores, para o continente é uma hora mais tarde). Todas as especiais podem ser vistas no link acima disponibilizado, assim como na Eurosport e no site do ERC.

Quarta-feira, 14 de maio

Prova Citadina, às 20h30 (RTP Açores)

Quinta-feira, 15 de maio

Grupo Marques, às 18h00 (RTP Açores)

6ª feira, 16 de maio

Feteiras, às 10h30 e às 16h30 (RTP Açores e www.fiaerc.com)

Sete Cidades, às 11h00 e às 17h00  (Eurosport, RTP Açores)

Sábado, 17 de maio

Tronqueiras, às 11h00 e às 17h00 (Eurosport e RTP Açores)

Grupo Marques, às 12h30 (RTP Açores)

Chegada dos Vencedores, às 19h00 (RTP Açores)

A cobertura será feita ainda nas várias rádios locais (Antena1 Açores, Rádio Atlântida e TSF Açores)

 

O jogo que vai decidir quem fica na Liga Zon Sagres

futebol nacional cabeçalho

Com o fim da fase regular das ligas profissionais do futebol português, ficamos a saber que o Olhanense baixa à Liga Cabovisão e que o Moreirense e o Penafiel ascendem ao escalão máximo do futebol do nosso país. De referir também que o Boavista irá figurar na Liga ZON Sagres como os dois últimos clubes referidos, devido a decisão da Federação Portuguesa de Futebol.

Também sabemos que a Liga Zon Sagres irá ter no próximo ano 18 clubes. O que não sabemos é qual será o clube de entre dois que irá ocupar a última vaga disponível no escalão maior.

Temos de um lado o Paços de Ferreira e do outro o Desportivo das Aves. Um playoff irá decidir qual deles se manterá no mais alto nível do futebol português. Esse play-off será a duas mãos: a primeira dia 16, na Vila das Aves, e a segunda no dia 21, na capital do móvel.

Com estes jogos como tema, analisemos as prestações dos clubes ao longo da época.

 

Bebé, a grande figura do Paços Fonte: fcpf.pt
Bebé, a grande figura do Paços
Fonte: fcpf.pt

O Paços de Ferreira começou a época da pior forma: a juntar às quatro derrotas consecutivas para o campeonato, foi eliminado do play-off da Liga dos Campeões com duas goleadas frente ao poderoso Zenit. No resto do campeonato o Paços nunca se encontrou e apenas em uma ocasião conseguiu vencer por duas vezes consecutivas. De resto teve longos jejuns sem vencer, sendo o mais longo de seis jogos, o que aconteceu por duas vezes. As seis vitórias em 30 jogos foram insuficientes para a salvação.

Na Taça de Portugal, os pacenses também não foram felizes, passaram com dificuldades até à quinta eliminatória e foi aí que caíram. E adivinhem contra quem? É verdade, contra o Aves, num jogo em que estiveram a vencer por 1-0 e acabaram por perder por 1-2 frente aos seus adeptos. Apenas um aparte: o destaque da partida foi para Jaime Poulson, que fez os dois golos do Aves. O jovem português é dos quadros do Paços de Ferreira, mas foi cedido e vingou-se do seu clube-mãe.

Quanto à Taça da Liga, os homens da capital do móvel também se mostraram impotentes para passar no grupo que foi liderado pelo Rio Ave, equipa sensação de Portugal este ano. A passagem pela fase de grupos da Liga Europa também foi muito inglória; apenas três pontos em seis jogos, com um golo marcado ao longo de toda a sua temporada europeia.

Pelo Paços passaram três treinadores, nenhum deles com o sucesso pretendido. Um destes três é Jorge Costa, que vai tentar salvar a época em dois jogos.

O Aves vai tentar o regresso à Primeira Liga Fonte: viva-agenda.com
O Aves vai tentar o regresso à Primeira Liga
Fonte: viva-agenda.com

 

Passando à equipa do Desportivo das Aves. A sorte da equipa da Vila das Aves foi outra: nos 42 jogos do longo campeonato perderam por 11 vezes, mas apenas três delas foram na segunda volta. Este poderio da segunda metade do campeonato valeu-lhes um lugar merecido no play-off.

A equipa do norte do país passou muito boas fases ao longo da época: esteve sem perder durante oito jogos e depois novamente sem perder durante sete jogos e ainda conseguiu por uma vez vencer por quatro vezes consecutivas.

Com Quim na baliza conseguiram ser a terceira melhor defesa do campeonato, um fator salutar e também um fator de aviso para o Paços.

Na Taça da Liga, o Aves ficou-se pela primeira fase de grupos, mas também não era este um dos objetivos da equipa; contudo, ficou um pouco aquém do esperado.

Na Taça de Portugal a história foi diferente. O Desportivo eliminou o Aljustrelense, o Fafe e o Paços, todos pela margem mínima. Ao chegarem aos quartos-de-final o desafio era maior. Pela frente, um Sporting de Braga que apesar da má época é sempre uma equipa de grande qualidade. O Aves acabou por empatar no tempo regulamentar, mas no prolongamento não conseguiu suster o poderio físico dos bracarenses e acabou por perder por 3-1. Mesmo assim fica um sinal mais da campanha positiva do Aves.

A época destes dois clubes resume-se pois a este play-off, ou liguilha, como preferirem. Dois jogos de emoções fortes, dois jogos da vida. Quem perder fica na segunda, quem ganhar integra a primeira. A diferença é de apenas um número, mas esse número significa muito para as aspirações destes dois clubes. Paços ou Aves: aguardemos atentamente para ver quem se superiorizará e consequentemente se integrará na Liga ZON Sagres.

Boas Férias

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Acabou o campeonato nacional, não há finais a ser disputadas, e a nova época pode começar a ser preparada. 2013/2014 não vai figurar no Museu do Porto, disso ninguém tem dúvidas. Que o novo ano dê uma volta de 180º em termos de conquistas e níveis exibicionais (quanto ao plantel, uma volta de 70º também se impõe).

O adeus de Luís Castro

Luís Castro fez um excelente trabalho na equipa B, tomou as rédeas da A quando era já insustentável ter Paulo Fonseca no comando da equipa, e voltou a assinar um contrato de 3 anos. Se é merecido? Eu digo que sim. Foi eliminado de ambas as taças nacionais (com um Benfica já desfalcado em ambos os jogos), teve uma saída inglória da Liga Europa, mas a verdade é que na sua posição qualquer treinador teria muitas dificuldades em fazer melhor. A renovação do seu contrato aceita-se, até porque é benéfico para o clube ter um treinador com a experiencia de Luis Castro na transição de jogadores das camadas jovens para as competições seniores. O Porto B acabou a Segunda Liga num segundo lugar, apenas a 2 pontos do líder Moreirense, algo que mostra bastante bem o sucesso que Castro teve esta época.

Luis Castro regressará a B, equipa que obteve o 2º Lugar na Segunda Liga Portuguesa  Fonte: ZeroZero
Luis Castro regressará a B, equipa que obteve o 2º Lugar na Segunda Liga Portuguesa
Fonte: ZeroZero

É ainda especial que no seu último jogo como treinador da equipa principal do Porto, Luis Castro tenha dado a titularidade a um talento do Porto B que pouca gente conhecia até à data. Mikel, na sua estreia pela equipa principal, contra um Benfica campeão (desfalcado, bem sei, mas a pressão de jogar contra um Benfica continuava a ser alta), mostrou poder vir a ser a curto-médio prazo uma boa alternativa a Fernando. O médio defensivo nigeriano de 20 anos esteve bastante bem no meio-campo portista, nomeadamente devido à agressividade que impôs em todos os lances, mostrando-se, no entanto, algo precipitado nos passes para os seus colegas.

Espírito de Grupo

É bom saber que após uma época terrível existe um espirito de grupo dentro do plantel que faça acreditar que nem foi assim tão mau. Em termos mentais foi claramente benéfico ter ganho ao Benfica e ver os jogadores felizes após o apito final, a postarem imagens do plantel nas redes sociais. São pequenos exemplos de que o primeiro passo para dar a volta já foi dado – aceitação. Já se aceitou que a época foi má, já se aceitou que nada mais se pode fazer, e agora é começar do zero, ir de férias (ou ir para o Brasil), e preparar 2015.

Ricardo Quaresma tornou-se uma peça fundamental em campo e no balneário (ainda que o seu temperamento continue igual, não seria de estranhar que a braçadeira de capitão fosse sua), e neste fim de época mesmo os jogadores menos utilizados não apresentam a habitual insatisfação e vontade de sair do clube. Muitos devem sair e muitos outros devem entrar, mas a verdade é que é notória a existência de um núcleo duro (Quaresma, Josué, Ghilas, Quintero, Carlos Eduardo, Danilo e Alex Sandro) com experiência e vontade de estar no clube, que facilitará a habituação de novas entradas.

Não deixa de ser positivo ver um plantel anormalmente feliz, pelo menos há um grupo  Fonte: Instagram de Steven Defour
Não deixa de ser positivo ver um plantel anormalmente feliz, pelo menos há um grupo
Fonte: Instagram de Steven Defour

O Mercado já começou

De novos jogadores, os mais falados (dados como certos pela imprensa) são Ayoze Peréz, avançado espanhol (a vir, não será seguramente o primeiro hermano a chegar ao Porto), e o guarda-redes Ricardo (actualmente na Académica). Como falei num artigo há umas semanas, contracções, saídas e empréstimos só serão certas após passadas algumas semanas do término do Mundial, mas não me parece errado que uma ou outra contratação (de jogadores que seguramente não estarão no Braisl), possa estar já a ser equacionada neste momento. Se há ano em que os jornais desportivos vão vender bem no Verão, é este, seguramente.

Acabou 2013/2014 para o Porto; começa agora a silly season. O que desejo neste momento é que o maior número possível de jogadores portistas seja convocado para o Mundial, com o desejo pessoal de ver Ricardo Quaresma na lista de Paulo Bento. O Porto 2014/2015 começou Sábado; agora é ter cabeça…

 

P.S. – Menção honrosa à Dragon Force

Não poderia deixar de dar os parabéns à equipa de basquetebol que derivou do FC Porto (abandonou o basquetebol profissional 2012), a Dragon Force. Com jogadores provenientes da formação portista, a Dragon Force venceu a ProLiga, batendo o Illiabum por 73-72, no segundo jogo da final, no Dragão Caixa, e Moncho Lopéz merecerá seguramente um Dragão de Ouro pelo trabalho que desenvolveu com este conjunto de extraordinários jovens jogadores que voltaram a colocar o Porto no patamar mais alto do basquetebol nacional.