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Marítimo 1-3 Sporting: Lion Heart

relacionamentodistancia

Terminou há pouco a partida no estádio dos Barreiros referente à 24ª jornada do campeonato nacional. Num terreno onde Benfica e Porto perderam pontos esta época, e com os insulares a perseguirem ambições europeias, o embate entre Leões da Madeira e de Lisboa prometia.

O Sporting alinhou com Mané no lugar do lesionado André Martins, quando muitos adivinhavam a presença de Gerson Magrão no apoio a William e Adrien. Havia também alguma especulação no que diz respeito à companhia de Rojo na dupla de centrais. Jardim fez regressar Maurício apesar da excelente partida de Dier no clássico da semana passada. O Sporting começou bem desde o pontapé de saída com Heldon e Mané, tal melhores amigos, traquinas, a darem um ar da sua graça na ala direita do ataque. Aos 90 segundos do jogo, os adeptos leoninos sacudiram as migalhas do bolo do caco do colo, resultado da marcação de penalti por falta clara sobre Carlos Mané em mais uma investida atacante. Adrien “ice man” Silva concretizou. Estava feito o 1-0.

O Marítimo reagiu bem e nem 5 minutos após o golo do Sporting, marcou o golo do empate após uma boa triangulação no ataque. Depois de meia dúzia de minutos frenéticos de jogo, pedia-se ao Sporting que pegasse no jogo, serenasse os ânimos e fosse em busca do 2-1. O meio campo funcionou bem. William esteve mais uma vez imperial. Adrien, concentrado, maduro e com menos pressão para ser ele a fazer o passe de ruptura pelo envolvimento de Mané na segunda fase de construção. Capel, Heldon, Jefferson e Cédric devoraram os corredores e não fossem as 1001 faltas do meio-campo e defesa do Marítimo, muitos mais cruzamentos poderiam ter surgido para servir Slimani. Não obstante, o Sporting estava por cima do jogo. Aos 38 minutos, na sequência de um canto, William Carvalho disferiu um pontapé num jogo teimoso que parecia querer fugir ao Sporting. Estava feito o 2-1 que se pedia para ir para o descanso com mais tranquilidade.

O Madeirense voltou a gerir bem o jogo Fonte: ZeroZero
O Madeirense voltou a gerir bem o jogo
Fonte: ZeroZero

No arranque da segunda parte, o Sporting voltou a entrar melhor. Quer pelas alas, quer pelo centro, e sempre organizado na zona mais recuada do terreno. O Marítimo, pressionado pelo resultado desfavorável, viu-se forçado a reagir e o Sporting, confortavelmente deu a iniciativa aos homens de Pedro Martins, adaptando a sua estratégia atacante para saídas rápidas e dinâmicas de contra-ataque. Numa destas jogadas, ao quarto de hora da segunda parte, Slimani quase mata o jogo, no cara-a-cara com o guardião adversário, com uma grande defesa do francês Salin.

Pedro Martins, homem-das-camisas-dois-tamanhos-abaixo, arriscou, lançando homens de ataque, na tentativa de empurrar o Sporting para o seu último terço defensivo. O Sporting recuava com relativa segurança defensiva e contra-ataques de relativo perigo. Leonardo Jardim não deixou a sorte (ou falta dela) decidir o resultado do jogo de hoje. Respondeu com as entradas de La Culebra e El Avioncito. A 5 minutos dos 90′, numa saída de rápida através de Adrien, Jefferson sprintou até à área e disparou decidido para o 3-1 final. Houve ainda tempo para Slimani marcar, mas mais uma vez, o golo seria anulado, por “pé em riste” de Montero, na assistência para o argelino. Mal, a meu ver.

Na hora das reacções, muita calma, muita serenidade e muita maturidade. O discurso não muda – jogo a jogo, pensar já no próximo, as contas fazem-se no fim. Hoje bebe-se umas ponchas, amanhã folga-se e Segunda-feira voltamos ao trabalho. Mais 3 pontos, mais um objectivo cumprido. Em jogo de Leões, hoje ganhou quem teve mais coração.

A Figura

William Carvalho – Podia ser Adrien, podia ser Mané, podia ser Jardim, podiam ser outros, mas hoje foi William Carvalho. Porque marcou um golo importantíssimo, porque continua a evoluir, porque parece que melhora todos os jogos, porque é o nosso William Carvalho.

O Fora-de-Jogo

Ninguém em particular – Seria injusto, na minha opinião, atribuir este título a qualquer elemento das três equipas em campo hoje. Aceitam-se opiniões contrárias na caixa de comentários abaixo.

De Nápoles, com orgulho e sofrimento

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dosaliadosaodragao

Desde a última vez que fui ‘titular’ neste espaço, o FC Porto pisou dois palcos tremendos (descontando o jogo, no Dragão, diante do Arouca) – Alvalade e San Paolo. De ambos ficam histórias para contar, sendo que a última noite de Quinta-Feira devolveu algum orgulho à nação azul e branca – aquele que ainda não tinha sentido esta época.

O ridículo

Porém, antes de ir eliminar o Nápoles, o Dragão teve um duro combate pela frente – o jogo de Alvalade durou, infelizmente, muito mais do que 90 minutos. O domicílio do Sporting tornou-se num palco de fazer inveja à casa de Victor Hugo Cardinali: os leões nunca faltaram, mas a verdade é que a semana anterior ao Clássico foi pródiga em momentos (e movimentos) originais e risíveis. O objectivo, esse, estava identificado: a moralização do futebol português e a luta pela verdade desportiva, dizem-nos.

Ainda que este espaço seja curto, convém aproveitá-lo para, enumerando, mostrar como se moraliza o futebol português. Então é assim: começa-se por dar uma conferência de imprensa (a propósito do jogo de Setúbal), transformando uma péssima arbitragem para ambos os lados no maior roubo da história do futebol português; segue-se a promoção de um ‘Jantar de Senadores Sportinguistas’ para dar ainda mais eco à revolta; logo de seguida edita-se um artigo tão criativo quanto colorido no jornal do Sporting a propósito da “verdade dos números”; pelo meio visita-se a residência oficial do Presidente da República levando a solução para todos os males do futebol português; posteriormente promete-se a interposição de acções judiciais contra os árbitros “que deixaram o Sporting fora da Europa”; por último, mas não menos importante, institui-se um movimento ‘Basta’, cujo expoente máximo acontece na tarde de Domingo, com a proliferação de figuras e figurinhas, em cima de um palanque, num estilo à la ‘Homens da Luta’, a entoar palavras de ordem e a buscar, nas entidades alheias, responsabilidades pelos fracos resultados desportivos. O que dantes, para Bruno de Carvalho, era culpa de Dias da Cunha, Bettencourt, Soares Franco ou Godinho Lopes é hoje assacado a outros homens. Coerências de quem tem um objectivo bem definido e que, quando confrontado, prefere invocar a (suposta) senilidade do seu opositor. Elevado de carácter este moralizador do futebol português.

Tão factual quanto os acontecimentos que fizeram de Alvalade o centro das notícias da semana, foi o desfecho do jogo (propriamente dito). A partida foi bastante equilibrada, ainda que as melhores oportunidades tenham sido dos Dragões. De todo em todo, o Sporting acabou por vencer porque soube condicionar mais o jogo do FC Porto do que o inverso – em campo, com Leonardo Jardim a ler bem o jogo ao intervalo e a incentivar os seus jogadores a pressionar uma equipa do Dragão que ainda não é confiante de si, provocando imensas dificuldades na primeira fase de construção de jogo do FC Porto (Mangala e Abdoulaye estiveram péssimos neste particular); fora de campo, porque toda a campanha circense montada ao longo da semana teve como resultado uma pressão acrescida sobre Pedro Proença (excelente árbitro), que redundou num golo ferido de ilegalidade e num penalty por marcar sobre Jackson Martinez (com consequente expulsão de Cédric).

Há quem diga que o Homem, na sua vida e em cada um dos seus comportamentos, deve pautar-se pelo medo do ridículo. Toda e qualquer luta pode ser legítima se acontecer até ao limite do razoável – a semana passada (e o comportamento pós-jogo) serviu para perceber que há lutas, promovidas por certas personagens ávidas de protagonismo, que se norteiam por agendas ocultas, e que, por isso, são irrazoáveis e batem os limites do ‘ridiculometro’. Talvez baste ou talvez para eles ainda não chegue.

No duelo dos ‘9’, apenas Slimani marcou Fonte: ZeroZero
No duelo de argelinos, apenas Slimani marcou
Fonte: ZeroZero

O pequeno orgulho azul

A última noite europeia do San Paolo ficará ligada a uma bonita página do FC Porto. Parece-me indiscutível que a equipa está ainda longe de ser brilhante, exuberante ou até mesmo consistente. Na realidade, o FC Porto sofreu a bom sofrer durante os primeiros 60 minutos do encontro; aliás, dificilmente se poderia eliminar uma equipa com o poder de fogo do Nápoles (Higuain, Pandev, Hamsik, Callejon, Insigne ou Mertens não são propriamente moços de recados) sem que houvesse uma quota-parte de sofrimento.

É, ainda assim, lamentável ter sido preciso esperar por Março para a nação azul e branca sentir, finalmente, uma pontinha daquele orgulho azul nesta equipa. Chegar a San Paolo com ‘a defesa da equipa B’ (passe o exagero), sofrer um golo cedo mas ter capacidade para aguentar e reerguer-se foi uma demonstração de bravura. Fabiano esteve intransponível, Danilo alternou péssimas abordagens com cortes decisivos, Reyes foi crescendo com o decorrer dos minutos, Mangala rubricou uma bela exibição e mesmo Ricardo, com todas as dificuldades óbvias de um extremo direito adaptado a lateral esquerdo, não soçobrou. Daí para a frente, esperava-se que a equipa soubesse estar em campo mais tranquila e pudesse, com uma gestão da bola e dos tempos criteriosa, dar possibilidade a uma defesa em retalhos de respirar. O certo é que isso acabou por não acontecer, muito fruto das más exibições de Carlos Eduardo e Varela e da distância da equipa face a Jackson.

No meio destes problemas, eis que – e há quanto tempo isso não acontecia! – o segredo esteve no banco. Duplamente no banco! Luís Castro fez aquilo que é suposto um treinador fazer: leu o jogo, percebeu as lacunas e as dificuldades da equipa e mexeu no jogo da única forma directa que pode. Retirou os tais apagados Carlos Eduardo e Varela e lançou Josué e Ghilas. O português veio dar outra alma e intensidade ao meio-campo da equipa, mostrou-se ao jogo, assumindo-o, e sem medo de ter a bola, fazendo com que o FC Porto tivesse, enfim, efectiva superioridade nesse sector do terreno; o argelino, com a sua raça e combatividade, mas também com o faro de golo que demonstra, tornou o FC Porto bem mais ameaçador.

Os frutos surgiram de imediato, em duas belas jogadas colectivas, culminadas com execuções primorosas. A de Quaresma então é de uma beleza rara e a prova de que o futebol continua a ser mais talento (ao serviço do colectivo) do que qualquer outra coisa – o ‘Harry Potter’ lá pegou na sua varinha mágica, vingou a sua discreta passagem por Itália e voltou a colocar o seu nome na boca da Europa. Quaresma já fazia isto aos 19, aos 22, aos 26, e hoje aos 30, mas continuará a fazer aos 63 quando estiver a jogar com os netos. Porque magia é algo que nunca lhe faltará.

Ricardo Quaresma. Ou ‘Harry Potter’, em Nápoles Fonte: ASF
Ricardo Quaresma. Ou ‘Harry Potter’, em Nápoles
Fonte: ASF

Sempre me pareceu evidente que o problema deste FC Porto não era apenas o seu treinador. Chegar a Nápoles com a defesa remendada, sem alternativas sólidas a Alex Sandro ou Danilo (mesmo sem um central de categoria para a parceria com Mangala) e sem um verdadeiro extremo que faça sombra a Varela e Quaresma (Ghilas, reencarnando Derlei, é agora a aposta) é a demonstração de que o FC Porto não foi suficiente previdente e responsável na formação do plantel, permitindo-se correr riscos desnecessários (algo que voltará a acontecer diante do Belenenses).

Por outro lado, é evidente que, num dado momento, a questão também já era Paulo Fonseca. E este jogo, esta eliminatória, estas semanas com Luís Castro provam-no: a equipa está mais organizada, mais compacta e há jogadores que parecem ter ganho alguma vida. Mais do que isso, em Nápoles, ficou evidente que o pensamento do agora treinador do FC Porto é bastante diferente do de Paulo Fonseca: quando a equipa estava perdida, foi Luís Castro que a agarrou, com uma dupla substituição que a devolveu ao jogo, fazendo-a olhar para a frente e para a baliza de Reina mais do que para a baliza de Fabiano; fazendo-a pensar em marcar e não em não sofrer; em suma, lembrando aos seus jogadores que era o FC Porto que ali estava.

A grande favorita?

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Chegados aos quartos-de-final da Liga Europa, o número de clubes presentes em prova é já tão curto que se torna possível apontar favoritos com maior grau de precisão. Com Benfica e FC Porto ainda na corrida, a grande favorita, apontada pela maioria da comunicação social, é a Juventus. Não só porque se encaminha a passos largos para o tricampeonato em Itália, mas também porque joga com a motivação extra de poder disputar a final desta Liga Europa no seu estádio. Mas será que a formação de Antonio Conte é mesmo a grande candidata à vitória?

Antonio Conte, o técnico que trouxe a Juve de regresso às vitórias.  Fonte: u.goal.com
Antonio Conte, o técnico que trouxe a Juve de regresso às vitórias.
Fonte: u.goal.com

Pessoalmente, a minha linha de pensamento vai ao encontro da maioria, isto é, a Juve é, também para mim, a principal candidata. Primeiro porque tem um plantel e sobretudo um onze muito equilibrado, que tem dado provas evidentes de qualidade na Serie A. Estamos a falar de uma equipa que ganhou 24 dos 28 jogos disputados no principal escalão do futebol italiano, tendo ganhado 18 dos últimos 20. Junta a isso o melhor ataque da prova, com uma média superior a dois golos por jogo.

No meio daquele 3-5-2, que contempla o imortal Buffon, o espirituoso líder Chiellini, o jovem talentoso Pogba, o irreverente Vidal e o matador Tevez, mora um dos mais fantásticos jogadores da última década: Andrea Pirlo. A chamada de atenção para o veterano de 34 anos de idade surge num momento em que este génio deu a vitória à sua equipa nos dois últimos jogos. E deu de forma idêntica: através de dois livres directos executados de forma soberba, só ao alcance de autênticos predestinados. É sob a batuta de Pirlo, e não Pirrlo, como tanta gente diz (e a confusão que isso me faz), que a Juve pode acertar o passo para voltar a conquistar uma prova europeia, algo que não acontece desde 1996.

Golaço de Pirlo frente à Fiorentina.  Fonte: static.weltsport.net
Golaço de Pirlo frente à Fiorentina.
Fonte: static.weltsport.net

Com o campeonato no bolso, a Juventus vai apostar tudo na Liga Europa, tentando remediar o fracasso que foi a não qualificação para os oitavos de final da Champions, onde caiu perante o Galatasaray.

Do pesadelo da Serie B, onde “cumpriu pena”, à conquista de campeonatos, a Juve espera este ano completar a sua reabilitação com o triunfo numa prova europeia. Será que vai conseguir confirmar esse favoritismo? Essa é uma pergunta que só vai ser respondida mais à frente no tempo, e para a qual Benfica e FC Porto têm uma palavra a dizer. Aguardemos.

Rosberg, azares e barulhos

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cab desportos motorizadosNo passado domingo, tivemos o primeiro Grande Prémio (GP) da temporada, o GP da Austrália. Os motores Mercedes ocuparam os três lugares no pódio – para já, ainda só se pode dizer isto de forma provisória, devido ao recurso da Red Bull em relação à desclassificação de Ricciardo do segundo posto ganho em prova, algo a ser tratado mais à frente no texto. Em primeiro ficou Rosberg; o alemão da equipa da Mercedes fez uma excelente prova e teve uma vitória justa. Os dois Mclarem-Mercedes fecharam então o pódio, com Kevin Magnussen em segundo e Jason Button em terceiro. A prestação do dinamarquês é brilhante, pois este GP foi a sua estreia na F1, sendo uma das melhores prestações de sempre de um rookie, ficando apenas atrás de Giancarlo Baghetti, vencedor do GP de França de 1961 com um Ferrari, curiosamente a sua única vitória.

Alonso ficou em quarto, com o primeiro Ferrari, e a Williams, com Bottas, ficou em quinto. Destaque ainda para o russo que “roubou” o lugar a Félix da Costa, que terminou em nono. O GP ficou ainda marcado pelas desistências de Vettel e Hamilton logo nas primeiras voltas. Estes vão ser dois dos maiores animadores da temporada, ou pelo menos assim é esperado. Massa também desistiu logo na primeira curva, depois de ter sido abalroado por Kobayashi.

O lado positivo deste GP é que parece que a Red Bull não está morta. Ricciardo conseguiu terminar em segundo no GP do seu país, mas acabou desclassificado – o recurso está a decorrer – e viu assim perder o pódio. Tal aconteceu devido a uma nova regra que diz que não se pode exceder o fluxo de 100kg/hora de combustível. Uma regra negativa, pois não vai permitir aos pilotos andarem sempre ao ataque, para terem de controlar este fator.

Não podia falar sobre este GP sem falar do som dos carros. Quando vi pela primeira vez este vídeo, perguntei a mim próprio “que raio é isto?”. Sempre me lembro do som forte dos carros de F1. Este ano, este som parece muito abafado e fraco, aproximando-se muito dos carros de fórmulas de promoção. É um som mesmo muito mau. Não sei como mas espero que consigam mudar isto ainda durante esta temporada.

Por qué no brillas , Isco?

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Tal como em todo o Universo, não há nenhuma estrela no futebol que um dia não se apague. Ok, talvez seja uma frase cliché. Ou, como diria um dos melhores professores que já tive, muito kitsch – forma sublime de dizer parolo. Mas, kitsch ou não, esta é uma verdade inquestionável.

Outra verdade, também ela inquestionável, é que Francisco Suárez, mais conhecido como Isco, há já algum tempo que deixou de brilhar. Ainda é uma estrela, claro está. Mas esse é um estatuto que se alcança simplesmente por jogar no Real Madrid. E se jogar no maior clube do mundo (maior não é sinónimo de melhor) tem os seus benefícios e vantagens, tem também alguns inconvenientes e problemas.

Voltando a ser kitsch, uma das maiores vantagens em jogar no Real Madrid é ter a oportunidade de brilhar como em nenhum outro lado. Digam o que disserem, jogar no Santiago Barnabéu ainda é o topo do futebol mundial. Há outros clubes que talvez se possam comparar mas nenhum ultrapassa o prestígio do colosso espanhol. As nove Ligas dos Campeões conquistadas pelos merengues pesam demasiado na história do futebol, e dificilmente encontrámos um jogador que não tenha, pelo menos, um certo guilty pleasure sobre o Real Madrid.

Mas, voltando ao cerne da questão, do outro lado da barricada, o das desvantagens, encontrámos um problema que já todos conhecemos: o excesso de estrelas.

Isco foi uma das contratações para a nova temporada. Fonte: lancenet.com.br
Isco foi uma das contratações para a nova temporada.
Fonte: lancenet.com.br

Cristiano Ronaldo, Gareth Bale, Benzema, Di Maria, Sérgio Ramos, Modric, Pepe… a lista continua, como vocês sabem. No entanto, e mesmo tendo Cristiano Ronaldo como colega, todos os jogadores têm espaço e azo para brilhar. O dilema principal é que algumas das “estrelas” vão brilhar mais do que outras. O talento, o profissionalismo, os golos marcados, o futebol jogado, enfim, são vários os fatores que condicionam a intensidade e a duração com que brilham.

Então, por que razão deixou Isco de brilhar? É difícil responder quando todos lhe reconhecem um talento bem acima da média. O médio espanhol é dono de uma técnica apuradíssima, capaz de fazer magia em qualquer relvado. O pé direito do jogador, nascido em Benalmádena, é, tenho a certeza, um dos melhores da Europa. É difícil, de facto, entender porque não joga.

Recorrendo aos números, o virtuoso médio espanhol até teve um excelente início de época: foi titular nas primeiras nove jornadas da Liga Espanhola e faturou cinco golos.

Porém, a partir de dezembro, a produção do jogador caiu a pique. Em poucos meses passou de titular a jogador que entra nos minutos finais para refrescar a equipa. Lamentável, mas é a lei do futebol.

Curioso é que, desde que Ancelotti escolheu Di Maria em detrimento de Isco, a equipa melhorou muito a sua performance e qualidade futebolística. Não acredito que a culpa do futebol menos encantador do início da temporada, comparativamente ao atual, fosse culpa de Isco. Mas, no entanto, é incontestável que a equipa subiu de rendimento com o ex-benfiquista em campo.

No passado dia 15, frente ao Málaga, Isco foi novamente titular na equipa merengue. Algo que para a Liga não acontecia desde o dia 6 de janeiro, aquando da receção ao Celta de Vigo.

No jogo do La Rosaleda, que marcou o regresso de Isco ao clube que o tornou famoso, o médio do Real Madrid apresentou-se a um nível muito fraco. Longe do jogo, raramente teve a bola e, quando a teve, as decisões nem sempre foram as melhores. O jogo frente ao Málaga foi, tal como se esperava, de dificuldade elevada. Mas, mesmo assim, Isco deveria ter feito muito mais e muito melhor. Tenho a impressão de que Ancelotti deu a titularidade ao médio espanhol com esperança de que um confronto com a ex-equipa surtisse nele um efeito motivador e que originasse um boost extra de qualidade. Tal não aconteceu e a substituição, aos 63 minutos, pelo canterano Jesé Rodriguez não estranhou.

Faltam poucos meses para o final da temporada 2013/2014 e, com o Mundial do Brasil mesmo à porta, as perspetivas de Isco ser um dos 23 eleitos de Vicent del Bosque para representar a Espanha são, no mínimo, escassas. Contudo, até que a lista definitiva seja publicada, a porta mantem-se aberta. Será que Isco ainda vai a tempo de brilhar?

Andy Murray, Ivan Lendl e outras considerações

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cab ténis

Ivan Lendl e Andy Murray encerraram a ligação de dois anos que levou o tenista britânico a uma medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres e à vitória do seu primeiro Grand Slam, o US Open e posteriormente Wimbledon.

Foi uma decisão que caiu que nem uma bomba no mundo do ténis profissional. A parceria entre Murray e Lendl foi uma das de maior sucesso nos últimos tempos no circuito profissional masculino e nada fazia prever uma decisão destas.

Andy Murray disse em comunicado no seu site oficial que vai estudar o futuro em conjunto com a restante equipa técnica de forma a não tomar decisões precipitadas. É uma atitude sensata e humilde de Murray, que entende certamente a importância que Ivan Lendl teve no seu jogo e sobretudo no seu desbloqueio psicológico.

A parte mental era a mais complicada do quotidiano de Andy Murray, e aquela cuja experiência ao mais alto nível de Ivan Lendl ajudou a “descomplicar”, permitindo-lhe assim alcançar os sonhados títulos do Grand Slam, calar os críticos e colocar o seu nome na história do ténis mundial, confirmando-se como um dos tenistas de topo desta geração.

Andy Murray e o titulo de Wimbledon Fonte: Huffingtonpost.com/
Andy Murray e o titulo de Wimbledon
Fonte: Huffingtonpost.com/

Entretanto, Roger Federer continua a somar sucessos nesta primeira fase de 2014, surpreendendo o mundo por estar a conseguir jogar de igual para igual com Djokovic, Nadal, entre outros. O tenista suíço admitiu que a idade é apenas um número e a verdade é que Roger Federer continua a estar ao mais alto nível, e embora não tendo ganho nenhum título em especial este ano, está a jogar a um nível que há muito não se via.

Em 2012 Federer venceu seis títulos e em 2013 apenas um, o que levou novamente os arautos da desgraça a vir a público dizer que o suíço estava acabado. Eu não posso dizer muito mais; já me mostrei um defensor indefectível de Roger Federer, apesar dos seus maus resultados.

Mais uma vez, teremos um Portugal Open com um excelente cartaz. Stanislas Wawrinka vem defender o título e é a melhor contratação que João Lagos podia fazer este ano. É um jogador em excelente forma, simpático e disponível. Raonic estará de regresso, e Tursonov é uma surpresa a observar. O talentoso e excêntrico Benoit Paire também vai desfilar pelo Jamor, embora as grandes esperanças recaiam sobre João Sousa, que aliás se deu a conhecer ao mundo no Estoril Open de 2008.

Em femininos, Roberta Vinci, Samantha Stosur e Suarez Navarro garantem a festa, numa lista que inclui ainda outras tenistas de qualidade, como Sorana Cirstea, Maria Kirilenko, Svetlana Kuznetsova, Shuai Peng e Francesca Schiavone, com um número considerável de atletas que venceram já torneios do Grand Slam.

Os dados estão lançados; agora é vender bilhetes, e vamos a isto!

Uma interferência ridícula

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cab Surf

Hoje vou falar de um acontecimento no mínimo estranho. Como sabem, na semana passada realizou-se o primeiro evento do circuito mundial na Austrália, o Quiksilver Pro Gold Coast, que foi ganho pelo jovem brasileiro Gabirel Medina. Nessa mesma prova aconteceu uma situação caricata, mas já lá vamos. Como em tudo na vida, existem regras para que haja justiça e se alcancem melhores resultados. Pois bem, o surf não é excepção. Entre inúmeras regras, há uma que começa a causar alguma polémica. Para ser mais explícito, essa regra consiste em que um surfista tenha prioridade em relação ao outro, sendo que essa prioridade está sempre a mudar conforme os surfistas vão apanhando ondas. Ou seja, o surfista que está à espera há mais tempo no pico é quem tem prioridade.

Por exemplo, estão dois surfistas dentro de água: se o surfista A apanhar uma onda, o surfista B passa a ter prioridade até apanhar uma onda, pois é o que está à espera há mais tempo. Quando o surfista B apanhar uma onda, a prioridade passa para o surfista A, pois agora é este que está à espera há mais tempo. Ainda assim, o surfista sem prioridade pode apanhar ondas à vontade, desde que não apanhe a onda que o surfista com prioridade está a apanhar. Complementando esta regra há surfistas que quando têm prioridade têm o bom senso de deixar o surfista que está mais perto do pico apanhar a onda. Mas bem, esta regra serve para o free surf em qualquer lugar do mundo como também para a competição, sendo que em competição se esta regra for quebrada há uma punição para o surfista que a quebrou. E foi aqui que aconteceu o improvável.

Jeremy Flores na primeira manobra antes do impacto com Adriano de Sousa Fonte: Grindtv.com/
Jeremy Flores na primeira manobra antes do impacto com Adriano de Sousa
Fonte: Grindtv.com

No heat 8 do round 3 disputado entre Jeremy Flores e Adriano “Mineirinho” de Sousa, Jeremy “roubou” uma onda ao surfista brasileiro, ou seja: Adriano de Sousa era quem tinha prioridade, mas quem foi na onda foi o surfista francês. Mas o que é facto é que Jeremy Flores estava mais no outside e mais perto do pico, enquanto Adriano se encontrava no inside, mais longe do pico. E ainda acrescentando a isto, Jeremy Flores ainda teve tempo de fazer uma manobra e, quando se ia preparar para a segunda, o surfista brasilerio chocou contra ele, ao tentar entrar na mesma onda. Pondo todas as cartas na mesa: primeiro, Adriano de Sousa tinha prioridade; segundo, quem estava mais do outside era Jeremy Flores; e terceiro, Adriano tentou apanhar a onda que o surfista francês já tinha apanhado no pico e estava a surfar. Portanto podemos constatar aqui três factos. Se o surfista brasileiro tivesse um pouco de bom senso, não teria apanhado a onda do francês, apesar da prioridade.

Momento do choque entre os dois surfistas. Fonte: Oglobo.globo.com/
Momento do choque entre os dois surfistas.
Fonte: Oglobo.globo.com

Mas a realidade é que isto é um jogo e cada um usa os seus trunfos e vantagens para poder ganhar. Conclusão da história: o surfista francês foi punido, perdendo assim uma das suas duas melhores notas e acabando o heat com um score de 5.33 pontos em 20 possíveis. Adriano de Sousa venceu com um score total de 14 pontos. No fim, Jeremy Flores frisou ainda numa entrevista que Mineirinho teve uma atitude ridícula e de anti desportivismo por ter apanhado a onda em que ele já estava.

Nápoles 2-2 FC Porto: esta foi para ti, capitão!

eternamocidade

Com raça, alma e determinação, o FC Porto conseguiu esta noite o apuramento para os quartos-de-final da Liga Europa, ao empatar a dois golos no Estádio San Paolo.

Com o título perdido e o apuramento direto para a Liga dos Campeões cada vez mais difícil, a Liga Europa aparecia esta noite como a tábua de salvação da época azul e branca. A tarefa não se adivinha ainda assim fácil, pois, apesar da vantagem de 1-0 trazida da primeira mão, os portistas defrontavam o Nápoles com muitas ausências na sua defesa: Hélton, Abdoulaye, Maicon e Alex Sandro não entravam nas contas de Luís Castro, que teve de improvisar, colocando Ricardo à esquerda e Reyes a jogar ao lado de Mangala. E não, não pense que me esqueci de Fabiano Freitas. Optei por colocá-lo em posição de destaque pois não chegam adjectivos para qualificar a exibição do brasileiro esta noite. A equipa napolitana entrou forte na partida, e, logo aos três minutos, Mertens ameaçou a baliza portista. Com uma pressão muito forte em todos os sectores do terreno, o Nápoles ia asfixiando o FC Porto, que ia tentando acalmar o jogo como podia, apesar de raramente incomodar Reina. Aos 21 minutos, e depois de algumas ameaças, Goran Pandev fez o golo do empate na eliminatória para o Nápoles, ao aproveitar um passe a rasgar de Gonzalo Higuaín.  Até ao final do primeiro tempo, os portistas tentaram pegar na partida e traçar o seu próprio destino, mas esbarraram sempre numa defensiva bem montada por Rafael Benítez.

Na segunda parte, o filme repetiu-se. O Nápoles, com a eliminatória empatada, voltou a entrar bem e a dominar o jogo. Perante várias ameaças, Fabiano começava a rubricar uma exibição de sonho. O FC Porto não conseguia controlar as investidas italianas e apenas num cabeceamento de Carlos Eduardo o perigo rondou a baliza de Reina.

Com tudo empatado na eliminatória, Luís Castro decidiu trocar Carlos Eduardo por Josué e Varela por Ghilas e… não poderia ter tido melhor resposta. Aos 69 minutos, após excelente assistência de Fernando, Ghilas empatou o jogo e calou o San Paolo. Com o 1-1 no marcador, o FC Porto estava com tudo no bolso. O golo abalou a equipa napolitana e, sete minutos depois, Ricardo Quaresma tirou um verdadeiro coelho da cartola e, com um forte remate de pé esquerdo que não deu qualquer hipótese ao guarda-redes Pepe Reina, fez um golaço. O FC Porto tinha dado a volta no resultado e os quartos-de-final estavam a pouco mais de 15 minutos de distância.

Esta é uma vitória dedicada a Helton. Fonte: Esportes.r7.com
Esta é uma vitória dedicada a Hélton
Fonte: Esportes.r7.com

Antes do final da partida, quando já só se esperava pelo apito final, o Nápoles ainda empatou aos 92 minutos por Dúvan Zapata. Pouco depois, o apito final de Martin Atkinson fez despoletar a alegria azul e branca pelo apuramento para os quartos-de-final. Com garra, determinação e uma exibição “à Porto”, os portistas escreveram o seu próprio destino e saíram de Nápoles com o sonho de voltar a vencer a Liga Europa bem vivo. Pelo que fizeram hoje, merecem sonhar. E tudo com um destinatário: para ti, capitão!

Benfica 2-2 Tottenham: Não havia necessidade…

Terceiro Anel

Citando o célebre “Diácono Remédios”, uma das personagens mais marcantes da carreira de Herman José, podemos afirmar o seguinte, em relação a este Benfica vs Tottenham: “não havia necessidade…”. E de facto, não havia mesmo qualquer necessidade de o Benfica ter passado por tanto calafrio na recta final da partida, quase colocando em xeque a passagem aos quartos-de-final da Liga Europa, quando este jogo parecia estar destinado a ser  uma mera formalidade.

Jorge Jesus, tal como vinha fazendo em todos os outros jogos da Liga Europa, aproveitou para rodar jogadores. Desta feita as alterações verificaram-se inteiramente do meio-campo para a frente, com destaque para os regressos à titularidade de André Gomes, Sulejmani, Salvio, Djuricic e Cardozo. E a verdade é que durante o primeiro tempo, o Benfica quase não criou perigo junto da baliza da equipa londrina, apesar de quase sempre controlar o jogo. Com posse de bola, alguma dinâmica e entrosamento, o Benfica desde cedo deu mostras de que muito dificilmente iria passar por sustos. E se as coisas já estavam bem facilitadas, ainda mais ficaram quando aos 34 minutos Ezequiel Garay (que época inacreditável que este jogador está a fazer!) inaugurou o marcador para a equipa da casa.

Chegou-se assim ao intervalo com um ambiente calmo nas hostes encarnadas, ficando mesmo a ideia de que a tendência seria para que o Benfica voltasse a marcar, ainda para mais defronte de um Tottenham decepcionante, sem chama, lento, quase derrotado. Já na etapa complementar, até aos 78 minutos, o Benfica controlou como quis o jogo, com excelentes trocas de bola, acelerações repentinas, muita coesão. Com um excelente ambiente nas bancadas (os adeptos estão claramente com a equipa), o Benfica parecia respirar confiança, e ter os quartos-de-final no bolso. Mas eis que, do nada, se voltou a provar o porquê do futebol ser um desporto apaixonante: num remate de fora da área, bem colocado, Chadli empatou o jogo para a formação inglesa, mas mesmo assim tudo não parecia passar de um mero “acidente”. Até que apenas dois minutos depois, o impensável aconteceu: Chadli bisou, voltou a colocar o Tottenham na luta pelo apuramento, e o Estádio da Luz gelou.

Ezequiel Garay a festejar mais um golo, já um momento clássico Fonte: Dailymail.co.uk
Ezequiel Garay a festejar mais um golo, já um momento clássico
Fonte: Dailymail.co.uk

A partir desse momento, assistiu-se a um enorme tremelicar do Benfica, que acusou (e de que forma!) os dois golos da equipa britânica. Com a habitual crença que costuma acompanhar os conjuntos ingleses, o Tottenham acreditou que podia levar a eliminatória para prolongamento e ainda causou uma grande oportunidade de golo, por intermédio de Sigurdssen, para grande defesa de Oblak. Mas esse também seria um desfecho demasiado cruel para um Benfica que mesmo na partida de hoje, demonstrou que é claramente melhor do que o Tottenham. E talvez por isso, os deuses mostraram que ainda estavam com a águia, ao ser uma grande penalidade marcada a favor do Benfica, no último suspiro do jogo, após derrube sobre Lima. O avançado brasileiro, com a frieza do costume, empatou o jogo e fez descansar os milhares de adeptos encarnados.

Contas feitas, o Benfica está nos quartos-de-final da Liga Europa, ficando a aguardar pelo sorteio de amanhã. Apesar do susto vivido na partida desta quinta-feira, há claramente a noção de que este Benfica tem capacidade para chegar longe na prova, tal como o fez na época passada. Para isso, a equipa portuguesa só tem de continuar a mostrar competência, segurança, expressar a qualidade que tem em muitos dos seus jogadores, e evitar minutos de sofrimento escusado como aqueles por que passou hoje.

 

A Figura
Ezequiel Garay – É impressionante o momento de forma deste soberbo defesa-central. Defende com uma classe ímpar, não erra um passe, entende-se de olhos fechados com Luisão, marca golos em série. Um autêntico craque, que só por um qualquer milagre não deixará o futebol português, no próximo Verão.

O Fora-de-Jogo
Óscar Cardozo – É um grande ponta-de-lança, com um notável faro pelo golo, mas a verdade é que nunca mais voltou a ser o mesmo depois da terrível lesão nas costas, que o apoquentou durante meses. Esforçado, mas sem fazer um único remate, Cardozo voltou a provar que ainda está muito longe do seu melhor, ainda para mais numa fase em que Rodrigo e Lima se encontram num grande momento.

Verde: cor da esperança

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brasileirao

O Brasileirão está prestes a começar e entre os primodivisionários há um nome que se destaca. E esse é o da Sociedade Esportiva Palmeiras. Para quem não sabe (e até poderá ficar um pouco intrigado) é o clube com mais títulos do Brasil.

Foi fundado ainda no início do século XX, nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, e curiosamente nascido com o nome de Palestra Itália, criado que foi por imigrantes daquele país latino, radicados na já imensa cidade de São Paulo. E é vencedora a história do Palmeiras. É verdade. Falta dizer que entretanto o Palestra Itália mudou de nome para Palmeiras. E deu-se pelo meio a outra Grande Guerra. Desta vez, a Segunda Guerra Mundial. Em 1942, o Clube dos italianos era já um dos mais populares do Brasil. Vejamos.

Em 1960 as grandes equipas do Brasil eram, sem dúvida, o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha. Mas o Verdão pegou nas armas e partiu para cima do favoritismo dos adversários, conquistando quatro títulos nessa década, ou seja, antes do modelo tradicional que hoje conhecemos (que só foi iniciado em 1971). Assim, depois desse ano o Palmeiras venceu mais quatro campeonatos brasileiros: 1973, 1974, 1993 e 1994. Rima e é fácil de decorar. Octocampeão brasileiro. Copas do Brasil? Sim, claro, são duas. E ainda uma Taça dos Libertadores da América ganha pela sábia mão de Scolari, em 1999.

Mosaico alusivo à conquista da Libertadores de 1999 Fonte: imortaisdofutebol.com
Mosaico alusivo à conquista da Libertadores de 1999
Fonte: imortaisdofutebol.com

O Palmeiras está mesmo de volta. Com o sonho, quem sabe, de se sagrar novamente campeão do Brasil. Ele, que passou um ano penoso na Série B. O Porco – a anafada mascote do alviverde – está de cara lavada. Vai ter um estádio novo, com novas comodidades, como um bicho de natureza tão asseada merece. São 45 mil almas a apoiar o clube com mais títulos de terras de Vera Cruz. Com um grito em uníssono de sonho: “Vai Verdão, a cor da nossa esperança… a cor do nosso amor!”