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Fernando Cardinal: a máquina de fazer golos

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cab futsal

Neste fim-de-semana o Campeonato Nacional de futsal está parado. A jornada 20 será disputada nos próximos dias 1 e 2 de Março, com jogos extremamente interessantes em perspetiva, como é são os casos do Boavista-Fundão, do Braga-Sporting, do Rio Ave-Módicus ou do Vila Verde-Benfica, que irão decerto torná-la muito competitiva. O Braga-Sporting é, sem dúvida alguma, o jogo da jornada, podendo haver modificações na frente do Campeonato.

Devido a esta paragem, hoje vou falar sobre um jogador que admiro e que acho excecional: Fernando Cardinal.

A minha admiração por este jogador nasceu quando ele era jogador do Sporting Clube de Portugal. Sempre que assistia a um jogo de futsal da equipa leonina e o via jogar ficava deslumbrado com toda a sua qualidade técnica, mas principalmente com o seu poder de finalização. Fantástico!

Foi o melhor marcador da Liga ao serviço do Sporting e posteriormente ao serviço do Rio Ave, demonstrando bem a sua veia goleadora. Tive muita pena que só tenha representado o meu clube de 2009 a 2011. Apesar do processo de que foi alvo, penso que todo o profissionalismo demonstrado até então, bem como a importância que tinha para a equipa, deviam ter pesado mais. Deveria ter sido punido com uma multa ou um castigo mas nunca com uma rescisão do seu contrato.

Cardinal quando vestia as cores do Sporting  Fonte: sportingnamente.blogspot.com
Cardinal quando vestia as cores do Sporting
Fonte: sportingnamente.blogspot.com

Cardinal poderia ter procedido de outra forma, todavia considero que faltar a um treino não é assim tão grave. O jogador nunca escondeu ser do Futebol Clube do Porto, sempre demonstrando um enorme respeito pelo clube: não só pelos adeptos, como também pela direção do Sporting. Prova disso são os cânticos que as claques leoninas entoavam para Cardinal, demonstrando todo o carinho que sentiam pelo pivot, bem como o respeito que tinham por ele, devido à forma como honrava e representava a camisola do Sporting.

É um jogador com características únicas: tem um bom remate com ambos os pés, trabalha muito bem de costas para a baliza, é exímio a finalizar, revela boa qualidade de passe, ajuda defensivamente e demonstra bons níveis de resistência e velocidade.

Ao serviço da Seleção Nacional apresenta-se, indubitavelmente, como uma mais-valia, tendo apontado 50 golos em 75 jogos.

Esteve em dúvida para o UEFA Futsal Euro 2014, mas o selecionador Jorge Braz ajudou-o muito e confiou bastante nele. Tenho a certeza de que não se arrependeu, uma vez que Cardinal realizou boas exibições. Estou convicto de que calou todas as bocas que o criticaram.

Depois da boa prestação no Europeu, e estando Cardinal sem clube, era espectável que assinasse por algum clube. O jogador transferiu-se para o Inter Movistar, equipa que ocupa o 1º lugar da classificação do campeonato espanhol e onde joga o compatriota Ricardinho.

Cardinal e Ricardinho vão jogar juntos no Inter Movistar. Esperam-se muitos golos e muita magia.  Fonte: www.aifsfutsal.com.br
Cardinal e Ricardinho vão jogar juntos no Inter Movistar. Esperam-se muitos golos e muita magia 
Fonte: www.aifsfutsal.com.br

Em entrevista ao site do clube espanhol, Cardinal afirmou: «Foram tempos muito difíceis. Estou muito feliz por voltar a jogar futsal e jogar no Inter Movistar era um sonho que tinha desde criança. Chego com vontade de ajudar a equipa a ganhar títulos»

Em relação ao facto de jogar com Ricardinho, Cardinal disse: «É uma motivação muito grande, porque, para mim, o Ricardinho é o melhor jogador do mundo. Estou muito contente por continuar a jogar com ele, mas também com o resto dos companheiros».

São jogadores como Cardinal que fazem adeptos como eu admirar cada vez mais esta modalidade e segui-la de dia para dia. Obrigado, Fernando Cardinal, tanto pelo respeito que demonstraste com as cores do Sporting, como por tudo o que fizeste e fazes para que o futsal evolua e se torne uma modalidade cada vez mais conhecida e apreciada!

FC Porto 0-1 Estoril: Adeus, até um dia

eternamocidade

11 de Maio de 2013: Liedson passa a bola a Kelvin, que, aos 92 minutos, faz mexer as redes de Artur Moraes, colocando o FC Porto na liderança do campeonato a pouco mais de 90 minutos do seu final. Caro leitor, espero que me permita esta pequeno retrocesso no pensamento, porque desde que cheguei há pouco mais de uma hora do Dragão, ainda estou a tentar perceber o que é que mudou em tão pouco tempo. Uma hora depois, sentado em frente ao computador e à espera de imaginação para lhe escrever este texto, confesso que ainda não tenho explicação. Aos 94 minutos desta noite de 23 de fevereiro de 2014, ouvia o apito de Vasco Santos para o final da partida e não contive o olhar para as bancadas do Dragão. Sim, o estádio onde naquela noite de Maio tudo se transformou numa eclosão de emoções estava agora repleto de lenços brancos, num adeus cada vez mais provável.

Um mar de assobios assolou mais uma vez o Dragão, palco de uma derrota para o campeonato, o que já não acontecia há mais de 5 anos. Naquela altura, o Leixões de José Mota e o bis de Braga conquistavam o Dragão. Hoje, foi o penalty de Evandro e a inteligência táctica de Marco Silva a dar mais um argumento para o fim anunciado. Antes de mais explicações sobre aquilo que é actualmente a realidade portista, permita-me que, em poucos parágrafos, faça um resumo daquilo que se passou hoje no Dragão.

Este pode ter sido o último jogo de Paulo Fonseca como treinador do FC Porto  Fonte: Zero Zero
Este pode ter sido o último jogo de Paulo Fonseca como treinador do FC Porto
Fonte: Zero Zero

Depois do inacreditável empate em casa frente ao Frankfurt para a Liga Europa, o FC Porto entrava em campo para defrontar a revelação da prova, Estoril-Praia. Paulo Fonseca operou uma alteração em relação ao onze que havia defrontado os alemães na última partida, com a entrada de Abdoulaye para o lugar de Maicon. No Estoril, Gonçalo Santos juntou-se a Sebá nos ausentes, com Marco Silva a lançar Filipe Gonçalves e Tiago Gomes como titulares, fazendo Babanco avançar no terreno.

Os dragões até entraram bem na partida, com o desejo de querer fazer rápido e bem, mas como tem sido hábito ao longo da época, não fizeram nem uma coisa nem outra. Passes errados atrás de passes errados, numa primeira parte onde apenas Varela fez perigar a baliza de Vagner. O jogo decorria lentamente, como o Estoril queria, numa toada que o FC Porto nada fazia para contrariar. 45 minutos foram passados assim e, à saída para os balneários, o primeiro coro de assobios dos 25.000 do Dragão fez-se ouvir.

Na segunda parte, o FC Porto entrou com outra dinâmica e, durante 15 minutos, fez o Estoril recuar as linhas, pressionando alto e criando finalmente perigo junto à baliza canarinha. Aos 53 minutos, Quaresma ziguezagueou pela área, mas viu Vagner fechar novamente as redes do Estoril. A equipa visitante ia segurando o resultado como podia, resguardando-se bem na defesa, e procurando aproveitar uma oportunidade que parecia vir a acontecer, mais tarde ou mais cedo. Depois das entradas de Carlos Eduardo e Ghilas, Fonseca procurava dar mais presença na área e acutilância ofensiva à equipa, mas a falta de eficácia no último terço do terreno fazia com que, a cada minuto que passasse, o assobio retomasse o seu lugar no Dragão e o lenço branco já pairasse entre as cadeiras do anfiteatro portista. A equipa parecia querer mudar as coisas, mas, apesar das pernas quererem, a cabeça parecia não permitir.

Aos 78 minutos, a oportunidade do Estoril surgiu. Mangala derrubou Evandro dentro da grande área e foi expulso. O mesmo Evandro, dos 11 metros, não desperdiçou a oportunidade e, sem que tivesse feito muito por isso, o Estoril, que já não tinha treinador no banco devido à expulsão de Marco Silva por protestos, apanhava-se a ganhar no Dragão, que, impávido e sereno, via o FC Porto cair mais uma vez.

Evandro, de penalty, fez o único golo da partida  Fonte: Zero Zero
Evandro, de penalty, fez o único golo da partida
Fonte: Zero Zero

Até ao fim do jogo, pouco ou nada mudou. A equipa pressionou, quis o empate, mas não conseguiu. Mais uma vez, não conseguiu. Mais de cinco anos depois, uma derrota em casa para o campeonato nacional. Entre tudo o que vi e ouvi esta noite no Dragão, isso parece-me o facto menos importante. Confesso-lhe que em tantos anos enquanto associado portista nunca vi tantos lenços brancos no Dragão como nesta noite. Em tantos anos de conquistas e vitórias, nunca tinha visto tanta polícia a proteger um banco de suplentes ameaçado pela fúria dos adeptos.

Dizia André Villas-Boas na gala dos Dragões de Ouro que o portista sente, vive e exige, e por isso ganha mais vezes. Ao olhar para tantos meses e tantos erros esta temporada, permita-me que diga que nem a exigência vale a este FC Porto. O assobio e o lenço branco são apenas gestos para simbolizar aquilo por que hoje vive o clube. E, sim, é exactamente o mesmo clube que naquela noite de 11 de maio de 2013 conquistava uma das maiores vitórias da sua história. Só mudaram os protagonistas porque o clube é o mesmo. E cá para nós, que ninguém nos ouve, sempre me contaram que o clube é maior do que qualquer um que por ele passe. Também por isso, e ao ouvir as notícias desta noite, só me resta dizer: já chega, basta um adeus. Até um dia.

Figura: Evandro
Mostrou no Dragão o porquê de ser um dos jogadores mais cobiçados na Amoreira. Revela uma capacidade tática impressionante e mais uma vez foi decisivo na vitória dos canarinhos no Dragão.

Fora-de-Jogo: Jackson Martínez
O “Sr. 40 milhões” esteve mais uma vez arredado dos golos. O avançado colombiano parece um jogador sem alma nesta altura da temporada e, numa fase em que a equipa precisa tanto dos seus golos, a sua desinspiração é apenas mais um exemplo do desnorte portista.

A favor de Carrillo não há argumentos, há factos

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Escolhi díficil. O fácil é de todos

Vou dedicar, pela segunda vez, o meu espaço semanal a um dos jogadores que considero mais passíveis de discussão: André Carrillo. Tantos são os que não o suportam como serão os que o consideram um talento com potencial infindável, mas quantos terão noção exacta da influência que o peruano tem nesta equipa do Sporting? Para apresentar a minha opinião recorrerei a factos. Números, portanto.

Carrillo foi titular em 14 das 25 partidas do Sporting desta época. Desses 14 jogos – em que se incluem a recepção ao Benfica e a ida ao Dragão – o Sporting só não ganhou por 4. Para ter uma ideia consistente do que estes números significam, nada melhor do que verificar os números do mesmo clube sem o extremo de início: nos 11 jogos em que Carrillo não foi titular, o Sporting deixou fugir a vitória em 5 ocasiões. Em quase 50% (!!) das vezes em que o nº 18 do Sporting não foi titular, a equipa não ganhou.

Estes números deveriam ser elucidativos e esclarecedores quanto à importância que André Carrillo tem no actual Sporting. Olhando para os últimos campeões do nosso campeonato, é fácil constactar que há sempre um desequilibrador nato em destaque: James Rodriguez, no Porto do ano passado; Hulk, nos dois anos anteriores; Di Maria, no último Benfica vitorioso; Quaresma se formos a olhar para mais longe, etc. Neste Sporting, quem tem esse papel? Wilson Eduardo é o extremo que mais vezes foi titular esta época, tendo tal estatuto por 15 vezes.

Fonte: sportingfans.pt
Fonte: sportingfans.pt

Estes são os dados objectivos sobre o que tem sido a vida dos extremos em Alvalade. Não quero com esta demonstração dizer que André Carrillo tem, actualmente, a capacidade que Hulk, Di Maria ou Quaresma tinham nos anos em que levaram as suas equipas ao título. Mas acredito piamente que é possível vir a fazer dele um extremo de qualidade semelhante. Ou não tem o peruano qualidade técnica, velocidade, criatividade, poder de aceleração e de remate para ombrear com esses grandes nomes da nossa liga?

O que lhe falta é a regularidade que lhe permita exibir em 80% das vezes em que joga (ninguém o consegue em 100% – Ronaldo e Messi não entram para estas contas) o que mostra em 30% ou 40%. Por outras palavras, falta ao Carrillo ser o Carrillo mais vezes. E não um Zé Manel que tantas vezes vai ao estádio por ele.

Mas como tornar possível essa evolução? Com 22 anos, Carrillo tem ainda tempo de sobra para ser cada vez mais focado e menos susceptível a subidas e descidas de rendimento. Quem com ele trabalha durante a semana saberá melhor responder a esta questão, mas o certo é que Carrillo tem muito mais qualidade do que qualquer outro dos extremos Sportinguistas e, tendo em conta a desinspiração dos seus colegas de posição (Mané é a excepção) e o rendimento que o peruano apresentou nos últimos dois jogos em que entrou, estará para breve o regresso do 18 às escolhas iniciais. Depois, veremos como variam as percentagens que exibi no início do artigo. Deixo o meu palpite: com Carrillo a titular, o Sporting está sempre muito mais perto de ganhar do que sem ele.

Sonhem, mas cepticamente

benficaabenfica

Quando, no final da temporada passada, apenas sobraram críticas depois de meses num pedestal a fazer sonhar os benfiquistas, Jorge Jesus parecia ter perdido todo o crédito. Aí, apenas os pobres de espírito se vangloriavam de ter estado nas decisões. Como se isso enchesse museus do clube e a alma do adepto. Renovado que foi o seu contrato, não seria difícil de adivinhar o que o futuro iria trazer à equipa: início de época desastroso; Jorge Jesus com o seu lugar salvo no limite em alguns jogos; apatia generalizada nos jogadores, que se arrastavam no relvado enquanto tentavam superar o trauma de Maio. Depois da contestação e da ira de que foi alvo no início da época, Jesus e os jogadores ganharam novamente a confiança dos benfiquistas. Dos sonhadores, que acham que 2013/14 será o reverso de 2012/13. Dos mais cépticos, que segredam ao colega de bancada a sua confiança, mas dizem que ainda é cedo. Dos pragmáticos, que apenas vêem Maio de 2013 repetir-se em Maio de 2014. Mas depois de Maio de 2013, como não os perceber? Verdadeira montanha-russa de ambições e desejos, que Jesus e os jogadores terão de colocar em títulos.

Elogiar quando é de se elogiar, criticar quando é de se criticar. Enorme chavão, sim, mas que se aplica perfeitamente à avaliação que deve ser feita acerca do trabalho de um treinador. E está na altura de voltar a elogiar Jorge Jesus, sempre com a perfeita noção de como isso poderá ser perigoso e fatal nas nossas ambições. É difícil sonhar com o Luisão a levantar troféus enquanto o Enzo dança com o Gaitán e, ao mesmo tempo, manter os pés no chão. Mas é o que deve (e tem de!) ser feito. E para que isto aconteça têm de ser dirigentes, jogadores e treinador a dar o mote. Não repetindo a palhaçada que aconteceu depois do jogo nos Barreiros em Abril último, consequência da pouca cultura de vitória que temos em nosso redor. Essa avaliação de Jorge Jesus é, por esta altura, positiva. Se há mérito que lhe reconheço acima de muitos outros, é o de recuperar a equipa quando tudo parece ir contra si. E fê-lo mais uma vez nesta temporada. Depois de cinco pontos de desvantagem para o Porto, tem neste momento quatro à maior. Demérito do clube do norte? Sim, obviamente. Mas muito mais mérito de Jesus, que conseguiu recuperar a dinâmica ofensiva que caracteriza a equipa, juntando-lhe ainda uma enorme solidez defensiva: um golo sofrido nos últimos 12 jogos. Pelo discurso e pelo onze apresentado na Grécia, a Liga Europa não será mais do que um bónus e não uma prioridade. O que interessa fundamentalmente é o campeonato, sim. Mas com um plantel tão rico em qualidade e quantidade, se calhar não é necessária uma gestão tão radical.

Jesus e os jogadores têm os pés no chão neste momento? Sim. Mas a comunicação social vai-lhes massajando o ego e recordo que temos apenas quatro pontos de vantagem sobre o Porto. Sim, o Porto está péssimo e com um fio de jogo a roçar o deprimente, mas todos sabemos que esse fantasma só está enterrado quando matematicamente morto. Como os dois últimos anos comprovaram. Quero acreditar que a passada temporada serviu para aprendermos com os erros. O possível ganhar do Benfica estará na forma como perdeu e como se levantou disso. Nem sonhador, nem céptico. Talvez no meio.

Uma luta desigual

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ligue 1

A primeira e única vez que um clube francês ganhou a Liga dos Campeões foi em 1993. Estou a referir-me ao Marselha de Barthez, Desailly, Deschamps e Rudi Voller, vencendo na final o super Milan treinado por Fabio Capello, recheado de estrelas como Maldini, Baresi, Rijkaard ou Van Basten. Sendo esta a única vitória de um clube francês na competição máxima de clubes do futebol europeu, a última vez que um clube da Ligue 1 chegou à final foi em 2004, quando o Monaco, orientado por Deschamps, acabou goleado por três bolas a zero contra o imponente Porto de Mourinho.

Estamos, agora, perante uma espécie de ressurgimento do campeonato francês, muito por causa da compra do PSG pela Qatar Investment Authority e do Monaco pelo bilionário russo Dmitry Rybolovlev. Este campeonato está finalmente a atrair jogadores de calibre mundial, como Ibrahimovic, Cavani ou Falcao, muito por causa dos salários elevadíssimos que estes dois clubes se propõem a pagar, atraindo assim grandes estrelas para um campeonato considerado  menor, em relação às quatro grandes ligas europeias. Apesar de atrair grandes jogadores, aumentando assim o estatuto da liga e a competitividade destes clubes franceses na Europa, isto vem criar uma possível hegemonia do PSG e Monaco na Ligue 1, acabando assim um pouco com a competitividade da mesma. Enquanto o PSG e o Monaco possuem os meios necessários para aliciarem qualquer jogador de qualquer clube do mundo, o resto dos clubes da liga continuará, muito provavelmente, a perder os seus grandes jogadores, continuando a ser clubes de transição para um verdadeiro grande europeu. Temos como maior exemplo disto o grande Lyon, que dominou a liga francesa durante sete anos e não conseguiu manter as suas grandes estrelas, que procuravam  sempre clubes maiores e, claro, mais dinheiro, algo que o PSG e o Monaco são agora perfeitamente capazes de oferecer, dentro da Ligue 1.

PSG e Monaco dominam a Ligue 1 Fonte: boursier.com
PSG e Monaco dominam a Ligue 1 actualmente
Fonte: boursier.com

O que claramente se retira é que a Ligue 1 só tem a ganhar com isto a nível europeu, podendo até coroar, num futuro próximo, um campeão europeu vindo daqui. Desta forma, seria possível atrair jogadores de maior calibre para este campeonato e despertar o interesse de vários adeptos estrangeiros. Esta liga, até há poucos anos, e sem querer ferir nenhuma susceptibilidade, pouco interessava a quem vivia fora de França, tendo como consequência interna o fim da competitividade. Aqui, a luta torna-se-á desigual, a dois, deixando clubes como o Marselha, Bordéus, Lyon ou o Lille a chupar no dedo, não podendo e principalmente não tendo os recursos necessários para competir com dois possíveis futuros gigantes do futebol europeu.

Isto é o futebol dos dias actuais. Parece que tudo aquilo de que um clube precisa para se tornar um grande e aumentar exponencialmente a sua competitividade é de um bilionário com um cheque em branco. É certo que isto pode vir a aumentar a competitividade de um campeonato, criando novos candidatos, como aconteceu com o Chelsea e o Manchester City, em Inglaterra, ou com o Anji, na Rússia. Contudo, neste caso concreto, criar-se-ia um monopólio do PSG e do Monaco. Serão estes clubes os últimos, ou esta “revolução” está apenas a começar? Mais importante que isso: será a liga portuguesa a próxima?

Rio Ave 1-2 Sporting: Live to fight another day

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Acabou há pouco o jogo em Vila do Conde, entre Rio Ave e Sporting, num jogo que se revelou tão complicado como se previa. Num relvado preocupante que até ao apito inicial parecia adequado face aos remendos e ao perdão meteorológico mas acabou por não durar mais do que 5 minutos em condições para a circulação de bola por parte das duas equipas.

Sporting alinhou com Dier a render o castigado Rojo, e Wilson Eduardo no lugar de Carlos Mané. A equipa, no seu todo, entrou algo nervosa, estática e apática com a pressão a meio-campo do Rio Ave, que conseguiu anular o processo de construção por parte de Adrien e Martins. Para além da boa organização, o Rio Ave saiu rápido para o contra-ataque, criando perigo e até ficou muito perto de marcar, não fosse pelo esforço de Maurício e Patrício a evitar o golo dos Vilacondenses. O Sporting não foi capaz de criar perigo e acabámos por assistir a mais uma primeira-parte que qualificaria como… Mhé…

O intervalo trouxe um Sporting diferente. Com o puto Mané a vir baralhar o meio-campo, mais rápido, vertical e criativo que André Martins. A equipa começou bem mas acabaria por levar uma punhalada, num lance que começa por uma “bobeira” de Jefferson (palavra do próprio, eu não diria melhor), que viria a perder a bola e termina com o autogolo de Maurício. Não me interessa o que diz o Luís Freitas Lobo sobre as nuances tecnico-tácticas do lance, para mim a culpa é do Hugo Rebelo.

Neste jogo e em algumas situações da vida, às vezes é preciso dar um passo atrás para se dar dois para a frente. Poucos minutos depois do golo sofrido, Jardim retira Wilson Eduardo, mete o gigante Slim na frente e encosta Mané na ala, assumindo o 4-4-2 com Montero nas costas do ponta-de-lança. A equipa alargou e instalou-se no meio campo adversário, aumentou o ritmo e a pressão e o golo surge através de uma excelente investida de Jefferson pela esquerda, um cruzamento com precisão de “drone” e um cabeceamento assassino do Argelino.

Nuno Espírito Santo, treinador do Rio Ave, teve uma atitude louvável e quiçá ingénua ao não fechar a porta e pregá-la com tábuas. Slimani podia ter marcado o segundo nem 5 minutos depois de cabecear para a igualdade, não fosse a excelente defesa de Ederson. Jardim pedia mais aos homens da frente e lançou Carillo para os últimos 10 minutos para o lugar de Heldon.

As mexidas de Leonardo Jardim foram determinantes  Fonte: Uefa
As mexidas de Leonardo Jardim foram determinantes
Fonte: Uefa

A 5 do final, o recém entrado Peruano aproveita a falha de pragmatismo da defesa do Rio Ave e cruza para o excelente remate à meia-volta de Carlos Mané que viria consumar a reviravolta do Sporting na partida. Euforia no estádio dos Arcos, Leonardo Jardim sentou-se no banco, o seu trabalho estava feito. Os merecidos 3 pontos não fugiram ao Leão

Nesta altura, com apenas 10 jornadas pela frente, o Sporting tem já mais pontos do que no total da época passada. Dá que pensar…

Temos mais 10 objectivos pela frente – o primeiro, já no próximo Sábado, na recepção ao SC Braga sem Montero nem Adrien, que cumprem suspensão por acumulação de amarelos no campeonato. Mais uma batalha, naquela que será uma noite de reencontros para os dois técnicos intervenientes.

Hoje, na minha humilde opinião, o melhor em campo: Mister Jardim

Paulo Fonseca: um treinador desnorteado

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Pronúncia do Norte

As declarações de Paulo Fonseca antes e depois do desafio diante do Eintracht Frankfurt para a Liga Europa, trocando o nome da equipa adversária, são o espelho da confusão que vai na cabeça do treinador azul e branco. Na antevisão do jogo, disse que o FC Porto ia jogar com o Borussia. Na flash interview depois do inesperado empate, teceu considerações sobre o Bayer(n) e garantiu que a equipa ia ganhar a Leverkusen. Evidentemente, estas palavras motivaram o escárnio dos rivais e deram azo à proliferação de vídeos, memes e anedotas sobre o sucedido nas redes sociais.

O FC Porto continua longe de praticar um futebol agradável, continua a evidenciar a ausência de um fio de jogo, continua a alternar bons e maus momentos ao longo dos noventa minutos, continua sem conseguir fazer dois ou três jogos consecutivos de grande nível, continua a revelar fragilidades inconcebíveis do ponto de vista anímico, continua a permitir recuperações no marcador ao adversário, continua sem ganhar em casa nas competições europeias, continua distante da liderança do campeonato, continua a milhas do que se lhe exige. Se há predicados que caracterizavam o FC Porto das últimas épocas, essas eram a força mental, a consistência e a dinâmica de vitórias. Infelizmente para os adeptos do Dragão, a equipa, hoje, não evidencia nada disso.

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A campanha europeia deste ano foi das piores da história do FC Porto
Fonte: JN

O desnorte da equipa é o reflexo do desnorte do seu treinador. Paulo Fonseca fez um percurso notável nas divisões inferiores até chegar ao Paços de Ferreira e, depois de alcançar uma fantástica qualificação para a Liga dos Campeões na capital do móvel na sua época de estreia no primeiro escalão, parecia ter todas as condições para chegar ao Porto e oferecer um upgrade a uma equipa bi-campeã. No entanto, desde muito cedo se percebeu que a equipa iria pagar o preço da sua inexperiência e imaturidade: nunca mostrou ter mão no balneário, nunca demonstrou convencer os jogadores de que as suas ideias eram as melhores para a equipa – nomeadamente no que diz respeito à reformulação do meio-campo que tentou implementar –, nunca foi capaz de estabelecer um onze-base que desse garantias durante vários jogos seguidos, nunca manteve um discurso realista e humilde – pelo contrário, mostrou-se demasiado arrogante, mesmo sem ter motivos para o ser em algumas circunstâncias – e nunca conseguiu esconder o nervosismo a partir do banco.

A qualidade de jogo tem sido fraca, os resultados têm sido fracos e a liderança de Paulo Fonseca vai-se enfraquecendo à medida que o tempo passa. O jogo de amanhã, frente ao Estoril, e o de Quinta-Feira, frente ao Eintracht Frankfurt, são duas autênticas finais: o FC Porto está proibido de perder pontos no campeonato e não pode ser eliminado tão precocemente da Liga Europa. Os próximos dias apresentam-se, por isso, fundamentais para a definição do futuro de Paulo Fonseca. Mesmo com “uma confiança cega” num bom final de temporada, um mau resultado pode representar o fim do seu tempo ao leme do FC Porto.

Bienvenido, Toto!

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Terceiro Anel

Eduardo Salvio, esse jogador que faz incendiar a massa benfiquista, está de regresso! Eduardo Salvio, esse futebolista que esboça sempre um sorriso encantador, está de regresso! Eduardo Salvio, esse homem que faz assistências atrás de assistências, que corre que nem um desalmado, que marca sempre muitos golos, está de regresso! Eduardo Salvio, o homem que mais “nós cegos” deu a adversários no Estádio da Luz, em 2010/2011 e 2012/2013, está de regresso! Eduardo Salvio, esse atleta que adora o Benfica, porque isso nota-se e sente-se, está de regresso!

Desculpem-me este entusiasmo inicial, mas não dá para fugir a isto. Eu idolatro Salvio. Acho-o um jogador de excepção. É, neste momento, e estando em forma, o melhor extremo do futebol português. Mas atenção, porque tenho de ser coerente: eu fui um daqueles adeptos que torceu o nariz à sua chegada a Lisboa, mesmo em finais de Agosto de 2010. E isto porque, na altura, Salvio vinha de uma experiência infeliz no Atlético de Madrid, então orientado por esse mago chamado Quique Flores, que veio cá buscar a Orsi e pouco mais fez que devesse ficar registado. E a minha desconfiança na altura também se deveu ao clima muito nebuloso que pairava na Luz, naqueles tempos, fruto de um início de temporada horripilante. E a verdade é que Salvio demorou algum tempo a afirmar-se no Benfica. E para isso também em muito contribuiu um Jorge Jesus completamente desorientado, que naqueles três primeiros meses da temporada 2010/2011 parecia estar sob o efeito de substâncias psicotrópicas.

Ou seja, parecia estar tudo conjugado para que Salvio não vingasse na passagem pelo maior de Portugal. Contudo, e a meu ver, foi no Benfica 4-3 Lyon, no dia 2 de Novembro de 2010 (sim, esse tal jogo em que o Benfica conseguiu sofrer três golos no último quarto de hora da partida), que se viu que o raio do Toto poderia dar espectáculo. Porém, dias depois desse estranho desafio, Salvio participou no FC Porto 5-0 Benfica (cada vez que me refiro a este jogo sinto uma ligeira indisposição…), alinhando de início, e não tendo, como toda a equipa do Benfica, qualquer lampejo positivo, ao longo daquela partida pavorosa. Apenas em Dezembro de 2010 este repentista argentino se afirmou de vez. Com uma actuação de sonho num Benfica 5-2 Rio Ave, Eduardo Salvio mostrou que era ele…e mais 10. E depois, pronto, aconteceu aquilo que toda a gente sabe: exibições de gala, muitos golos, variadas assistências, adversários com a cabeça em água (ai aquele Benfica 2-1 Sporting, das meias-finais da Taça da Liga 2010/2011, em que Evaldo se confundiu com o Túnel do Marquês, tal a quantidade de vezes que Salvio lhe colocou a bola por entre as pernas). O pior é que todos nós, adeptos benfiquistas, sabíamos que ele voltaria ao Atlético de Madrid no final dessa temporada, porque o empréstimo apenas se reportava àquela época, e claro que o clube colchonero, ao ver aquele artista, não quereria voltar a desperdiçar tão grande talento. Para nossa ainda maior desgraça, Salvio lesionou-se com gravidade em Eindhoven, no PSV-Benfica da 2ª mão dos quartos-de-final da Liga Europa desse ano. Esse infortúnio fez com que logo em meados de Abril de 2011 ficássemos a saber que muito provavelmente nunca mais voltaríamos a ver Salvio com a camisola do Benfica vestida, o que quase me levou a um estado de depressão.

Todavia, em 2011/2012, o Atlético de Madrid voltou a não aproveitar da melhor forma este portentoso jogador, o que em mim causou uma certa fúria, por estar ali a ver que um clube que para mim era inferior ao Benfica estava a desperdiçar pela segunda vez as potencialidades de Salvio. Por isso, foi com enorme felicidade (não, não me causou qualquer impressão o facto de ele ter sido bastante caro) que eu soube da notícia de que o Benfica havia adquirido, a título definitivo, Eduardo Salvio. É que era (e claro que foi!) daqueles jogadores que iriam pegar de estaca, lá está, ele e mais 10. E claro que isso se confirmou, com Salvio a realizar uma tremenda época 2012/2013 (não me obriguem a voltar a abordar o nosso final de temporada, há uns meses atrás).

O momento em que o argentino se viu obrigado a longa paragem Fonte: Record
O momento em que o argentino se viu obrigado a longa paragem
Fonte: Record

Temporada 2013/2014. Verão angustiante para os lados da Luz, tudo em polvorosa. Salvio era daqueles garantes de estabilidade, de rendimento elevado, mas eis que em Alvalade, no dia 31 de Agosto, Toto se lesiona com gravidade. No dia seguinte, em plena praia, sou confrontado com o seguinte facto: “Salvio só regressará em Março!”. Com o mar ali junto a mim, garanto-vos que umas certas ideias estranhas passaram pela minha cabeça.

E pronto, agora estou aqui, no dia 22 de Fevereiro de 2014, ainda antes de Março, e Salvio já está disponível. Até nas recuperações físicas…este homem é craque! E ainda bem que o é, porque, com um jogador desta estirpe de regresso, o Benfica só se poderá tornar mais forte.

Bienvenido, Toto!

Duas notas de rodapé: em primeiro lugar, estou confiante para esta eliminatória da Liga Europa frente ao Paok. Caramba, se vi o meu Benfica a vencer naquele inferno grego, na temporada 1999/2000, quando o plantel do maior de Portugal era pouco melhor do que o plantel do Tirsense em 1995, por que razão terei de estar receoso? Em segundo lugar, e não querendo entrar no domínio do agressivo, aproveito para lhe dizer, senhor Luís Filipe Vieira, que se tiver a brilhante ideia de vender Ezequiel Garay agora em Fevereiro, terá da minha parte chamadas telefónicas para a sua pessoa, com um teor ameaçador e algo indesejável.

Boa continuação para todos!

O Passado Também Chuta: Matateu

o passado tambem chuta

Matateu. Um mito. O irmão do Vicente, que se notabilizou no Mundial de Inglaterra. Matateu não teve essa sorte. Já ultrapassara o tempo; andava, então, pelo castiço e muito querido Atlético Clube de Portugal. Sebastião Lucas da Fonseca, liderando o Belenenses, é o traço de união no tempo entre duas equipas míticas, ainda que rivais do seu clube. Quando chegou a Lisboa, procedente do seu Maputo natal, apanhou pela frente o Sporting dos cinco violinos. Apanhou o Sporting do célebre Travassos. Quando se estava despedindo do seu Belenenses para começar a última caminhada, que acabou passados 50 anos no Canadá, tropeçou com o mítico Benfica do seu conterrâneo Eusébio. No meio, Matateu, temido e inquestionável. Os adeptos debatiam-se entre ele e Travassos, para adjudicar o pedestal do melhor jogador português de sempre.

Duas lendas do futebol português: Travassos e Matateu Fonte: Belematemorrer.blogspot.com
Duas lendas do futebol português: Travassos e Matateu
Fonte: Belematemorrer.blogspot.com

Veio o grande Eusébio e os adeptos mantiveram o mesmo dilema: Eusébio ou Matateu, Matateu ou Eusébio? Naqueles tempos, a perigosidade nos campos não passava do berro do ferrenho, por isso era natural a invasão depois de jogos importantes onde um ídolo se notabilizara. Matateu foi passeado a ombros dos adeptos do seu clube e da seleção muitas vezes. Marcou golos de todas as formas. Era um ponta-de-lança resolutivo, como só os grandes o são. O seu Belenenses era uma equipa temida, um grande. Não chegou a agarrar um campeonato pela misericórdia ou pelo azar de perder, perto do fim do jogo, o campeonato a favor do Benfica. Mas ganhou Taças de Portugal e de Honra, e os seus jogadores frequentavam as seleções nacionais A e B.

Matateu levado aos ombros Fonte: Belenensessempre.blogspot.com
Fonte: Belenensessempre.blogspot.com

Enfrentou-se jogadores míticos a nível mundial. Teve pela frente, quando disputou a Taça Latina, todo um Di Stéfano ou todo um Kopa. Matateu não era menos; habitava a mesma galáxia das estrelas do firmamento futebolístico. Foi respeitado e admirado. Hoje, possivelmente, seria um jogador cobiçado por meio mundo, seria milionário e conduziria Ferraris. No entanto, fez as delícias dos amantes do futebol durante a época em que o valor residia na camisola. Talvez por isso se viu obrigado a jogar no Canadá até perto da sua morte, aos 60 anos. Resumindo: este mito só viveu oito anos retirado do futebol. Matateu é bem o exemplo da diferença do mundo de ontem e de hoje. Ontem, as estrelas eram pagas com carinho e jogavam com carinho; hoje, as estrelas são pagas com tesouros insultantes e jogam com o chamado profissionalismo.

Durante o seu caminho (a partir de 1951), além de defender o Belenenses, defendeu o Atlético Clube de Portugal, o Amora e o Desportivo de Gouveia. Posteriormente, o Canadá sentiu os seus pontapés e a sua genialidade, até ao seu adeus efetivo. O Belenenses, sejam quais sejam as suas vicissitudes, tem um mito não inferior ao Benfica, e o Benfica, quando Matateu abandonou o Belenenses, deixou de ter o seu grande verdugo. Ganhou-lhe Taças e jogos. Quando o Matateu avançava, o Estádio da Luz tremia. O clube de Belém é um dos clubes simpáticos de Lisboa e de Portugal; o Belenenses merece ter um Matateu, e o Matateu mereceu  jogar num clube que emana simpatia.

É este ano?

cab desportos motorizados

É considerado por todos um dos mais promissores pilotos de motos do mundo, mas a verdade é que vai para o seu quarto ano no Moto3 e os resultados têm sido muito fracos para a sua qualidade.

A pré temporada já começou, e Miguel Oliveira continua a desenvolver a Mahindra com que vai correr nesta temporada. A moto indiana é totalmente nova para 2014, e o objetivo é que seja uma oponente de qualidade às KTM, que, para já, andam a dominar os testes realizados este ano, mantendo assim o domínio das duas temporadas anteriores.

Esta pode ser a temporada mais importante para o jovem de Almada, que, por ser dos pilotos com mais experiência e qualidade, pode conseguir obter a sua melhor classificação no mundial, que, para já, é o sexto posto alcançado o ano passado. Para demostrar o domínio da KTM, os cinco pilotos que ficaram à sua frente utilizaram motos da marca austríaca. Mas o facto de estar a desenvolver uma moto totalmente nova, para já, não o está a ajudar. Os tempos do piloto português estão distantes dos dos mais rápidos, nos vários treinos que têm acontecido, e podem demostrar que a mota não tem capacidade para lutar com as KTM e com as melhores Honda.

O novo modelo da Mahindra ainda precisa de muitas afinações. Fonte: Autosport.pt
O novo modelo da Mahindra ainda precisa de muitas afinações
Fonte: Autosport.pt

Numa categoria em que a moto é fundamental não ter uma que possa competir pode ser a morte do artista, pois não vai permitir a luta por vitórias e pódios, tão importantes para que se possa dar o passo para o Moto2. Por outro lado, o desenvolvimento de uma moto pode ser muito importante para o futuro, pois, se for piloto de uma equipa oficial, no futuro, vai ser muito importante o que está a aprender agora.

Será positivo este ano na Mahindra? Penso que ninguém sabe, para já, mas eu e penso que todos os portugueses assim o esperamos. Dia 23 de março teremos as primeiras respostas com o Grande Prémio do Qatar.